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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Subsidio adolescentes a origem da BIBLIA N.1



SUBSIDIO ADOLESCENTES


Biblos (βύβλος) é o nome grego da cidade portuária fenícia de Gubla (ou Gebal). Era conhecida pelos antigos egípcios como Kbn e, mais tarde, Kpn.[1] Embora continue a ser denominada de Biblos pelos investigadores (sobretudo em referência a épocas passadas), a cidade é agora conhecida pelo nome árabe Jubayl (جبيل), o qual também tem origem na forma cananita Gubla.
Aparentemente, era através de Biblos/Gubla que o «papiro egípcio» (βύβλος) era importado para a Grécia, pelo que tanto a planta como os «rolos» ou «livros» a partir dela fabricados receberam o seu nome. É também daqui que surge o nome da Bíblia (do grego βιβλία, «livros»).
Biblos situa-se na costa mediterrânica do atual Líbano, a 42 quilômetros de Beirute. É um foco de atração para arqueólogos devido às fases sucessivas de vestígios arqueológicos resultantes de séculos de ocupação humana. Em 1860, o escritor francês Ernest Renan iniciou uma escavação no local, mas não ocorreu qualquer investigação arqueológica sistemática até 1920.Segundo o filósofo e historiador Fílon de Alexandria, Biblos era famosa por ser a mais antiga cidade do mundo. O local foi povoado primeiramente durante o período Neolítico, por volta de 5000 a.n.e. As primeiras características urbanas datam do III milénio a.n.e., como indicam os restos de casas edificadas com um tamanho uniforme. É a partir deste período que a sociedade cananita local começa a complexificar-se.

A Sagrada Escritura é a inspirada, a infalível, a inerrante e a completa Palavra de Deus. Não há na Bíblia inexatidões, juízos falsos, equívocos, ou prevaricações. Por conseguinte, absolutamente nada a complementa, pois a Escritura é a completa revelação de Deus à humanidade. 
A palavra ‘bíblia’ é derivada do latim, proveniente da palavra grega bíblia (livros), que diz respeito especificamente aos livros que são reconhecidos como canônicos pela Igreja cristã. Nesse sentido, acredita-se estar o uso cristão mais antigo da expressão ta bíblia (os livros) na epístola de 2 Clemente 2.14 (c.150 d.C). O vocábulo grego biblion (do qual bíblia é o plural) é o diminutivo de biblos, que na prática denota qualquer tipo de documento escrito, mas originalmente aquele que foi escrito em papiro.
Um termo sinônimo de ‘a Bíblia’ é ‘os escritos’ ou ‘as Escrituras’ (em grego hais graphai, ta grammata), freqüentemente usado no Novo Testamento para designar, no todo ou em parte, os documentos do Antigo Testamento. Por exemplo, Mateus 21.42 diz: ‘Nunca lestes nas Escrituras?’ (em tais graphais). A passagem paralela, Marcos 12.10, traz o singular, referindo-se ao particular texto citado: ‘Ainda não lestes esta Escritura’ (tem graphen tauten). Em 2 Timóteo 3.15, temos ‘as sagradas letras’ (ta hiera grammata), e o versículo seguinte (ARA) diz: ‘Toda Escritura é inspirada por Deus’ (pasa graphe theopneustos)”

 (BRUCE, F.F. A Bíblia. In CONFORT, P. W. (ed.) A origem da Bíblia. RJ: CPAD, 1998, p.13-4).

