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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Chamada ministerial (1)





“O Senhor, com sabedoria, fundou a terra; preparou os céus com inteligência” (Pv 3.19). A sabedoria de Deus e sua inteligência divina sempre agiram juntas para que o Eterno alcançasse seus objetivos e propósitos, ao criar todas as coisas.
Mas foi no plano espiritual, que transcende às coisas materiais do universo, que Deus demonstrou sua multiforme sabedoria de forma tão elevada, que é considerada um verdadeiro mistério que só a revelação divina pôde trazer à luz, ao conhecimento do homem, por meio do Espírito Santo. Paulo diz que esse mistério foi revelado de maneira muito especial, por misericórdia e bondade de Deus, pelo Espírito Santo, “aos seus santos apóstolos e profetas”, bem como à Igreja do Senhor:
Essa multiforme sabedoria de Deus, que tudo criou pelo poder sobrenatural de sua palavra, a ponto de trazer à existência todas as coisas, a partir do nada absoluto, transformou-se em uma relação de amor para com o homem. Mesmo sabendo de antemão que o homem iria cair em desobediência, em seu plano divino, por sua graça e misericórdia, Deus enviou Jesus, para salvar o homem da tragédia do pecado. E Cristo manifestou-se como a encarnação da sabedoria de Deus: “Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1 Co 1.24 — grifo nosso).
A Igreja — o Corpo de Cristo, reúne os “chamados, tanto judeus como gregos” ou gentios, para proclamar a salvação de Deus à humanidade. Por ser a representante de Deus na Terra, ela é alvo dos mais terríveis ataques do Inimigo de Deus, que, mesmo condenado em última instância, no Tribunal Divino, e sabendo que seu fim é o inferno, procura destruir a comunidade dos salvos e remidos por Cristo. Diante dessa realidade, Deus tem concedido à igreja recursos especiais, que são os dons espirituais e os dons ministeriais, já estudados nos capítulos anteriores, para edificação e força para cumprir a sua missão. O dom de sabedoria, ao lado dos outros dons, concede parte da multiforme sabedoria de Deus a seus servos para que saibam como agir, como viver, como proceder e atuar, diante da missão que lhes foi confiada de proclamar o evangelho por todo o mundo a toda a criatura. Os dons ministeriais fazem parte da capacitação de Deus a homens chamados e preparados para exercer a liderança nas igrejas que reúnem os salvos em Cristo Jesus, até à sua vinda em glória para reinar para sempre.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 148-149.
SABEDORIA DE DEUS
Esboço:
I. Ideias Gerais
II. Deus Fez de Jesus Cristo Essa Sabedoria
III. Referências e Ideias. A Sabedoria de Deus
IV. A Multiforme Sabedoria de Deus se Toma Conhecida (Efé.3:10)
I. Ideias Gerais
1. Essa sabedoria é um dos atributos divinos (ver I Sam. 2:3); é insondável (ver Rom. 11 :33); e é a base de toda a bondade humana, sobretudo do bem-estar espiritual, particularizando-se a salvação (ver Efé. 1:8).
2. O evangelho contém os tesouros da sabedoria divina (ver I Cor. 2:7).
3. Paulo fez contraste entre a sabedoria humana (ensinada na filosofia) e a sabedoria de Deus (que se manifesta na mensagem do evangelho). A sabedoria humana gera o orgulho; a sabedoria divina conduz à salvação da alma.
4. A sabedoria divina se manifesta em Cristo (ver o artigo sobre Sabedoria).
5. O próprio Cristo é a personificação da sabedoria divina, conforme ensinado em I Cor. 1:30. E Cristo quem proporciona aos homens os benefícios prometidos pela sabedoria divina.
