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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre de 2006 As Doutrinas Bíblicas Pentecostais



 

           Lições Bíblicas CPAD  3º Trimestre de 2006


Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais
Comentarista: Antonio Gilberto


Lição 11: Decência e ordem no culto ao Senhor
Data: 10 de Setembro de 2006

TEXTO ÁUREO


Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal (Ec 5.1).

VERDADE PRÁTICA


O culto cristão celebra o glorioso nome do Senhor Jesus, anuncia o evangelho e preserva nos adoradores a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Rm 12.1-8
O culto racional propicia a manifestação do Espírito Santo


Terça - Êx 12.24-27
O culto é uma celebração dos feitos do Senhor


Quarta - Lc 2.27
O crente indo para o culto


Quinta - 1 Co 14.26
O culto deve edificar a todos


Sexta - Cl 3.16
Os elementos do culto pentecostal


Sábado - Ml 1.6-10
O culto rejeitado por Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


1 Coríntios 14.26-33,39,40.

26 - Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 - E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 - Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 - Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
33 - Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.
39 - Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas.
40 - Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.

PONTO DE CONTATO


Professor, depois que Vingren recebeu o batismo com o Espírito Santo na conferência em Chicago, retornou para a igreja da qual era pastor em Menominee, Michigan. Vingren começou a pregar a verdade pentecostal de que Jesus batiza com o Espírito Santo e com fogo. Alguns creram, outros duvidaram, mas alguns não desejaram aceitar a mensagem. O grupo que recusou a pregação, obrigou ao jovem pastor a deixar a congregação. Deixando-a, Gunnar dirigiu-se a igreja em South Bend, Indiana. Nessa igreja todos receberam a verdade e creram nela. Na primeira semana Jesus batizou dez pessoas com o Espírito Santo e com fogo e, naquele verão, vinte. Assim, afirma Vingren “Deus transformou a igreja batista de South Bend, em uma igreja pentecostal”.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·        Explicar as causas da desordem no culto em Corinto.
·        Descrever o culto em o Novo Testamento.
·        Compreender a natureza didática dos dons no culto.

SÍNTESE TEXTUAL


O termo “culto” tanto no Antigo (’ābad) quanto em o Novo Testamento (latreuō), significa “servir”, “serviço”, referindo-se ao “serviço sagrado oferecido a uma divindade” (Êx 20.5; Mt 3.10).
O culto de adoração a Deus é a mais sacra reunião da igreja, em gratidão ao Senhor por todas as bênçãos salvíficas (Sl 116.12,13). A pessoa principal do culto não é o pregador, o cantor, os conjuntos, os obreiros, mas o Senhor Jesus Cristo. A Ele toda glória! (Ap 15.3,4). Portanto, devemos prestar nosso culto a Deus com ordem e decência (1 Co 14.40). Evitando o formalismo do ritual, da liturgia seca e mecânica que impede a ação do Espírito, mas também, fugir da irracionalidade e do descomedimento, que escandaliza e impede a edificação coletiva (1 Co 14.26-40).

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA


Professor, nesta lição utilize uma técnica de criatividade chamada de PMI (do inglês Plus, Minus, Interesting). Esta técnica consiste em pedir ao aluno para que identifique pontos positivos, negativos e interessantes de um determinado tema. Portanto, divida a classe em grupos, não mais do que três pessoas por equipe. A seguir, distribua uma folha de papel para cada grupo contendo a frase “A Liturgia da Igreja”. Abaixo dessa expressão escreva: (1) Pontos Positivos (2) Pontos Menos Interessantes (3)Pontos Mais Interessantes. Solicite aos alunos que reflitam a respeito da liturgia do culto e escrevam as características positivas, menos ou mais interessantes. Ao término, convide-os a apresentar o resultado de suas observações. Conclua a dinâmica comentando os propósitos e conteúdo da lição.

COMENTÁRIO


introdução

Nesta lição estudaremos sobre a liturgia do culto a Deus. Liturgia é o conjunto dos elementos que compõem o culto cristão (At 2.42-47; 1 Co 14.26-40; Cl 3.16). Embora seja possível liturgia sem culto, não há culto sem liturgia (Is 1.11-17; 29.13; Mt 15.7-9; 1 Co 11.17-22). A liturgia, portanto, compreende diversas partes do culto: oração (At 12.12; 16.16); cânticos (1 Co 14.26; Cl 3.16); leitura e exposição da Palavra de Deus (Rm 10.17; Hb 13.7); ofertas (1 Co 16.1,2); manifestações e operações do Espírito Santo (1 Co 14.26-32); e bênção apostólica (2 Co 13.13; Nm 6.23-27).

