Lições Bíblicas CPAD
Jovens 4º Trimestre de 2015
Título: Estabelecendo relacionamentos
saudáveis — Vivendo e aprendendo a viver
Comentarista: Esdras Costa Bentho
Lição 1: Fundamentos bíblicos para
relacionamentos saudáveis Data: 4 de Outubro de 2015
TEXTO DO DIA
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em
união!” (Sl 133.1).
SÍNTESE
A base de todos os relacionamentos
cristãos saudáveis está na comunhão e unidade da própria Trindade: Pai, Filho e
Espírito Santo.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 1.1-23; 2.1-15
Deus prepara um lindo jardim para o
homem
TERÇA — Gn 1.24,25; 2.19,20
Deus cria seres para companhia do
homem
QUARTA — Gn 1.26-31
Deus cria o homem à sua imagem
QUINTA — Gn 2.21-25
Deus cria para o homem alguém que lhe
fosse semelhante
SEXTA — Gn 2.16,17
Obediência, adoração e amor
SÁBADO — Gn 3.1-24
Os relacionamentos com o Criador, a
natureza e a criatura corrompidos.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
·
DESCREVER os
fundamentos teológicos dos relacionamentos cristãos;
·
APRESENTAR as
bases dos relacionamentos saudáveis;
·
COMPREENDER os
princípios dos relacionamentos saudáveis.
INTERAÇÃO
Neste trimestre estudaremos a
respeito dos relacionamentos em suas dimensões bíblica, pessoal, social e
humana que envolvem respectivamente teologia, psicologia, sociologia e
antropologia. Envolver-se com o presente tema não é apenas um desafio, mas
também um aprendizado — todos podemos e devemos repensar e melhorar nossos
relacionamentos. Aproveite estas lições para refletir e criar relacionamentos
sólidos. Seja um exemplo para seus alunos.
O comentarista, Esdras Costa Bentho,
é pastor, graduado em Pedagogia, Mestre em Teologia pela PUC-Rio, professor da
FAECAD e autor de várias obras publicadas pela CPAD.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Nesta lição desenvolva o conceito de
afetividade com os alunos. A afetividade é uma qualidade ou condição do ser
psíquico que caracteriza uma capacidade de vivenciar internamente a realidade
exterior, sentindo o impacto que essa realidade produz no interior na pessoa. É
por meio dela que a pessoa reage emocionalmente a um estímulo. Ela é um modo de
ser, porque o ser humano não “tem uma afetividade”, ele é afetividade. Assim,
sem demorar-se muito, no terceiro subtópico do tópico I, provoque os alunos com
as seguintes questões: (1) “A afetividade que uma pessoa sente por outra pode
levá-la a racionalização (enganando-se a si mesma) e a verbalização
(confundindo os outros) para camuflar os defeitos do outro alertado por pais,
conselheiros e amigos?” (2) “Você é capaz de identificar a influência da razão
e da afetividade em suas decisões?”. Trata-se de perguntas profundas que
levarão seus alunos a refletirem! Se desejar, escreva-as numa folha de papel e
entregue aos alunos para que respondam em casa. Isso é pessoal, não procure ler
se alguém não lhe der esse direito. É para autoconhecimento do aluno.
TEXTO BÍBLICO
Gênesis 2.18-24.
18 — E disse o Senhor Deus: Não é
bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19 — Havendo, pois, o Senhor Deus
formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão,
para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma
vivente, isso foi o seu nome.
20 — E Adão pôs os nomes a todo o
gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se
achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 — Então, o Senhor Deus fez
cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas
e cerrou a carne em seu lugar.
22 — E da costela que o Senhor
Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 — E disse Adão: Esta é agora
osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto
do varão foi tomada.
24 — Portanto, deixará o varão o
seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
“Nenhum homem é uma ilha isolada”.
Essa importante estrofe do pregador John Donne (1572-1631), lembra-nos de que
vivemos numa comunidade global, formada por pessoas de etnias e culturas
diferentes. Todos recebemos do Criador a mesmíssima vida soprada em Adão (Gn
2.7; 5.3; At 17.25,26). O Senhor é doador da vida e de relacionamentos
saudáveis, “porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17.28). Nessa
lição, estudaremos os fundamentos bíblicos para a vida em comunidade e para os
relacionamentos saudáveis.
