Introdução
Maschil de Asafe. Ou para "Asaph" F6; Um
salmo doutrinal e "instrutivo", como a palavra "Maschil"
significa; Ver Salmo 32: 1, que foi entregue a Asafe para ser cantado; O Targum
é,"A compreensão do Espírito Santo pelas mãos de Asafe".
Alguns pensam que Davi foi o penman dele; Mas a
partir da última parte dela, em que se faz menção a ele, e de seu governo do
povo de Israel, parece que foi escrito por outro, e depois de sua morte, embora
não muito tempo depois, já que o relato é Não levava mais tempo do que era; E,
portanto, é provável que tenha sido escrito por Asafe, o principal cantor, que
viveu naquela idade: quem quer que fosse o penman dele, é certo que ele era um
profeta, e assim foi Asaf, que é chamado vidente, o mesmo Com um profeta, e que
é dito para profetizar, 2 Crônicas 29:30 e também que ele representou Cristo;
Para que o Messias é a pessoa que é introduzida falando neste salmo está claro
de Mateus 13:34 eo todo pode ser considerado como um discurso dele para os
judeus de seu tempo; Dando-lhes uma história dos israelitas desde a sua
primeira saída do Egito até os tempos de Davi, e nela um relato dos vários benefícios
que lhes foram concedidos, da sua grande ingratidão e do ressentimento divino;
Cujo propósito é admoestá-los e adverti-los contra cometer pecados semelhantes,
para que não sejam rejeitados de Deus, como seus pais foram e perecem: alguns
escritores judeus, como Arama observa, interpretam este salmo dos filhos de
Efraim saindo Do Egito antes do tempo designado.
Este salmo é histórico, é uma narrativa das grandes
misericórdias que Deus havia concedido a Israel, os grandes pecados com que o
tinham provocado, e as muitas fichas de seu desagrado que tinham sido por seus
pecados. O salmista começou, no salmo precedente, a relacionar as maravilhas de
Deus da antiguidade, para seu próprio encorajamento em um momento difícil lá
que ele interrompeu abruptamente, mas aqui retoma o assunto, para a edificação
da igreja, e amplia muito sobre ele, mostrando Não só o quão bom Deus tinha
sido para eles, que era um sério de maior acabamento misericórdia, mas quão
bàsicamente eles tinham conduzido-se para Deus, o que justificou-o em
corrigi-los como ele fez neste momento, e proibiu todas as queixas. Aqui está:
I. O prefácio a esta história da igreja, comandando
a atenção do tempo presente para ela e recomendando-a ao estudo das gerações
vindouras, Salmos 78: 1-8.
II. A própria história de Moisés a Davi é colocada
em um salmo ou canção para que seja melhor lembrada e transmitida à
posteridade, e que o canto dela possa afetá-los com as coisas aqui
relacionadas, mais do que seriam com um bare Narrativa deles. O escopo geral
deste salmo que temos (Salmo 78: 9-11), onde é notado o presente repreensões
que estavam sob (Salmo 78: 9), o pecado que os trouxe sob essas repreensões
(Salmo 78:10), e As misericórdias de Deus para com eles anteriormente, que
agravaram esse pecado, Salmos 78:11. Quanto aos detalhes, estamos aqui
contados:
1. Que obras maravilhosas Deus tinha feito para
eles, tirando-os do Egito (Salmo 78: 12-16), providenciando-os no deserto
(Salmo 78: 23-29), Assolando e arruinando os seus inimigos (Salmo 78: 43-55), e
finalmente colocando-os na possessão da terra da promessa, Salmo 78: 54,55.