A COMPLETUDE DA BÍBLIA

1. A Bíblia é completa em seu conteúdo. O conteúdo bíblico não pode sofrer quaisquer alterações, pois tudo o que foi escrito teve a supervisão e aprovação do Espírito Santo (2 Pe 1.20-21; Is 40.8).
2. A Bíblia é completa em sua mensagem. A mensagem das Escrituras é perfeitamente completa. Ela é fruto da revelação que Deus fez de si mesmo à humanidade. Vejamos:
a) Completa em sua mensagem salvífica. A Bíblia é completa quanto à mensagem de salvação para o homem perdido. Ela está centrada no amor incondicional de Deus à humanidade. Tanto é que Jesus, nosso amado Salvador, é o tema central desse Santo Livro. Nas Escrituras não há lugar para outros salvadores ou mediadores (Jo 14.6; At 4.12; 1 Tm 2.5).
b) Completa em sua mensagem sobre a história humana. A Bíblia mostra que a história da humanidade é linear: tem começo e fim. A partir da criação do primeiro casal, passando pela Queda e Redenção por meio de Cristo, a história do homem chegará a seu desfecho num tempo em que a Escritura denomina "consumação dos séculos" (Mt 13.49; 28.20).
Após isso, (Mt 24.14; 1 Co 15.24), Deus continuará executando seus eternos propósitos para o universo: "novos céus e nova terra" surgirão (Is 65.17; 2 Pe 3.13; Ap 21.1).A Bíblia é completa em seu conteúdo e mensagem, pois tudo foi escrito sob a supervisão e aprovação do Espírito Santo.

II. DETURPAÇÃO DA COMPLETUDE DA BÍBLIA

1. Por adição. No Apocalipse, Jesus advertiu-nos quanto ao perigo de se adicionar qualquer coisa à Palavra de Deus: "[...] se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro" (Ap 22.18). Infelizmente, os chamados "Testemunhas de Jeová" incorreram neste terrível pecado quando traduziram o texto de Jo 1.1 de forma equivocada. No original está escrito: "o Verbo era Deus", todavia, eles traduziram "o Verbo era um deus". Ou seja, acrescentaram o artigo indefinido "um" e traduziram "Deus" com "d" minúsculo, assim negando a divindade de Cristo.
2. Por subtração. Diz-nos o Apocalipse: "... e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro" (Ap 22.19). Não são poucos os falsos teólogos que têm procurado subtrair da Bíblia partes relevantes, com a clara intenção de diminuir seu caráter divino e sentido de completude. Tais homens, céticos e presunçosos, costumam afirmar que nem tudo o que está na Bíblia foi inspirado e revelado por Deus. Apregoam, inclusive, que não se deve crer na concepção virginal de Cristo, em seus milagres e em sua ressurreição.
3. Por modificação. Com a "inocente" intenção de contextualizar e adaptar a mensagem das Escrituras aos tempos pós-modernos, certas versões da Bíblia têm modificado palavras e até frases inteiras, a fim de alterar ou, pelo menos, atenuar o sentido da Palavra de Deus. Palavras como "sodomitas" e "efeminados" são retiradas e substituídas por outras mais indiretas ou amenas. Os “Testemunhas de Jeová”, por exemplo, modificaram o texto de Gn 1.2. Em vez de traduzirem a expressão original desse texto por "Espírito de Deus", verteram-na por "força ativa de Deus".
4. Por substituição. Muitas religiões e seitas dizem crer na Bíblia, mas não a consideram como "verdade absoluta de Deus para o homem". No catolicismo, por exemplo, as tradições e os dogmas têm a mesma autoridade das Escrituras; conforme declaração do Concílio de Trento (1.545). Na prática, a Bíblia foi preterida pela tradição humana (Mc 7.13).As deturpações mais comuns à Bíblia são por: adição, subtração, modificação e substituição.

