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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Subsidio adolescera midia apos invenções n.11



INTRODUÇÃO GERAL AS INVENÇÕES ANTES E DEPOIS DA QUEDA

1. O trabalho como forma de administração da terra. Dizer que o trabalho é uma consequência da Queda significa contrariar a Palavra de Deus, pois vemos explicitamente que o Criador, antes da desobediência de Adão e Eva (Gn 3.6), ordenou ao homem que cuidasse da terra (Gn 2.15). Ao obedecer à ordem divina, o homem glorificava o seu Criador, da mesma forma como tudo o mais que existe no Universo (Sl 148). Evidentemente que, para trabalhar, infere-se que o homem precisou inventar ferramentas, assim como será no período do reino milenial de Cristo (Mq 4.3).

2. Invenções que afrontam a Deus. O saber dado ao homem deve proporcionar o bem a todos e igualmente refletir a imagem do Criador em nós (Mc 2.17; Gl 6.10; Tg 3.9). Contudo, a torre de Babel, por exemplo, proporciona-nos uma visão do que significa inventar ou produzir como forma de afrontar a Deus (Gn 11.1-6).

3. A arte divinamente inspirada. Quando da elaboração do projeto divino do Tabernáculo, Deus, por intermédio do seu Espírito, inspirou dois homens — Bezalel e Aoliabe — enchendo-os de “sabedoria do coração, para fazer toda obra de mestre, e a mais engenhosa, e a do bordador, em pano azul, e em púrpura, e em carmesim, e em linho fino, e a do tecelão, fazendo toda obra e inventando invenções” (Êx 35.35).
O exemplo de ambos ensina-nos que Deus, mesmo após a Queda, continua permitindo que as pessoas projetem “invenções” e ensinem outras a fazerem o mesmo, porém, tal conhecimento não deve servir para manipulações, antes para engrandecer ao Altíssimo (1Co 10.31).

II. O CONSUMISMO TECNOLÓGICO

1. A quase ilimitada capacidade humana de projetar invenções. Já em seu tempo, Salomão reconheceu que “não há limite para fazer livros” (Ec 12.12). Em nossos dias, as invenções multiplicam-se em escala inimaginável. Uma vez que o Altíssimo faz com que “o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45), através da graça comum, que é a capacidade com a qual o Criador dotou-nos para que tenhamos conhecimento e assim projetemos invenções, não é difícil pressupor o que acontece em uma sociedade divorciada do temor de Deus. A produção tecnológica, muitas vezes, não é pensada com vistas a meramente facilitar a vida das pessoas, pois, muito mais que utilidade, os aparelhos e as tecnologias são símbolos de ascensão e inclusão sociais que distinguem as pessoas.

2. O assombroso crescimento tecnológico. As modernas invenções tecnológicas deste novo século denotam que chegamos a um período sem precedente (Dn 12.4). Como exemplo, temos: laptops cada vez menores e mais leves, porém, com mais capacidade de armazenamento de informações; smartphones; palmtops; ipads; ipods; TVs de plasma, LED e de LCD, convencionais e também em 2, 3 e já se fala em até 4 Ds; MP15; GPS; etc.
Quem se lembra de disquete, disco de vinil, fita cassete e VHS ou ainda retro-projetor? Todas essas tecnologias faziam parte do nosso cotidiano, porém, foram substituídas por outras mídias que não apenas têm a mesma função das anteriores, mas as suplantam e transcendem.

3. O perigo do consumismo tecnológico. A Palavra de Deus em Isaías 55.2a, adverte-nos: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz?” (ARA). Infelizmente, não poucos servos do Senhor encontram-se endividados por atenderem aos apelos da mídia. O celular ainda não foi utilizado e já se torna obsoleto com o novo modelo que acabou de ser lançado. O computador mal foi tirado da embalagem, quando uma nova propaganda surge dando conta de que o mais “inteligente” é o que sairá no mês que vem. Assim, em um ritmo cada vez mais frenético, se não tivermos cuidado, tornamo-nos reféns de um consumismo eletrônico que não se justifica. É imprescindível que, em termos de consumo eletrônico, saibamos administrar os impulsos para não sermos competidos a comprar desnecessariamente. 

III. A MANIPULAÇÃO MIDIÁTICA DA MENTE 

1. Analfabetismo digital. O aumento do acesso à informação é algo que vem em ritmo crescente desde os últimos vinte anos. Contudo, foi mesmo nesta primeira década do século 21 que a internet deixou de ser algo apenas remoto e limitado aos aparelhos de “fax-modem” com acesso discado, para acesso irrestrito através das “redes sem fio” (Wi-Fi e Wireless).
Já não é mais preciso estar em casa para acessar a grande rede e verificar o e-mail ou conferir as notícias. É por isso que, constantemente, ouve-se afirmar que o analfabeto do século 21 não é quem não sabe ler, e sim a pessoa que não sabe lidar com as novas tecnologias.
O tempo passa a ser completo e totalmente roubado com o excesso de envolvimento com as tecnologias, trazendo até mesmo problemas profissionais e familiares. Na realidade, pesquisas já apontam que o tempo que as pessoas passam conectadas à internet ultrapassa o período dedicado à vida normal. Nestes tempos trabalhosos, até mesmo a infidelidade conjugal tomou-se facilitada (2Tm 3.1). É preciso redobrar a vigilância com o uso da tecnologia.

