Muito cuidado com os inimigos da
cruz. As seitas negam a divindade de Jesus, isto é, dizem que Jesus não é
Jeová; que Ele não é nosso Senhor e Salvador. Esses são os anticristos. As
Igrejas Cristãs atestam que o Filho – JESUS – é o Deus encarnado. Eis o que diz
a Bíblia:
01) Jesus é Jeová, que se fez homem
e habitou entre nós (João 1.1,2, 14).
02) O próprio Jesus disse: “Eu e o
Pai somos um” (João 10.30, 38)
03) Jesus disse: “Quem me vê a mim,
vê o Pai” (João 14.9; 2 Co 4.4).
04) Jesus disse: “Antes que Abraão
nascesse, EU SOU” (João 8.58); “Se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos
pecados” (João 8.24). Jesus usou o mesmo nome usado por Jeová: EU SOU (Êx
3.14). “Eu Sou” transmite idéia de eternidade. Jesus é Eterno; não foi criado.
Os inimigos de Cristo morrerão em seus pecados.
05) Jesus é Senhor dos vivos e dos
mortos (Romanos 14.9).
06) Jesus é o Criador de todas as
coisas (João 1.3; Cl 1.15-17).
07) Jesus é o “nosso grande Deus e
Salvador” (Tito 2.13; 2 Pe 1.1,11).
08) Jesus deve ser adorado como Deus
(Hb 1.6-8).
09) Devemos adorar somente a Deus
(Mt 4.10), mas Jesus recebeu e aceitou adoração porque se igualava ao Pai (Mt
2.2,11; 8.2; 14.33; 28.9; Jo 9.38).
10) A Bíblia diz que a Igreja é de
Deus (Atos 20.28). Igualando-se a Jeová, Jesus diz: “Minha Igreja” (Mateus
16.18).
11) A Bíblia diz que Jesus é
DEUS-CRISTO e que nEle habita TODA a divindade (Colossenses 2.2-3, 9).
12) Jesus disse: “Eu sou o Caminho,
a Verdade e a Vida” (João 14.6). O artigo definido “o” identifica,
individualiza e indica Jesus como a única verdade.
13) A Bíblia diz que Jeová é autor
da vida (1 Samuel 2.6). O mesmo título é dado a Jesus (Atos 3.15).
14) A Bíblia diz que somente Deus
pode perdoar pecados (Isaías 1.18; 43.25; Provérbios 28.13; Mateus 6.12; Lucas
5.17ss). Jesus, na qualidade de Deus feito homem, e conhecendo os corações dos
homens, perdoou muitos pecadores (Lucas 23.43; João 5.14; Mateus 9.2).
15) A Bíblia chama Jesus de
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz
(Isaías 9.6).
16) Ao ver Jesus ressuscitado, Tomé
disse: “Senhor meu e Deus meu” (João 20.28). Jesus não repreendeu o discípulo
por ter sido chamado de Deus e Senhor. Ele é realmente Deus, Senhor e Salvador.
17) A Bíblia diz que Jesus é “Deus
bendito eternamente” (Romanos 9.5).
18) A Bíblia diz que Jesus é “o
verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20).
19) A onipotência é atributo
exclusivo da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Jesus se declarou
onipotente: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim; aquele que é, que
era e que há de vir, o TODO-PODEROSO” (Ap 1.8).
20) A Bíblia diz que Cristo é o
nosso Salvador (Tito 3.4-6). O próprio Jesus declarou ser Salvador (Mt 18.11;
João 3.18).
21) A Bíblia diz que em nenhum outro
nome há salvação, somente em Jesus Cristo. Jeová salva e Jesus salva porque os
dois são UM (Atos 4.12).
Mateus
1.21 - E ela dará à luz um filho, e
lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
8.25 - E os seus discípulos,
aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos, que perecemos.
10.22 - E odiados de todos sereis
por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até o fim será salvo.
