TEXTO: Hebreus 5:4 - “Ninguém,
pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como
aconteceu com Arão.”
4. E nenhum homem, etc. Não é para ser notado neste verso, em parte,
uma semelhança e em parte a diferença. O que torna um ofício lícito é o chamado
de Deus; Para que ninguém possa corretamente e ordenadamente executá-lo sem ser
feito apto para ele por Deus. Cristo e Arão tinham isto em comum, que Deus os
chamou a ambos; Mas diferiram nisto, que Cristo sucedeu por um caminho novo e
diferente e foi feito um sacerdote perpétuo. É, portanto, evidente que o
sacerdócio de Aarão era temporário, pois era para cessar. Vemos o objeto do
Apóstolo; Era defender o direito do sacerdócio de Cristo; E ele fez isso
mostrando que Deus era seu autor. Mas isso não teria sido suficiente, a não ser
que se tornasse evidente que um fim deveria ser posto no antigo, a fim de que
uma sala pudesse ser obtida para isso. E este ponto ele prova, dirigindo a
nossa atenção para os termos em que Arão foi nomeado, pois não estamos a estendê-los
mais do que o decreto de Deus; E ele vai agora tornar evidente quanto tempo
Deus tinha projetado esta ordem para continuar. Cristo, então, é um sacerdote
legítimo, pois foi nomeado pela autoridade de Deus. O que deve ser dito de Arão
e seus sucessores? Que eles tinham tanto direito como foi concedido pelo
Senhor, mas não tanto como os homens de acordo com sua própria fantasia
conceder-lhes.
Mas,
embora isto tenha sido dito com referência ao que aqui é tratado, contudo
podemos, portanto, extrair uma verdade geral - que nenhum governo deve ser
estabelecido na Igreja pela vontade dos homens, mas que devemos esperar pelo
comando De Deus, e também que devemos seguir uma certa regra na eleição de
ministros, para que ninguém possa interferir de acordo com seu próprio humor.
Ambas estas coisas devem ser claramente notadas, pois o Apóstolo não fala aqui
apenas de pessoas, mas também do próprio ofício; Ele nega que o ofício que os
homens nomeiam sem o mandamento de Deus é lícito e divino. Pois, como pertence
a Deus somente governar sua Igreja, ele reivindica este direito como seu
próprio, isto é, para prescrever o caminho e modo de administração. Por isso
considero indiscutível que o sacerdócio papal é espúrio; Pois foi enquadrado na
oficina dos homens. Deus em nenhum lugar comanda um sacrifício que lhe seja
oferecido agora para a expiação dos pecados; Em lugar algum, ele ordena que os
sacerdotes sejam nomeados para tal propósito. Enquanto então o Papa ordena seus
sacerdotes com o propósito de sacrificar, o Apóstolo nega que sejam contados
sacerdotes legítimos; Não podem, portanto, ser tais, exceto por algum novo
privilégio que se exaltam acima de Cristo, pois ele não se atreveu a tomar
sobre si esta honra, mas esperou o comando do Pai.
Isso
também deve ser considerado bom quanto às pessoas, que nenhum indivíduo é de si
mesmo para aproveitar esta honra sem autoridade pública. Falo agora de
escritórios divinamente nomeados. Ao mesmo tempo, às vezes pode ser que um, não
chamado por Deus, ainda não seja tolerado, por pouco que seja aprovado, desde
que o próprio ofício seja divino e aprovado por Deus; Pois muitas vezes se
arrastam pela ambição ou por alguns motivos ruins, cujo chamado não tem provas;
E ainda assim eles não devem ser rejeitados imediatamente, especialmente quando
isso não pode ser feito pela decisão pública da Igreja. Pois, durante duzentos
anos antes da vinda de Cristo, prevaleceram as corrupções mais impiedosas com
respeito ao sacerdócio, mas o direito de honra, procedente da vocação de Deus,
continuou até o cargo; E os próprios homens foram tolerados, porque a liberdade
da Igreja foi subvertida. Parece, portanto, que o maior defeito é o caráter do
próprio ofício, isto é, quando os homens inventam aquilo que Deus nunca
ordenou. Quanto menos suportáveis são os sacrificadores romanos, que só falam
de seus próprios títulos, para que possam ser considerados sagrados, ainda que
se tenham escolhido sem qualquer autoridade de Deus.