2. O excesso de informação na era digital. Sabe-se que atualmente a quantidade de informação que recebemos em apenas um dia é a mesma que uma pessoa levaria a vida inteira para obter na Idade Média! É preciso que submetamos tais informações ao crivo da Bíblia, pois senão corremos o risco de nos tornarmos secularizados (Fp 4.8).
Além disso, é preciso cuidar-se para não formar opiniões unilaterais baseadas unicamente no que é veiculado pelas agências de notícias (1Ts 5.21). Por falta de esclarecimento, muitos passam a defender coisas erradas, inverídicas ou até mesmo certas, mas de forma equivocada.
3. A mentalidade atual formada pela mídia. A mentalidade do povo é formada pela mídia. Ela dita-lhe as modas e os pensamentos. Entretanto, a Bíblia recomenda-nos que não nos amoldemos ou tomemos a forma do sistema pecaminoso, mas que nos transformemos pela renovação do entendimento (Rm 12.2). O nosso padrão e modelo de vida é Jesus Cristo (Ef 4.13), e também as palavras que são consoantes à sã doutrina (1Tm 6.3; 2Tm 1.13), e não o que pensa determinado político, artista, pensador e até mesmo obreiro que não falar conforme a Palavra do Evangelho (Gl 1.8,9,13). 
Uma vez que a nossa opinião é formada com base nas informações que absorvemos nos diversos meios, precisamos desenvolver uma atitude crítica na triagem de tais conteúdos.

IV. AS REDES SOCIAIS E OS RELACIONAMENTOS

1. Comunicação humana. Sendo um ser social, o ser humano depende de outros para sobreviver. Desde o Éden, o próprio Criador disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18b). Ora, se a própria Palavra de Deus diz que o Criador “visitava” o homem na “viração do dia” (Gn 3.8), como poderia este estar só? A única explicação é o fato de que o ser humano foi criado como um ser gregário e sociável, tendo necessidade de comunicar-se (Gn 2.20-25).

2. Comunicação antiga. Em seus primórdios, certamente a comunicação só se fazia de forma presencial. Posteriormente, a humanidade foi desenvolvendo outras maneiras, mas o fato incontestável é que o ser humano tem essa necessidade de relacionar-se.

3. Comunicação atual. Nada pode ser comparado aos modelos de comunicação criados no século 21. É uma verdadeira revolução no âmbito comunicativo. Através das chamadas redes sociais, primeiramente com o extinto Orkut, suplantado pelo Facebook. Atualmente, existem muitos outros canais (Twitter, por exemplo), sendo o WhatsApp a sensação do momento. Entretanto, curiosamente, as pessoas tornaram-se mais distantes. As redes sociais “aproximam” os distantes e “distanciam” os próximos! Eis um dos grandes desafios da Igreja nesse século 21.A utilização consciente das redes sociais é um fator importantíssimo nos dias atuais. O que objetivou a presente lição não foi demonizar a tecnologia, a mídia ou o saber. A advertência caminha apenas no sentido de alertar o povo de Deus para a verdade de que devemos, assim como Daniel e seus três amigos, influenciar, mas não sermos influenciados (Dn 3.29; 6.26). O excesso de informação ameaça mudar a nossa forma de pensar, porém devemos levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2Co 10.5 — ARA). Eis o nosso desafio.Mostrar que não devemos demonizar a tecnologia, a mídia ou o saber, porém devemos, assim como Daniel e os seus três amigos, influenciar, mas não sermos influenciados.

“Os Cristãos Interativos

Quando apareceu a telegrafia, uma das primeiras tecnologias de comunicação revolucionárias, a mensagem profética que Samuel Morse lançou para meditação pública foi: ‘O que foi que Deus fez?’. Deveríamos fazer a mesma pergunta hoje com a explosão das novas tecnologias interativas de comunicação.O uso do entretenimento para a educação também está se espalhando rapidamente nos países ocidentais. Infelizmente, o pornográfico está criando outra vez uma desconfiança das novas fronteiras da mídia, como a Internet. Em vez de permitir que os usos corruptores potenciais da tecnologia de comunicação nos façam bater em retirada por causa dos gigantes da Canaã do ciberespaço, o povo de Deus deveria estar agressivamente procurando saber como Ele quer usar os CD-ROMs, a realidade virtual interativa e a World Wide Webe (a Rede Mundial) para o cumprimento dos seus propósitos” (PALMER, Michael D. (Org). Panorama do Pensamento Cristão. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, p.412).


AS MIDIAS PODEM AFETAR A FAMILIA
 POR QUE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO PREJUDICAM A FAMÍLIA

Vejamos por que os meios de comunicação prejudicam a família.

1. Roubam o tempo à devoção familiar. Além dos males apontados no item anterior, os meios de comunicação tiram da família o tempo que ela deveria dedicar à devoção doméstica e ao seu próprio convívio. No Salmo 128, mostra-nos a Bíblia não apenas uma família ideal e, sim, o ideal para uma família: todos, em redor de uma mesa, dedicando-se ao convívio e à adoração ao Senhor. Sua família é assim? Você cuida do culto divino em família? Ou já o substituiu por uma programação qualquer?

2. Levam a impureza e o pecado para dentro do lar. Se não vigiarmos e não formos seletivos, acabaremos por permitir que o adultério, a prostituição, o homossexualismo, o uso de drogas e a delinquência, entrem no lar e destruam os valores morais e espirituais (Dt 7.26).