Quão
ingratos eles foram a Deus por seus favores a eles e quantas e grandes
provocações de que eles foram culpados. Como eles murmuraram contra Deus e
desconfiaram dele (Salmo 78: 17-20), e fizeram apenas falsificar arrependimento
e submissão quando os puniu (Salmo 78: 34-37), entristecendo-o e tentando-o,
Salmos 78: 40-42. Como eles afrontaram Deus com suas idolatrias depois que
chegaram a Canaã, Salmo 78: 56-58. 3. Como Deus justamente os castigou por seus
pecados (Salmo 78: 21,22) no deserto, fazendo deles o seu castigo (Salmo 78:
29-33), e agora, ultimamente, quando a arca foi tomada pelo Filisteus, Salmos
78: 59-64.
4. Como graciosamente Deus os poupou e voltou em
misericórdia para eles, não obstante suas provocações. Ele os havia perdoado
anteriormente (Salmos 78: 38,39), e agora, ultimamente, havia removido os
julgamentos que eles tinham trazido sobre si mesmos, e os trouxe sob um
estabelecimento feliz tanto na igreja quanto no estado, Salmo 78: 65-72. Como o
alcance geral deste salmo pode ser útil para nós no canto dele, para nos
colocar em lembrar o que Deus tem feito por nós e por sua igreja antigamente, e
o que temos feito contra ele, então os detalhes também podem ser De uso para
nós, para a advertência contra os pecados de incredulidade e ingratidão que
Israel de idade foi notoriamente culpado de, eo registro de que foi preservado
para o nosso aprendizado. "Essas coisas lhes aconteceram como
exemplos," 1 Coríntios 10:11; Hebreus 4:11.
Por isso, História da Igreja é tão importante para
a igreja moderna.
Do mesmo modo, as Escrituras também fornecem muitas
lições preciosas que podem guiar os servos de Deus no presente, livrando-os das
armadilhas que lhes estão preparadas, tanto pelos inimigos do Senhor como pelo
próprio pecado pessoal. O Salmo 78 é um exemplo do uso dessas lições a fim de
educar as novas gerações para que evitem os erros do passado e prossigam rumo
ao futuro munidos do desejo e da sabedoria que levam à comunhão de Deus e ao
seu serviço. Assim, Asafe declara, logo de início, seu propósito (vv.3,4): “O
que nós ouvimos e aprendemos e o que nossos pais nos contaram não esconderemos
dos seus filhos. Anunciaremos à próxima geração os louvores do Senhor, o seu
poder e os seus feitos maravilhosos” (’asher shama‘nû wanneda‘em wa’avôtênû
sifferû-lanû lo’ nekahed mivvenêhem ledôr ’aharôn mesafferîm tehillôt yehwâ
we‘ezûzô wenifle’ôtayw ’asher ‘asâ). Seguindo esse propósito, o salmista aponta
seis fontes de aprendizado para que o povo de Deus aja com sabedoria e honre ao
seu Senhor.
A primeira fonte de aprendizado são as instruções
de Deus. O salmista, falando das ações divinas entre o povo de Israel, diz
(v.5): “Ele estabeleceu uma norma em Jacó e promulgou uma lei em Israel”
(wayyaqem ‘edût beya‘aqov wetôrâ wam beyisra’el). A “lei” (tôrâ), cuja palavra
hebraica pode ser também traduzida como “instrução”, além de revelar o caráter
de Deus, servia para tornar Israel – por meio da obediência – o povo reto que
serviria seu Senhor. Por isso, Deus disse a Abraão: “Porque eu o escolhi para
que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o
caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo” (Gn 18.19). Nesse mesmo
sentido, o salmista continua sua colocação reafirmando a necessidade, conforme
a própria instrução divina (Dt 6.7; 11.19), de se transmitir às gerações
posteriores as palavras e a revelação de Deus sobre ele mesmo e sobre seus
desejos: “Ele ordenou aos nossos pais que ensinassem aos seus filhos” (tsiwwâ
’et-’avôtênû lehôdî‘am livnêhem). O objetivo é produzir uma geração que conheça
o temor e a comunhão do Senhor (v.7): “A fim de que coloquem em Deus a sua
confiança e não se esqueçam dos feitos de Deus, mas guardem seus mandamentos”
(weyasîmû be’lôhîm kislam welo’ yishkehû ma‘allê-’el ûmitsôtayw yintsorû).
