Texto Áureo
"Vigiai e orai, para que não
entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é
fraca." (Mt 26.41)
Verdade Prática
Oremos e vigiemos para que não
sejamos surpreendidos pelas obras da carne.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gl 5,19: O perigo da
prostituição, da impureza e da lascívia
Terça – Gl 5.20a: O perigo da
idolatria, das feitiçarias e das inimizades
Quarta – Gl 5.20b: O perigo das
contendas, das disputas e das iras
Quinta – Gl 5.21: O perigo da
inveja, dos homicídios, das bebedices e das glutonarias
Sexta – Gl 5.21a: O perigo fatal das
obras da carne
Sábado – Gl 5.16: Como vencer as
obras da carne
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 6.39 - 49
39 E dizia-lhes uma parábola: Pode
porventura o cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova?
40 O discípulo não é superior a seu
mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre.
41 E por que atentas tu no argueiro
que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio
olho?
42 Ou como podes dizer a teu irmão:
Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo
na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e
então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.
43 Porque não há boa árvore que dê
mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto.
44 Porque cada árvore se conhece
pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se
vindimam uvas dos abrolhos.
45 O homem bom, do bom tesouro do
seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o
mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.
46 E por que me chamais, SENHOR,
Senhor, e não fazeis o que eu digo?
47 Qualquer que vem a mim e ouve as
minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante:
48 É semelhante ao homem que
edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a
rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a
pôde abalar, porque estava fundada sobre a rocha.
49 Mas o que ouve e não pratica é
semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual
bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.
HINOS SUGERIDOS: 419,491, 530 DA
HARPA CRISTÃ
OBJETIVO GERAL
Explicar o perigo das obras da
carne.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Identificar o que é
concupiscência da carne;
II. Mostrar o que é um caráter
moldado pelo Espírito;
III. Saber que uma vida que não
agrada a Deus vive segundo a carne e é infrutífera.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, todo ensino deve provocar
uma mudança. Se não há mudança, não há aprendizado. Seus alunos devem entender
o perigo das obras da carne e repudiar isso de suas vidas. Todos estão sujeitos
a caírem nesse mal, mas a partir do momento que o Espírito Santo tem o total
controle sobre o crente, dificilmente as obras da carne terão chance de se
sobressair. A oração e a vigilância são elementos fundamentais para a luta
contra uma vida de pecado, considerando que para Deus não há tamanho de pecado.
Pecado é pecado e ponto! O crente deve ouvir a Palavra e ser semelhante ao
homem prudente: colocando em prática tudo o que ouvir. Fazendo assim,
permaneceremos firmes quaisquer que sejam as tempestades que possam assolar a
nossa vida.
INTRODUÇÃO
A lição deste domingo é um alerta
para os que querem agradar a Deus e ter uma vida frutífera. Estudaremos o
perigo das obras da carne. Precisamos ter cuidado, pois dentro de todo crente
habita duas naturezas: a natureza adâmica, a qual foi corrompida na Queda, e a
nova natureza, que é resultado da regeneração, do novo nascimento (Jo 3.3).
Veremos que a natureza adâmica, se não for controlada pelo Espírito, produz
frutos que levam o crente à morte espiritual.
I - A VIDA CONDUZIDA PELA
CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
1. A concupiscência da carne.
Você sabe o significado da palavra
concupiscência? Segundo o Dicionário Wycliffe, este é um "termo usado
teologicamente para expressar os desejos malignos e lascivos que assediam os
homens caídos" (Rm 7.8). A velha natureza, se não for controlada pelo
Espirito, leva-nos a cometer as piores ações e abominações. Por isso,
precisamos vigiar e viver constantemente cheios do Espírito Santo (Ef 5.18).
Paulo advertiu a Igreja, explicando que, quem semeia na carne, ou seja, vive
segundo a velha natureza, da carne ceifará corrupção (Gl 6.8). Nossos desejos e
vontades devem ser controlados pelo Espírito Santo, pois os desejos da velha
natureza são impuros e nos conduzem para a morte espiritual.
