LIÇÃO 8: A
EVANGELIZAÇÃO DOS GRUPOS RELIGIOSOS
21
de Agosto de 2016
Texto
Áureo
"Jesus
respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e
do Espírito não pode entrar no Reino de Deus." (Jo 3.5)
Verdade
Prática
Se
todas as religiões fossem, de fato, boas e salvadoras, a morte expiatória de
Cristo não seria necessária. Só Jesus salva.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
– At 17.22: A religião é essencial ao homem
Terça
– Tg 1.26: Existem religiões vãs
Quarta
– Tg 1.27: Só há uma religião verdadeira
Quinta
– 1Jo 2.18,19: A religião do Anticristo
Sexta
– Jo 14.6: Jesus é o único caminho até Deus
Sábado
– At 4.12: Somente Cristo Salva
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
João
3.1-16
1
E HAVIA entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2
Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre,
vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não
for com ele.
3
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura,
tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
5
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da
água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
6
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para
onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9
Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?
10
Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?
11
Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o
que vimos; e não aceitais o nosso testemunho.
12
Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar
das celestiais?
13
Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que
está no céu.
14
E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do
homem seja levantado;
15
Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
OBJETIVO
GERAL
Compreender
que se as religiões fossem salvadoras, a morte expiatória de Cristo não seria
necessária.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I.
Apresentar alguns dos mitos da religião.
II.
Mostrar como podemos evangelizar os religiosos.
III.
Conhecer os grupos religiosos que representam desafios para a Igreja.
•
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor,
na lição de hoje estudaremos a respeito de alguns grupos religiosos. A palavra
religião vem do latim religiones. Segundo o pastor Claudionor de Andrade, esse
termo é oriundo de religare, ligar outra vez. A religião liga o homem ao
Criador, todavia ela não tem poder para salvá-lo. A salvação é obtida somente
pela graça. Ela é um dom gratuito de Deus que o pecador recebe pela fé no
sacrifício vicário de Jesus Cristo. Ninguém será salvo por pertencer a uma
igreja ou grupo religioso. Nicodemos era um homem religioso, um fariseu, e ao
se encontrar com Jesus, o Salvador lhe falou a respeito da necessidade de ser
transformado e de nascer de novo (Jo 3.3).
Existe
o mito de que toda religião é boa e leva o homem até Deus, mas o único caminho
que pode nos conduzir até o Pai chama-se Jesus Cristo. Ele mesmo afirmou: “Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai se não por mim” (Jo
14.6).
Professor,
identifique os grupos religiosos que estão ao redor de sua igreja ou
congregação e incentive seus alunos a alcançarem esses grupos com as Boas-Novas
de salvação.
INTRODUÇÃO
Evangelizar
os religiosos é um dos maiores desafios da Igreja de Cristo no século XXI. Ao
contrário do que supunham os racionalistas, o sentimento religioso do ser
humano não foi destruído pelo avanço da ciência. Hoje, pessoas de todas as
classes sociais continuam a procurar refúgio na religião.
Nessa
busca, milhões de almas famintas deixam-se enredar por guias inescrupulosos,
demónios e falsos deuses.
Falar
de Cristo aos religiosos também é nossa missão. No Brasil, deparamo-nos com
estes grupos altamente desafiadores e prioritários: católicos, espíritas,
judeus, muçulmanos, ateus e desviados. Com base na ação evangelística de
Cristo, veremos como falar da verdadeira religião aos religiosos.
Ponto
central
A
Igreja do Senhor deve se empenhar para alcançar os grupos religiosos.
I-
OS MITOS DA RELIGIÃO
Genericamente,
a religião é definida como um sistema doutrinário e litúrgico, que facilita o
acesso do ser humano a Deus. A partir desse conceito, foram criados três mitos
que barram o acesso do pecador ao céu.
1.
Mito um: todas as religiões são boas.