I. DEUS VIU QUE NÃO É BOM QUE O HOMEM
VIVA SOZINHO (Gn 2.18)
1. Relacionamento com Deus: a imagem
divina (Gn 1.26). Na Antiguidade, apenas os grandes reis eram
considerados “imagem de Deus”. Todavia, a Bíblia revela que isso não estava
limitado aos monarcas, mas a todo homem — todos foram criados por Deus! Quão
inovador não soou essa boa-nova aos ouvidos dos escravos, pobres, crianças,
anciãos e mulheres do Antigo Oriente: “E criou Deus o homem à sua imagem; à
imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27; 1Co 11.7). Todos
participam da vida do Criador! Tanto o homem quanto a mulher são capacitados
pela imagem de Deus a viver em comunhão com o Senhor e com o semelhante na
personalidade e socialidade que advém da semelhança com o Criador!
2. Relacionamento com a criação:
distinção e preservação (Gn 1.21-25). O
mundo não é uma emanação divina. Tudo que existe foi criado por Deus. Essa
mensagem soou como uma novidade na Antiguidade, acostumada a ver nas coisas
criadas um reflexo da divindade (Dt 4.15-19; Rm 1.20-23). A Bíblia ensina que
somente Deus é digno de adoração. Tudo é criação de Deus e somente o Senhor é
Deus! O Deus que se relaciona com a humanidade é o mesmo que criou livre e
amorosamente todas as coisas e as entregou ao cuidado do homem (Gn 1.28; 2.15).
O homem é criatura, mas distinta das coisas criadas (Gn 1.26). Ele foi criado à
imagem de Deus e capacitado para desenvolver a experiência da receptividade.
Ele responde perante Deus a respeito de seus relacionamentos com os que lhe são
semelhantes e com o mundo criado (Gn 4.8-13). Foi criado capaz de ser
responsável diante do outro e da criação (Gn 3). Sua relação é dialógica com
Deus (Gn 3.8,9) e de preservação e transformação responsável das coisas
criadas.
3. Relacionamento com o outro:
identidade e solidariedade (Gn 2.18-25). O
Senhor afirma que “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). Como pode estar
sozinho se desfruta da comunhão com Deus e da presença de todos os animais (Gn
2.19; 3.8)? Embora o homem desfrutasse da comunhão com o Criador e com a
criação, ambos relacionamentos davam-se de modo distintos e, por isso, ele
estava incompleto. O relacionamento do homem com o mundo era mediante o
trabalho, a celebração da vida (Gn 2.5,15,19,20); enquanto com Deus por meio da
fé, da obediência, do amor e da adoração (Gn 2.16,17; 3.8). Uma dimensão física
e imanente (mundo), e outra espiritual e transcendente (Criador). As dimensões
espiritual e corpórea estavam integradas. Faltava-lhe, portanto, a dimensão interpessoal
e afetiva (o outro): o relacionamento com outros seres humanos pelo diálogo,
amizade, amor e abertura ao que lhe é igual. Essa dimensão deu-se por meio da
criação do outro que, embora semelhante era diferente e complementar (Gn
2.21-23). Nisto se constitui a identidade do sujeito: o eu (si) — o que sou — e
o outro — o que não sou. No primeiro, “o que sou”, somos chamados a ser
sujeitos e controlar nossas vidas (rejeitando a dominação, a escravidão —
autonomia), a escolher por nós mesmos (rejeitando a manipulação — liberdade), e
a desenvolver meu modo próprio de ser pessoa (rejeitando a coisificação e
instrumentalização — sujeito). No segundo, “o outro”, é verdadeiro o mesmo em
relação ao primeiro, permitindo que aquilo que desejo para mim (autonomia,
liberdade, condição de sujeito) seja também direito do outro, numa relação
solidária.
Pense!
A imagem de Deus capacita-nos a viver
plenamente com Deus, a distinguir-se da criação e a entender o próximo. Como
valorizamos a imagem de Deus em nós?
Ponto Importante
O homem foi criado para viver e
valorizar relacionamentos corretos e saudáveis.