3. Impedem a família de ir à casa de Deus. Quantas famílias, além de não mais praticar o culto doméstico, deixaram de frequentar a casa de Deus, por causa dos meios de comunicação. No Salmo 122, mostra-nos o sacro escritor o seu contentamento em frequentar o santuário divino. Hoje, infelizmente, ir à igreja tornou-se um fardo para muitas famílias que, acomodada e passivamente, preferem ficar diante de um vídeo a entrar nos átrios de Deus. É por isto que devemos saber como controlar os meios de comunicação. 

III. COMO DEVEMOS USAR OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO 

Não é fácil controlar os meios de comunicação, porque estes, a cada dia que passa, introduzem-se na vida do homem moderno, tornando o seu uso como que obrigatório. Todavia, como responsáveis pela santidade de nosso lar, empreguemos todos os esforços possíveis, a fim de que a nossa família não venha a sofrer devido à nossa falta de responsabilidade.
1. Seja um exemplo no uso dos meios de comunicação. Se quisermos que nossos filhos sejam preservados dos malefícios gerados pelos meios de comunicação de massa, devemos ser um exemplo no uso destes. Não podemos transigir neste particular.
Se assistirmos a filmes e a programas imorais, com que autoridade haveremos de aconselhar nossos filhos? Se nos deixamos contaminar pelos sites impróprios da internet, de que forma poderemos recomendar-lhes a que se abstenham dessas abominações? Se temos falhado neste particular, oremos a Deus, humilhados e arrependidos, para que nos dê autocontrole e autoridade para orientarmos convenientemente nossos filhos. Imitemos ao patriarca Jó (31.1-5).
2. Seja seletivo e crítico. Selecione os programas que podem ser vistos por você e por sua família sem ferir os princípios cristãos. Isto não é fácil hoje. A recomendação é de Paulo: “Examinai tudo. Retende o bem” (1Ts 5.21). Não aceite passivamente o que os imperadores da comunicação querem nos empurrar.
3. Seja rigoroso quanto ao horário do culto doméstico. Nada deve substituir ao culto doméstico. Um programa de televisão, um filme ou qualquer outro atrativo, por melhor que seja, não pode ser encarado como substituto da devoção familiar. Lembre-se: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).Enfim, que cada um de nós tenha a necessária sabedoria para manter a pureza e a santidade no lar que, segundo o ideal do Novo testamento, tem de funcionar como uma verdadeira igreja. 
Como você tem lidado com os meios de comunicação? Não se deixe prender por eles nem permita que eles contaminem sua família. Como servos de Deus, não podemos deixar-nos prender por nada dessas coisas; o nosso compromisso com o Senhor Jesus é inadiável e urgente.Se você tem falhado neste particular, arrependa-se, peça perdão e ore a Deus. Peça-lhe forças para ser um exemplo de autocontrole, moderação e seletividade. E, assim, o nome de Cristo será exaltado em sua vida e na vida de seus entes queridos. 

“Um pouco da mesma tecnologia usada no desenvolvimento de bombas teleguiadas está disponível para civis através de computadores pessoais. Os computadores no trabalho e em casa estão revolucionando nossa forma de vida. Desde relatórios de orçamento, edição de textos a jogos educacionais, quase todos os aspectos de nossas vidas podem ser relacionados de alguma forma às habilidades de um computador. Os computadores até mesmo falam uns com os outros através de modems. Eu posso criar um documento em meu computador e enviá-lo para outro computador a milhares de quilômetros de distância. Incrível!...
...Mesmo que essa tecnologia seja uma grande bênção, o seu uso imoral é uma maldição. Humanos pecadores, seduzidos pelo príncipe das potestades do ar e incitados pelo lucro, inundaram a Internet com pornografia. Informações úteis são fáceis de serem obtidas via computador, mas o mesmo ocorre com a estimulação sexual explícita. Isto é o sexo virtual, sexo via computador.
A pornografia costumava estar disponível apenas em grandes cidades, nos locais marcados pela ‘luz vermelha’. Como as leis contra a obscenidade abrandaram, esses negócios ligados ao sexo expandiram. Graças ao videocassete, os homens começaram a alugar filmes imorais e levá-los para suas próprias casas. Com o progresso da televisão a cabo, e tecnologia de satélite, a sujeira pode ser levada diretamente para a sala de estar. Com o progresso dos computadores modems, o pecado sexual fica cada vez mais privado e oculto do que nunca. Assim como a superior tecnologia de guerra americana esmagou os iraquianos, Satanás, ao promover a licença para cobiçar e pecar, tem usado tecnologia avançada para destruir muitos homens na privacidade dos seus lares e ambientes de trabalho. Devemos estar alertas” (Pureza Sexual, CPAD, pp.210,211).

A EXISTÊNCIA DOS VALORES MORAIS DESDE O PRINCÍPIO 

1. O ilusório sonho de um mundo sem valores morais. A mentalidade moderna acostumou-se à ideia de que um mundo melhor só será possível quando não mais houver nenhum valor moral, nenhuma regra e quando cada um puder andar conforme os seus caprichos. Já houve um tempo assim na história de Israel e, podemos seguramente dizer, não deu certo (Jz 21.25). Nessa época houve a necessidade de o Senhor levantar os juízes para orientar o povo (Jz 2.10-23).

2. A existência dos princípios em um mundo perfeito. Ainda no Éden, em meio a um mundo perfeito, o Criador orientou o casal progenitor, oferecendo-lhe uma constituição que é básica para qualquer sociedade até os dias atuais:

a) Deveres: “E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar”.
b) Direitos: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente,”
c) Restrições/Proibições: “mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás;”
d) Punições: “porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
Adão e Eva não foram deixados à mercê da sorte ou de suas vontades próprias, mas receberam, da parte do Senhor, as necessárias normas para o seu viver e agir (Gn 2.15-17).