Não
podemos afirmar que todas as religiões são boas. Vejamos, por exemplo, o caso
de Moloque. Em sua adoração, os amonitas queimavam suas criancinhas (Lv 18.21;
Jr 32.35). E, no culto a Baal-Peor, divindade venerada pelos midianitas e
moabitas, os desregramentos sexuais não tinham limites (Os 9.10). A prática de
tais abominações levaram o Senhor a castigar severamente a Israel (Nm 25).
Vê-se, pois, que nem todas as religiões são boas.
2.
Mito dois: todas as religiões levam a Deus.
Com
base nos casos mencionados no tópico anterior, como podemos alegar que todas
as religiões levam a Deus? No tempo de Paulo, a civilização greco-latina
dava-se ao culto aos demônios (l Co 10.20,21).
Hoje,
não é diferente. Muitos são os que sacrificam animais e Viveres aos ídolos. E,
nos últimos dias, a humanidade adorará a Besta, o Falso Profeta e o Dragão (Ap
13.4). Tais religiões não conduzem o homem a Deus. Muitos, declaradamente,
prestam culto a Satanás.
3.
Mito três: nenhuma religião é Verdadeira.
Tiago
afirma que a religião pura e imaculada é visitar os órfãos e viúvas em suas
necessidades (Tg 1.27). Por conseguinte, não podemos nivelar, por baixo, a
religião que nos foi concedida pelo Senhor, por meio de seus santos profetas e
apóstolos.
Receber
a Jesus como Único e Suficiente Salvador não faz da pessoa um religioso, mas
sim alguém que foi transformado pela misericórdia divina.
SÍNTESE
DO TÓPICO l
Todas
as religiões são boas, levam a Deus e nenhuma é verdadeira são alguns mitos da
religião.
SUBSÍDIO
APOLOGÉTICO
Ha
uma crença comum de que todas as religiões basicamente contêm a mesma verdade,
embora se apresentem de maneiras distintas. Esse é o conceito de que Deus,
mesmo quando chamado por outro nome, é ainda Deus, Deus habita no topo de uma
enorme montanha, e todas as religiões e sistemas de crenças do mundo são como
caminhos distintos que nos levam ao topo. Como todos os caminhos, por fim,
levam ao cume, assim todas as religiões também levam a Deus.
Há
apenas um problema com esse pensamento: todas as religiões não podem ser
verdadeiras. Como podemos ter tanta certeza?
Porque
todas as religiões são diferentes e, em vários pontos, mutuamente exclusivas.
Em vez de dizer que todas as religiões são verdadeiras, seria mais razoável
acreditar todas são falsas, ou que apenas uma delas é verdadeira, e as outras,
falsas.
Neste
ponto, você pode estar imaginando: Mas será que todas as religiões não contêm
uma verdade?' Carreto, Mas isso não significa que toda religião é verdadeira.
Como
gostamos de dizer: Há verdade em tudo, mas nem tudo é verdade" (RUCE,
Bickel; JANTZ, Stan. Guia de Seitas e Religiões: Uma visão panorâmica, 5.ed,
Rio de Janeiro: CPÂD, 2012, pp. 11,12).
CONHEÇA
MAIS
Religião
A
passagem clássica sobre religião no Novo Testamento é Tiago 1.26,27. Aqui os
termos usados (thereskos e thereskeia) definitivamente se referem a uma
expressão externa. O contraste é feito entre aquele cuja religião consiste de
cerimónias formais que não possuem apoio na devoção sincera, e aquele cuja
religião consiste de atos de misericórdia, porque flui de uma atitude de
coração que é reta para com Deus. Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico
Wycliffe - CPAD, p. 1664.).
II.
COMO EVANGELIZAR OS RELIGIOSOS
Tendo
como exemplo a ação evangelística de Jesus, vejamos como expor o Evangelho aos
religiosos.
1.
Não discuta religião.
Ao
receber Nicodemos na calada da noite o Senhor Jesus não perdeu tempo
discutindo os erros e desacertos do judaísmo daquele tempo. De forma direta e
incisiva, falou àquele príncipe judaico sobre o novo nascimento (Jo 3.3). Sua
estratégia foi certeira. Mais tarde, Nicodemos apresenta-se voluntariamente
como discípulo do Salvador (Jo 7.50; 19.39).