Tudo quanto os homens podem conhecer acerca da verdadeira sabedoria. precisam conhecerem Cristo; pois, para os homens, Cristo é a sabedoria de Deus. A sabedoria de Deus é demonstrada no seu plano, relativo à redenção da humanidade, plano esse que concretiza algo que a sabedoria humana sob hipótese nenhuma poderia concretizar. E a palavra ou a mensagem da cruz é o tema central dessa sabedoria (ver I Cor. I: 18). Por igual modo, essa sabedoria é a única que permanecera de pé sob o teste do juízo divino (ver I Cor. I: 19). Através da sabedoria de Deus é que o mundo inteiro pode ser potencialmente salvo (ver I Cor. 1:31). Tudo isso pode parecer um escândalo, uma insensatez e uma pedra de tropeço para os homens (ver I Cor. 1:22-23), mas Jesus Cristo é a própria personificação da sabedoria de Deus (ver I Cor. I :24,30). A grande verdade é que a sabedoria de Deus, que tantos homens reputam como insensatez, é mais sábia que a sabedoria humana, porquanto cumpre aquilo que o engenho humano está impossibilitado de fazer (ver I Cor. I :25). Mas esse cumprimento só se verifica no caso de homens humildes, que reconhecem sua ignorância espiritual; pois Deus dá iluminação espiritual a esses, mas resiste aos soberbos (ver I Cor. I :26-28). Sim, Cristo é a verdadeira sabedoria de Deus, fazendo violento contraste com a falsa sabedoria humana.
II. Deus Fez de Jesus Cristo Essa Sabedoria
1. Mediante os seus decretos, baixados desde a eternidade.
2. Mediante a encarnação do Filho de Deus.
3. Mediante o ministério terreno de Jesus Cristo.
4. Mediante a sua exaltação à mão direita de Deus Pai, onde foi feito Senhor e Cristo, e de onde brande toda a autoridade, nos céus e na terra, segundo também lemos em Mat. 28: 18. Ora, todos esses aspectos estavam designados de antemão com o propósito de produzir a redenção humana.
III. Referências e Ideias. A Sabedoria de Deus
1. A sabedoria de Deus é um de seus atributos (ver I Sam. 2:3 e Jó 9:4). 2. A sabedoria de Deus é descrita como perfeita (ver Jó 36:4 e 37: 16).3. É poderosa (ver Jó 36:5).
4. É universal (ver Jó 28:24; Dan. 2:22 e Atos 15: 18).
5. É infinita (ver Sal 147:5 e Rorn, 11:3).
6. É insondável (ver Isa. 40:28 e Rom. 11:33).
7. É maravilhosa (ver Sal. 139:6).
8. Ultrapassa a compreensão humana (ver Sal 139:6).
9. É incomparável (ver Isa. 44:7 e Jer. 10:7).
10. Não é derivada (ver Jó 21:22 e Isa. 40:44).
11.O evangelho contém os tesouros da sabedoria divina (ver I Cor. 2:7).
12. A sabedoria dos santos é derivada da sabedoria de Deus (ver Esd. 7: 25). 13. Toda a sabedoria humana deriva da sabedoria divina (ver Dan. 2:2).
IV. A Multiforme Sabedoria de Deus se Torna Conhecida (Efé. 3: 10)
A palavra multiforme deriva do termo grego polupoikilos, em forma adjetivada encontrada somente aqui em todo o Novo Testamento, cujo significado é «variegado», «multilateral», usado para indicar quadros, flores e vestimentas de várias cores. Na versão da Septuaginta (tradução do original hebraico do Antigo Testamento para o grego, completada cerca de duzentos anos antes da era cristã), a capa de «muitas cores» presenteada por Jacó a José é descrita por palavra (ver Gên. 37:3). Esse vocábulo pinta a sabedoria divina como algo que tem muitíssimas facetas com os mais variados modos de manifestação e expressão, por ser algo que é digno de ser contemplado, devido a suas muitas e excelentes variações e realizações.