Verso 4 (2)
E ninguém toma esta honra para si
mesmo, ... Isto é, a honra do sacerdócio: o
cargo do sumo sacerdote era muito honrado; Era uma honra peculiar a Arão e seus
filhos, se separar dele; Sua prestação para ele era muito grande e solene;
Naquele tempo foram ungidos com óleo, e vestidos com roupas gloriosas, e
oferecidos sacrifícios para eles; Eles tinham uma honrosa manutenção atribuída
a eles, e um grande séquito de sacerdotes e levitas para atendê-los; Grande
respeito e reverência lhes eram mostrados; mas a principal honra deles estava
no trabalho que realizavam; Em representar todo o corpo do povo; Oferecendo
presentes e sacrifícios para eles; Em abençoá-los; E na resolução de casos
difíceis trazidos a eles; Em tudo o que eram tipos de Cristo, o sumo sacerdote.
Ora, nenhum homem pode tomar sobre si este cargo honroso, ou se intrometer
nele, ou obtê-lo por qualquer método injusto, ou de qualquer outro modo que por
um chamado de Deus; Nem ninguém se atreveu a fazê-lo, até que, tarde, quando
alguns entraram em si mesmos, e foram colocados pelos governadores romanos, e
até mesmo comprou deles assim Josué ben
Gamla tornou-se um sumo sacerdote E
alguns têm pensado que o apóstolo tem algum respeito a estas práticas
perversas, e tácitamente os repreende, como o que não deveria ser: pois ninguém
deveria estar neste ofício,
Mas
aquele que é chamado de Deus, como foi Arão; Cujo chamado foi imediatamente do
Senhor, e foi inquestionável: Moisés foi ordenado a separá-lo, e seus filhos,
dos filhos de Israel, e instalá-los neste escritório; Eles foram destruídos
pelo fogo, ou engolidos pela terra, que contestaram seu chamado; E isso foi
confirmado por um milagre, pela sua haste seca brotando, florescendo e
produzindo amêndoas; eo apóstolo apresentou-se nele, porque seu chamado era tão
notável e autêntico; E porque era o primeiro sumo sacerdote dos judeus, e de
onde desceram os demais, que eram legítimos.
TESE:
Todo
cristão capaz de pregar e disseminar o evangelho deve fazê-lo;
Pregar
o evangelho é tanto um direito como um dever para todo verdadeiro cristão;
Há,
porém um chamado específico para o ministério de ensinar, pastorear e liderar a
igreja de Deus, e esta honra ninguém toma para si mesmo, senão quando é
chamado.
INTRODUÇÃO:
As
palavras usadas na Bíblia para chamada: No V.T. a palavra hebraica, arq [qara]
e no N.T. a palavra grega kalew [Kaleo], tinham os seguintes significados:
Dar
nome a uma coisa ou a uma pessoa (Gn 48:16; At 11:26)
O
ato de convidar ou solicitar (Ex 2:7)
Nomear
para algum ofício (Ex 31:2)
Criar,
produzir coisas mediante o poder da palavra, ou por um ato da vontade (Rm 4:17;
Ez 36:29)
Convidar
alguém a assumir um dever, mediante a palavra, ou através do poder
impulsionador do Espirito Santo (Is 22:12; Pv 1:24; Mt 22;14)
Convite
feito aos pecadores para o estado de graça, por meio da pregação do evangelho.
(Rm 8:28; II Tm 1:9)
Primeira
questão sobre o ministério: Você foi realmente chamado para pregar o evangelho
em tempo integral?
Os
que não são chamados por Deus para o exercício do pastorado ou ministério
missionário farão grande males se quiserem entrar no ministério apenas por
vaidade.
I
– A NATUREZA DISTINTIVA DO MINISTÉRIO DE TEMPO INTEGRAL
Todo
cristão verdadeiro é chamado a pregar o evangelho (I Pe 2:9), pois todo crente
é batizado no Espírito Santo e dele recebeu capacidade para testemunhar (At
1:8)
Cristo
é o Senhor da Seara e da obra, ele coloca cada um em sua função especifica,
dando o dom certo para cumprir cada função na sua igreja (Mt 9:38; Ef 4:11-16)
Mt
9:38 – “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.”