Lucas
1.47 - e o meu espírito se alegra em
Deus, meu Salvador.
2.11 - pois, na cidade de Davi, vos
nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
2.30 - pois já os meus olhos viram a
tua salvação.
Neste trimestre, seus alunos terão a
oportunidade de aprender com o próprio Senhor Jesus, o “Mestre dos mestres”, lições
preciosas, que a cada semana, serão expostas e analisadas com o precípuo
propósito de ajudá-los a crescerem no conhecimento do plano divino da Redenção
e, consequentemente, no desenvolvimento da salvação.
A única esperança de salvação da
humanidade encontra-se no sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, derramado no
Calvário. Este ato redentor e propiciatório dos pecados do homem, já estava
marcado e determinado, na mente augusta e onisciente do Criador, antes da
fundação do mundo. Assim, tanto a Queda da humanidade originada na
desobediência do primeiro Adão, como a sua salvação pelo segundo Adão foram
preconhecidas e providenciadas dentro do plano de Deus. Prevista a Queda do
homem, Deus determinou, logo e para sempre, o único meio restaurador do ser
humano: a propiciação pelo sangue do Cordeiro imaculado, Jesus Cristo, seu
Filho amado.
O desígnio divino de salvação da
humanidade é completo e perfeito. Todos os pecadores de todas as raças e povos
podem ser salvos. Evidentemente não é a mera aceitação do plano divino que
produz a salvação, mas é a aceitação pessoal de Jesus Cristo, pela fé no
sentido de confiança nEle depositada, como Salvador. Pois a fé que salva não é
a meramente intelectual, mas a fé viva que nasce no coração, evidenciando
arrependimento autêntico e comprovada mudança de vida garantida pela renúncia.
Não basta ser salvo, no sentido de aceitar a salvação graciosamente, é
necessário permanecer salvo através da santificação.
Sejamos gratos a Deus pelo grande
ensejo de aprendermos com o próprio Cristo o caminho da salvação!
ORIENTAÇÃO
DIDÁTICA
Muitas são as profecias do Antigo
Testamento que relacionam a vida de Jesus com fatos cumpridos no Novo
Testamento. Elas fortalecem a verdade do advento do Salvador através de sua
encarnação entre os homens. Essas profecias foram preditas e cumpridas para
revelar a finalidade única e exclusiva de resgate do homem através de Jesus
Cristo, para a glória de Deus e felicidade da raça humana.
Para que seus alunos compreendam
ainda mais a verdade divina sobre a salvação, faça a seguinte atividade com a
classe, num clima bem participativo:
Divida a classe em dois grupos. O
Grupo A vai se incumbir de citar profecias com as respectivas referências do
Antigo Testamento que falam da promessa da primeira vinda de Cristo. Ao Grupo
B, caberá a tarefa de indicar as referências que demonstrem o cumprimento
dessas profecias no Novo Testamento.
É interessante que os alunos, ao
apresentarem as referências bíblicas, observem a cronologia do cumprimento
profético.
Cite as profecias abaixo e peça que
o Grupo A encontre no Antigo Testamento a respectiva referência e ao Grupo B o
seu cumprimento no Novo Testamento.
Dê cinco minutos para que cada grupo
encontre as referências.
introdução
Desde o ventre de sua mãe, Jesus já
era apresentado por Deus como aquele que haveria de trazer a solução para a
reconciliação do homem com o seu Criador, livrando-o da condenação eterna,
resultante do pecado do primeiro Adão. A nossa salvação foi, e é, sem dúvida, o
maior de todos os milagres operados por Jesus. Com esta lição, iniciamos uma
incursão pelas páginas dos Evangelhos, extraindo alguns dos maravilhosos
ensinos de Jesus, nosso Senhor.