III. AGRESSÕES À ORTODOXIA BÍBLICA

1. Livros ditos revelados. Muitos autores de obras teológicas têm mais objetivos comerciais que espirituais. Alguns, inclusive, alegam ser possuidores da "última revelação" divina. Entretanto, seus livros não passam de engodos, e evidenciam graves distorções da Palavra de Deus.
2. Experiências pessoais. Em muitas igrejas, há os que se apresentam como profetas, videntes ou portadores de uma unção especial. Alguns desses indivíduos afirmam que receberam uma "revelação" específica da parte Deus. Todavia, tais "revelações" não resistem ao escrutínio das Escrituras. Há muitas falsas doutrinas no meio evangélico baseadas unicamente em experiências pessoais. São muitas as invencionices da imaginação humana! (Cl 2.8). Nem profecia, nem sonho, nem revelação, nem experiência pessoal; por mais impactantes que, sejam, têm autoridade semelhante ou superior à Bíblia Sagrada.
3. Novas teologias. Há, em nossos dias, diversas "novas teologias" que agridem diretamente a mensagem bíblica. Uma delas, a teologia da prosperidade, assevera que "nenhum crente pode ser pobre ou adoecer". Seus proponentes chegam a afirmar que o "crente é a encarnação de Deus". Diante desse falso ensino, entendemos porque os adeptos dessa doutrina anunciam que podem obter o que quiserem, pois segundo o que pensam, são deuses. Que abominação!
Outra heresia não menos absurda é a divulgada pelo G-12. Eles ensinam que devemos perdoar todas as pessoas, inclusive, nossos antepassados e, por incrível que pareça, o próprio Deus. É uma aberração tão grande que dispensa comentários.As agressões mais populares à ortodoxia bíblica são os livros ditos revelados, as revelações pessoais que tentam sobrepor-se à Bíblia, e as novas teologias.

O QUE É A BÍBLIA 

Neste tópico, veremos o que é a Bíblia Sagrada. Em primeiro lugar, buscaremos uma definição etimológica à palavra Bíblia. Em seguida, constataremos o que pensam os liberais, os neo-ortodoxos e os teologicamente conservadores acerca das Sagradas Escrituras.
1. Definição etimológica. Originária do grego, a palavra Bíblia significa livros ou coleção de pequenos livros. Atribui-se a João Crisóstomo a disseminação desse vocábulo.
2. Posição liberal. Os teólogos liberais, contaminados por um racionalismo incrédulo e pernicioso, não reconhecem a Bíblia como a Palavra de Deus. Perdendo-se em especulações, asseveram que ela apenas a contém. Infelizmente, muitos desses mestres e doutores têm-se infiltrado em seminários dantes conservadores e vêm, de maneira sutil, desviando os alunos da verdade.
3. Posição neo-ortodoxa. Reagindo contra o liberalismo teológico, ensinam os neo-ortodoxos que a Bíblia torna-se a Palavra de Deus à medida que alguém, ao lê-la, tem um encontro experimental com o Senhor. Apesar das aparências, tal posicionamento fere a santíssima fé (Jd v.20). A Bíblia não se torna a Palavra a Deus; ela é a Palavra de Deus.
Portanto, erram aqueles que afirmam: “A Bíblia fechada é um simples livro; aberta, é a boca de Deus falando”. Nada mais errado; aberta ou fechada, a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada e inerrante.
4. Posição ortodoxa. Nós ortodoxos afirmamos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Dessa forma, colocamo-la no lugar em que ela tem de estar: como a nossa suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Se a Bíblia o diz, é a nossa obrigação obedecê-la sem quaisquer questionamentos. Ela é soberana!

II. A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA 

Matthew Henry, um dos maiores expositores das Sagradas Escrituras, é categórico ao referir-se à inspiração da Bíblia: “As palavras das Escrituras devem ser consideradas palavras do Espírito Santo”. Como não concordar com Henry? Basta ler a Bíblia para sentir, logo em suas palavras iniciais, a presença do Espírito Santo.
1. Definição etimológica. A palavra inspiração vem de dois vocábulos gregos: Theos, Deus; e pneustos, sopro. Literalmente significa: aquilo que é dado pelo sopro de Deus.
2. Definição teológica. “Ação sobrenatural do Espírito Santo sobre os escritores sagrados, que os levou a produzir, de maneira inerrante, infalível, única e sobrenatural, a Palavra de Deus — a Bíblia Sagrada” 

(Dicionário Teológico — CPAD).