I. O CULTO PENTECOSTAL EM O NOVO TESTAMENTO

1. Na Igreja em Atos e nas Epístolas (At 2.1-4; Ef 5.19; Cl 3.16). A promessa da efusão do Espírito (Jl 2.28) cumpriu-se no dia de Pentecostes (At 2.16-18) quando, os que estavam reunidos, foram “cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.1-4). Essa experiência pentecostal repetiu-se em outras ocasiões: em Samaria (At 8.14-20); na vida de Paulo (At 9.17); na casa de Cornélio (At 10.44-48); e em Éfeso (At 19.1-7). Manifestações espirituais como essas foram acompanhadas do: falar em outras línguas (At 2.4; 19.6); poder (At 8.18,19); exultação a Deus (At 10.46); ousadia, poder e graça na pregação (At 4.31,33) e mensagens proféticas (At 19.6). O culto dos crentes primitivos que, nos primeiros dias da igreja em Jerusalém não se distinguia muito da liturgia judaica (At 3.1), passou a ser dinâmico, espontâneo e com manifestações periódicas dos dons concedidos pelo Espírito Santo (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11,28-31).
Portanto, a recomendação da Bíblia aos crentes pentecostais é: “Não vos embriagueis com vinho em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).
a) “Enchei-vos do Espírito”. O verbo traduzido por “enchei-vos” traz no original quatro lições importantes: é um imperativo — pois se trata de uma ordem; está no plural — por isso, aplica-se a todos os crentes; está na voz passiva — o que significa que a ação de estarmos cheios do Espírito é atribuição dEle; está no tempo presente contínuo — isto é, designa uma ação constante, contínua, perene. Portanto, pode ser traduzido como “Deixai-vos encher continuamente do Espírito”.
b) Enchendo-nos continuamente do Espírito para cultuar a Deus. Os crentes de Éfeso só poderiam continuar enchendo-se do Espírito, se já estivessem cheios dEle anteriormente. Na verdade, eles já haviam sido batizados com o Espírito, conforme At 19.1-7. Quando o crente é cheio e se mantém renovado pelo Espírito Santo, o culto cristão é caracterizado por: “salmos, e hinos, e cânticos espirituais”.
2. Na igreja em Corinto. Os cultos da igreja de Corinto eram notadamente pentecostais (1 Co 12; 13; 14). Segundo o apóstolo Paulo, nenhum dom faltava a essa igreja (1 Co 1.7). Todas as manifestações espirituais do Espírito Santo tinham lugar ali (1 Co 12.4); as diversidades de ministérios do Senhor Jesus (1 Co 12.5); e, as diversas operações do próprio Deus (1 Co 12.6).
No entanto, a igreja estava envolvida em diversas dissensões e litígios (1 Co 1.10; 6.1-11; 11.18), pecados morais graves (1 Co 5), e desordem no culto de adoração a Deus (1 Co 11.17-19). Outrossim, os crentes eram imaturos e carnais (1 Co 3.1-4). A desordem era tal que o próprio culto tornou-se um entrave para o progresso espiritual dos crentes.