PONTO CENTRAL
A natureza adâmica deve ser
controlada pelo Espírito.
2. A vida guiada pela concupiscência
da carne.
Quem controla seus desejos? Temos
anseios, mas estes precisam ser controlados por Deus. Devemos submeter nossos
pensamentos e desejos ao controle divino. O crente que não tem uma mente
conduzida pelo Espírito Santo torna-se uma pessoa sem controle, sem qualquer
deferência.
A Palavra de Deus nos ensina que
precisamos mortificar nossa natureza (Cl 3-5). Mortificar é permitir que Deus
controle nossos pensamentos, vontades e ações. Vivemos em uma sociedade
hedonista, onde a busca pelo prazer tem feito com que muitos sejam dominados
por desejos malignos, praticando, sem qualquer pudor, toda a sorte de impureza,
e tudo em nome do prazer e da liberdade. Diante desse triste quadro, a Igreja
não pode se calar, mas deve expressar suas virtudes anunciando a mensagem da
salvação.
3- A vida conduzida pela
concupiscência dos olhos.
Longe de Deus e sem o controle do
Espírito Santo, o homem manifesta seus desejos mais perversos, trazendo sérios
prejuízos para os relacionamentos na Igreja e fora dela. Quando o homem se
torna insensível à voz de Deus e ao Espírito, sendo governado apenas por seus
instintos, torna-se semelhante aos animais. Uma vida conduzida pela velha
natureza leva as pessoas a olharem apenas para os prazeres momentâneos que o
mundo oferece, não atentando para o que é eterno. Davi viu e desejou a mulher
de Urias, e o seu desejo descontrolado o levou a cometer um adultério e um
homicídio (2 Sm 11.1-4). Ele não atentou para as consequências dos seus atos. O
crente não pode se deixar seduzir pelos prazeres deste mundo (l 3o 2.15-17).
SÍNTESE DO TÓPICO l
A concupiscência da carne e a
concupiscência dos olhos levam a pessoa a viver uma vida fará dos padrões
divinos.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Algumas pessoas pensam que o
mundanismo está limitado ao comportamento exterior — as pessoas com quem nos
associamos, os lugares que frequentamos, as atividades que apreciamos. O
mundanismo é também interior, porque começa no coração, e é caracterizado por
três atitudes:
(1) a cobiça pelo prazer físico — a
preocupação com a satisfação dos desejos físicos;
(2) a cobiça por tudo o que vemos —
almejar e acumular coisas, curvando-se ao deus do materialismo; e
(3) o orgulho das nossas posses —
obsessão pela condição, posição ou por ser importante. Quando a serpente tentou
Eva (Gn 3.6), tentou-a nestes aspectos. Semelhantemente, quando o Diabo tentou
Jesus no deserto, estas foram as três áreas de ataque (ver Mt 4-1-11).
Em contraste. Deus estima o
autocontrole, um espírito de generosidade, e o compromisso de servir com
humildade, É possível dar a impressão de evitar os prazeres mundanos e ao mesmo
tempo abrigar atitudes mundanas no coração. É também possível, como Jesus, amar
os pecadores e dedicar-lhe tempo, enquanto mantemos um forte compromisso com os
valores do Reino de Deus. Quais são os valores mais importantes para você? Suas
ações refletem os valores de Deus ou os valores do mundo?" (Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1783-84).
CONHEÇA MAIS
CARNAL
Esta palavra aparece somente no Novo
Testamento, embora o termo 'carnalmente' seja encontrado três vezes no Antigo
Testamento. 'Carnal' aparece no Novo Testamento onze vezes, e 'carnalmente' uma
vez. 'Carnal' significa 'pertinente à carne'. O substantivo SARX significa
basicamente o corpo de um animal ou de uma pessoa, ou a carne de um animal. No
entanto, no Novo Testamento, o termo 'carnal' algumas vezes está literalmente
relacionado à carne, e algumas vezes à antiga natureza humana corrompida por
Adão, que é encontrada em todos os homens." Para conhecer mais, leia
Dicionário Bíblico Wycíïffe, CPAD, p. 379.
