ESCOLADOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 8 - Revista da Betel
Os
tesouros do Reino de Deus
21
de agosto de 2016
Texto
Áureo
“Assim
é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.” Lucas 12.21
Verdade
Aplicada
Há
dois tipos de tesouros que podem ser buscados e cultivados pelos homens: os
materiais e os espirituais.
Textos
de Referência.
Mateus
6.19-21 e 24
19
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde
os ladrões minam e roubam.
20
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde
os ladrões não minam, nem roubam.
21
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
24
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou
se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Introdução
Os
tesouros materiais podem ser dinheiro, joias, bens, pedras e metais preciosos,
etc. Os tesouros espirituais e eternos são a nossa entrada pela fé no Reino dos
Céus e as boas obras da fé (Mt 13.45-46; 16.26; 1Tm 6.18).
1.
Os tesouros para com Deus.
Os
cristãos são ensinados a considerar as riquezas materiais do ponto de vista de
sua transitoriedade. Elas passam, acabam e podem ser roubadas. Porém, devemos
lembrar que Jesus jamais condenou alguém pelo fato de ser rico, mas sim por
servir as riquezas, e, assim, tornar-se miserável para com Deus (Lc 12.21).
1.1.
O lugar de se ajuntar tesouros.
O
conceito de verdadeira riqueza para com Deus é ensinado pelo Senhor Jesus na
parábola do tesouro e da pérola escondida (Mt 13.45-46). Em ambos os casos, o
homem vai e vende tudo quanto tem para adquirir o campo com ricos tesouros
escondidos, bem como a pérola de grande valor. Uma vez achado o verdadeiro
tesouro para com Deus é lá mesmo que devemos investir toda a nossa vida,
ajuntando tesouros no céu. Podemos até sermos ricos nesse mundo, mas a nossa
prioridade não está aqui e sim lá, onde não há perigo algum dessa riqueza
acabar ou transferir-se para outro.
1.2.
Qual tesouro devemos olhar?
Sobre
os olhos, caso eles sejam bons, são duplas candeias que iluminam o corpo. Mas,
se eles forem maus, o corpo jazerá em grandes trevas espirituais. Percebe os
contrastes? Luz e trevas, bons e maus? O olhar que é luz refere-se ao olhar
banhado no amor de Deus, que ilumina todos os cômodos da alma humana. Esse
olhar tem como resultado a bondade e generosidade para com o próximo, pois ele
está fixado em ter um tesouro no céu. Enquanto que a s trevas se referem ao
olhar voltado à avareza, o amor ao dinheiro, que faz com que a alma jaz em
trevas. Para qual tesouro estamos olhando?
1.3.
O modo correto de servir a Deus.
O
coração do homem repousa sobre algum tipo de tesouro. Este tesouro pode ser
material ou imaterial e eterno. Acerca disso, não há qualquer neutralidade (Mt
6.21). Talvez alguém pense que seja capaz de servir a Mamom, que são as
riquezas, e, simultaneamente, pense que seja possível servir ao Deus
verdadeiro. Tal coisa é impossível, pois, quando nos dirigimos à luz damos as
costas às trevas, mas quando dirigimos às trevas damos as costas para a luz.
Não há nenhum problema em ser rico neste mundo, desde que não se torne escravo
das riquezas. Lembremos de que mulheres serviam a Jesus com seus bens (Lc 8.3).
2. O
tesouro da fé versus ansiedade.
Oponente
à fé em Deus, a ansiedade trata-se de um receio do que virá acontecer. É o medo
do amanhã e das necessidades que ainda não aconteceram. Também é chamado de
preocupação, que significa ocupação prévia. Muitos acham que se dedicando às
riquezas poderão escapar da ansiedade.
2.1.
A proibição da ansiedade.
A
ansiedade é contrária a fé na providência divina. Dessa maneira, a ansiedade
torna-se um sofrimento psicológico, um cuidado desnecessário por coisas que
jamais aconteçam. A ansiedade pode atingir níveis que chegam a prejudicar a
saúde, mas a ansiedade é uma enfermidade da alma por causa da falta de fé em
Deus. Por isso, Jesus nos adverte quanto ao servir as coisas materiais e nelas
pormos a nossa confiança (Mt 6.24). Ele nos proíbe definitivamente a que
sejamos ansiosos, quando diz: “não andeis cuidadosos quanto à vossa vida”. Ao
estarmos dentro dos limites fixados por Cristo temos saúde e liberdade reais.