I. O NOME DE JESUS ANUNCIADO
1. Sete séculos antes. Jesus teve
seu nome previsto, séculos antes de seu nascimento, e divulgado nas páginas
áureas das Escrituras. O profeta messiânico, Isaías, com setecentos anos de
antecedência, vaticinou que seu nome seria “...Maravilhoso, Conselheiro, Deus
Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6b). Para cumprir sua missão
salvífica, Ele teria que ter um nome assim, revelando sua personalidade e seu
caráter único e inigualável.
2. O nome de Jesus e sua missão.
Quando José, desposado com a jovem Maria, percebeu que sua noiva estava grávida
(cf. Mt 1.18), sem haver-se ajuntado com ele, “intentou deixá-la secretamente”
(Mt 1.19). Contudo, por ordem divina, o anjo do Senhor lhe apareceu,
tranquilizando-lhe, e dizendo que ela estava grávida pelo poder do Espírito
Santo, e teria um filho, cujo nome seria Jesus, “porque ele salvará o seu povo
dos seus pecados” (Mt 1.20,21). [grifo nosso]
3. O nome de Jesus e seu
significado. O nome Jesus é a forma grega do nome Josué (no hebraico,
Yeoshuah), que significa “O Senhor salva”, ou “Jeová Salva”. O significado do
nome está em harmonia com a missão salvadora de nosso Senhor Jesus Cristo. Isso
é confirmado em Hb 7.25, que diz “Portanto, pode também salvar perfeitamente os
que por ele se chegam a Deus...” e em At 4.12: “E em nenhum outro há salvação,
porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo
qual devamos ser salvos”.
II. JESUS PROCLAMADO COMO SALVADOR
1. O testemunho do anjo. Antes, o
anjo Gabriel já anunciara a Maria que o nome do seu filho seria Jesus, que
significa “salvador”. Aos pastores de Belém, um mensageiro celestial asseverou
que não temessem, pois, na cidade de Davi, havia nascido “o Salvador, que é
Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).
2. O testemunho de Simeão. Por
revelação do Espírito Santo, o velho Simeão, “homem justo e temente a Deus”(cf.
Lc 2.25) soube que não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. “E, pelo
Espírito, foi ao templo...” (Lc 2.26.27a) [grifo nosso]. No santuário, Simeão,
ao ver o menino Jesus, o tomou nos braços, e exclamou: “Agora, Senhor, podes
despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, pois já os meus olhos viram
a tua salvação” (Lc 2.29,30).
3. O testemunho de João, o Batista.
Como um pregoeiro da verdade, João Batista testificou da missão de Jesus,
exclamando, às margens do Jordão: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo” (Jo 1.29b), e o fez por revelação divina, pois Deus lhe dissera que o
Cristo seria aquele sobre quem João visse descer o Espírito Santo em forma
corpórea de pomba (Jo 1.32-34; Mt 1.16,17).
4. O seu próprio testemunho. Na casa
de Zaqueu, após este confessar seus pecados, Jesus afirmou que a salvação
chegara àquela casa, “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se
havia perdido” (Lc 19.8-10). Apresentando-se como o Bom Pastor, Jesus afirmou:
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á...” (Jo 10.9 a). No
memorável sermão, à entrada de Jerusalém, o Senhor afirmou que não veio para
julgar, “mas para salvar o mundo” (Jo 12.47). A Nicodemos, príncipe dos Judeus,
Jesus disse que todo aquele que nEle crê não perece, mas tem a vida eterna (cf.
Jo 3.16). Em Jo 5.24, Ele afirmou que quem ouve a sua palavra tem a vida
eterna.
III. OS ENSINOS DE JESUS SOBRE A
SALVAÇÃO
1. A fé como meio para a salvação
(Jo 3.16). No diálogo com Nicodemos, Jesus asseverou a necessidade do novo
nascimento (Jo 3.1-5), e revelou a verdade central do Novo Testamento,
considerada por muitos estudiosos o “Texto Áureo” dos Evangelhos, ao dizer que
“Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Da parte de
Deus, o amor que salva. Da parte do homem, a fé que aceita a salvação de Deus
(ver Ef 2.8,9). A fé que salva não é a fé meramente intelectual (ver At
8.13,21). Mas é a fé viva, que nasce no coração, estimulada pelo Espírito, com
base na Palavra de Deus. “...a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”
(Rm 10.17). O amor leva Deus ao encontro do homem perdido. A fé leva o homem
perdido ao encontro com Deus.