Em
vez de contender com os religiosos, fale que Cristo é a única solução para a
humanidade caída e carente da glória de Deus.
2.
Não deprecie religião alguma.
Em
seu encontro com a mulher samaritana, Jesus não depreciou a religião de
Samaria, nem sublimou a de Israel, mas ofereceu-lhe prontamente a água da vida
(Jo 4.10). A partir da conversão daquela religiosa, houve um grande avivamento
na cidade, repercutindo pentecostalmente em Atos (At 8.5-14).
Se
depreciarmos a religião alheia, não teremos tempo para falar de Cristo, pois a
evangelização exige ações rápidas e efetivas.
3.
Mostre a verdadeira religião.
Sem
ofender a religiosidade de seus ouvintes, mostre, em Jesus Cristo, a verdadeira
religião. Foi o que Paulo fez em Atenas. Tendo como ponto de partida o altar ao
Deus Desconhecido, anunciou-Ihes Cristo como o único caminho que salva o pobre
e miserável pecador (At 17.26-34). Se agirmos assim, teremos êxito na
evangelização dos católicos, espíritas, judeus, muçulmanos, ateus e desviados.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Precisamos
alcançar os grupos religiosos, não discutindo ou depreciando religião alguma,
mostrando a verdadeira religião, Cristo.
SUBSÍDIO
APOLOGÉTICO
Professor,
procure enfatizar neste tópico que o "cristianismo é mais do que uma
religião sobre Jesus. Para sermos mais exatos, diz respeito ao relacionamento
com Jesus, a quem Deus enviou à terra para salvar a humanidade da morte
espiritual Esse é o coração e a alma do cristianismo. É por essa razão que o
cristianismo fica separado de qualquer seita, religião ou sistema de crenças no
mundo. Um cristão é aquele acredita e aceita as afirmações de Jesus.
Jesus
afirma ser Deus em forma humana, Jesus não disse que era como Deus. Ele disse
que era Deus (Jo 10.30). As pessoas ao redor de Jesus sabiam exatamente o que
Ele queria dizer.
Seus
inimigos compreenderam essa afirmação e procuravam matá-lo por essa razão (Jo
5.18). Os seguidores de Jesus também compreenderam essa afirmação e estavam
dispostos a morrer por ela.
O
apóstolo Paulo escreveu: 'Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da
divindade' (Cl 2,9). [BRUCE, Bickel; JANTZ, Stan. Gyia de Seitas e Uma visão
panorâmica, S.ed. Rio de Janeiro: CPÃD, 2012, p, 33].
III
- RELIGIOSOS QUE REPRESENTAM DESAFIOS
Na
evangelização dos grupos acima mencionados, temos de adotar a estratégia
certa, para que o nosso trabalho não redunde em fracasso. Daremos algumas
informações, neste tópico, que poderão ser bastante úteis.
1.
Católicos romanos.
Embora
normalmente cristãos, os católicos acham-se presos à idolatria, ao misticismo,
boa parte deles, a um perigoso sincretismo.
Por
isso, em sua evangelização, não ofenda Maria, nem os santos gerados por eles.
Evite apontar a Igreja evangélica como superior à católica. Antes, exponha-lhes
Jesus como o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6). Entregue-lhes folhetos com
o endereço de sua igreja, para que os convertidos sejam bem discipulados.
2.
Espíritas.
Na
evangelização dos espíritas e dos adeptos dos cultos afros, evite toda e
qualquer discussão. Mas, com amor e sabedoria, convença-os, pela Bíblia, de que
aos homens está ordenado morrerem uma única vez, e que o sacrifício de Jesus
Cristo é suficiente para levar-nos ao Pai (Hb 9-27; l Pé 3.18).
3.
Judeus e muçulmanos.