3. A luta humana contra a inclinação para o mal. Ao primeiro assassino da história humana, disse o Senhor: “Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta, o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gn 4.7b — ARA). Séculos depois, o apóstolo Paulo falou de uma luta interior constante que existia em seu ser, de forma que mesmo querendo fazer o bem, não conseguia fazê-lo. Trata-se do poder do pecado, inerente à natureza humana (Rm 7.7-24).
Inclinados naturalmente ao mal, todas as nossas tentivas de livrarmo-nos, por nós mesmos e com mecanismos e exercícios puramente humanos, da maldição do pecado, é como tentar fugir da própria sombra. Precisamos do auxílio do Espírito Santo de Deus que nos ajuda e acompanha-nos em nossas fraquezas (Rm 8.26; 2Co 12.9). Na realidade, as práticas religiosas que têm como objetivo “proteger” as pessoas do pecado, redundam em fracasso e, invariavelmente, transformam muitos em orgulhosos que vivem a contar vantagem, pois acreditam ser eles mesmos a causa de seu próprio processo de santificação.

 IGREJA PREPARADA PARA ENFRENTAR UM MUNDO DE VALORES INVERTIDOS 

1. As autoridades como “ministros de Deus”. Paulo fala sobre a submissão às autoridades, e afirma que elas foram constituídas por Deus (Rm 13.1-7). Evidentemente que o Criador não poderia deixar uma humanidade, divorciada dEle, fazer o que achasse correto (Gn 6.5; Rm 3.10). Assim, as autoridades foram instituídas por Deus — Paulo utiliza a expressão “ministro”, querendo dizer que elas são instrumentos do Senhor — para o bem da sociedade e, ao mesmo tempo, para punir o mal(Rm 13.4).
É nessa perspectiva que o apóstolo dos gentios instrui-nos a sermos obedientes às autoridades, até mesmo na questão tributária (Rm 13.6,7). Em outras palavras, Paulo fala de representantes do poder público que têm compromisso com o bem-estar social, com a manutenção da ordem, e servem para correção divina na terra (Rm 13.1,2).

Não obstante, fica a dúvida: E quando a “lei” humana contraria a vontade de Deus? Nesse caso específico, a nossa atitude deve ser a mesma dos apóstolos diante das autoridades religiosas, pois não se acovardaram quando lhes proibiram de pregar, antes responderam: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29b). Assim agiram também em relação às autoridades políticas (At 24.1—26.32). Aliás, o fato de padecerem perseguições era motivo de alegria para os primeiros crentes (At 5.40,41).

2. A inversão dos papéis pelos legisladores. Pelos poucos exemplos das leis absurdas que citamos concluímos que, infelizmente, os que deveriam servir como “ministros de Deus” preferiram desobedecer tal chamado e passaram a defender o indefensável. Nesse particular, a igreja não pode curvar-se à imoralidade, ainda que essa tenha sido institucionalizada (Dn 3.1-30; 6.1-27).
Infelizmente esse é o cenário que temos diante de nós ainda nesse início de século. O que será das gerações futuras? Qual referência de família elas terão? Como podemos ajudá-las?

3. Uma real e dolorosa conclusão. Diante do exposto, perguntamos: “Será que, em vez de ficarmos unicamente tentando evitar que determinadas leis sejam aprovadas — uma vez que mais cedo ou mais tarde elas acabarão sendo uma realidade —, não deveríamos ensinar a igreja a lidar com tais situações?”.

Tal raciocínio está não apenas correto, mas também é bíblico, pois o próprio Cristo disse: “bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5.11,12). Tal constatação leva-nos a refletir acerca da verdade de que, mesmo lutando contra o pecado, não poderemos deter a marcha insana do mal no mundo (Sl 11.3). O que podemos fazer?
Para enfrentarmos os tempos trabalhosos prenunciados pelo apóstolo dos gentios (2Tm 3.1-5; 4.1-5), uma das medidas mais eficazes consiste em solidificar nossos valores cristãos, através de um vigoroso e qualitativo programa de educação cristã na igreja local (At 2.42; 5.42; 15.35; 16.4,5: Ef 4.11-16; 6.4; 2Tm 2.2; 3.14-17). 
Cedo ou tarde, tais leis serão aprovadas, leva-nos a pensar em formas de, ainda que não aceitando, conviver com tais práticas pecaminosas.Precisamos, independentemente das circunstâncias, estar preparados até mesmo a sofrer prisões e outros tipos de crueldade por amor a Cristo (Jo 16.2; Fp 1.29). Demonstremos amor pelas pessoas que não servem a Deus, mas sejamos rigorosos com os atos imorais, pois para isso nos chamou o Senhor (Ef 5.11).

