e temeu seguir adiante
15 de Janeiro de 2017
Texto Áureo
“Se te fatigas correndo com homens
que vão a pé, como poderás competir com cavalos? Se tão-somente numa terra de
paz estás confiado, que farás na enchente do Jordão?” Jr 12.5
Verdade Aplicada
Sempre surgirão obstáculos em nosso
caminho. Se confiarmos no Senhor, venceremos!
Textos de Referência.
Números 13.17-18; 25; 27-28
7 Enviou-os, pois, Moisés a espiar a
terra de Canaã e disse-lhes: Subi por aqui para a banda do sul e subi à
montanha;
18 E vede que terra é, e o povo que
nela habita; se é forte ou fraco; se pouco ou muito;
25 Depois, voltaram de espiar a
terra, ao fim de quarenta dias.
27 E contaram-lhe e disseram: Fomos
à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel, e este é o
fruto.
28 O povo, porém, que habita nessa
terra é poderoso, e as cidades, fortes e mui grandes; e também ali vimos os
filhos de Anaque.
Introdução
Quando somos desafiados por Deus a
começar algo em nossas vidas, temos a tendência de recuar porque o novo sempre
nos amedronta. Assim, adiamos para “amanhã” as oportunidades que Deus nos
oferece hoje.
1. A procrastinação de Israel.
Procrastinação vem de duas raízes
latinas: “pro”, que significa “para adiante”; e “eras”, que significa “amanhã”.
Procrastinar é prorrogar para amanhã o que o Senhor deseja realizar agora.
1.1. Procrastinar é ignorar o poder
de uma promessa.
A ordem de Deus era simples:
observar a terra, fazer um relato do que nela havia e depois conquistá-la (Nm
13.2), mas o medo se apossou deles de tal forma, que chegaram a ignorar até
mesmo o porquê de estarem ali. A exposição da maioria temerosa atraiu a atenção
do povo e, assim, eles adiaram a aceitação da promessa de Deus (Nm 13.31-33). A
procrastinação é uma alternativa covarde. Ela nos faz ignorar a presença e o
poder do Senhor na análise de um desafio. Então, o pânico nos atinge e, assim,
adiamos uma ação ou decisão importante.
1.2. Procrastinar é deturpar uma
realidade presente.
Os israelitas usaram da imaginação
para formar um quadro do pior (Pv 3.25). O Epitáfio da morte da coragem deles
foi expresso nas palavras da maioria (Nm 13.33). A imagem que eles tinham de si
mesmos era depreciativa (Tg 1.6). Eles se tornaram no que pareciam aos seus
próprios olhos: gafanhotos impotentes e insuficientes! Foi desse modo que
agiram e reagiram.
1.3. A procrastinação pode se tornar
uma infecção contagiosa.
O terror implantado no coração dos
dez espias se espalhou e infectou toda a nação. As circunstâncias podem variar,
mas isso não invalida o que Deus já disse. Tanto atrasar uma decisão quanto não
decidir pode ser desastroso (Hb 12.15). Naturalmente, há tempos de espera
quando ficamos atentos às ordens de Deus para avançar. Essa é uma época
criativa e necessária. Não é procrastinação, é esperar até obter sinais claros
do Senhor antes de agir. Procrastinação é a relutância em pôr em ação o que Ele
já tornou abundantemente claro.
2. Vencendo os temores.
Os homens retornaram da investigação
da Terra Prometida impressionados pela estatura e corpulência dos habitantes de
Canaã. Eles, além de se desqualificarem, se declararam inferiores, devido ao
medo que portavam em seus corações.
2.1. O medo nos torna impotentes e
improdutivos.
As dificuldades e os problemas da
vida são oportunidades para observar a intervenção de Deus em nosso favor. O
cuidado do Senhor para com o seu povo é sempre permanente. O segredo do sucesso
é a total confiança em Deus. O homem faz o possível e o impossível é tarefa de
Deus (Lc 18.27). O propósito de Deus era que os israelitas chegassem à Terra
Prometida. Após a escravidão e o sofrimento no deserto, o povo de Deus deveria
apossar da herança que lhes pertencia. Todavia, a mentalidade determina grande
parte nos resultados desejados. Ninguém deve sentir-se derrotado antes de
entrar na batalha. Não se deve declarar ser incompetente antes de haver
tentado. Pior que perder é nunca ter lutado. O temor paralisa o ser humano, o
inutiliza e o conduz a uma vida improdutiva (Nm 13.31-32).