Gregório de Nissa (ver Hom. viii, sobre Cantares de Salomão) nos fornece uma notável interpretação, a que - vários expositores - aludem. Diz ele: «Antes da encarnação de nosso Salvador, os poderes celestiais conheciam a sabedoria de Deus como algo simples e uniforme, que efetuava maravilhas de modo consoante com a natureza de cada coisa. Nada havia de poikilon (multiforme, multicolorido). Mas agora, por meio da oikonomia (dispensação, plano) que diz respeito à igreja e à raça humana, a sabedoria de Deus não é mais conhecida como algo uniforme, e, sim, como algo polupoikilos (multiforme, variegado), produzindo contrários por meio de contrastes, mediante a morte, a vida, a desonra, a glória, o pecado e a retidão; mediante a maldição e a bênção; mediante a fraqueza e o poder. O invisível se manifestou em carne. Veio para remir cativos, sendo ele mesmo o adquiridor, e sendo ele mesmo o preço» (lD lB LAN NTI).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 9-10.
I - OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. São diversos.
Os dons espirituais são variados, como recursos usados pelo Espírito Santo para manifestar o poder de Deus e sua multiforme sabedoria, através de instrumentos humanos, usados para a edificação e o fortalecimento espiritual da igreja. Os dons devem ser buscados com humildade e discernimento. “Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja” (1 Co 14.12). A lista de dons espirituais pode ser vista em dois sentidos: restrito e amplo, como resumimos a seguir.
NO SENTIDO ESTRITO
Normalmente, quando se tratam dos dons espirituais, entende-se que eles são em número de nove. Essa conclusão baseia-se na contagem dos dons, com base em 1 Coríntios 12: “Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas” (1 Co 12.8-10).
De fato, a relação acima indica que há nove tipos de dons espirituais. Entretanto, quando se tratam dos dons de curar, no plural, não se pode precisar quantas manifestações desse dom podem existir. Não há um só dom de curar, nem uma única maneira de se fazer uso desses dons. Sua pluralidade certamente denota a vontade de Deus para que seu povo tenha saúde e qualidade de vida, tanto espiritual, quanto emocional ou física. A experiência cristã nos mostra que há homens de Deus que parecem ter capacitação para orar por determinados tipos de enfermidades, enquanto outros oram por outras doenças. Não podemos ser dogmáticos a respeito dos dons, mas não se veem operadores de milagres com plena capacitação para orar eficazmente por todos os tipos de males ou doenças. Dessa forma, os tipos de dons espirituais são nove. E podem ser ampliados por causa da pluralidade dos dons de curar. A Bíblia não nos autoriza especificar os dons de curar.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 150.
I Cor 12.8-11 Estes nove dons especificam a variada distribuição necessária para uma manifestação completa do Espírito: a palavra da sabedoria, é uma declaração espiritual, num dado momento, pelo Espírito, sobrenaturalmente revelado a mente, o propósito e o caminho de Deus aplicado a uma situação específica. A palavra da ciência é uma revelação sobrenatural de informação relativa a uma pessoa ou acontecimento, feita a um propósito específico, normalmente peculiar tendo a ver com uma necessidade imediata. 0 dom da fé é uma forma de fé que vai além da fé natural e da fé para salvação. Ela confia sobrenaturalmente e não duvida em relação aos assuntos específicos envolvidos. Os dons de curar são aquelas curas que Deus realiza sobrenaturalmente pelo Espírito. 0 plural sugere que, como existem muitas doenças e moléstias, o dom está relacionado è cura de muitas desordens. A operação de maravilhas é uma manifestação de poder além do curso normal da lei natural. E uma permissão divina para se fazer algo que não poderia ser feito naturalmente. Profecia é uma revelação divina em nome do Espírito, uma revelação edificante do Espírito para o momento (14.3), um discernimento súbito do Espírito, sugerindo exortação e conforto (14.3,30). Discernir os espíritos é a capacidade de discernir o mundo do espírito e, especialmente, detectar a verdadeira fonte das circunstâncias ou motivos das pessoas. Variedade de línguas é o dom de falar sobrenaturalmente em uma língua não conhecida ao indivíduo. 0 plural permite diferentes formas, possivelmente harmonizando as línguas conhecidas faladas de At 2.4-6 e as declarações transracionais desconhecidas em Coríntios, designadas especialmente para orar e cantar no Espírito, na maior parte para adoração privada (14.14-19). A interpretação das línguas é o dom de transmitir a mensagem transracional (mas não irracional) significativa do Espírito para os outros, quando exercido em público. Não é a tradução de uma língua estrangeira. Nota: Nenhum dos dons requer um cenário "público", embora cada um possa e deva ser acolhido em reuniões corporativas.