Homens
e mulheres recebem um chamado a servir no ministério em uma área específica e
cada um procure ser fiel naquilo em que foi chamado.As mulheres foram proibidas
expressamente de ensinarem publicamente na igreja (I Tm 2:12; I Co 14:34) à Seu
ministério de ensino é com crianças e outras senhoras (Pv 31:26; Tt 3:3-5)Os
homens que têm capacidade para pregar, devem pregar sempre que lhe surgir
oportunidade. – Porém, este é um chamado para pregar ocasionalmente, diferente
do chamado do ministro que deve viver da pregação, sendo esta a sua obra
máxima, exclusiva e prioritária.
1
Co 9:14 – “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam
do evangelho;”Este é um estudo para aqueles que pregam e vivem do Evangelho,
tendo sido chamados e separadosde todas as obras secularespara se consagrarem
exclusivamente ao ministério da Palavra.
à
O ministro do evangelho (Pastor ou missionário) têm o dever de dar tempo
integral e exclusivo para o ministério da Palavra, para poder desempenhar bem o
seu ministério, e é isso que Deus exige dele.
II
Tm 2:4 “Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o
seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.”
At
6:2 – “Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é
razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.”
Por
isso Deus também exige das igrejas que cumpram com o seu papel de suprir
amorosa e corretamente as necessidade do ministro, aquele a quem Deus chamou
para servi-los de modo exclusivo e abnegado.
I
Co 9:11 – “Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de
vós bens materiais?”
I
Tm 5:17-18 – “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os
presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e
no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo.
E ainda: O trabalhador é digno do seu salário. “
São
a estes homem que Deus coloca um do mais pesados encargo que existem na terra,
e diz através de Pedro:
I
Pe 5:2 – “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele
“
Spurgeon,
um dos maiores pregadores e pastores Batista, se referindo a obra do ministério
disse:
“Ora,
nem todos de uma igreja podem superintender ou governar; alguns têm que ser
dirigidos ou governados. E cremos que o Espírito Santo designa na igreja de
Deus alguns para agirem como superintendentes, e outros para se submeterem á
vigilância de outros, para o seu próprio bem. Nem todos são chamados para
trabalhar na palavra e na doutrina, ou para serem presbíteros, ou para
exercerem o cargo de bispo. Tampouco devem todos aspirar a essas obras, uma vez
que em parte nenhuma os dons necessários são prometidos a todos. Mas aqueles
que como o apostolo (Paulo), crêem que receberam “este ministério” [II Co 4:1],
devem dedicar-se a essa importantes ocupações. “
Sobre
a insensatez de querer ser um pastor ou missionário sem ser chamado ou ter a
certeza do chamado divino, Spurgeon diz:
“Homem
nenhum deve intrometer-se no rebanho como pastor; deve Ter os olhos postos no
Sumo Pastor, e esperar Seu sinal e Sua ordem. Antes que um assuma a posição de
embaixador de Deus, deve esperar pelo chamamento do alto. Se não o fizer, mas
se se lançar às pressas ao cargo sagrado, o Senhor dirá dele e de outros
semelhantes: “Eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e não trouxeram proveito
nenhum a este povo, diz o Senhor” ( Jr.23:32)
II
– O QUE O V.T. DIZ SOBRE A CHAMADA DIVINA
-
Os profetas [ministros do V.T.] todos baseavam seu ministério na especifica chamada
divina:
A
chamada de Isaías: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós...Eis-me aqui,
envia-me a mim “ (Is 6:8).A chamada de Jeremias: “Assim veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo: Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que
saísses da madre, te santifiquei...Então disse eu: Ah Senhor Jeová! Eis que não
falar; porque sou uma criança. Mas o Senhor me disse: Não digas: eu sou uma
criança; porque aonde quer que eu te enviar, irás, e tudo o quanto de mandar
dirás...“ (Jr 1:4-10).A chamada de Ezequiel: “E disse-me: Filho do homem,
põe-te em pé, e falarei contigo... em te enviou aos filhos de Israel, ás nações
rebeldes que se rebelaram contra mim, até este mesmo dia... Filho do homem
dizei-lhe a minhas palavras“ (Ez 2:1-3; 3:1-4)
Os
pregadores do N.T. devem está tão certos de sua vocação e chamada celestial
assim como estavam os profetas do V.T.
III – O QUE O N.T. DIZ SOBRE A
CHAMADA DIVINA
Ninguém
pense que a chamada dos ministros atuais são pura ilusão ou imaginação deles
para a peculiar obra de ensino e direção da igreja.