Embora
os judeus sejam o povo da promessa, eles são tão necessitados de Cristo quanto
os muçulmanos (Rm 3.23). Por isso, prepare estratégias distintas e adequadas
para ganhar tanto os primeiros quanto aos segundos. Na evangelização dos
muçulmanos, não ofenda Maomé.
Todavia,
não deixe de proclamar-lhes a supremacia de Cristo na salvação de todos os que
creem (Rm 1.16).
4.
Ateus.
Apesar
de os ateus se apresentarem como não religiosos e descrentes da existência de
Deus, são tão religiosos quanto os demais homens. Não tente provar-lhes que
Deus existe. Mas, com poder e graça, deixe-lhes bem claro que Jesus salva e
liberta o mais vil dos pecadores. Contra o ateísmo, somente o Evangelho eficaz
da graça divina.
5.
Os desviados do Evangelho.
Não
nos esqueçamos dos que estão afastados do Evangelho. Se Cristo se deu por eles,
empenhemo-nos, nós também, em sua recuperação plena (Mt 18.11; Lc 15.4).
Falar
de Cristo aos religiosos não é tarefa simples, mas necessária e urgente. Por
essa razão, prepare-se adequadamente, visando alcançar os grupos mencionados e,
também, outros, dentro e fora do país. Ninguém pode ser esquecido em nossas ações
missionárias e evangelísticas.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Os
católicos romanos, os espíritas, judeus, mulçumanos e os desviados são alguns
dos grupos religiosos que precisamos alcançar.
SUBSÍDIO
APOLOGÉTICO
Professor,
o islamismo representa um desafio para a Igreja do Senhor. Esta é uma das
religiões que mais crescem no mundo. No Brasil temos um grupo grande de
mulçumanos. Estes, fora de seus países de origem, ficam mais susceptíveis a
ouvir as Boas-Novas.
Utilize
o quadro abaixo para mostrar aos alunos as principais crenças desse grupo.
O
islamismo é uma religião monoteísta iniciada pelo profeta Maomé, que recebeu
revelações diretamente de Alá, as quais se iniciaram em 610 d.C.
Alá
é o soberano do universo. Ele é, com mais frequência, caracterizado em termos
de julgamento e de poder. Alá é impessoal e misterioso. É impossível
conhecê-lo.
O
Alcorão foi compilado por vários recitadores e transcritores. É um livro
infalível (sem erros). O Alcorão representa as revelações finais e supremas de
Alá. Ele é considerado a autoridade quando há discrepância em relação a outros
escritos sagrados.
A
visão mulçumana de salvação diz respeito ao trabalho assim como à fé. O
cumprimento fiel dos rituais dos cinco pilares (o credo, as orações, as
esmolas, o jejum e a peregrinação) é de importância fundamental.
O
destino eterno de cada pessoa é determinado no Dia do Julgamento por uma
balança que passará as boas e as más ações.
O
indivíduo, durante sua vida, não tem como saber se fez o suficiente para
garantir que a balança penderá a favor de suas boas ações.
PARA
REFLETIR
A
respeito da evangelização dos grupos religiosos, responda:
•
Quais os principais mitos sobre a religião?
Todas
as religiões são boas, todas as religiões levam a Deus e nenhuma religião é
verdadeira.
•
Como falar de Deus aos católicos?
•
Como falar de Cristo aos espíritas e adeptos dos cultos afros? Na evangelização
dos espíritas e dos adeptos dos cultos afros, evite toda e qualquer discussão.
Mas, com amor e sabedoria, convença-os, pela Bíblia, de que aos homens está
ordenado morrerem uma única vez, e que o sacrifício de Jesus Cristo é
suficiente para levar-nos ao Pai.
•
Como evangelizar os muçulmanos?
Na
evangelização dos muçulmanos, não ofenda Maomé. Todavia, não deixe de
proclamar-lhes a supremacia de Cristo na salvação de todos os que creem (Rm
1.16).
•
Por que é urgente falar de Cristo aos desviados?
Porque
Jesus os ama e Ele pode voltar a qualquer momento.
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PAZ DO SENHOR
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