PLENITUDE. Bíblia de Estudo Plenitude. Editora Sociedade Bíblica, do Brasil. pag. 1139.
Agora o apóstolo mostra como se manifestavam os vários dons do Espírito, nos quais a congregação era tão rica, e qual o propósito que eles deviam guardar em mente: Mas a cada um (cristão) está sendo dada a manifestação do Espírito visando o proveito comum. Ele fala de modo muito geral, afirmando que cada cristão possui algum dom da graça, um dom que não foi meramente derramado sobre ele em certa ocasião no vago e distante passado, mas que lhe é concedido dia após dia. Por isso, seu alvo e objetivo não é servir ao engrandecimento e gozo pessoal, mas ser colocado à disposição e ao ministério do proveito espiritual da congregação inteira e da igreja. Cada cristão devia revelar-se um bom despenseiro da multiforme graça de Deus, 1.Pe. 4. 10; Mt. 25. 14-30.
Paulo mostra por meio de certo número de exemplos como exatamente os talentos espirituais dos cristãos individuais deviam servir para o benefício da congregação toda: A um foi dada pelo Espírito, por meio do Seu poder, a palavra de sabedoria. Teve um saber excepcionalmente completo das grandes verdades da Escritura, ou seja, do mistério do evangelho, da palavra da cruz, e de modo claro e convincente pôde expô-las em seu conjunto. Mas a outro foi dada a palavra de conhecimento, segundo o mesmo Espírito, orientado pelo Seu poder. Teve o dom de aplicar a palavra de Deus a casos individuais na vida, lançar de modo apropriado luz sobre eles, fazer as conclusões corretas na base dum claro conhecimento. O saber é mais teórico, conhecimento é mais prático. São estas em especial as qualificações do professor e pastor.
Na segunda série de dons, a um outro é dada fé, no mesmo Espírito, unicamente no Seu poder e outorga. Não é aquela fé que aceita a salvação em Cristo, ou seja, não a fé que justifica, mas uma confiança forte e inabalável no Deus onipotente ou no poder de Cristo, como algo capaz de se revelar em feitos extraordinários e realizar o que aos homens parece impossível.18) Este dom de fé heroica foi especialmente necessária nos dias antigos da igreja, mas desde então apareceu em muitos servos do Senhor, que, com a assistência do Senhor, realizaram o aparentemente sobrenatural. A um outro foram dados na concessão do mesmo Espírito os dons das curas. Nos dias antigos houve cristãos que foram capazes de curar os doentes sem o uso de medicamentos e para realizar outras coisas milagrosas, como sejam: ressuscitar os mortos, castigar os maus por meio duma manifestação extraordinária da ira de Deus, como no caso de Ananias e Safira, Elimas, etc.
Com estes dons estiveram intimamente ligados os atos de poder, e a operação de milagres em geral.
Paulo menciona no terceiro grupo de dons, que a outro cristão é dada profecia, o que não só inclui a habilidade de ver o futuro e pré-anunciar eventos vindouros, mas também a de aplicar a palavra de Deus no ensino e na admoestação. “A profecia é que alguém pode interpretar e explicar corretamente a Escritura, e dela comprovar, de modo vigoroso, a doutrina da fé e a doutrina falsa; por meio dela também admoestar o povo, ameaçar ou fortalecer e confortar, indicando, enquanto isto, a ira vindoura, o castigo e a vingança sobre os descrentes e desobedientes, e, por outro, o socorro divino e a recompensa para os cristãos e piedosos; assim como os profetas o fizeram à base da palavra de Deus, tanto da lei como das promessas.”19) A outro é dado o discernir espíritos, que é a capacidade de, rapidamente, distinguir entre verdadeiros e falsos mestres, 2.Ts. 2. 9; 1.Jo. 4. 1.