A segunda fonte de aprendizado são os erros dos
antepassados. A instrução divina deveria produzir obediência, mas não foi o que
aconteceu. Em lugar disso, o salmista cita os tristes fatos da história da
geração que deixou o Egito em meio aos grandes feitos de Deus (vv.10): “Eles
não guardaram a aliança de Deus e se recusaram a andar em sua lei” (lo’ shomrû
berît ’elohîm ûbetôratô me’anû laleket). A razão disso, apesar de parecer
absurdo diante de tudo que viram, foi que (v.11) “eles se esqueceram dos seus
feitos e dos seus prodígios os quais [Deus] lhes mostrou” (wayyishkehû
‘alîlôtayw wenifle’ôtayw ’asher her’am). Esse ato de “esquecer” não se refere a
um tipo de amnésia, mas sim, desvalorizar o que aconteceu – que não foi pouco
(vv.12-16) – quando tais lembranças deveriam mudar seu modo de viver e de se
relacionar com Deus. Em outras palavras, eles escolheram ser rebeldes diante do
Senhor. Por isso, ainda que Deus tenha feito coisas incomparáveis em favor dos
israelitas (v.17), “eles continuaram pecando contra ele, desafiando o Altíssimo
no deserto.” (wayyôsîfû ‘ôd lahato’-lô lamrôt ‘elyôn batsîyâ). Essa rebelião é
descrita pelo salmista por meio de colocações irreverentes e perguntas
desafiadoras dos israelitas (vv.18-20). O erro deles foi tão gritante, sem
falar da consequência na forma da ira divina (v.21), que qualquer um que
olhasse para esse momento triste da história poderia aprender como não agir e,
também, ser incentivado a confiar em Deus, fazendo o oposto do que fez aquela
geração perversa (v.22).
A terceira fonte é a provisão divina. Apesar da ira
contra o pecado, o Senhor não abandonou o povo à sua própria sorte no deserto
infértil. Sua resposta ao desafio desrespeitoso da parte dos israelitas (v.20),
ao contrário do que se poderia esperar, foi supri-los com o alimento de que
tanto necessitavam (vv.23,24): “Ele deu ordem às mais altas nuvens e abriu as
portas dos céus. Assim, fez chover sobre eles o maná para que comessem e lhes
deu um cereal celestial” (waytsan shehaquîm mimma‘al wedaltê shamayim patah
wayyamter ‘alêhem man le’ekol ûdegan-shamayim natan lamô). Os cereais são
produzidos na terra, mas o que Deus lhes deu no meio do deserto veio dos céus,
miraculosamente colhido das nuvens. Incrivelmente, nem isso fez com que Israel
voltasse seu coração para quem lhes supria de pão, de carne e de toda provisão,
proteção e amor que jamais pudessem imaginar (vv.25-31). Apesar do mau exemplo
desses israelitas, essa lição ainda testifica da prontidão divina em suprir
seus servos.
A quarta é a disciplina do Senhor. Apesar de tudo
que Deus fez, os israelitas (v.32) “pecaram novamente e não creram nos seus
prodígios” (hate’û-‘ôd welo’-he’emînû benifle’ôtayw). Por causa do caráter de
Deus, o pecado gerou punição (v.33). Contudo, essa punição não vinha sobre eles
para extingui-los e extirpá-los da face da Terra. Vinha em tal medida e forma
que é possível perceber o intuito divino de disciplinar o povo para que se
voltasse a ele. O intento era alcançado e Israel, ao sofrer o castigo,
demonstrava arrependimento (v.34): “Quando [o Senhor] os abateu, eles o
buscaram, arrependeram-se e procuraram prontamente a Deus” (’im-haragam
ûderashûhû weshavû weshiharû-’el). Se antes eles “se esqueceram” dos feitos
benéficos do Senhor, depois da disciplina (v.35), “eles se lembraram que Deus é
a sua rocha e que o Deus altíssimo é o seu resgatador” (wayyizkerû kî-’elohîm
tsûram we’el ‘elyôn go’alam). Infelizmente, o salmista – e também a história de
Israel no Antigo Testamento – mostra que esse arrependimento, quando surgia,
era superficial e imperfeito (vv.36,37). Não obstante, o Senhor não os destruiu
por ser um Deus misericordioso (v.38) “Ele é compassivo, perdoa a iniquidade e
não destrói” (wehû’ rahûm yekaffer ‘aôn welo’-yashhît). Assim, é possível
aprender a temer e a amar o Senhor ao olhar para sua disciplina e para o modo
como ele dosa a justiça e a misericórdia no trato com os seus (vv.40-53).