NOMES
DADOS AOS MINISTROS QUE REQUEREM UMA VOCAÇÃO ANTERIOR
Embaixadores
em nome de Cristo – Um embaixador só passa a existir depois do chamado do
governo que ele representa, e se tentar fazer isto sem o devido chamado ficará
no ridículo (II Co 5:18-19).Dispenseiros dos mistérios de Cristo – Um
dispenseiro é alguém que toma conta da propriedade de alguém, e se quiser tomar
conta da propriedade de alguém sem a devida chamada desagradará a dono da mesma
(I Co 4:1).à Por isso deve haver chamada [autorização] antes de alguém poder
tornar-se legítimo bispo, “dispenseiro da casa de Deus”(Tt. 1:7)
Anjo
que significa mensageiro – E como os homens poderão ser arautos de Cristo,
senão por sua eleição e ordenação?
ERA
REQUERIDO DO MINISTRO QUE DESSE PROVA DE QUE ERA UM CHAMADO
-
Não se dizer ministro (pastor ou missionário) tem de provar isto:
Titorecebeu
a exigência de só reconhecer como ministros aqueles que dessem provas de seu
chamado
Tt
1:5 - “...constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja
irrepreensível..”
A
Timóteo foi exigido que não se precipitasse a reconhecer alguém como ministro
sem que antes houvesse provas de sua chamada
I
Tm 5:22 – “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice
de pecados de outrem.”
Deus
é soberano e decide o vaso que quer utilizar. à não escolhe qualquer vaso, ele
mesmo descreve o tipo de vaso escolhido por ele:
II
Tm 2:21 - “vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado
para toda a boa obra”
O
chamado de Paulo é um exemplo de como Deus escolhe os vaso que usa.
At.
9:15 - “Este é para mim uma vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos
gentios.”
A
escolha é de Deus, é Ele quem determina o papel de cada um na sua obra ou
Seara,
Ef
4:11 – “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros
para evangelistas e outros para pastores e mestres,”
Ninguém
determina para si mesmo se vai ou não ser um pastor à Deus é quem chama e
constitui pastores dando-os a suas igrejas.
At
20:28 - “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos
constituiu bispos [pastores], para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele
comprou com o seu próprio sangue.”
O
verdadeiro ministério deve vir de deus e não da parte dos homens – Cada pastor
ou missionário deve poder dizer como Paulo:
Gl
1:1 – “Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem
algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os
mortos,”
Que
cada pastor ou missionário possa ver a si mesmo como uma dádiva de Deus para a
sua igreja:
Jr
3:15 – "Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com
conhecimento e com inteligência . ”
X
IV
– SINAIS QUE AJUDAM A IDENTIFICAR A CHAMADA DIVINA
à
Multidões tem errado quanto a chamada para o ministério, isso pode ser
observado no número de pessoas que entram para o ministério pastoral ou
missionário e fracassam e também do número de igrejas que tem sofrido a ação
danosas de falsos pastores ou de pastores que se enganaram quanto a chamada e
trouxeram grandes prejuízos a obra de Deus. É preciso ter certeza da chamada de
Deus, antes de se aventurar em tão importante e exigente obra. De fato, a
bíblia a tem como a obra mais excelente, porém a que exigirá a maior
responsabilidade, e que atrairá os maiores perigos.
UM
DESEJO INTENSO E ABSORVENTE DE REALIZAR A OBRA.
à
“Para se constatar um verdadeiro chamamento para o ministério é preciso que
haja:
Uma
irresistível, incomtrolável, ardente e violenta sede de contar aos outros o que
Deus fez por nossas almas.
ALLEINE
– Grande conquistador de almas, alguém disse dele:
“ele
tinha infinita e insaciável avidez pela conversão de almas”.
c)
Spurgeon disse: “Não entre no ministério se puder passar sem ele “ – “...A
Palavra de Deus deve se um fogo em nossos ossos, do contrário, se nos
aventurarmos ao ministério, seremos infelizes nisso, seremos incapazes de
suportar as diversas formas de abnegação que lhe são próprias, e prestaremos
pouco serviço àqueles aos quais ministramos”Este desejo deve ser resultado de
reflexão. à Não deve ser um impulso repentino e irrefletido;Este deve ser
continuo, incondicional – que resista as tentadoras ofertas de riquezas e vida
fácil, as provações e mil armadilhas que o inimigo é capaz de armar.Deve ser um
desejo totalmente desinteressado – Visando só a glória de Deus;Deve ser um
desejo imorredouro e crescente– Deve ser de natureza tal que permaneça conosco
apesar de qualquer coisa.