Quando Satanás descobriu que aberta inimizade e perseguição não tiveram o sucesso que seus planos quiseram, então ele empregou a astúcia e atuação escondida, fazendo surgir falsos mestres exatamente no meio das congregações cristãs, cujas línguas fluentes muitas vezes conseguir introduzir doutrinas diferentes do puro evangelho pregado pelos apóstolos. Por isso uma pessoa que tem a capacidade para logo discriminar, para desmascarar a posição dúbia e perigosa dos falsos mestres, foi uma valiosa aprovação na congregação. A mais outro cristão foram dadas tipos de línguas, sendo ele capaz para falar as grandes coisas de Deus em línguas estranhas, que jamais estudara, Mc. 16. 17, ou ele podia louvar o Senhor numa língua totalmente nova e desconhecida, virtualmente na língua dos anjos, cap. 13. 1. Contudo, visto que estes dons em si mesmo teriam sido inúteis, o Senhor também havia concedido a um outro a interpretação de línguas, ou seja, a capacidade de traduzir a língua desconhecida para o benefício da congregação, para a edificação dos ouvintes.
Claramente o apóstolo lembra seus leitores que, não importando a imensa diferença entre eles, não importando a inclinação que houve entre os detentores dos diferentes talentos para exaltar seus dons pessoais, todos estes dons haviam sido operadas por um e o mesmo Espírito, quando distribuiu a cada pessoa individual exatamente como Sua vontade o ditava. Aqui se destacam dois pensamentos: Que é tão somente o Espírito que lida com cada indivíduo, que é Sua escolha e juízo que determinam os dons, mas também que não podia haver qualquer ideia de mérito da parte de quem os recebeu; a medida do Espírito Santo é a sua vontade e seu conselho pessoal e gracioso.
Nota: Dos dons aqui mencionados pelo apóstolo, “quatro desapareceram completamente do meio da igreja cristã, os outros cinco ainda são encontrados, ainda que em medida menor.
Desapareceram completamente o dom de curar sem a aplicação de remédios, o dom de operar outros milagres, o dom de falar línguas estranhas sem algum estudo e uso prévio, e por último o dom de interpretar tais línguas que jamais se estudou. Este, porém, não é o caso com os outros dons mencionados pelos apóstolos, a saber, com os dons de falar pelo Espírito com sabedoria e com conhecimento, com o dom de profetizar, isto é, de expor as Escrituras, com o dom de uma fé excepcionalmente alta, forte e heroica, e por fim com o dom de distinguir entre os espíritos.”20) Se estes dons ao menos tivessem sido empregados mais vezes, em toda humildade, para o benefício da igreja!
KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concordia Publishing House.
2. São amplos.
Considerando-se que a sabedoria de Deus é “multiforme”, e que seu poder é ilimitado, e que, de igual forma ele concede à Igreja a sua “multiforme” graça, podemos inferir que Deus não está limitado a um número fixo ou fechado de dons. Após ensinar sobre os dons espirituais, no capítulo 12 de 1 Coríntios, o apóstolo Paulo dirige sua doutrina para a “excelência do amor fraternal”, no capítulo seguinte. Certamente, podem ser considerados dons espirituais tantas outras dádivas de Deus à sua igreja. Dessa forma, o leque dos dons de natureza espiritual pode ser ampliado.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 151.
3. Dádivas do Pai.
1) O dom do amor. A maior manifestação do amor de Deus foi o ter enviado a Jesus Cristo para salvar o perdido. Ele próprio declarou de modo solene e incisivo: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16 — grifo nosso). Esse amor, traduzido como o amor “ágape”, é a mais profunda demonstração de Deus, que se doou, em Cristo, para redimir o homem da sua constrangedora situação como caído e longe do criador. Cristo é o amor encarnado, que se “fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14).
2) O dom da filiação divina. Através da fé em Cristo, Deus torna o pecador seu filho, integrando-o na família de Deus. João registrou esse fato: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus-, aos que creem no seu nome” (Jo 1.12 — grifo nosso). Ninguém pode conquistar esse poder (ou direito). E resultado da graça e do amor de Deus. “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus” (Ef 2.19).
