SUBSIDIO
N.2 JUVENIS ÈTICA NO NAMORO
A
família é a unidade básica do gênero humano, instituída por Deus no Éden, a
partir do marido e da mulher (Adão e Eva), como meio de propagação da raça humana.
Em resumo, é o conjunto de pessoas unidas por laços de parentesco, partindo do
casamento. Quando Deus estabeleceu a família, também designou um local
apropriado para que o primeiro casal constituísse o seu lar, que é o ambiente
onde mora a família. A comunidade, desde a menor até à metrópole, depende do
lar para a sua existência; por isso, quando o lar fracassa e se desmorona, a
comunidade torna-se um caos.
I.
NAMORO
1.
Definição do termo. Namorar é literalmente “despertar amor em alguém”. O termo
é uma redução ortográfica do verbo enamorar. Namoro, no sentido sério, é uma
fase de conhecimento social e amoroso entre um homem e uma mulher que pretendem
se casar.
2.
Namoro de verdade. É evidente que estamos a tratar de namoro responsável, de
compromisso, de duas pessoas que estão com o propósito de casar e estabelecer
uma família. Não estamos a falar aqui de duas pessoas irresponsáveis, imaturas
e compulsivas, que encaram o namoro como um passatempo sem propósito; uma
aventura passional, fruto de compulsão, de uma febre, de imitação.
3.
O namoro hoje. O namoro hoje está ocorrendo quase todo fora do lar e
infelizmente deixou de ser romântico e doméstico. Por isso, quase não há mais
namoro realmente afetivo, e sim de motivação instintiva; logo, há tanto
envolvimento sexual no namoro hoje.
II.
O JUGO DESIGUAL NO NAMORO, NOIVADO E CASAMENTO (2Co 6.14)
Não
está dito “o jugo”, como se fosse um só, mas “um jugo”. Jugo é um implemento de
trabalho, tipo canga, que se unem os bois para puxarem o arado ou o carro. O
“jugo desigual” do qual fala o texto bíblico, ocorre quando se coloca no mesmo
jugo animais de espécies diferentes, o que é proibido na lei de Deus (Dt 22.10;
Lv 19.19). Esses animais são também diferentes no tamanho, na altura, no passo,
na força, na alimentação etc. Em 2 Coríntios 6.14-17, a Bíblia, usando o termo
jugo figuradamente, apresenta lições práticas preventivas para a vida do
crente, a fim de que este evite a antibíblica e pecaminosa comunhão com o
descrente. Este pode tornar-se “bonzinho” e até mesmo “quase crente” para
conquistar o pretendente ao namoro, mas jamais mudará de vida, como está
escrito em João 3.3,5 e 2 Coríntios 5.17.
1.
Jugos desiguais na vida. Alguns desses casos podem não parecer jugos desiguais
agora, mas se não forem evitados hoje no namoro e no noivado, eles levarão a um
casamento problemático, indesejável e infeliz.
a)
O jugo desigual da fé, da religião e da igreja. A ordem divina contrária é bem
clara em textos como Deuteronômio 7.3,4; Esdras 9.2,12; Neemias 13.25. A
doutrina bíblica é esclarecedora: “Casar com quem quiser, contanto que seja no
Senhor” (1Co 7.39). O namorado incrédulo não tem compromisso com a doutrina
bíblica, com a vontade de Deus, com a santidade, com a pureza de atitudes.
b)
O jugo desigual do caráter. Quando lemos Mateus 5.13,14 e Filipenses 2.15; 4.8,
temos a certeza de que o caráter cristão não se coaduna com o caráter tortuoso
de quem não teme a Deus.
c)
O jugo desigual da idade. Se a diferença de idade é descabida, absurda e
inadmissível, num curto prazo isso se transformará num jugo entre os dois. A
idade, no seu devido tempo, afeta na pessoa as suas emoções, a cosmovisão da
vida, o comportamento social, a vitalidade, a mentalidade, etc.
d)
O jugo desigual socioeconômico. Não parece, mas se isso não for amplamente
abordado no devido tempo, pode tornar-se um jugo, como a disparidade na
escolaridade, feitio da personalidade, status social, doença crônica ou
preexistente, estado civil pré-matrimonial, etc.
e)
O jugo desigual e suas consequências nos filhos amanhã. Em Neemias 13.23-26,
vemos os males resultantes do casamento de crente com incrédulo recaírem sobre
os filhos. Eles perderam a sua identidade como povo do Senhor.