II. CAUSAS DA DESORDEM NO CULTO EM CORINTO

1. Dissensão ou partidarismo (1 Co 11.18; 1.10-13; 3.4-6). “Ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões”. O termo “dissensões” empregado em 1 Co 11.17 e 1.10 descreve a destruição da unidade cristã por meio da carnalidade. Em vez de gratidão a Deus, para promover a comunhão uns para com os outros e “guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4.3), os crentes reuniam-se para o culto com “espírito faccioso”.
2. Carnalidade (1 Co 3.1-3). “Não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais” (v.1). Havia membros da igreja de Corinto guiados e cheios do Espírito Santo (1 Co 1.4-9; Rm 8.14), mas muitos eram carnais (v.1). Carnal é o crente, ele ou ela, cuja vida não é regida pelo Espírito (Rm 8.5-8); que tem muita dificuldade de entender os assuntos espirituais (1 Co 2.14) e, vive em contendas, difamações. A mente e a língua do carnal é malfazeja até durante o sono. Ver Rm 8.5; Gl 5.19-21; Pv 4.16. Esse tipo de crente é uma perturbação no culto de adoração a Deus.
3. Intemperança (1 Co 11.21). Na liturgia da igreja primitiva era comum a Ceia do Senhor ser precedida por uma festividade chamada de agápe ou festa do amor (2 Pe 2.13; Jd v.12). No entanto, alguns crentes coríntios em vez de fortalecerem o amor e a unidade cristã antes da Ceia do Senhor, embriagavam-se. Os ricos comiam de tudo, enquanto os pobres padeciam de fome (v.21). Isso alguns faziam “para sua própria condenação” ou castigo (v.29). Esses cristãos cometiam o erro de transformar uma festa espiritual, o culto, em uma festa profana. Veja as conseqüências disso nos vv.30,31.
4. Ignorância concernente os dons espirituais (1 Co 12.1; 14.26-33). A manifestação dos dons espirituais é “dada a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7). O propósito de Deus neles é a edificação, consolação, exortação, crescimento espiritual e aperfeiçoamento do Corpo de Cristo (1 Co 14.3, 26; Ef 4.11-14; Rm 12.4-8). Mas, para que assim seja, é necessário que haja sabedoria, ordem e decência quanto ao uso dos mesmos (1 Co 12.1; 14.40). O crente não é proibido de falar em línguas, nem o profeta de profetizar no culto (1 Co 14.39), contanto que seja conforme a doutrina bíblica (1 Co 14.12,19,26,39). A expressão-chave do ensino contido em 1 Co 14.26-40 é: “Faça-se tudo para edificação”(v.26). “Edificação” quer dizer “construir como um processo”, ou seja, crescimento sólido, gradual, uniforme e constante na vida do crente. Os cristãos de Corinto ignoravam o propósito evangelístico e edificador do culto na vida espiritual do crente (1 Co 14.23-25), pois exibiam vaidosamente seus dotes espirituais, provocando balburdia e dissensões (1 Co 14.27-30).

CONCLUSÃO

A Bíblia recomenda que todos, pelo Espírito Santo, falem em línguas e profetizem (1 Co 14.5), mas que também exerçam os dons espirituais com sabedoria, ordem e decência (1 Co 14.26-33,37-40), afim de que o nome do Senhor seja glorificado (1 Co 14.25), o incrédulo seja convertido (1 Co 14.22-25) e a igreja edificada (1 Co 14.26).

VOCABULÁRIO


Expressão-chave: Frase principal da qual todas as outras dependem.
Malfazejo: Fazer mal, causar dano.
Profano: Que não é religioso ou sagrado.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


ANDRADE, C. C. Manual do Superintendente da Escola Dominical. RJ: CPAD, 2000.

EXERCÍCIOS


1. O que é liturgia?
R. O conjunto dos elementos que compõem o culto cristão.

2. Quais as principais partes do culto cristão?
R. Oração; cânticos; exposição da Palavra de Deus; ofertas; bênção apostólica.

3. Depois do Pentecostes a experiência pentecostal repetiu-se em quais ocasiões?
R. Samaria; na vida de Paulo; na casa de Cornélio; em Éfeso.

4. Como era o culto na igreja de Corinto?
R. Era uma reunião pentecostal.

5. Cite quatro elementos que provocam desordem no culto?
R. Dissensões, carnalidade, intemperança e ignorância concernente os dons espirituais.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES


Subsídio Doutrinário

“Direção do Culto
Todos sabemos que o culto divino deve ser orientado pelo Espírito Santo, e consideraríamos uma temeridade se houvesse nestes escritos a pretensão de tomar para o homem prerrogativas que são exclusivas do Senhor. Cabe-nos, no entanto, dizer que o Espírito de Deus usa, para todos os atos que se praticam na igreja, o homem que se coloca à sua disposição. É maravilhoso notar que somos instrumentos do Espírito, e é do agrado do Senhor que seus servos estejam devidamente informados sobre qualquer procedimento nas atividades que a cada um têm sido conferidas.
A direção de um culto, cabe prioritariamente ao Espírito Santo, mas a participação humana é indispensável. O elemento humano na direção de um culto a Deus precisa estar primeiramente em sintonia com o Espírito Santo.

Dirigir um culto requer muita responsabilidade, porque, neste ato, se está trabalhando com matéria prima do Céu, alimento do Céu, que se distribui com os famintos espirituais. A meta de quem dirige um culto nunca pode ser a de cumprir um anseio humano nem de encontrar uma oportunidade para expor os frutos do eu e da vaidade, mas, sim, fazer tudo para glorificar o nome do Senhor” (OLIVEIRA, T. R. Manual de cerimônias. 22.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.16-7).

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