DEVE
HAVER APTIDÃO PARA ENSINAR E CERTA MEDIDA DE OUTRAS QUALIDADES NECESSÁRIAS AO
OFÍCIO PÚBLICO.
-
O ministro só pode segurar-se e fortificar-se na graça (força) que lhe foi dada
na sua chamada e se não tem essa chamada do alto, não tem em que segurar-se (II
Tm 2:1; II Ts 1:7-8)
Ninguém
deve considerar-se chamado para pregar enquanto não provar que pode falar em
público
Algumas
pessoas simplesmente não têm o dom de ensinar e de pregar. Pode-se se melhorar
muito estudando homilética para ser um pregador ocasional, mas se tornar um
pregador sem –tem o dom de ensinar e pregar é querer desafiar o bom senso.
Há
várias coisas que desabilitam alguém para pregar em público: Falta de voz,
gagueira, voz fina e fanhosa, medo e pavor do público, mente que não consegue
racionar de modo organizado, falta de coragem para dizer a verdade, etc...
Sua
personalidade deve ter algumas características indispensáveis:
Inteligência
e Piedade;
Maneiras
gentis e qualidade amáveis;
Coragem
e firmeza;
Dons
para administrar a obra;
Deve
ser um conselheiro e pai
Deve
ter todas as características de I Tm 3:2-7; Tt 1:6-9)
É
preciso que o aspirante veja realizar-se certo número de conversões sob seus
esforços
à
Ou poderá concluir que cometeu um engano -
-
Daí poderá retornar pelo melhor caminho que encontrar.
Como
um obreiro cristão comum pode continuar trabalhando em seu ministério que
esteja tendo sucesso ou não;
Como
ministro não poderá Ter certeza de sua chamada enquanto não puder ver os frutos
de seu trabalho não puder ver os frutos de seu trabalho.
É
necessário que a sua pregação seja aceitável pelo povo de deus que segue a sã
doutrina.
O
Pregador Bíblico Vocacionado é :
É
alguém que tem o chamado interior da parte do Espírito Santo e o chamadoou
reconhecimento exterior da igreja, e que foi devidamente consagrado para
proclamar o evangelho; (At 13:2-4);
Como
Pastor (Administra, Edifica e Equipa o Rebanho):
Ele
é constituído Bispo (administrador), Presbítero(conselheiro), Pastor (mestre)
pelo Espírito Santo para pastorear a igreja de Deus. (At 20:28; I Pe 5:1-4; Ef
4:11))
Ele
tem uma comissão sublime e de alta responsabilidade: Pastorear o rebanho de
Deus (I Pe 5:2)
Ele
é o guia do rebanho, e o guia basicamente através da pregação da Palavra (Hb
13:7)
Ele
vela pelas almasorientando-as e alertando-as pela pregaçãoda Palavra (Hb 13:17)
Em
tem um alvo: Uma igreja plenamente madura servindo de todo coração ao Senhor.
Como pastor ele é um dom de Cristo à igreja, cuja missão é equipar (preparar)
os santos para o pleno amadurecimento espiritual e para estarem plenamente
capacitados (equipados) para exercerem o ministério cristão. Ele faz isto sendo
um pastor-mestre, ou seja, um mestre na pregação da Palavra de Deus. (Ef
4:11-13)
Como
Missionário (fundador de igrejas) e Evangelista (pregador do evangelho de tempo
integral).
Ele
é um enviado (não é um autônomo, que se envia a si mesmo)
Tem
um campo permanente, o "mundo", ou mais especificamente, "cada
criatura"
Primeiramente
enviado por Cristo (Jo 20:21) - "vos envio"Em segundo lugar pelo
Espírito Santo - "enviados..."(At 13:2,3)Em terceiro lugar pela
igreja (At 13:2) - "separai-me ..."Tem um plano do qual não pode
fugir - "Ser testemunha"- At 1:8Deve começar onde está e ir
continuamente avançando a medida que Deus abre as portas.Tem um alvo: Fundar um
igreja missionária que amadureça o suficiente para se tornar autônoma que cuide
de si mesma e que continue por si mesma a obra missionária de implantar novas
igrejas.(NOTAS PR. JOSÉ LAÉRTON (IBR EMANUEL – 30/abril/99).