2. A necessidade do arrependimento.
O termo “arrependimento” na Bíblia tem o sentido de contrição, tristeza e
angústia do pecador diante de Deus, por seus pecados, e também voltar-se
resoluto para Deus. É uma mudança total de rumo na vida: deixar a senda de
pecado e caminhar de volta a Deus e, continuar a caminhar com Deus.
3. A renúncia indispensável. O
arrependimento para a salvação não pode ser apenas um impulso de um momento.
Precisa ser vivido na prática, na continuidade da vivência do cristão. Para
tanto, há necessidade de renúncia quanto à velha vida (cf. 2 Co 5.17). Jesus
disse: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a
sua cruz e siga-me” (Mt 16.24). Aqui está o ponto crítico da conversão de um
pecador. A natureza humana, contaminada pelo germe do egoísmo, e da rebeldia
contra Deus, reluta e resiste em dar lugar à renúncia dos interesses
mesquinhos, carnais e efêmeros, para aceitar o senhorio de Cristo.
4. A perseverança do salvo. A vida
cristã não é um “mar de rosas”. Jesus afirmou aos seus discípulos que teriam
aflições, no mundo, mas que tivessem bom ânimo, pois Ele venceu o mundo (cf. Jo
16.33). Jesus nos garante a vitória, na luta pela permanência como salvos em
seu nome. Mas, para chegarmos na eternidade, com Deus, é necessário que
tenhamos perseverança.
O cristão enfrenta lutas e desafios
constantes, a começar de parte de seus próprios familiares e conhecidos. O
Senhor previu que pais e filhos não se entenderiam, e que os crentes seriam
odiados por causa de seu nome (Mt 10.21,22), mas que “...aquele que perseverar
até o fim será salvo” (Mt 10.22b). Diante disso, não há base bíblica para a
doutrina da predestinação absoluta, segundo a qual uns já nascem para serem
salvos, e outros, desafortunados, já nascem miseravelmente predestinados à
perdição. Isso não condiz com o caráter de Deus, revelado nas Escrituras. Para
ser salvo, é necessário crer em Jesus, com arrependimento, e permanecer salvo,
através da santificação (cf. Hb 12.14). A santificação se manifesta através da
perseverança, em obediência aos ensinos de Jesus.
IV. A FÉ PESSOAL RECONHECIDA
A doutrina calvinista ensina que o
homem nada faz para ser salvo. Segundo esse ensino, a salvação vem de cima,
como um “prato feito” para o pecador. Se ele é um “eleito”, não precisa nem
estender a mão para receber a salvação. Nesse ensino, não há lugar para a fé
pessoal. Mas Jesus valorizou a fé de cada pessoa que o buscou de todo o
coração. A mulher que foi curada do fluxo de sangue ouviu de Jesus: “...Tem
ânimo, filha, a tua fé te salvou” (Mt 9.22); vendo a fé do paralítico de
Cafarnaum, Ele disse: “Filho, perdoados estão os teus pecados ” (Mc 2.5); à
pecadora que ungiu seus pés, Jesus disse: “A tua fé te salvou; vai em paz” (Lc
7.50). A fonte da salvação é a graça de Deus: “Pela graça sois salvos...”; mas
a fé é o meio da parte de Deus, qual é a mão estendida do pecador em direção à
mão estendida do amor de Deus: “...por meio da fé”. (Ver Ef 2.8,9.) “...e isso
não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Grifamos a palavra isso, lembrando que
ela se refere diretamente à salvação e indiretamente à fé. A salvação é o
grandioso dom de Deus, bem evidente nesta passagem e no seu contexto.