                “A defesa da liberdade

A Bíblia não é um documento político, mas tem implicações políticas profundas que são importantes para o bem-estar geral de todos os cidadãos. Aqueles que dizem que Jesus e os apóstolos ignoravam a política deixam de ver as implicações políticas da máxima: ‘Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus’ (Mt 22.21). Os cristãos do século I sabiam exatamente o que significavam essas palavras de Jesus — e foi por causa de um ato político (eles não iriam dizer ‘César é o Senhor’) que eles foram crucificados, torturados e atirados aos leões.
Qual o ensinamento escritural fundamental no Estado? Por um lado, devemos viver submissos ao Estado. Para o nosso bem, Deus apontou reis e governantes para executar as tarefas do Estado: restringir o mal, preservar a ordem e promover a justiça. Assim, devemos ‘honrar o rei’ e submetermos ‘às autoridades superiores; porque... as autoridades que há foram ordenadas por Deus’. Algumas pessoas interpretam estas passagens como uma outorga absoluta de autoridade, significando que o governo deve ser obedecido em todas as épocas e em todas as circunstâncias. Mas a ordem para obedecer é condicionada pela suposição de que oficiais e magistrados estão realizando os objetivos para os quais Deus ordenou o governo (em Romanos 13.4, o governo é chamado de ‘ministro de Deus’). Assim, se os governantes agirem de modo contrário à sua delegação de autoridade, se não agirem como servos de Deus, então os cristãos não são obrigados a obedecer-lhes” (COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. O Cristão na Cultura de Hoje: Desenvolvendo uma visão de mundo autenticamente cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, pp.212,213).


A FALTA DA ETICA NAS MIDIAS
CONCEITUAÇÃO E DEFINIÇÕES 

1. Ética como ciência secular. A Ética é um aspecto da filosofia. A Filosofia está segmentada em seis sistemas tradicionais: Política, Lógica, Gnosiologia, Estética, Metafísica e Ética que é o objeto de estudo de Lições Bíblicas neste trimestre.
Para compreendermos melhor o sentido de Ética, vejamos, de forma sintética, em que se constituem os outros aspectos aos quais ela está agregada no contexto filosófico.
Dentre suas muitas acepções, filosofia é o saber a respeito das coisas, a direção ou orientação para o mundo e para a vida e, finalmente, consiste em especulações acerca da forma ideal de vida. Em suma, é a história das ideias. Tudo isto sob a ética humana. Precisamos aferir o pensamento humano com os ditames da Palavra de Deus que são terminantes, peremptórias, finais. O homem, seja ele quem for, é criatura, mas Deus é o Criador (Os 11.9; Nm 23.19; Rm 1.25; Jó 38.4).
Todos os campos de pensamento e de atividades têm suas respectivas filosofias. Há uma filosofia da biologia, da educação, da religião, da sociologia, da medicina, da história, da ciência etc. Consideremos entretanto, os seis sistemas acima mencionados que foram sistematizados por três antigos pensadores: Sócrates, Platão e Aristóteles.

a) Política — Este vocábulo vem do grego polis e significa “cidade”. A política procura determinar a conduta ideal do Estado, pelo que seria uma ética social. Ela procura definir quais são o caráter, a natureza e os alvos do governo. Trata-se do estudo do governo ideal.
b) Lógica — É um sistema que aborda os princípios do raciocínio, suas capacidades, seus erros e suas maneiras exatas de expressão. Trata-se de uma ciência normativa, que investiga os princípios do raciocínio válido e das inferências corretas quer seja partindo da lógica dedutiva quer seja da indutiva.
c) Gnosiologia — É a disciplina que estuda o conhecimento em sua natureza, origem, limites, possibilidades, métodos, objetos e objetivos.
d) Estética — É empregada para designar a filosofia das belas-artes: a música, a escultura e a pintura. Esse sistema procura definir qual seja o propósito ou ideal orientador das artes, apresentando descrições da atividade que apontam para certos alvos.
e) Metafísica — Refere-se a considerações e especulações concernentes a entidades, agências e causas não materiais. Aborda assuntos como Deus, a alma, o livre arbítrio, o destino, a liberdade, a imortalidade, o problema do mal etc.
f) Ética — É a investigação no campo da conduta ideal, bem como sobre as regras e teorias que a governam. A ética, o homem distanciado de Deus por sua incredulidade e seus pecados, a estuda, entende e até se propõe a observá-la, mas não consegue, por estar subjugado pelo seu eu, pelos vícios, pelo mundo, pelo pecado (Rm 2.15-19). Já os servos de Deus, pelo Espírito Santo que neles habita, triunfam sobre o pecado (Rm 8.2).

Existem inúmeros argumentos e considerações acerca deste tema, que será tratado aqui do ponto de vista da ética bíblica a qual expõe Deus como fundamento e alvo da conduta ideal.

2. Origem da palavra. Ética vem do grego, ethos, que significa “costume”, “disposição”, “hábito”. No latim, vem de mos (mores), com o sentido de vontade, costume, uso, regra.

3. Definição. Ética é, na prática, a conduta ideal e reta esperada de cada indivíduo. Na teoria, é o estudo dos deveres do indivíduo, isolado ou em grupo, visando a exata conceituação do que é certo e do que é errado. Reiterando, Ética Cristã é o conjunto de regras de conduta, para o cristão, tendo por fundamento a Palavra de Deus. Para nós, crentes em Jesus, o certo e o errado devem ter como base a Bíblia Sagrada, a nossa “regra de fé e prática”.
O termo ética, ethos, aparece várias vezes no Novo Testamento, significando conduta, comportamento, porte e compostura (habituais).
A ética cristã deve ser fundamentada no conhecimento de Deus como revelado na Bíblia, principalmente nos ensinos de Cristo, de modo que “...ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15; Ef 2.10).