3) O dom do batismo com o Espírito Santo. Na casa de Cornélio, enquanto Pedro ministrava a palavra, o Espírito Santo caiu sobre os que ali estavam, conforme Pedro afirmou: “como nós no princípio”; sem dúvidas com o sinal exterior de línguas estranhas (cf. At 2.4). “Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era, então, eu, para que pudesse resistir a Deus?” (At 11.17; At 1.5; 1 Ts 4.8).
4) O dom do crescimento. Doutrinando a igreja em Corinto, Paulo reprovou a atitude de certos grupos que se levantaram na congregação, causando dissensão, divisões internas e partidarismo em torno dos apóstolos. Havia, certamente, quem atribuía a Pedro, a Apoio e a Paulo a preeminência pelo sucesso da evangelização. Mas Paulo, como bom servo de Deus, lhes afirmou: “Eu plantei, Apoio regou; mas Deus deu o crescimento. Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1 Co 3.6,7). Esse crescimento é acima de tudo espiritual.
5) O ministério da reconciliação. Em sua segunda carta aos coríntios, Paulo, escrevendo sobre a nova vida do salvo em Cristo, explica que o milagre da salvação, que inclui a regeneração, a justificação e a santificação, “provém de Deus”, que nos concedeu o “ministério da reconciliação”. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2 Co 5.17-19 — grifo nosso).
6) O espírito de fortaleza, de amor e de moderação. Podemos dizer que Deus nos dá o equilíbrio espiritual, quando nos submetemos à sua vontade. De um lado, concede o “espírito de temor”, para que o sirvamos com profundo respeito e reverência (SI 128.1); de outro, dá-nos o “espírito de fortaleza”, ou de poder; mas, para que esse poder não fique sem controle, concede o “espírito de amor e de moderação” (cf. 2 Tm 1.7). Nenhum dom espiritual, no sentido estrito ou amplo, tem seu exercício aprovado por Deus, se não for por amor e com a devida e sábia moderação. Quando isso não acontece, o detentor do dom tende a aproveitar-se dele para sua promoção pessoal. O Espírito Santo não autoriza a glória para ninguém, exceto para Cristo, o que é a sua missão (Jo 16.14).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 151-152.
Jo 3. 16. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (16). Esta é a primeira menção ao amor de Deus neste Evangelho. E um tema dominante no livro, embora pouco se fale até o capítulo 13. Deus amou o mundo de tal maneira. Aqui, novamente, está a ideia do alcance universal. O evangelho é para todos os homens. Nenhum deles está excluído. Isto descreve por que Deus fez o que fez. Ele amou! A palavra em grego é egapesen. Este é o amor que se move pelos interesses do outro, sem pensar nos próprios interesses. E um amor que deseja arriscar tudo por alguma vantagem para outra pessoa, que não considera nenhum preço muito alto se outra pessoa puder receber algum benefício. O tempo aoristo do verbo indica que o ato de amor de Deus não é limitado pelo tempo e simultaneamente é único e completo. E o amor absoluto!
Deu o seu Filho unigénito. Embora este ato seja muito mais frequentemente descrito pelo verbo “enviar” (e.g., 3.17,34; 6.29,38-40), aqui a ideia enfatizada é a do presente de Deus para o homem (cf. 4.10). Outra vez, o tempo do verbo dar se refere a um ato absoluto e completo (cf. Hb 10.14). Ele deu o seu Filho unigénito, ou seja, a Dádiva que era mais preciosa, e “o título ‘unigénito’ é acrescentado para destacar este conceito”.
... Todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. As alternativas estão definidas. Elas são a vida e a morte! A Dádiva de Deus tornou possível que o homem faça a escolha, a resposta da fé. Os verbos perecer e ter estão em tempos diferentes no original. O primeiro está em aoristo e significa “de uma vez por todas”, expulso para a escuridão exterior. O último está no presente, indicando uma vida eterna presente e duradoura.
William M. Greathouse. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 51-52.(estualicao.blogspot.com)
fonte  www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com


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