Neemias 13.1-8. CHAMADA NO LIVRO DE
NEMIAS
1
- Naquele dia, leu-se no livro de Moisés aos ouvidos do povo; e achou-se
escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na congregação
de Deus,
2
- porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com pão e água;
antes, assalariaram contra eles a Balaão para os amaldiçoar, ainda que o nosso
Deus converteu a maldição em bênção.
3
- Sucedeu, pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda mistura.
4
- Ora, antes disso, Eliasibe, sacerdote, que presidia sobre a câmara da Casa do
nosso Deus, se tinha aparentado com Tobias;
5
- e fizera-lhe uma câmara grande, onde dantes se metiam as ofertas de manjares,
o incenso, os utensílios e os dízimos do grão, do mosto e do azeite, que se
ordenaram para os levitas, e cantores, e porteiros, como também a oferta alçada
para os sacerdotes.
6
- Mas, durante tudo isso, não estava eu em Jerusalém, porque, no ano trinta e
dois de Artaxerxes, rei de Babilônia, vim eu ter com o rei; mas, ao cabo de
alguns dias, tornei a alcançar licença do rei.
7
- E vim a Jerusalém e compreendi o mal que Eliasibe fizera para beneficiar a
Tobias, fazendo-lhe uma câmara nos pátios da Casa de Deus,
8
- o que muito me desagradou; de sorte que lancei todos os móveis da casa de
Tobias fora da câmara.
Professor,
você terá a oportunidade ímpar de conscientizar seus alunos de que devemos agir
com temor e tremor quando estamos tratando da obra do Senhor e da administração
da sua Casa. Estamos vivendo tempos trabalhosos, onde muitos já perderam o
temor e a reverência ao Todo-Poderoso. Esses acabam por macular e prejudicam o
Corpo de Cristo. Enfatize o fato de que nosso serviço para Deus deve ser feito
com muito amor, alegria, temor e santidade.
Palavra Chave
Ministro: [Do lat. Ministrum]
servidor, servo.
Nosso
caráter é trabalhado pelo Espírito Santo que nos vai tornando, dia a dia, mais
útil a Deus, à sua Igreja e ao próximo (Cl 5.22). Infelizmente, há obreiros
que, resistindo à voz do Espírito, agem como aqueles líderes judaicos que,
apesar de haverem participado do avivamento em Jerusalém, não reverenciavam nem
a Deus nem a sua casa. Haja vista o que fez o sumo sacerdote Eliasibe. Na
ausência de Neemias, ele deixou-se levar por interesses familiares. E, abusando
de suas prerrogativas, abriu guarida para que Tobias, o amonita, fizesse do
Santo Templo a sua morada (Ne 13.5).
No
trato com as coisas divinas, devemos agir com muito temor e tremor, porque Deus
não se deixa escarnecer.
I.
A CONTAMINAÇÃO DO MINISTÉRIO
1.
O sacerdote aparentado com o ímpio. Após o grande avivamento ocorrido em
Jerusalém, coisas estranhas passaram a acontecer no Santo Templo. Eliasibe, o
sumo sacerdote (Ne 13.28), ignorando as demandas da lei divina, começou a agir
permissivamente em relação à administração da Casa de Deus. Tudo começou quando
ele aparentou-se com a família de Tobias (13.4). Portanto, se nos associarmos
ao mundo, em breve estaremos descartando a ética cristã como algo de somenos
importância em nossa vida. Assim, perderemos nossas propriedades de luz do
mundo e sal da terra.
2.
Privilégios abusivos (Ne 13.5). Eliasibe, usando sua influência de maneira
profana, veio a beneficiar justamente o arqui-inimigo do povo de Deus. Alojou
Tobias nas dependências do Santo Templo, onde eram guardados os dízimos,
ofertas de manjares, o incenso e os utensílios do culto divino.
O
que leva um homem de Deus a agir dessa forma? Muito cuidado e vigilância. Fomos
constituídos por Cristo para sermos o exemplo dos santos, conforme recomenda
Paulo a Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te
padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1 Tm
4.12 — ARA). O apóstolo, nessa passagem, deixa bem claro ao jovem pastor, que o
homem de Deus deve ser, em todas as coisas, incorruptível.
II.
A JUSTA INDIGNAÇÃO DO HOMEM DE DEUS
1.
A firmeza de um líder. Quando Neemias retornou a Jerusalém e compreendeu “o mal
que Eliasibe fizera [ao povo de Deus] para beneficiar a Tobias” (13.7), reagiu
àquela situação com zelo e coragem. Fazendo uso de sua autoridade, lançou “todos
os móveis de Tobias fora da câmara” do Templo (Ne 13.7,8). Não fez o mesmo
Jesus com os vendilhões e cambistas que haviam transformado a Casa de Deus num
covil de ladrões?
