ESCOLA
DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 6 - Revista Betel
As
bem-aventuranças do Reino de Deus
7
de agosto de 2016
Texto
Áureo
“E
Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se
dele os seus discípulos.” Mateus 5.1
Verdade
Aplicada
Os
pertencentes ao Reino dos céus são conhecidos pelo seu caráter, convicção e
grande alegria.
Textos
de Referência.
Mateus
5.3-9
3
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;
4
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
5
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
6
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
7
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
8
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
9
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Introdução
Bem-aventuranças
são o estado permanente da perfeita satisfação e plenitude apenas alcançada
pelos súditos do Reino. Isso significa que os Seus discípulos precisam aprender
dEle como serem felizes desde já.
1.
A descrição das bem-aventuranças.
Jesus
enunciou aos Seus discípulos uma série de bem-aventuranças. Será que elas têm
importância para nós hoje? Sim, elas são um modo de expressarmos um caráter que
glorifique ao Pai e de nos realizarmos como súditos do Reino e discípulos de
Jesus.
1.1.
A primeira tríade das bem aventuranças.
Bem-aventurado
no grego é “macários”, que significa “estado de felicidade profunda”, cujo
sinônimo perfeito no português é beatitude. Da mesma raiz latina “beatus”, que
significa “feliz”. Deus nos preparou um caminho de felicidade ligado à ética.
Felizes são os humildes de espírito em relação a Deus e ao próximo e não os
soberbos desse mundo. Afortunados são os que choram, não por tristeza comum,
mas por sofrerem pelo Reino dos céus. Felizes são os mansos, capazes de
manterem a força da paciência quando sofrem oposição e são insultados.
1.2.
A segunda tríade das bem-aventuranças.
Prósperos
são “os que têm fome e sede de justiça” e não os que folgam com a injustiça e a
causam. O sentimento da busca pela justiça que vem dos céus deve ser tão forte
como a fome, em que a pessoa sinta dor e não seja capaz de pensar facilmente
noutras coisas. Os súditos do Reino devem ser cheios de misericórdia e não
insensíveis à miséria alheia. Devemos demonstrar a prática da bondade em favor
dos miseráveis e aflitos. “Os limpos de coração” são aqueles que cultivam
internamente o temor a Deus e se santificam. Os tais terão uma visão beatífica,
que é o próprio Deus!
1.3.
A terceira tríade das bem-aventuranças.
Os
pacificadores são aqueles que não apenas amam a paz, ou aqueles que preferem a
paz do que a uma “boa demanda”, mas são aqueles que promovem pacificação de
fato. São os que têm maturidade suficiente para reconciliar inimigos. Os tais
tornam-se participantes da natureza divina, ou seja, filhos de Deus. A seguir,
“os que sofrem perseguição por causa da justiça” são agentes de transformação
de um sistema corrupto e injusto que não se renderão, seja no âmbito religioso,
político ou os dois simultaneamente. Na mesma categoria estão os que sofrem
perseguição por amor a Cristo. São vítimas de calúnias, perseguição e toda
sorte de mentiras. A estes pertencem não só o Reino, mas também o galardão.
2.
De que são as bem-aventuranças?
A
felicidade é um estado pertencente aos que nasceram de novo, tornando-se assim
filhos de Deus (Jo 1.12). É tanto um estado quanto um direito assegurado aos
herdeiros de Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor.
2.1.
Dos que pertencem ao Reino dos Céus.
Há
dois aspectos em relação ao reino dos Céus referindo-se ao indivíduo: situação
e tempo. Em relação à situação, é estar dentro ou fora do Reino. Para os que
estão dentro pelo novo nascimento há o aspecto presente e porvir do Reino de
Deus. Portanto, esse estado de felicidade pertence aos discípulos de Cristo,
aos que ouvem e atendem a Sua Palavra. Ou seja, aos que estão dentro do Reino
pelo novo nascimento e obediência. Qual a sua situação em relação ao Reino de
Deus? Você já experimentou o novo nascimento?
2.2.
Dos que cultivam as virtudes do Reino.