Sem dúvida alguma, a salvação
trazida por Jesus Cristo, foi o maior milagre propiciado por Deus ao ser
humano, depois da Queda, no Éden. As curas, as maravilhas, a sua mensagem, tudo
foi usado por Ele para despertar o homem para aceitar o dom de Deus, a salvação
(Ef 2.8). O perdido, uma vez que creia e se arrependa dos seus pecados,
confessando a Cristo como seu Salvador e Senhor, tem a vida eterna (Jo 5.24).
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
“O estudo da obra salvífica de
Cristo deve começar pelo Antigo Testamento, onde descobrimos, nas ações e
palavras divinas, a natureza redentora de Deus. Descobrimos tipos e predições
específicas daquEle que estava para vir e do que Ele estava para fazer. Parte
de nossas descobertas provém da terminologia empregada no Antigo Testamento
para descrever a salvação, tanto a natural quanto a espiritual.
Qualquer um que tenha estudado o
Antigo Testamento hebraico sabe quão rico é o seu vocabulário. Os escritores
sagrados empregam várias palavras que fazem referência ao conceito geral de
‘livramento’ ou ‘salvação’, seja no sentido natural, jurídico ou espiritual. O
enfoque recai em dois verbos: natsal e yasha. O primeiro corre 212 vezes, mais
frequentemente com o significado de ‘livrar’ Israel das mãos dos egípcios (Êx
3.8). Senaqueribe escreveu ao rei em Jerusalém: ‘O Deus de Ezequias não livrará
o seu povo das minhas mãos’ (2 Cr 32.17). Frequentemente, o salmista implorava
o salvamento divino (Sl 22.21; 35.17; 69.14; 71.2; 140.1). O emprego do verbo
indica haver em vista uma ‘salvação’ física, pessoal ou nacional.
O termo assume ainda conotação
espiritual: a salvação mediante o perdão dos pecados. Davi apela a Deus para
salvá-lo de todas as suas transgressões (Sl 39.8). Em Salmos 51.14, é provável
que Davi tenha em mente a restauração e salvação espirituais pessoais, quando
ora: ‘Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha
língua louvará altamente a tua justiça”. (Teologia Sistemática, CPAD, págs.
335,336)
A eficácia da morte de cristo nosso Salvador
Hebreus
10.1,3,4,9-12,14,19,22-25.
1 - Porque, tendo a lei a sombra dos
bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios
que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
3 - Nesses sacrifícios, porém, cada
ano, se faz comemoração dos pecados,
4 - porque é impossível que o sangue
dos touros e dos bodes tire pecados.
9 - Então, disse: Eis aqui venho,
para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro para estabelecer o segundo.
10 - Na qual vontade temos sido
santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.
11 - E assim todo sacerdote aparece
cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que
nunca podem tirar pecados;
12 - mas este, havendo oferecido um
único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus,
14 - Porque, com uma só oblação,
aperfeiçoou para sempre os que são santificados.
19 - Tendo pois, irmãos, ousadia
para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus,
22 - Cheguemo-nos com verdadeiro
coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência
e o corpo lavado com água limpa,
23 - retenhamos firmes a confissão
da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu.
24 - E consideremo-nos uns aos
outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras,
25 - não deixando a nossa
congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e
tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
Os profetas anunciaram uma Nova
Aliança. Em que ela se baseia? Qual a sua precípua finalidade? Ela indica o
único caminho que conduz o homem a Deus. A Nova Aliança propicia a entrada ao
trono divino, mediante o perdão e o esquecimento de todos os pecados. Cristo
inaugurou-a com o sacrifício de si mesmo. Agora já não precisamos continuar
fazendo os sacrifícios levíticos. O que aqueles sacrifícios não podiam fazer,
foi feito pelo sacrifício de Cristo sobre a cruz.