II. VISÃO GERAL DA ÉTICA SECULAR E DA ÉTICA CRISTà

1. Antinomismo. Esse ensino errôneo é humanista e secular. Tudo depende das pessoas, e das circunstâncias. O filósofo incrédulo e existencialista Jean Paul Sartre, um dos seus promotores, afirma que o homem é plenamente livre. Num dos seus textos, ele escreve: “Eu sou minha liberdade; eu sou minha própria lei”.
a) Posicionamento cristão. Esta teoria não serve para o cristão. Nela, o homem se faz seu próprio deus. A Bíblia diz: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12). “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem” (Ec 12.13). O antinomismo é relativista, isto é, cada um age como quiser. É o que ocorria com o povo de Israel quando estava desviado, sem líder e sem pastor (Jz 17.6 e 21.25).
2. Generalismo. Essa falsa doutrina prega que devem haver normas gerais de conduta, mas não universais. A conduta de alguém para ser chamada de certa ou errada depende de seus resultados. É o que ensinava, no século XV, o descrente, político e filósofo italiano Nicolau Maquiavel: “Os fins justificam os meios”.
a) Posicionamento cristão. O generalismo não se coaduna com a ética cristã, pois, para o crente em Jesus, não são os fins, nem os meios, que indicam se uma conduta ou ação é certa ou errada. A Palavra de Deus é que é a regra absoluta que define se um ato é certo ou errado. Ela tem aplicação universal. O dever de todo homem é temer a Deus e guardar seus mandamentos (Ec 12.13). A Palavra de Deus não muda de acordo com as circunstâncias, os meios ou os resultados. Deus vela para a cumprir (Jr 1.12b; Mc 13.31).
Há outras modalidades, formas e expressões da ética secularista, como o situacionismo, o absolutismo e o hierarquismo, mas nada disso se coaduna ou se enquadra na ética bíblica, tanto a declarativa, como a tipológica e a ilustrativa. Estamos mencionando estas formas aqui porque o mundo fala muito nelas, mas não as cumpre.
O cristão ortodoxo na sua fé, e fiel ao seu Senhor, terá sempre no manancial da Palavra de Deus tudo o que carece sobre a ética, na sua expressão prática em forma de conduta, compostura, costumes, usos, hábitos e práticas diuturnas da nossa vida para agradar a Deus e dar bom testemunho dEle diante dos homens.As abordagens éticas humanas são todas contraditórias. Como seus autores, humanos e falhos. Uma, como vimos, procura suprir as deficiências das outras. As abordagens éticas conflitam entre si, deixando um rastro de dúvida e confusão em sua aplicação. Por isso, devemos ficar com a Palavra de Deus, que não confunde o crente, nem pode ser deixada de lado ao sabor dos meios, dos fins ou das situações. A Palavra de Deus satisfaz plenamente.

 VOCABULO

Absolutista: Dominador, tirânica, despótica.
Circunstância: Situação, estado ou condição de coisa(s) ou pessoa(s), em determinado momento.
Coadunar: Juntar, incorporar, reunir; conformar, combinar.
Estética: Tradicionalmente, estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem.
Gnosiologia: Conhecimento, sabedoria.
Induzir: Causar, inspirar, incutir; inferir, incitar, sugerir, persuadir.
Lógica: Conjunto de estudos que visam a determinar os processos intelectuais que são condição geral do conhecimento verdadeiro.
Metafísica: Filosofia, ou parte da filosofia, cujo objetivo é a investigação da realidade última das coisas. Seu ramo de estudo é a essência do ser. É o estudo do ser enquanto ser. A Metafísica é também conhecida como Filosofia Primeira.

Radicalista: Doutrina ou comportamento dos que visam a combater pela raiz as anomalias sociais mediante a implantação de reformas absolutas.
Subjetivista: Tendência a reduzir toda a existência à existência do pensamento em geral; idealismo subjetivo. 
“Princípios morais, que são os mais abrangentes e importantes conceitos éticos, não se aplicam a algumas atividades, mas a todas.
São, portanto, princípios sem exceção, que não cedem a qualquer tipo de conveniência. ‘Que é o que o Senhor pede de ti... senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?’ (Mq 6.8). Nunca estamos dispensados de agir em justiça e amor.
Observe esses dois princípios neste contexto. Ambos se referem a pessoas, à maneira justa de tratá-las, e interesse em seu bem (bem mais elevado, e não apenas alegria ou sucesso na vida). ‘O Senhor faz... justiça a todos os oprimidos’ (Sl 103.6) e devemos fazê-lo também. Leis justas, governo justo, economia justa, preços justos, salários justos, relações equânimes entre marido e mulher fiéis um ao outro, relação pacífica equânime também entre as nações deste mundo. Devem ser esses os nossos conceitos, pois procedem de Deus (Is 9.2-7; 11.1-5). A justiça é um princípio distributivo que trata igualmente as pessoas”

 (Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD, pág.60). 

“A relevância do sal e da luz pode ser notada pelos efeitos que exercem. Se o sal for insípido, perderá totalmente o seu valor. Se a luz estiver apagada ou escondida, nenhum benefício trará ao ambiente. Partindo desse pressuposto, há três aspectos em que se espera a valorização da relevância cristã.
O primeiro é pelo exemplo. Atitudes falam mais alto do que mil palavras. Quando o nosso comportamento não condiz com o que falamos, de nada adianta eloquência e verbosidade, porque o que fica é a marca do que fazemos. As palavras vão ao vento, mas os traços do nosso exemplo, bom ou ruim, permanecem. A falta de lisura e nitidez em nossas ações leva-nos à perda da credibilidade naquilo que propomos e à consequente ausência de relevância do ponto de vista da fé. Foi o testemunho de Eliseu que permitiu à sunamita identificá-lo como homem de Deus.
Nossos atos podem ser positivos ou negativos e sempre terão influência para o bem ou para o mal. Quanto mais a nossa vida é exposta ao público, os rastros de nossas ações terão número cada vez mais considerável de seguidores, que, em muitos casos, não questionarão o que fazemos, mas simplesmente copiarão o nosso modelo tal é a força do exemplo” 
(A Transparência da Vida Cristã. CPAD, pp.51,52).