As
virtudes arroladas pelo Senhor Jesus Cristo nas bem-aventuranças são:
humildade, choro, mansidão, sede e fome de justiça, misericórdia, santificação
a partir do coração e o ser perseguido por causa da justiça e por amor a
Cristo. Para alguns, nem todas deveriam ser consideradas virtudes, pois o choro
e a mansidão poderiam ser consideradas como fraquezas. Não devemos nos
preocupar com isso, pois Jesus determinou como virtude. A mentalidade natural
nunca entenderá as coisas do Espírito (1Co 2.14). Paulo também discorre sobre a
maioria das bem-aventuranças, porém ele as chama de fruto do Espírito.
2.3.
Dos que sofrem pela justiça e por Cristo.
A
felicidade que Jesus fala não abre mão do sofrimento. Se observarmos, o
sofrimento se faz presente desde a primeira bem-aventurança até a última.
Vivemos num mundo que idolatra a soberba e a autossuficiência. Dessa maneira, a
humildade não é bem-vinda e ainda merece desprezo, oposição velada ou até mesmo
escárnio. Ser fiel a Deus é suportar essas coisas com paciência e resignação
até a morte. Ninguém gostaria de sofrer ou sentir alguma dor por coisas boas,
mas o mundo se afastou de tal maneira de Deus que não tem como ser diferente.
Há lugares em que cristãos são presos, torturados, confiscados os seus bens,
entre outros. Entretanto, eles não devem ser considerados desafortunados, mas
venturosos.
3.
Os porquês das bem-aventuranças.
As
bem-aventuranças são seguidas de oito porquês. Isso indica uma ênfase de Jesus
Cristo em mostrar a razão delas. Significando também que a fé cristã não é “um
tiro no escuro” e nem há surpresas totais, posto que Jesus é absolutamente
transparente e a felicidade profunda do Reino é garantida.
3.1.
As promessas aos felizes.
A
vida cristã é feliz por ser resultado da comunhão, da presença de Deus e da
perseverança dos santos. Mas a verdade é que nem sempre isso pode ser
constatado. A explicação está na ausência de alguma das coisas supracitadas, ou
de todas elas, tornando essa pessoa um cristão nominal, mas de fé morta. Porém,
ao nos voltarmos para as bem-aventuranças, elas estão cheias de ditosas
promessas: “serão consolados”, “herdarão a terra” etc. Assim, o fiel Deus tem
um constante sentimento auspicioso.
3.2.
A alegria da esperança dos felizes.
A
alegria do cristão não é um sentimento que este passivamente torna-se
recebedor. É antes o resultado de uma escolha, de um cultivo e de obediência.
Note que o Senhor Jesus diz: “Exultai e alegrai-vos, porque grande é o vosso
galardão nos céus” (Mt 5.12). Paulo também fala sobre a alegria sob a mesma
perspectiva (Rm 12.12; 2Co 13.11; Fp 4.4). Pela comunhão que cultivamos, já
temos o fruto do Espírito denominado gozo, mas ante a expectativa de tais
promessas devemos nos exultar e alegrar. Infelizmente, nem todos compreendem e
obedecem esta palavra Jesus. Ao contrário, são manhosos, murmuradores e cheios
de autopiedade, passando uma impressão muito negativa. Porém, haverá sempre os
fiéis que exultam na esperança.
3.3.
O resultado da identidade dos felizes.
As
bem-aventuranças são atitudes e sentimentos que geram uma identidade de filhos
de Deus. Os filhos de Deus têm uma maneira própria de pensar, de agir e de
sentir que os tornam parecidos com o Pai celestial. É dessa maneira que eles
são sal e luz do mundo, ou seja, toda uma vida que agrada a Deus e gera a
glorificação do Seu Santo Nome. Somos desafiados a brilharmos diante dos
infiéis com boas obras e dessa maneira glorificarmos ao Pai celestial. O
apóstolo Pedro mais tarde também escreve sobre o assunto (1Pe 2.12). Este é um
alvo que devemos perseguir.
Conclusão.
As
bem-aventuranças são tanto um estado de felicidade quanto um compromisso ético
daqueles que são filhos de Deus, cujo objetivo final é, através do novo pensar,
ter um estilo de vida que glorifique a Deus.
Questionário.
1.
O que significa bem-aventurança?
2.
O que a mentalidade natural nunca entenderá?
3.
De quem são as bem-aventuranças?
4.
Quantos são os porquês das bem-aventuranças?
5.
A alegria de Cristo em nós é resultado de quê?
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