II. FUNDAMENTOS DOS RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS (Rm 12.9-21)
1. Amor fraterno (Rm 12.10). A
principal base de todo relacionamento saudável é o amor fraterno. Trata-se do
tipo de amizade em que o outro é aceito e respeitado como tal. É um amor
interpessoal, que valoriza as qualidades, respeita as diferenças e suporta as
fragilidades. É um amor capaz de se alegrar com as conquistas do outro, e de se
entristecer com o infortúnio alheio (Rm 12.15). Ele é cordial e fraterno (Rm
12.10), e se esforça pela paz (v.18). O amor fraterno é uma das principais
colunas dos relacionamentos saudáveis (Hb 13.1), e não existe qualquer amizade
verdadeira (1Pe 3.8) que subsista sem ele (1Ts 4.9). O amor fraternal
desenvolve-se inicialmente na família, entre os parentes consanguíneos, porque
o núcleo familiar é o lugar mais apropriado para o surgimento e crescimento das
interações humanas frutíferas que se estenderão por toda vida. Ao longo da vida
social, o amor fraternal é compartilhado com outras pessoas independente do
parentesco, da etnia e posição social, chegando a tornar-se mais profundo e
significativo do que os laços familiares (Pv 17.17; 18.24). Esse sentimento é
caracterizado pela dedicação, compromisso, interesse, respeito pela outra
pessoa e, assim como a Epafrodito, pode levar até ao sacrifício (Fp 2.19-30;
4.18). A base dele é o amor agápico (1Ts 4.9).
2. Amor agápico (Jo 13.34). Este
é o amor com que Deus ama-nos (Jo 3.16). Na verdade, o amor que é o próprio
Deus (1Jo 4.8,16). Esse é o amor pelo qual Deus deu seu Filho para morrer pelos
homens (1Jo 4.10), e o Filho deu-se a si mesmo à morte pela humanidade (Jo
15.13). Devemos “amar o próximo como a nós mesmos” (Mt 22.39). Todavia, tal
amor pode sucumbir ao egoísmo, e aos interesses pessoais. Jesus deu-nos novo
mandamento: que amemos uns outros, assim como ele nos amou (Jo 15.12). Um amor
disposto ao sacrifício, cujo interesse não é o “si”, mas o “outro”. A descrição
mais completa desse amor encontra-se em 1 Coríntios 13.1-13 e o seu exemplo
mais singular em Filipenses 2.5-11 e 2 Coríntios 8.9. Em todas as dimensões
possíveis esse amor se expressa por inteiro somente na Pessoa do Pai (1Jo
4.8,16), do Filho (Ef 3.19) e do Espírito Santo (Rm 15.30; ver 2Co 13.13).
Deste modo, o amor agápico não é manifestado integral e completamente nas
interações humanas pelo simples fato de o homem manifestar feixes de
sentimentos contraditórios, positivos e negativos: amor e ódio, humildade e
soberba, justiça e injustiça. Todavia, esse amor é derramado no coração do
filho de Deus para que ele ame como Deus também ama (Rm 5.5; Jo 13.35). É
desenvolvido na caminhada diária com o Senhor e a comunidade de fé.
3. Amor agápico ordenado por Jesus. Embora
o amor agápico não se apresente em sua plenitude nas limitações humanas, em
Cristo, a pessoa pode amar com a mesma excelência com que Cristo ama e, assim,
cumprir o mandato divino (Jo 13.34). Esse amor agápico é uma ordenança e a
identidade (1Jo 4.7-13) mediante a qual o mundo conhece os discípulos de Cristo
(Jo 13.35). Esse amor é incondicional e não exige uma resposta positiva da
outra pessoa! Quem o possui ama sem exigir qualquer coisa em troca, mesmo que
seja reciprocidade. É nesse sentido que se fala do amor de Cristo pela Igreja e
do amor de Deus pelos homens (1Jo 4.10; Jo 3.16). Portanto, somente o temos, o
vivemos e o comunicamos em união com Cristo Jesus. Os relacionamentos entre os
filhos de Deus devem superar suas diferenças e inquietações por meio do
amadurecimento do amor agápico na vida da comunidade de fé, a Igreja (1Jo
4.16-21).
Pense!
O amor fraternal e o agápico são a
essência dos relacionamentos saudáveis e frutíferos. O que implica a falta
deles em nós?
Ponto Importante
A vocação cristã consiste em refletir
intensamente o mesmo amor de Jesus.
III. PRINCÍPIOS PARA SE ESTABELECER
RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS
1. Respeito (1Tm 2.2 — ARA). O
respeito é um valor moral necessário ao convívio saudável e harmônico. Por meio
dele apreciamos e reconhecemos o próximo e os seus direitos: à vida, à
felicidade; ao trabalho; ao culto; à livre expressão de ideias. No mundo
globalizado e multicultural de hoje, o respeito é uma necessidade para a boa
convivência. Nenhum relacionamento saudável subsiste sem respeito mútuo (Rm
13.7; Ef 5.33; 1Tm 3.8; Tt 2.2 — ARA).