O MUNDANISMO NAS MIDIAS

Mundanismo: Hábitos, cultura e sistema da sociedade rebelada contra Deus. 
De nada adianta o título de cristão se a pessoa não demonstra uma vida santa diante de Deus e dos homens. Todo crente precisa separar-se do mundo para viver uma vida totalmente controlada pelo Espírito. Deus é santo, e exige de nós santidade. Ser santo é estar separado das concupiscências desta vida. Satanás, o “príncipe deste século” (Jo 12.31; 1 Jo 5.19), tem disseminado seus maléficos valores através das falsas filosofias, heresias, e da nova moralidade, a fim de embaraçar o crente com as coisas deste mundo, dificultando ou impedindo sua íntima comunhão com Deus. Nesta lição, estudaremos sobre a influência do mundanismo na igreja, e como resistir aos seus apelos.

I. UMA CULTURA MARCADA PELO MUNDANISMO 

1. Cultura e os valores mundanos. Segundo os dicionários, cultura é o “conjunto das realizações materiais, filosóficas e espirituais de uma sociedade”. Ela compõe a visão de mundo de um povo, de uma época, e de um grupo social organizado. A cultura e a cosmovisão de uma sociedade não cristã são opostas aos valores ensinados pela Palavra de Deus. Por isso, o cristão deve discernir, julgar, avaliar e confrontar os valores ensinados pela sociedade de nosso tempo com os princípios expostos na Palavra de Deus. Tudo o que for contrário às Escrituras deve ser rejeitado e rechaçado pela Igreja. Charles Colson afirmou que “o nosso chamado não é só para ordenarmos a nossa própria vida por princípios divinos, mas também para exortamos o mundo” (O cristão na cultura de hoje, CPAD, p.10). A Igreja, como luz do mundo, deve levar a sociedade a arrepender-se de seus pecados.

2. A cultura e a Queda. O homem é um ser capaz de produzir cultura. Antes da Queda, os princípios apreendidos e desenvolvidos pelo homem eram subordinados aos padrões morais, éticos e sociais estabelecidos pelo próprio Deus. Portanto, nessa época, a cultura refletia a imagem moral de Deus no homem (Gn 1.27-31; 2.15,16,18-24). Com a entrada do pecado no mundo, não apenas a criação foi afetada, mas também a natureza moral e ética humana. Conseqüentemente, toda a produção intelectual e cultural da humanidade ficou condicionada à desobediência e rebelião contra Deus (Gn 3.17-19,21,23; 4.7,19,23). Uma sociedade dominada pelo pecado, só pode produzir uma cultura contrária aos princípios da Palavra de Deus.

3. O cuidado com as adaptações culturais. Embora sejamos influenciados pela cultura do nosso povo desde o nascimento, a Bíblia adverte-nos do perigo de nos tornarmos “amigos do mundo” (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17). Os princípios registrados nas Sagradas Escrituras são absolutos e, portanto, não podem ser submetidos aos caprichos de uma sociedade permissiva. A Igreja de Cristo não luta apenas contra a cultura e os valores mundanos, mas contra as potestades malignas que gerenciam e promovem a maldade, a licenciosidade, a permissividade, a inversão de valores, a injustiça, entre tantas outras mazelas (Ef 2.2; 6.12). Infelizmente, alguns falsos mestres por meio de seus ensinamentos, têm legitimado muitos costumes pecaminosos na igreja, e há os que são coniventes e se negam a condená-los (2 Pe 2.1-3,10-19; Jd vv.4,16-18).A cultura produzida pelo homem após a Queda é mundana e se opõe aos valores bíblicos. Portanto, o cristão deve confrontar os hábitos mundanos com as virtudes ensinadas pelas Escrituras.

II. O MUNDANISMO NA SOCIEDADE 

1. Nas leis. Um dos propósitos da lei é regular o relacionamento entre os homens, possibilitando a ordem e o desenvolvimento da sociedade civil. As leis não são maiores que os homens, mas foram constituídas para que seus direitos e deveres sejam respeitados. Atualmente, em nosso país, muitos projetos de lei têm sido apresentados com o objetivo de justificar certos comportamentos contrários à Palavra de Deus, tais como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o aborto e a utilização de células-tronco embrionárias em pesquisas científicas.
2. Na educação. A educação secular tem como fundamento o naturalismo, o humanismo, o pluralismo, entre outros “ismos” contrários à Bíblia. Da Educação Infantil ao ensino superior, os valores cristãos são contestados, algumas vezes, ridicularizados, e não poucas, ignorados. As teorias empregadas por algumas instituições são fundamentadas no ateísmo, antropocentrismo e no relativismo moral. Os livros didáticos costumam priorizar o evolucionismo e a autonomia espiritual e moral do homem. Muitas dessas escolas são conhecidas pela excelência e qualidade, entretanto, suas filosofias são contrárias a Palavra de Deus. A prioridade delas não é a formação do caráter segundo os princípios divinos, mas capacitar o educando para o mercado de trabalho, levando-o a ser mais competitivo numa sociedade que prioriza o ter em vez do ser.
3. Na família. A estrutura familiar no mundo está em processo de mudança. Nada se parece com o que Deus instituiu no princípio. O que vemos hoje é a banalização do divórcio, a infidelidade conjugal e a possibilidade legal de casais homossexuais adotarem crianças. Isso é um atentado contra os alicerces familiares fixados por Deus.
4. No entretenimento. O lazer e o entretenimento saudáveis, na medida certa, não são prejudiciais à vida espiritual. Porém, as práticas mundanas de diversão, por meio das quais as pessoas praticam toda forma de pecado, constituem um sério problema para a vida social e cristã. Atualmente, o mundanismo corrompeu até mesmo o lúdico e o entretenimento, sendo o divertimento uma ocasião para a bebedeira, a violência, as drogas e a prostituição.O mundanisno na sociedade é visto nas leis, na educação, na família e no entretenimento.