Instituído por Deus, os sacrifícios
de animais eram a única forma de se aplacar a ira divina contra o pecado e
aproximar o homem do seu Criador. Entretanto, tais sacrifícios demonstraram ser
ineficazes porque apenas aplacavam temporariamente a ira de Deus, mas não
removiam o pecado. Desta forma, havia a necessidade de um sacrifício único e
perfeito, que propiciasse aos homens a certeza da reconciliação com Deus.
O autor da epístola em estudo não
apenas apresenta Cristo como o último Sumo Sacerdote, mas como o sacrifício
perfeito diante de Deus; sacrifício que tira definitivamente os pecados.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
O preparo da lição faz parte dos
deveres do professor, e deve ser feito tendo em vista a necessidade do aluno, e
não a do professor. O que interessa a um aluno adulto, não interessa a um jovem
ou a uma criança.
Preparar uma lição sem pensar nisso
é ficar diante da classe pregando no deserto. O professor deve preparar a lição
tendo em mira três propósitos para com o aluno: 1) O que desejo que meus alunos
aprendam? 2) O que desejo que meus alunos sintam? 3) O que desejo que meus
alunos façam? (A Escola Dominical, CPAD).
Para esta lição, peça a seus alunos
que tentem identificar, no texto em estudo, quais as quatro fraquezas do
sacrifício levítico. Observe o esquema abaixo:
Os sacrifícios levíticos...
1) Não podem tornar perfeitos os
ofertantes (v.1);
2) Não podem satisfazer a
consciência quanto ao pecado (v.2);
3) Não podem apagar a memória dos
pecados (v.3);
4) Não podem tirar os pecados (v.4).
COMENTÁRIO
introdução
No Antigo Testamento, os sacrifícios
eram repetidos todos os dias por sacerdotes comuns. O sumo sacerdote entrava
todos os anos no lugar santíssimo para oferecer sacrifícios por si mesmo e pelo
povo. Mas, como tudo isso era “sombra dos bens futuros”, tais sacrifícios não
aperfeiçoavam ninguém. Com Cristo, nosso Sumo Sacerdote, temos a certeza da
plena salvação que nos aperfeiçoa, até que um dia cheguemos “a varão perfeito,
à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13). E isso só ocorrerá no céu.
I. SACRIFÍCIOS INEFICAZES
1. A sombra dos bens futuros (v.1).
O Antigo Pacto se constituía de sacrifícios, holocaustos, oblações e oferendas,
que eram figuras “dos bens futuros”, ou seja, do evangelho de Cristo, que nos
trouxe as riquezas da graça de Deus, a começar pela salvação de nossas almas,
através do sacrifício vicário de Jesus. Por serem sombras e não a realidade, os
sacrifícios de animais não puderam aperfeiçoar “os que a eles se chegam”.
2. O sangue de animais não tirava os
pecados (vv.2-4). Para que serviam aquelas ofertas, se o escritor diz que “é
impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados” (v.2)? Os
sacrifícios não levavam os homens a Deus, mas serviam, por antecipação, de meio
para expiação. A palavra expiação no hebraico tem o significado de “cobrir” os
pecados, num delito contra a Lei.
3. Deus preparou um corpo para Jesus
(v.5). Somente no corpo humano (encarnação), Ele poderia ser aceito por Deus
como oferta perfeita no lugar do homem pecador. No Antigo Testamento, os
sacrifícios eram substitutos imperfeitos. O corpo de Cristo foi a solução de
Deus para substituir todos os sacrifícios imperfeitos do Antigo Testamento. Seu
sangue, derramado na cruz, não apenas cobriu os pecados, mas tirou-os, e
lançou-os nas profundezas do mar (Mq 7.19). João exclamou: “Eis o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
II. O PRIMEIRO FOI TIRADO PARA O
ESTABELECIMENTO DO SEGUNDO
1. Cristo obedeceu a Deus (v.9).
Jesus foi obediente até à morte (Fp 2.8). Ele cumpriu todos os desígnios
divinos no intuito de salvar o homem da perdição eterna. Sua morte foi prova
inconteste da sua total resignação, obediência e submissão à vontade de Deus.