2.
A resposta do povo. Essa medida ousada e enérgica de Neemias fez que o povo recobrasse
o ânimo e voltasse a contribuir com mais amor e liberalidade: “Então, todo o
Judá trouxe os dízimos do grão, e do mosto, e do azeite aos celeiros” (Ne
13.12). O povo de Deus espera que os seus líderes sejam realmente íntegros,
transparentes e comprometidos com os negócios do Reino.
3.
O procedimento do líder cristão. O que nos ensina Neemias? Em primeiro lugar,
que amemos a Deus e sejamos zelosos por suas coisas. Agindo assim, jamais
toleraremos a corrupção e a desonestidade em nosso meio, pois fomos chamados
por Deus para ser a luz do mundo e o sal da terra. Que todos nos reconheçam,
pois, por nossa elevada ética e pela irrepreensibilidade de nossa postura.
Menos do que isso é inaceitável. À semelhança de Neemias, jamais abusemos da
autoridade que nos confiou o Senhor Jesus, mas ajamos com toda sabedoria e
prudência (Rm 12.8; 1 Pe 5.1-4).
III.
HONESTIDADE E TRANSPARÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO
1.
A razão da necessidade dos recursos financeiros na igreja. Do Senhor é a terra
e a sua plenitude, bem como o mundo e todos os seus habitantes (Sl 24.1; At
17.25). Mas não podemos ignorar que a expansão de seu Reino demanda
investimentos humanos e materiais. Ou seja: na expansão do Evangelho até aos
confins da Terra, precisamos de recursos financeiros. O próprio Jesus e os
apóstolos deles necessitaram. Todavia, não podemos nos esquecer que, na
administração de tais recursos, temos de agir com total fidelidade e
transparência (Tt 1.7).
2.
A procedência dos recursos da igreja. Nossos recursos financeiros não são
provenientes do Estado nem de organismos internacionais. Eles provêm dos
dízimos e das ofertas dos santos. Todavia, a ética cristã não é ferida se
fundações e centros sociais pertencentes à igreja, e que beneficiam toda a
comunidade, receberem dotações do poder público. Isso está previsto em lei.
Nesse caso, redobremos nossa vigilância e cuidado, para que nenhum escândalo
venha manchar o nosso bom nome.
Apesar
dos recursos extras, não deve a igreja local abster-se de usar os próprios
meios na evangelização, na obra missionária e no cuidado com os mais
necessitados (Tg 1.27).
3.
Zelo pelos recursos da igreja. As finanças da igreja local devem ser empregadas
com fidelidade, sabedoria e transparência na expansão do Reino de Deus e no
socorro aos mais necessitados. Tomando o exemplo de Neemias, administremos os
bens que os santos consagram a Deus com lisura e temor (Pv 1.7). Menos do que
isso, repito, é inaceitável..
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
“A Correção dos Abusos nos
Serviços do Templo
Outro
abuso, cometido quando Neemias se ausentou de Jerusalém, está relacionado com
os serviços do Templo e uma adequada manutenção dos levitas e outros
funcionários. Não só havia acontecido uma utilização errada das câmaras do
santuário — caso da ocupação de Tobias — como em muitas ocasiões as ofertas não
haviam sido recebidas. Consequentemente, os levitas e até os cantores tinham
sido obrigados a voltar ao campo e ganhar a vida na agricultura. Isso significa
que, apesar das cuidadosas providências que haviam sido tomadas por Neemias há
muito pouco tempo (12.44-47), os serviços do Templo haviam sido negligenciados.
Os diversos deveres que eram de responsabilidade dos levitas não eram
executados. Neemias discutiu esse assunto com os principais líderes da cidade.
Por que se desamparou a casa de Deus? ele perguntou. Por causa de sua
insistência esses abusos foram rapidamente remediados, o povo voltou a trazer
seus dízimos e ofertas, homens de confiança foram colocados como responsáveis
pelo tesouro do Templo, e foi feita uma adequada provisão para atender às
necessidades daqueles que tomavam parte dos serviços” (Comentário Bíblico
Beacon. Vol. II. Josué a Ester. 1.ed. RJ: CPAD, 2006, p.534).
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PAZ DO SENHOR
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