3. Inspiração verbal e plenária da Bíblia. Doutrina que assegura ser a Bíblia, em sua totalidade, produto da inspiração divina. Plenária: todos os livros da Bíblia, sem qualquer exceção, foram igualmente inspirados por Deus. Verbal: o Espírito Santo guiou os autores não somente quanto às idéias, mas também quanto às palavras dos mistérios e concertos do Altíssimo (2 Tm 3.16).
A inspiração plenária e verbal, todavia, não eliminou a participação dos autores humanos na produção da Bíblia. Pelo contrário: foram eles usados de acordo com seus traços personais, experiências e estilos literários (2 Pe 1.21).
4. A inspiração da Bíblia é única. Além da Bíblia, nenhum outro livro foi produzido de igual forma; a Palavra de Deus é a obra-prima por excelência da raça humana.

III. A INERRÂNCIA DA BÍBLIA 

A melhor maneira de se compreender uma doutrina é buscar-lhe uma definição adequada. Sua conceituação, a partir daí, torna-se mais fácil e não pecará pela falta de clareza e objetividade. Vejamos, pois, de que forma haveremos de definir a doutrina da inerrância bíblica.
1. Definição etimológica. A palavra inerrância vem do vocábulo latino inerrantia e significa, literalmente, qualidade daquilo que não tem erro.
2. Definição teológica. A inerrância bíblica é a doutrina, segundo a qual as Sagradas Escrituras não contêm quaisquer erros por serem a inspirada, infalível e completa Palavra de Deus (Sl 119.140). A Bíblia é inerrante tanto nas informações que nos transmite como nos propósitos que expõe e nas reivindicações que apresenta. Sua inerrância é plena e absoluta. Isenta de erros doutrinários, culturais e científicos, inspira-nos ela confiança plena em seu conteúdo (Sl 19.7).

IV. A INFALIBILIDADE DA BÍBLIA 

Ao tratar da infalibilidade da Palavra de Deus, ousadamente expressou-se Carl F. Henry: “Há apenas uma única coisa realmente inevitável: é necessário que as Escrituras se cumpram”. O que isto significa? Simplesmente, que a Bíblia é infalível.
1. O que é a infalibilidade. É a qualidade, ou virtude, do que é infalível; é algo que jamais poderá falhar.
2. Definição teológica. Doutrina que ensina ser a Bíblia infalível em tudo o que diz. Eis porque a Palavra de Deus pode ser assim considerada: 1) Suas promessas são rigorosamente observadas; 2) Suas profecias cumprem-se de forma detalhada e clara (haja vista as Setenta Semanas de Daniel); 3) O Plano de Salvação é executado apesar das oposições satânicas. Nenhuma de suas palavras jamais caiu, nem cairá, por terra.
3. A Bíblia dá testemunho de sua infalibilidade. Leia com atenção as seguintes passagens: Dt 18.22; Dn 9.2; Mt 1.22; Mc 13.31; At 1.3.

V. A SUPREMACIA DA BÍBLIA EM MATÉRIA DE FÉ E PRÁTICA 

“A autoridade da Bíblia não provém da capacidade de seus autores humanos, mas do caráter de seu Autor”. Foi o que afirmou J. Blanchard. Ora, se a autoridade da Bíblia é absoluta, como haveremos de questioná-la? Vejamos, em primeiro lugar, o que é a autoridade.
1. Definição etimológica. Oriunda do vocábulo latino autoritatem, esta palavra significa: Direito absoluto e inquestionável de se fazer obedecer, de dar ordens, de estabelecer decretos e, de acordo com estes, tomar decisões e agir a fim de que cada decreto seja rigorosamente observado.
2. Definição teológica. Poder absoluto e inquestionável reivindicado, demonstrado e sustentado pela Bíblia em matéria de fé e prática. Tal autoridade advém-lhe do fato de ela ser a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus.
3. Testemunho da Bíblia a respeito de sua autoridade. Leia as seguintes passagens: Is 8.20; 30.21; 1 Co 14.37.