III.
NOIVADO
É
a fase de preparação para o casamento. Nos tempos bíblicos, o noivado já era a
primeira fase do casamento, e portanto não podia ser desfeito banalmente como
hoje. Enquanto noivos, antes das bodas, o rapaz e a moça residiam normalmente
com os seus pais, sem qualquer envolvimento sexual.
1.
A escolha do futuro cônjuge. A primeira escolha mais importante de toda nossa
vida é a de aceitar a Jesus como nosso Salvador e Senhor. A segunda é a de um
cônjuge, para juntos compartilharmos a jornada da vida. Isso dá uma ideia da
inestimável importância do casamento para quem o leva a sério. Uma escolha
malfeita terá más consequências pelo resto da vida, a menos que o casal recorra
a Deus.
2.
O lado espiritual da escolha. “Do Senhor vem a mulher prudente” (Pv 19.14).
Para uma acertada escolha é preciso depender de Deus, que conhece todas as
coisas e pessoas. Isso é válido para o homem e para a mulher (Ver Gênesis 24,
todo o capítulo). Buscar a Deus, de coração e sem reservas, é o primeiro passo
nesse sentido.
3.
O lado humano e pessoal da escolha. “O que acha uma mulher acha uma coisa boa e
alcançou a benevolência do Senhor” (Pv 18.22). Achar é resultado de uma
procura; é a parte humana neste assunto.
4.
O noivado em si. Os noivos deverão a todo custo buscar aconselhamento
pré-marital na igreja, sob a forma de curso ou reuniões específicas para isso,
e também conversar com o pastor da igreja sobre o assunto. Isso feito com
oração e propósito dos noivos de viverem nos caminhos do Senhor, conforme
Efésios 5.21-33; 6.1-4 muito ajuda na estabilidade e felicidade do casamento.
IV.
CASAMENTO
O
casamento é uma instituição social de origem divina, fundada no princípio da
raça humana, para dar origem e sustentação à família (Gn 2.22-24; Mt 19.4-6).
Quanto ao ato, o casamento é um concerto, ou aliança, feito entre pessoas de
sexos opostos — diante de Deus, da família, da igreja — de serem marido e
mulher enquanto viverem (Ml 2.14).
1.
O casamento — a fase de união. É a fase da união dos noivos. O bom casamento é
mais do que uma união de corpos; é uma comunhão plena de duas pessoas por amor.
“Unir-se-á à sua mulher” (Gn 2.24; Mt 19.5). Um bom casamento deve ser também a
união de duas famílias.
2.
O casamento — um estado digno e honroso (Hb 13.4). Isto acha-se também em
Salmos 107.41; Efésios 5.31. O fato de Jesus comparecer a uma festa de
casamento em Caná da Galileia, e ali realizar o seu primeiro milagre, muito
dignifica o casamento.
3.
O casamento — uma mudança de vida. O casamento como Deus o instituiu não muda
nunca.
a)
Gênesis 2.24. O casamento na sua gênese. “Deixará o homem seu pai e sua mãe e
apegar-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne”. Casar é passar a viver
independente dos pais.
b)
Mateus 19.5. O casamento nos dias de Cristo. O texto bíblico inicial não mudou
nada. Casar é viver a dois indissoluvelmente.
c)
Efésios 5.31. O casamento nos dias da Igreja. O texto bíblico inicial de
Gênesis 2.24 em nada mudou, no sentido de tornar-se, vir a ser. Casar é um
processo contínuo e dinâmico de adaptação e aperfeiçoamento conjugal. Quando da
criação do ser humano, de um só (Adão), Deus criou os dois (Adão e Eva); no
casamento, Deus, dos dois quer fazer um.