III. “NÃO AMEIS O MUNDO” (1 Jo 2.15-17)

1. O que significa “amar o mundo”? Amar o mundo é estar em estreita comunhão com ele, dedicando-se aos seus valores, costumes e cultura. Em outras palavras, é ter satisfação nas coisas que desagradam a Deus e ofendem os princípios das Sagradas Escrituras. Esse pernicioso sentimento impede a comunhão do crente com o Senhor (1 Jo 2.15). É impossível amar o mundo e a Deus ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; Tg 4.4).
2. Aspectos do mundo pecaminoso. Em 1 João 2.16, a Bíblia descreve três vias que conduzem o crente ao mundanismo:
a) “A concupiscência da carne”: Diz respeito aos desejos impuros, a busca de prazeres pecaminosos, e a satisfação dos sentidos (1 Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14).
b) “A concupiscência dos olhos”: Refere-se ao desejo incontrolável pelas coisas mundanas que satisfazem à cobiça do homem (Êx 20.17; Rm 7.7). Aqui estão incluídas a pornografia, a violência, a impiedade e a imoralidade promovidas pelo teatro, televisão, cinema e em certos periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28).
c) “A soberba da vida”: Diz respeito ao orgulho do homem pecador que não reconhece o senhorio de Deus. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover a si mesma, julgando-se independente de tudo e de todos (Tg 4.16). 
As três vias que conduzem o homem ao mundanismo são: concupiscência da carne e dos olhos, e a soberba da vida.

IV. “NÃO VOS CONFORMEIS COM ESTE MUNDO” (Rm 12.2) 

1. O que é conformar? O verbo “conformar”, no original, significa “ser modelado de acordo com um padrão” e refere-se à constante imitação de uma atitude ou conduta até que a pessoa se torne igual ao modelo. Neste versículo, a Bíblia ensina que o crente deve resistir, combater e não imitar os padrões de comportamento, a cultura e os valores mundanos, pois a igreja não é apenas separada do mundo, mas consagrada a Deus. Seu comportamento reflete a vontade e a natureza de Deus para a humanidade.
2. “Mas transformai-vos...”. Na Bíblia, a mente renovada é fruto da atuação do Espírito Santo (2 Co 3.18; Tt 3.5). O crente de “mente renovada” pelo Espírito é capaz de discernir a perfeita e agradável vontade de Deus para a vida diária. Ele não se confunde e não se molda aos padrões e valores mundanos, pelo contrário, sabe o que agrada ou não a Deus. Neste texto, a razão iluminada pelo Espírito sobrepõe-se às emoções e inclinações naturais. O processo de renovação do entendimento do crente deve ser contínuo e pessoal.O processo de renovação do entendimento do crente deve ser contínuo e pessoal. 
O crente que busca uma vida santa não pode se conformar com as coisas deste mundo. Observemos que as concupiscências estão associadas à falta de conhecimento legítimo do que é útil, real e necessário para se ter uma vida que agrada a Deus. Só cai em concupiscência quem perdeu a visão do Reino de Deus, e fixou seu olhar nas ilusões passageiras desse mundo.

“O modelo transformacional de Paulo

[...] Na visita de Paulo a Listra (At 14), vemos como a cultura helenística dos seus dias tinha sido divinizada. A cultura em si tornou-se um deus com seu próprio seguimento de culto. Depois da cura milagrosa de um aleijado, as multidões estavam certas de que Paulo e Barnabé eram realmente os deuses gregos Hermes e Zeus. O sacerdote do templo de Zeus apressou-se em sacrificar bois e guirlandas àqueles homens que fizeram milagres divinos. As multidões interpretaram o que lhes era maravilhoso e tentaram enfiá-lo em sua cosmovisão cultural-religiosa. Paulo e Barnabé corrigiram o engano, mas só a duras penas, mostrando-nos assim outra abordagem à cultura popular. Esta abordagem chama-se redentora ou transformacional. Está arraigada no mandamento cultural de Gênesis e floresce na obra do apóstolo Paulo”.
(PALMER, M. D. (org.) Panorama do pensamento cristão. RJ: CPAD, 2001, pp. 406-7.) .

A atuação maligna na pós-modernidade diferencia-se da forma violenta como os cristãos do período greco-romano foram perseguidos ou da inquisição atroz. As estratégias estão mais sutis, difíceis de serem detectadas, e não pretendem aniquilar o Cristianismo, mas impedir o seu avanço, atenuar a sua mensagem, e enfraquecer a identidade cristã.
A mentira está disfarçada de verdade; a verdade está sob suspeita. Os valores morais e bíblicos perdem espaço para a moralidade hedonista e egocêntrica. Não se trata de mera ação humana, mas de nova roupagem para velhos pecados sob a batuta da antiga serpente.Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2Tm 2.15)
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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PAZ DO SENHOR

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