Deus quer realizar grandes milagres
em nossa vida
8 de Janeiro de 2017
Texto Áureo
“Porque a visão é ainda para o tempo
determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque
certamente virá, não tardará”. Hc 2.3
Verdade Aplicada
A visão dada por Deus é como uma
semente que necessita de tempo para amadurecer. Tanto o que somos quanto o que
iremos realizar dependerá da fé que projetarmos nessa visão.
Textos de Referência.
Êxodo 14.2-4, 17
2 Fala aos filhos de Israel que
voltem e que acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom;
em frente dele assentareis o campo junto ao mar.
3 Então, Faraó dirá dos filhos de
Israel: Estão embaraçados na terra, o deserto os encerrou.
4 E eu endurecerei o coração de
Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu
exército; e saberão os egípcios que eu sou o Senhor. E eles fizeram assim.
17 E eis que endurecerei o coração
dos egípcios, para que entrem nele atrás deles; e eu serei glorificado em
Faraó, e em todo o seu exército, e nos seus carros, e nos cavaleiros.
Introdução
Existem situações em nossas vidas
que tudo parece estar ao contrário. Nesses momentos, devemos estar firmados na
certeza de que o que Deus prometeu, Ele também é poderoso para cumprir.
1. Mudando a geografia da mente.
O capítulo 14 de Êxodo descreve uma
das situações mais delicadas já enfrentadas pelo povo de Israel. O povo
sobreviveu e a história se tornou o evento mais celebrado em toda a existência
judaica. Eles viram a morte, mas Deus viu um marco na história.
1.1. A visão determina nosso
alcance.
Toda conquista está relacionada à
revelação que carregamos conosco. Deus não revela nada sem propósito, Ele
deseja que avancemos, sempre de acordo com Suas orientações. Estamos nesse
mundo para brilhar (Fp 2.15). Por esse motivo, precisamos entender os processos
da vida, pois as realizações dependem da forma como entendemos esses processos.
Quando Deus nos dá uma visão, Seu intento é que venhamos também realiza-la. Ao
olhar na ótica divina, as coisas terão outro sentido, tanto para os possuidores
da visão quanto para os que as observam (1Co 2.12).
1.2. Um grande inimigo, uma grande
vitória.
Um milagre desencadeia uma grande
história. Porém, uma grande história jamais poderá desencadear um grande
milagre. Quando, vivendo dentro da orientação do Senhor, Ele permite que nos
defrontemos com situações perigosas ou grandes ameaças, é porque tem algo a nos
ensinar e o Seu agir redundará em maior glória ao Seu Nome (Êx 14.13-14, 18).
Infelizmente, somos uma geração acostumada a viver sem grandes milagres.
Contamos boas histórias, falamos muito das coisas do passado, mas esquecemos
que em nosso tempo Deus é Poderoso para continuar a operar grandes coisas (Hb
13.8).
1.3. A visão correta.
As pessoas podem estar em um mesmo
lugar e ver coisas diferentes (1Co 2.14-15). Dos doze espias, dez viram apenas
os gigantes e as dificuldades, enquanto dois deles, Calebe e Josué, viram as
possibilidades (Nm 14.7-9). Os israelitas haviam visto coisas tremendas,
milagres que indicavam veracidade nas palavras dita por Deus. Eles não tinham
motivos para duvidar, porque Deus anunciava antecipadamente o que ia realizar.
Era uma questão de ter a visão correta das coisas ao redor. Deus é sobrenatural
e não existe outro modo de caminhar com Ele, a não ser vivendo em esferas
sobrenaturais (Mc 9.23).
2. A estrada da liberdade.
Depois de quatrocentos anos de
escravidão, os israelitas caminham em liberdade e Deus vai se apresentando para
eles em forma de milagres. O maior desafio de Moisés não foi tirar o povo do
Egito. Sua maior batalha era tirar o Egito de dentro do povo.
2.1. O caminho da liberdade é mais
longo.
A estrada que nos conduz à Terra
Prometida tem percursos totalmente contrários aos que chamamos óbvios. Deus
conduziu o Seu povo pelo caminho mais longo do deserto, perto do Mar Vermelho
(Êx 13.18). O Mar Vermelho fazia parte do aprendizado que aquele povo deveria
passar. A Jornada estava apenas começando e Deus queria ensinar valiosas lições
a esse povo. A cada passo que Israel dava, Deus se manifestava de uma forma que
pudessem entender que Ele estava presente. Quanto mais longo o caminho, maior
será a glória revelada (Dt 29.29).