4.
Propósito de Deus para o casamento. Alguns dos propósitos de Deus no casamento:
a)
Felicidade em geral do casal. “Bem-aventurado” (Sl 128.2); “seja bendito” (Pv
5.18a); “goza a vida” (Ec 9.9).
b)
Companheirismo, intimidade e complementação mútua do casal (Gn 2.18,24; 1Co
11.11).
c)
Dar origem a novos lares. Novas famílias para a preservação da raça humana (Mt
19.5).
d)
Vitaliciedade (Mt 19.6).
e)
Testemunhar de Cristo e da sua Igreja (Ef 5.31,32).
Sempre
que alguém da família está debilitado espiritualmente, toda a família sofre. O
“jugo desigual”, tanto no namoro, noivado e casamento quanto em outras áreas de
amizade, traz desequilíbrio à vida cristã individual e familiar. Que ninguém
pense em ser feliz na vida em família, sem atentar para as normas bíblicas do
Criador que a instituiu.
“A
nossa mensagem é dirigida especialmente aos jovens que pretendem constituir um
lar. Começamos pelo período do noivado, que é tempo certo para o lançamento das
bases para o enlace matrimonial. Passaremos agora a uma série de recomendações
que podem constituir pré-requisitos para um casamento feliz:
a)
Vida de oração — Os noivos devem orar muito a Deus, reservar tempo a esse
exercício sagrado, ao invés das horas de aproximação excessiva...
b)
Certos da vontade do Senhor — Antes da decisão, devem ter certeza de que o
casamento é a vontade de Deus...
c)
Firmeza de propósitos — Devem possuir firmeza de propósitos quanto a obediência
à sã doutrina, na direção do Espírito Santo...
d)
Proteção à integridade do casamento — Os jovens que se amam e se respeitam não
serão egoístas, pois visarão à felicidade e ao bem-estar um do outro. Cada um
fará a sua parte para proteger a integridade do casamento, sabendo que, ao se
tornarem marido e mulher, terão toda a liberdade.
e)
Domínio em todas as circunstâncias — Devem conservar-se sem culpa diante de
Deus. Um casamento pode chegar à ruína se os contraentes levarem para ele o
peso de culpa, por causa das liberdades que mantiveram antes ou durante o
noivado. Tais comportamentos podem gerar desconfiança, frustração e atrair
maldição de Deus.
f)
Preparo psicológico e espiritual — O amor alicerçado na sinceridade e no
respeito pode se tornar puro como diamante e mais forte do que a morte.
g)
Preparo econômico — A fé em Deus não induz ao descuido e à displicência. Ao
contrário, produz suficiente visão dos deveres e responsabilidades quanto à
constituição e manutenção do lar... Daí a importância do jovem, antes do
casamento, conseguir trabalho capaz de assegurar-lhe essas condições, mesmo que
em proporções mínimas, em função da nova vida.
h)
Preparo físico — O despreparo físico ou falta de saúde de um dos jovens podem
transformar o casamento em um peso, uma frustração.
Por
fim, o casamento é o passo decisivo e o começo de uma jornada que pode durar
longos anos. É o propósito de Deus, bem como a esperança dos pais que a vida
conjugal dos filhos seja assinalada de alegria, de prosperidade, de bênção do
céu e plenamente feliz. Só assim estarão tranquilos, e Deus será glorificado.
Com
o casamento, evidencia-se o amor mútuo, que gera o senso de pertencer um ao
outro, o desejo de ajudar e procurar o ajustamento necessário como companheiros
da mesma sorte. As lutas, as vitórias, os problemas e a alegria são comuns a
todo lar. O casamento exige o cumprimento, com dignidade, das promessas de
honrar, proteger, ajudar e ser fiel um ao outro, até que a morte os separe”
(...E Deus fez a família. CPAD, pp.45-48).
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PAZ DO SENHOR
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