A quinta fonte de aprendizado é a soberania de
Deus. A dura jornada no deserto terminou quando Israel se viu às margens do
Jordão (v.54) com a missão de invadir a terra da promessa e conquistá-la.
Porém, as nações que deveriam ser desalojadas eram mais poderosas que Israel e
possuíam cidades com fortes muralhas (Dt 9.1,2). Mesmo assim, o Senhor prometeu
que lhes daria aquela terra pelo seu próprio poder (Dt 9.3). O salmista
confirma o sucesso da ação divina de vencer os inimigos e dar a terra a Israel
(v.55): “Ele expulsou os povos de diante deles, sorteou as porções da herança e
fez as tribos de Israel habitarem nas suas casas” (waygaresh miffenêhem gôyim
wayyaffîlem behevel nahalâ wayyashken be’aholêhem shivtê yisra’el). O mesmo
poder se fez ver, já na terra, de diversas maneiras, seja trazendo inimigos
contra os pecadores como punição (vv.60-64 cf. vv.56-59), seja livrando-os da
completa ruína (vv.65,66). O fato é que se pode aprender que o Senhor Deus guia
toda a história, todas as nações, todas as guerras e todos os poderes com sua
palavra irresistível.
Por fim, a sexta fonte de aprendizado são os
decretos divinos. O salmista ressalta que o Senhor tem planos que não se
submetem às circunstâncias. Por isso, apesar de José ter sido destacado entre
seus irmãos pela sua fidelidade e procedimento na terra do Egito, seus
descendentes – entre eles, a tribo de Efraim – não foram escolhidos para
abrigarem nem o local do templo do Senhor (vv.67-69 – Sião, ou Jerusalém, fica
no território benjamita, anexado a Judá na divisão dos reinos em 931 a.C.), nem
a casa real de Israel (vv.70-72). Em seu lugar, Deus decretou que Judá fosse a
tribo detentora de tais privilégios, decreto este que fora feito muito tempo
antes, quando Jacó abençoou seus filhos antes de morrer: “O cetro não se
arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés” (Gn 49.10a). Nada pode mudar
os projetos de Deus, nem impedi-lo de cumprir o que prometeu, nem mesmo a
improbabilidade de um simples pastor de ovelhas como Davi vir a ser rei de uma
nação. Essa é, de fato, uma grande lição vinda do estudo bíblico, não só sobre
os planos e decretos do Senhor soberano, mas também sobre sua capacidade de
realizá-los e sua fidelidade em cumpri-los.
Ao que tudo indica, o escritor escreveu esse salmo
para produzir no povo arrependimento, temor, obediência e fidelidade a Deus.
Talvez, a condição espiritual dos leitores dos seus dias não fosse a melhor e,
por isso, mais do que nunca, era preciso voltar os olhos para as Escrituras e
aprender lições que o passado conservou com a finalidade de produzir correção e
sabedoria – valores fundamentais para os servos de Deus. Arrisco-me a dizer que
a necessidade dos “nossos dias” não é diferente. Nós também precisamos olhar
para a Palavra de Deus e aprender com seus tesouros. Afinal, “toda a Escritura
é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção,
para a educação na justiça” (1Tm 3.16).(notas fonte Ig. Batista da Redenção).
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