2.2. Outro espírito, outra maneira
de ver.
O relatório dado por Calebe e Josué
era corajoso e ousado. Calebe atrai a nossa atenção e admiração quando diz:
“Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque certamente
prevaleceremos contra ela” (Nm 13.30). Admiramos sua prontidão, ousadia e
intrepidez. A perseverança e a obediência de Calebe renderam-lhe a promessa do
Senhor de que ele entraria na Terra Prometida (Nm 14.24). Calebe estava cheio
do Espírito do Senhor e ele seguia ao Senhor sem discussão. Para ele, gigantes
eram gafanhotos, pois ele os via de outra forma.
2.3. O medo nos faz esquecer o que
devemos sempre lembrar.
Os espias viram como o Senhor abriu
o Mar Vermelho, experimentaram a provisão de maná no deserto e desfrutaram da
proteção de uma coluna de nuvem que o Criador tinha colocado sobre eles para
livrá-los no deserto. Antes de ver os gigantes em Canaã eles já conheciam a
grandeza do Senhor, porém, se esqueceram que Deus estava do seu lado (Dt
11.2-7). As experiências da fidelidade de Deus no passado são importantíssimas
para enfrentarmos o futuro. Não existe gigante superior à enormidade do
Criador. Nenhum exército pode deter a mão estendida do Altíssimo. Não há
nenhuma força das trevas que possa fazer tropeçar aqueles que confiam em Deus
(Sl 5.11).
3. As lições de uma porta fechada.
Os dez espias deram os seus informes
negativos e desanimaram todo o povo, porém Josué e Calebe apoderaram-se da fé e
encorajaram toda a congregação a herdar a Terra Prometida. Josué e Calebe nos
ensinam que a verdadeira fé é a semente que tem como fruto a obediência e a
justiça.
3.1. Nossas palavras ditam a nossa
sentença.
Uma atitude impensada pode causar
danos muito sérios às nossas vidas (Mt 12.37). É preciso lembrar da exortação
de Jesus Cristo quanto à relação que existe entre palavras e coração ( Mt
12.34). Desde o início o povo murmurava e dizia sobre morrer no deserto (Êx
14.11; 16.3; Nm 14.2). A porta que estava aberta se fechou, o privilégio foi
tirado e a palavra que saiu de seus lábios tornou-se a sentença de suas vidas
(Nm 14.2).
3.2. Dizer o mesmo que Deus disse.
As atitudes podem tanto nos fazer
decolar quanto sucumbir. A escolha é sempre nossa. Deus propõe, apresenta,
revela. Nós precisamos decidir, escolher (Dt 30.19). O termo usado para
confissão é “homologeo” (“homos”, o mesmo; “lego”, falar), que significa,
literalmente, “falar de uma mesma forma, concordar, declarar, admitir”. Nossa
confissão jamais pode ser diferente daquilo que Deus nos assegurou. Se Ele
disser “vida” não podemos dizer “morte”. Se disser “vitória” não podemos pensar
em “derrota”. Nossa confissão deve ser de acordo com aquilo que saiu da boca de
Deus (2Co 4.13b).
3.3. Oportunidades podem ser ímpares
na vida.
Uma porta aberta nos fala de uma
oportunidade específica para um propósito específico, em um tempo específico,
em um lugar específico. Portanto, é algo que possivelmente não voltará a
acontecer. Por isso, precisamos do entendimento de Deus e usar a autoridade que
nos foi concedida. Precisamos entender o tempo que o Senhor Deus está nos
indicando e atravessar pelas portas que o Eterno está nos abrindo (1Co 16.9).
Assim, não desperdiçaremos nossas vidas envolvidos com coisas que podem nos
embaraçar, quando deveríamos realizar os propósitos de Deus para nós.
Conclusão.
Não devemos permitir que os gigantes
nos impeçam de conquistar o que o Senhor tem para os Seus. Deus nos resgatou e
nos nomeou para que frutifiquemos. Se estamos nEle, então que possamos crer,
mesmo que tudo pareça contrário e impossível para nós.
Questionário.
1. O que significa procrastinar?
2. Qual foi a simples ordem dada aos
espias?
3. Qual a imagem que os dez espias
tinham de si mesmos?
4. O que o Senhor viu em Calebe?
5. O que uma atitude impensada pode
causar as nossas vidas?
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