Ele afirmou: “Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade”. Trata-se de
uma lição de valor espiritual inigualável para todos nós: Jesus, sendo Deus,
voluntariamente despojou-se de sua glória, e apresentou-se ao Pai na disposição
irrestrita de cumprir cabalmente o plano divino de redenção da humanidade (ver
Fp 2.5-8).
2. O Velho Pacto substituído pelo
Novo (v.9). Ao dizer a Escritura “tira o primeiro para estabelecer o segundo”,
vemos a substituição definitiva do antigo sistema legal mosaico, no qual os
sacrifícios eram ineficazes para salvação, pelo Novo Pacto, estabelecido por
Cristo, com seu sacrifício perfeito.
3. Comparação entre o velho e o Novo
Concerto. A lei não transformava o homem em termos morais; o evangelho de
Cristo transforma, pois “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que
crê” (Rm 1.16); a lei apenas condenava o culpado; a graça de Deus o liberta. A
lei consistia de símbolos da realidade; a graça consiste na realidade dos
símbolos; a lei era “o ministério da morte” (2 Co 3.7); a graça é “lei do
Espírito de vida, em Cristo Jesus” (Rm 8.2).
III. UM SACRIFÍCIO PERFEITO
1. Santificados pela oblação do
corpo de Cristo (v.10). Oblações eram ofertas incruentas (sem sangue),
inanimadas, oferecidas a Deus tais como: vinho, azeite, flor de farinha, etc.
Se de um lado, Cristo ofereceu seu
próprio sangue como holocausto em nosso favor, por outro, Ele foi aceito como
oferta de cheiro suave a Deus, “feita uma vez”, de modo que, em Cristo, somos
aceitos por Deus.
2. Sacrifício único (vv.11-14). O
escritor lembra que os sacerdotes, no Velho Pacto, diariamente ofereciam
sacrifícios que não podiam tirar pecados. E acentua que Cristo ofereceu “um
único sacrifício pelos pecados”, demonstrando a eficácia do seu auto
oferecimento a Deus pelos pecadores. Acrescenta que Cristo está “assentado para
sempre à destra de Deus” “...esperando até que os seus inimigos sejam postos
por escabelo de seus pés”.
3. Sacrifício que aperfeiçoa.
Diferente dos sacrifícios do Antigo Pacto, que apenas cobriam temporariamente o
pecado, mas não transformava o pecador, o sacrifício de Cristo constituiu-se
“numa só oblação”, que “aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (v.13;
ver v.10). Aqui temos algo que a lei não podia fazer: santificar as pessoas.
Com o advento da graça, somos santificados pela Palavra (Jo 17.17), pela fé em
Cristo (At 26.18) e pelo sangue de Jesus (1 Pe 1.2).
IV. PRIVILÉGIOS E RESPONSABILIDADES
DO CRENTE EM JESUS
1. Entrar no santuário de Deus
(v.19). No Antigo Pacto, as pessoas comuns do povo não podiam adentrar no
santuário propriamente dito. Só chegavam até ao pátio, que era a parte exterior
do tabernáculo. Em Cristo, no entanto, homens e mulheres salvos são “sacerdotes
reais” (1 Pe 2.9), e têm “ousadia para entrar no Santuário pelo sangue de
Jesus”. Este é um privilégio que só os fiéis lavados e remidos pelo sangue de
Cristo podem ter. Tais crentes não precisam de medianeiros, guias, orixás ou
gurus. Jesus é “o único mediador entre Deus e o homem” (1 Tm 2.5).