2. Ética (Êx 20; Mt 5-7; 2Tm 3.16). Em
aspecto prático, a ética refere-se às normas de conduta sob as quais a
sociedade e o indivíduo vivem. Todavia, a base da ética cristã não são os
costumes sociais, mas o caráter santo e misericordioso de Deus, os ensinos de
Jesus, e as Escrituras. Estes fundamentam a vida e os relacionamentos saudáveis
dos cristãos.
3. Alteridade (Lc 6.36,37). O
homem é um ser social! Ele vive em comunidade e interage com o outro, que lhe é
diferente. Isto cria uma relação de interdependência e solidariedade, que são
necessárias ao desenvolvimento pessoal e coletivo do ser humano. Por meio da
alteridade a pessoa se coloca no lugar da outra, procurando entendê-la,
respeitando as diferenças que existem entre ambas.
Pense!
Respeito, ética e alteridade são como
estradas de duas vias. O que aconteceria se vivêssemos preocupados apenas
conosco?
Ponto Importante
O amor verdadeiro abre-se ao mistério
que é o outro.
CONCLUSÃO
A Sagrada Escritura revela o maior de
todos os segredos para a construção de um relacionamento saudável: O Senhor não
estava solitário na eternidade, mas compartilhava da comunhão perfeita do Filho
e do Espírito Santo! É a relação perfeita de amor entre as três benditas
pessoas da Deidade que possibilita-nos entender o desejo do Senhor Jesus ao
dizer: “Que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também
eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21).
Sejamos unidos, nos esforcemos para sermos unidos, e vivamos relacionamentos
saudáveis, porque essa é a vontade de Deus.
ESTANTE DO PROFESSOR
PALMER, M.D. Panorama do Pensamento Cristão. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2001.
COLSON, C. E, Agora como Viveremos? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000.
COLSON, C. E, Agora como Viveremos? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000.
HORA DA REVISÃO
1. Qual
foi o grande impacto que o conceito de “imagem de Deus” causou na Antiguidade?
De que todos são iguais diante de Deus pois todos são imagem de Deus.
2. O
homem é imagem de Deus e foi capacitado para quê?
A viver em comunhão com o Senhor e com o semelhante na personalidade e
socialidade que advém da semelhança com o Criador!
3. No
que consiste a identidade do sujeito? Explique.
No que sou (eu), que implica autonomia e liberdade; e no que não sou
(outro) que implica que o outro tem o mesmo direito à autônima e liberdade.
4. Qual
foi a grande mudança no mandamento de “amar o próximo como a ti mesmo”?
Um amor disposto ao sacrifício, cujo interesse não é o “si”, mas o
“outro”.
5. Quais
os três princípios para o relacionamento saudável? Explique-os brevemente.
Respeito — valor moral necessário ao convívio saudável. Ética — normas de
conduta para se viver. Alteridade — colocar-se no lugar da outra pessoa.
SUBSÍDIO
“A
Comunidade
[...] O desejo por comunidade nos foi
dado por Deus. Ademais, a comunidade é necessária para o desenvolvimento do
cristão. É quase impossível desenvolver um estilo de vida cristão sem o
companheirismo da Igreja; de fato, ‘a formação ocorre no contexto das
relações’. Somente na comunidade é que a pessoa toma conhecimento de quem é,
desenvolve seu caráter e vive de acordo com ele. Mas a comunidade deve ser uma
comunidade fiel, pois devemos nos preocupar em nos formar fielmente.
Definição
A palavra do Novo Testamento usada
para identificar o tipo de comunidade necessária é koinonia. Paulo a usou para indicar ‘o
companheirismo do relacionamento dos cristãos com Cristo’ e, por conseguinte,
uns com os outros. Koinonia tem o significado básico de ‘compartilhar algo com
alguém’. Assim, para nós, koinonia é o companheirismo dos crentes em Cristo, que deve
ser encontrado na Igreja.
Características da Koinonia
Howard Snyder especifica três
aspectos da comunidade cristã importante para este estudo: compromisso e
concerto, vida compartilhada e transcendência. Pode ser proveitoso aplicar
estes aspectos da koinonia aos elementos que James McClendon sugere que os
cristãos precisam: estabilidade (para o corpo), integridade (para a mente) e
liberdade (para o espírito). Os cristãos precisam estar em um ambiente que
venha a nutrir o corpo, a mente e o espírito [...]” (PALMER, M. D. Panorama do Pensamento Cristão. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2001, p.305).
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