COMENTARIO GERAL

A Bíblia (do grego βιβλία, plural de βιβλίον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro", diminutivo de "byblos", “papiro egípcio”, provavelmente do nome da cidade de onde esse material era exportado para a Grécia, Biblos, atual Jbeil, no Líbano) é uma coleção de textos religiosos de valor sagrado para o cristianismo, em que se narram interpretações religiosas do motivo da existência do homem na Terra. É considerada pelos cristãos como divinamente inspirada,] tratando-se de importante documento doutrinário.

Segundo a tradição aceita pela maioria dos cristãos, a Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1 500 a.C. e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e entre 45 d.C. e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos. A maioria dos historiadores considera que a data dos primeiros escritos acreditados como sagrados é bem mais recente: por exemplo, enquanto a tradição cristã coloca Moisés como o autor dos primeiros cinco livros da Bíblia (Pentateuco), muitos estudiosos aceitam que foram compilados pela primeira vez apenas após o exílio babilônico, a partir de outros textos datados entre o décimo e o quarto século antes de Cristo. Muitos estudiosos também afirmam que ela foi escrita por dezenas de pessoas oriundas de diferentes regiões e nações.
Segundo uma interpretação literal do Gênesis (primeiro livro da Bíblia), o homem foi criado por Deus a partir do pó, após os céus e a terra, entre seis e oito mil anos atrás, e ganhou a vida após Deus soprar o fôlego da vida em suas narinas.É o livro mais vendido de todos os tempos com mais de seis bilhões de cópias em todo o mundo, uma quantidade sete vezes maior que o número de cópias do 2º colocado da lista dos livros mais vendidos, O Livro Vermelho.

Nos Estados Unidos, o único presidente que não fez o juramento de posse com a mão em uma Bíblia foi Theodore Roosevelt (1901-1909), de acordo com os registros oficiais do Arquiteto do Capitólio.[18] John Quincy Adams (1825-1829), em sua posse, de acordo com cartas escritas pelo mesmo, colocou a mão em um volume de direito constitucional ao invés da Bíblia para indicar a quem pertencia sua lealdade. Não há registros para presidentes anteriores a John Tyler (1841-1845).

Índice   

1 Inspiração divina
2 Interpretação
3 Estrutura interna
3.1 Livros do Antigo Testamento
3.2 Livros do Novo Testamento
3.3 Origem do termo "testamento"
4 Traduções
4.1 Número de traduções
4.2 Mundo lusófono
5 Versões
6 Religiões
7 Erros e adulterações
8 Crítica
9 Ver também
10 Bibliografia
11 Notas
12 Referências

Inspiração divina

A Bíblia se diz escrita por pessoas sob efeito da inspiração divina.O apóstolo Paulo afirma que "toda a Escritura é inspirada por Deus", literalmente, "soprada por Deus" [que é a tradução da palavra grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3:16).
O apóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo é que homens falaram em nome de Deus." (2 Pedro 1:21). O apóstolo Pedro atribui aos escritos de Paulo a mesma autoridade do Antigo Testamento: "E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição" (2 Pedro 3:15-16).

Interpretação

Ver artigos principais: A Bíblia e a história, Datação da Bíblia e 
Simbologia bíblica.