2. Como chegar a Deus (vv.22-25).
Não se pode chegar a Deus de qualquer maneira. O escritor, em sua incisiva
exortação, nos mostra os cuidados que devemos ter para chegarmos à presença de
Deus:
a) “Com verdadeiro coração”. Só
podemos ter acesso ao Pai e ser aceitos por Ele se tivermos um coração sincero,
limpo e puro (Mt 5.8).
b) “Em inteireza de fé”. O crente,
ao buscar a presença de Deus, não pode ter dúvida alguma de sua existência, do
seu poder e de sua graça.
c) “Tendo o coração purificado da má
consciência”. Para Deus não valem as aparências. Ele vê o interior do homem. O
salmista disse que Deus nos sonda e entende o nosso pensamento (Sl 139.1,2). Se
dermos lugar à iniquidade, Ele não nos ouvirá (Sl 65.18).
d) “O corpo lavado com água limpa”.
Certamente, o texto bíblico aqui refere-se à purificação do crente pela
Palavra, como se lê em Ef 5.26: “purificando-a com a lavagem da água, pela
Palavra”, isto em relação à Igreja.
e) Retendo firmes a confissão da
esperança. Em Hb 3.6 somos exortados a “conservar firme a confiança e a glória
da esperança até ao fim”. A confissão da esperança indica a nossa fé nas
gloriosas e infalíveis promessas de Deus, “porque fiel é o que prometeu”.
f) Considerando uns aos outros,
estimulando-nos “à caridade e às boas obras”. O bom relacionamento entre os
crentes é condição importante para o acesso a Deus. A caridade (amor em ação) é
a marca do cristão. Boas obras são dever do salvo (Ef 2.10).
g) “Não deixando a nossa
congregação”. Aqui não se refere ao sentido físico: deixar a igreja local para
ir congregar-se em outro bairro; mas sim, que não devemos deixar de
congregar-nos, de nos reunirmos, tendo em vista a necessidade da comunhão
coletiva. Somos membros uns dos outros (Rm 12.5). É equivocada e carnal a ideia
de que alguém pode ser “crente em casa”, a menos que esteja doente.
h) “Admoestando-nos uns aos outros”.
Admoestar, aqui, tem no original o sentido de animar, encorajar. Essa prática,
quando realizada com amor, tem grande efeito no fortalecimento e encorajamento
espiritual da comunidade cristã.
Diante do que estudamos nesta lição,
cremos que não há lugar para qualquer dúvida quanto à superioridade do Novo Concerto,
baseado no perfeito e único sacrifício de Cristo em relação ao antigo,
realizado na base de sacrifícios de animais, que apenas cobriam provisoriamente
os pecados do povo.
AUXÍLIOS
SUPLEMENTARES
“O sangue dos touros (Hb 10.4). O
sangue de animais era apenas uma provisão ou expiação temporária pelos pecados
do povo; em última análise, era necessário um homem para servir como substituto
da humanidade. Por isso, Cristo veio à terra e nasceu como homem a fim de que
pudesse oferecer-se a si mesmo em nosso lugar (2.9,14). Além disso, somente um
homem isento de pecado poderia tomar sobre si nosso castigo pelo pecado
(2.14-18; 4.15) e, assim, de modo suficiente e perfeito, satisfazer as
exigências da santidade de Deus (cf. Rm 3.25,26).
Aperfeiçoou para sempre os...
santificados (Hb 10.14). A oferenda única de Cristo na cruz e seu resultado
(i.e., a salvação perfeita) são eternamente eficazes todos quantos estão
santificados ao se chegarem a Deus por meio de Cristo (v.22; 7.25) Note que a
palavra no grego ‘santificar’, aqui e no versículo 10, são particípios
presentes que enfatizam a ação contínua no tempo presente.
Quando vedes que se vai aproximando
aquele dia (Hb 10.25). O dia da volta de Cristo para buscar os seus fiéis está
se aproximando. Até chegar esse dia, enfrentaremos muitas provações espirituais
e muitas falsificações na doutrina. Devemos congregar-nos regularmente para
encorajarmos mutuamente e nos firmarmos em Cristo e na fé apostólica do novo
concerto.” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1914, 1915).
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