2.2.
A cura da ansiedade.
O
fato de a ansiedade ser uma enfermidade da alma significa que está precisa de
tratamento e cura. A ansiedade pressupõe que a própria pessoa resolverá todos
os problemas dos dias que ainda chegarão. A pessoa se esgota emocionalmente e
tende à depressão. O tratamento que o Senhor Jesus oferece quanto a esse
problema está em observar como tudo funciona. Não é preciso gastar somas de
dinheiro com médicos ou turismo. Basta sair um pouco e olhar para os
passarinhos e para as flores e perceber o cuidado divino com cada um deles.
Assim, semelhantemente. Deus cuidará de cada um de nós quanto às nossas
necessidades. Basta confiarmos nEle e em Sua providência.
2.3.
O que priorizar nesta vida.
Devemos
controlar a ansiedade através de uma linguagem de fé. Toda a inquietação nada
acrescenta. Ao contrário, pode atrair ainda mais dificuldades. Ao invés de a
pessoa inquirir sobre o dia que ainda virá, basta viver cada dia por vez. E que
a cada dia tenha oração, louvor, bondade. Que seja um dia regado de palavras de
fé por aquele que busca o reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar. Dessa
maneira as pequenas coisas nos serão acrescentadas e teremos um tesouro no céu
(2Co 4.17-18).
3.
Atitudes de valor no Reino dos Céus.
Tendo
o Senhor Jesus determinado acerca do modo correto de se servir a Deus e como
fugir da ansiedade, agora Ele passa a descrever as atitudes corretas de um
cidadão do Reino dos Céus. Ele ordena a fugir do juízo temerário, a saber com
quem compartilhar as verdades da Palavra, e por fim, a como ser perseverante na
oração.
3.1.
Não julgar.
Juízo
temerário significa o julgamento alheio, precipitado e inconsistente. Noutras
palavras, é ser apressado para julgar alguém e dessa maneira colocar-se numa
condição superior, mas, por falta de conhecimento dos fatos, o tal “juiz” acaba
sendo injusto com os outros (Tg 4.11-12). Quantos foram humilhados e
desprezados por precipitações? Mas, naquilo em que foram desprezados,
revelaram-se de grande valor como pais, filhos, cônjuges, líderes,
funcionários, etc.
3.2.
Não dar aos cães as coisas santas.
Cães
e porcos não entendem verdades. Essa terminologia não é uma maneira de
desprezar pessoas, porém, assim como a nossa linguagem não faz o menor sentido
para cães, porcos e os outros animais, semelhantemente, para algumas pessoas,
não faz sentido as verdades do Evangelho e da Palavra de Deus. Tais pessoas não
estão amadurecidas para receberem a Palavra de Deus, porque elas vivem no plano
do “homem natural” (1Co 2.14). Seus corações estão impenetráveis como terra
batida, aqueles por onde passavam pessoas, animais e carroças, aquelas cujas
sementes só alimentavam os pássaros (Mt 13.4).
3.3.
Perseverar.
Não
há firmeza espiritual sem que haja oração perseverante, entre outras coisas que
devem existir na vida de um cristão. Vimos na lição anterior que a oração do
“Pai Nosso” é um modelo de assuntos de conversas com Deus a serem seguidos por
cada um de nós. Esse modelo é constituído em sua maior parte de petição.
Todavia, tais orações devem ser atendidos por Deus. Certas coisas, Deus logo
nos atenderá. Outras coisas levarão algum tempo até amadurecermos o suficiente
para recebê-las. Outras não serão atendidas, porque não é a vontade de Deus.
Enquanto isso, devemos perseverar em oração com ações de graças. Quando o
Senhor fala em “pedir, buscar e bater”, Ele nos incentiva à perseverança.
Conclusão.
Devemos
buscar o Reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar. O que valorizamos
verdadeiramente nesta vida: bens materiais ou espirituais? Procuramos ajuntar
algo de valor diante de Deus ou na terra? Andamos ansiosos pelo dia de amanhã?
Desenvolvemos atitudes que agradam a Deus?
Questionário.
1.
Uma vez verdadeiro tesouro para com Deus, o que devemos fazer?
2.
O que é servir Mamom?
3.
A quem a ansiedade se opõe?
4.
Como podemos controlar a ansiedade?
5.
O que é juízo temerário?
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