II – A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO
1. O caráter.
No grego, caráter é charaktêr e
significa "estampa", "impressão" e "marca".
Contudo, é importante ressaltar que esta pá Lavra tem diferentes significados
em distintas ciências, como a sociologia e a psicologia. Segundo o Dicionário
Houaiss é "um conjunto de traços psicológicos e, ou morais, que
caracterizam um indivíduo". O caráter não é inato e pode ser mudado.
2. O caráter moldado pelo Espírito.
Quando aceitamos Jesus e
experimentamos o novo nascimento, nosso caráter passa por uma transformação, O
Espírito Santo trabalha em nós a fim de que sejamos semelhantes a Jesus. Mas
para que essa transformação aconteça precisamos nos submeter inteiramente a
Deus. Se quisermos uma vida espiritual frutífera, precisamos dar oportunidade
30 Espírito Santo para que Ele trabalhe em nossas vidas produzindo o fruto do
Espírito (Gl 5. 22).
Não adianta apenas dizer que é
crente, é preciso evidenciar o nosso caráter cristão mediante as nossas ações
(Mt 5.16). Muitos se dizem crentes, mas suas ações demonstram que nunca tiveram
um encontro real com o Salvador. Muitos estão na igreja, mas ainda não foram
realmente transformados por Jesus, pois quem está em Cristo é uma nova criatura
e como tal procura andar em novidade de vida, pois já se despiu do velho homem,
da natureza adâmica (2 Co 5.17). Crentes que vivem causando escândalos,
divisões, rebeldias, jamais experimentaram o novo nascimento.
3. Ataques ao seu caráter.
Em sua vida cristã, você terá que
Lutar com três inimigos que farão de tudo para macular o seu caráter: a carne,
o Diabo e o mundo. Muitos acabam sendo vencidos por eles. Para enfrentar e
vencer esses inimigos é preciso ter uma vida de comunhão com o Pai. É
necessário orar, ler a Palavra de Deus e jejuar. Sem a leitura da Bíblia, a
oração e o jejum não conseguiremos vencer e ter uma vida frutífera.
SÍNTESE DO TÓPICO II
O caráter moldado pelo Espírito
Santo é semelhante ao caráter de Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“É o Espírito Santo que produz o
fruto espiritual em nós quando nos rendemos sem reservas a Ele. Isso abrange
nosso espírito, alma e corpo e todas as faculdades que os constitui. O crente
que quiser mandar na sua vida e fazer a sua vontade para agradar a si próprio
pode continuar como cristão, mas nunca será vitorioso no seu viver em geral, e
nem terá jamais o testemunho do Espírito na sua consciência cristã de que está
em tudo agradando a Cristo e fazendo o seu querer. O fruto do Espírito é o
caráter de Cristo produzido em nós para que em nosso viver o demonstremos ao
mundo. Caráter este sem jaca, como revelado nos tipos, símbolos, figuras e nas
inúmeras profecias messiânicas do Antigo Testamento, e nas diversas passagens
do Novo Testamento que tratam do assunto, a começar pelos Evangelhos”
(GILBERTO, António. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vido do
crente. 2.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.15-16).
Ill - UMA VIDA QUE NÃO AGRADA A DEUS
1. Viver segundo a carne.
Se o crente vive dominado pelos
desejos carnais, ele não pode agradar a Deus (Rm 8.8). Fomos criados para
glorificar a Deus e produzir o fruto do Espírito. Viver segundo a carne causa
males e danos à nossa vida e para o nosso próximo. Paulo exorta os crentes da
igreja de Corinto para que vivam no Espírito, pois alguns estavam vivendo
segundo a carne, de modo que suas ações eram evidentes: inveja, contendas e
dissensões (1 Co 3.3). Paulo deixa claro que os que assim estavam vivendo não
poderiam agradar a Deus e ter uma vida de comunhão no Espírito Santo.