2.2. A estrada exige paciência e
confiança.
Antes que o povo avançasse pelo
caminho do mar, Deus ordenou que o mesmo retrocedesse (Êx 14.2). Mas qual seria
o intento de tão estranha ordem, visto que Faraó vinha ao encontro de Israel
para exterminar a todos? Deus faz seu líder entender o porquê (Êx 14.3-4). Nem
sempre retroceder é perder. Às vezes, significa reorganizar.
2.3. A estrada troca orgulho por
dependência.
O povo de Israel estava com muito
medo (Êx 14.10). Então, algo interessante acontece. Aqueles que caminhavam de
forma orgulhosa e independente, agora clamam a uma só voz. É a primeira vez que
aquele povo orgulhoso clama em massa. Não são raras as vezes em que o Senhor
nos conduz a situações difíceis para confrontar nosso espírito orgulhoso e
fazer brotar em nós uma dependência em Sua pessoa.
3. Nova geração, novas diretrizes.
O caminho aberto pelo meio do Mar
vermelho revela não somente o que Deus é capaz de fazer por Seu povo, mas com
Ele cria caminhos diferentes e extraordinários quando está a conduzir Seu povo
com Sua potente mão. Ser aliado do Todo Poderoso é sempre a opção para quem
deseja alcançar o cumprimento das promessas do Senhor.
3.1. O problema humano nunca foi
externo.
“Deixa-nos, que sirvamos aos
egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no
deserto” (Êx 14.12). Essa palavra é sempre interpretada como incredulidade ou
ingratidão, mas a situação era de pânico. Por um dado momento, esse povo temeu
um sistema que durante anos o escravizou. Parece incrível, mas eles ainda
estavam aprendendo a confiar em Deus. O Senhor, para eles, era apenas um sonho
da liberdade. Embora Moisés lhes dissesse que Deus havia preparado tudo para
que Faraó e seu exército sucumbissem, o conflito deles ainda era escrava. O seu
maior inimigo eram os pensamentos que portavam dentro de si. Muito mais que
tirá-los do Egito, o desafio era livrá-los do sistema escravo que havia em suas
almas.
3.2. Caminhos seguros.
Deus poderia ter resolvido o
problema desde o momento em que enviou Moisés diante de Faraó. Mas por que
motivo Deus age assim? Deus age com cada pessoa de acordo com o que planejou
para ela. Ele não precisava pedir que Abraão sacrificasse Isaque, nem precisava
sacrificar Seu Filho Jesus. Mas Ele estabelece regras, cria caminhos e em cada
gesto Seu aprendemos mais e mais sobre a Sua grandeza (Is 64.4).
3.3. Deus sempre criará uma saída
para os Seus escolhidos.
Quando não havia mais saída, Deus
abriu o mar. A diferença entre o natural e o espiritual é que o natural
escraviza e o espiritual liberta. Deus é Espírito e onde estiver haverá
liberdade (2Co 3.17). A vida sobrenatural só assusta a quem não conhece a Deus,
porque Ele é sobrenatural e não trabalha no âmbito da lógica humana. Assim, a
realidade de nossas vidas será determinada pelo nível de revelação que tivermos
de Deus. O intelecto faz com que nos conformemos com uma vida natural e esse
será sempre o limite de quem não rompe. Deus não abriu somente o mar; Ele
rasgou o véu, Ele enviou o Espírito para revelar as coisas mais profundas que a
humanidade é capaz de ver (1Co 2.10-11).
Conclusão.
Nestes dias em que estamos vivendo,
mais do que nunca a oração da Igreja deve ser para que nossa geração se volte
para o Eterno Deus, torne-se urgentemente sensível a Sua voz e ande pelo
caminho que Ele deseja conduzi-la.
Questionário.
1. O que o capítulo 14 de Êxodo
descreve?
2. O que é preciso para que nosso
testemunho adquira poder entre os homens?
3. Como o povo de Israel estava?
4. Na ótica divina, o que significa
retroceder?
5. Por que Deus enviou o Espírito?
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