2. Vivendo como espinheiro.
Sabemos que a árvore é identificada
não por suas flores ou folhas, mas por seus frutos. Jamais vamos colher laranja
de uma macieira, pois cada árvore produz o seu fruto segundo sua espécie (Gn
1.11). Logo, é impossível um cristão dominado pelo Espírito Santo produzir as
obras da carne. O homem bom tira de seu íntimo, do seu coração transformado,
coisas boas, mas o homem mau tira do seu mau coração pelejas, dissensões,
prostituição, iras, etc. (Mt 7.18-22).
Jotão apresenta algumas árvores em
uma parábola para o seu povo (Jz 9.7-21). As árvores representam o povo de
Siquém que desejavam um rei. Essas árvores eram boas: uma produzia azeite que
era utilizado na unção dos sacerdotes e iluminação; outra produzia figos que
alimentava o povo; a videira produzia vinho, que era usado nos sacrifícios de
libações. Porém o espinheiro, arbusto inútil, representava Abimeleque. Muitos
atualmente estão como Abimeleque, não produzem nada de útil para Deus ou para a
próximo e ainda ferem as pessoas com seus espinhos. Quem vive segundo a carne
se torna um espinheiro, inútil para Deus e para a Igreja.
3. Uma vida infrutífera.
Certa vez, Jesus contou uma parábola
a respeito de uma árvore estéril, uma figueira (Lc 13.6-9). A figueira sem
frutos refere--se primeiramente a Israel, porém ela também pode ser aplicada
aos crentes que professam a Jesus e, no entanto, insistem em viver uma vida
carnal, pecaminosa. Na parábola, o agricultor investe na figueira, adubando,
regando, podando, ou seja, dando todas as condições para que produza fruto. Mas
caso ela não viesse a frutificar seria cortada. Deus está investindo em sua
vida e dando todas as condições parai que você produza bons frutos, aproveite a
oportunidade.
SÍNTESE DO TÓPICO III
O propósito do cristão deve ser
viver uma vida que agrada a Deus, caso contrário, não tem valor algum professar
a fé cristã.
SUBSÍDIO BÍBLICO - TEOLÓGICO
“Era um costume na Palestina antiga,
assim como hoje, plantar figueiras e outras árvores nas vinhas. Era um meio de
utilizar cada pedaço disponível de boa terra. A figueira aqui, como em todo o
simbolismo bíblico, refere-se a Israel. [...] E foi procurar neta fruto, não o
achando. Embora a figueira estivesse na vinha, ela não tinha outro propósito a
não ser dar fruto. Da mesma forma. Israel só tinha uma razão para ocupar o
primeiro ou qualquer outro lugar: cumprir a missão que lhe fora dada por Deus.
Visto que a figueira era infrutífera, não teria o direito de existir; e visto
que Israel se recusava a cumprir sua missão determinada por Deus, não tinha o
direito de continuar” (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol. 6. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, p. 437-38).
CONCLUSÃO
Quem vive segundo a carne não pode
agradar a Deus. E a vida sem Deus torna-se infrutífera. Longe do Senhor nos
tornamos espinheiros, nos ferimos e ferimos ao próximo. Busque a Deus e seja
uma árvore frutífera.
PARA REFLETIR
A respeito do perigo das obras da
carne, responda:
Qual o significado da palavra concupiscência?
É um "termo usado
teologicamente para expressar os desejos malignos e lascivos que assediam os
homens caídos."
Para onde nossos desejos impuros nos conduzem?
Nos conduzem para a morte
espiritual.
O que acontece quando o homem deixa de ouvir a
voz de Deus e passa a ser guiado pelos seus desejos?
O crente que não tem uma mente
conduzida pelo Espírito Santo torna-se uma pessoa sem controle, sem qualquer
deferência.
O que significa caráter no grego?
No grego, caráter é charakter
significa "estampa", "impressão" e "marca".
O que é caráter?
Segundo o Dicionário Houaiss é
"um conjunto de traços psicológicos e, ou morais, que caracterizam um
indivíduo".
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