Segundo o jornalista David Plotz, da revista online Slate Magazine, até um século atrás, a maioria dos estadunidenses bem instruídos conheciam a Bíblia a fundo. Ele também afirma que atualmente, o desconhecimento bíblico é praticamente total entre pessoas não-religiosas. Ainda segundo Plotz, mesmo entre os fiéis, a leitura da Bíblia é irregular: a Igreja Católica inclui somente uma pequena parcela do Antigo Testamento nas leituras oficiais; os judeus estudam bastante os cinco primeiros livros da Bíblia, mas não se importam muito com o restante; os judeus ortodoxos normalmente passam mais tempo lendo o Talmude ou outra coisa que a Bíblia em si; muitos protestantes e /ou evangélicos lêem a Bíblia frequentemente, mas geralmente dão mais ênfase ao Novo Testamento.
A inacessibilidade da Bíblia entre a Antiguidade e a Idade Média resultou na criação de diversas narrativas sobre os personagens bíblicos, criando acréscimos e distorções. A Igreja Católica não permitia que seus fiéis possuíssem exemplares da Bíblia, alegando que estes não teriam nunca a capacidade necessária para interpretá-la, devido à sua complexidade. Assim, afirmava que a responsabilidade de ensinar as orientações de Deus era exclusivamente sua.
Os conflitos entre ciência e religião foram, em parte, ajudados pela interpretação literal da Bíblia. Esta não deve ser interpretada como um relato preciso da história da humanidade ou uma descrição perfeita da natureza. Galileu Galilei considerava que a Bíblia deveria ser interpretada a partir do estudo da natureza.Os escravocratas basearam-se na parte da Bíblia que conta sobre Noé ter condenado seu filho Cam e seus descendentes à escravidão para justificar religiosamente a escravidão.

Martinho Lutero considerava que o amor de Cristo era alcançável gratuitamente por meio da Bíblia. Foi um dos primeiros teólogos a sugerir que as pessoas deveriam ler e interpretar a Bíblia por si mesmas.[20] A maioria das pessoas interpreta a Bíblia por intermédio de seu líder religioso.As Testemunhas de Jeová consideram 66 livros como componentes da Bíblia, interpretando-a de forma literal exceto quando o texto evidencia estar em sentido figurado. Chamam o Novo Testamento de Escrituras Gregas Cristãs e o Velho Testamento de Escrituras Hebraicas.]Usam o método de comparação de textos bíblicos com outros textos bíblicos, encontrando, por temas, o que a Bíblia ensina como um todo. Suas conclusões são registradas por escrito, sendo utilizado para outras pesquisas bíblicas
Para o espiritismo a Bíblia é uma das várias referências de compreensão do mundo espiritual (não é a principal).

Estrutura interna

A Bíblia é dividida em duas partes: o Antigo e o Novo Testamentos. O primeiro, na versão aceita de forma geral por protestantes e judeus, apresenta a história do mundo desde sua criação até os acontecimentos após a volta dos judeus do exílio babilônico, no século IV a.C. Os católicos e ortodoxos, por outro lado, têm um cânon mais extenso, cobrindo até os asmoneus do século II a.C.
O Novo Testamento apresenta a história de Jesus Cristo e a pregação de seus ensinamentos, durante sua vida e após sua morte e ressurreição, no século I. (ver: Vida de Cristo) A Bíblia não era dividida em capítulos até 1227, quando o cardeal Sthepen Langton os criou, e não apresentava versículos até ser assim dividida em 1551 por Robert Stephanus.

Livros do Antigo Testamento

A quantidade de livros do Antigo Testamento varia de acordo com a religião ou denominação cristã que o adota: a Bíblia dos cristãos protestantes e o Tanakh judaico incluem apenas 39 livros, enquanto a Igreja Católica possui 46 e a Igreja Ortodoxa em geral aceita 51. Os sete livros existentes na Bíblia católica, ausentes da judaica e da protestante são conhecidos como deuterocanônicos para os católicos e apócrifos para os protestantes. O mesmo se aplica aos livros da bíblia ortodoxa, que por sua vez pode vir a ter mais livros.
Os livros do Antigo Testamento aceitos por todos os cristãos como sagrados (chamados protocanônicos pela Igreja Católica) são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Os deuterocanônicos, aceitos pela Igreja Católica como sagrados são: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque. Estes estão disponíveis na tradução grega do Antigo Testamento, datada do Século I a.C., a Septuaginta.
Segundo a visão protestante, os textos deuterocanônicos (chamados "Livros apócrifos" pelos protestantes) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e o Novo Testamento, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa (ver: Testimonium Flavianum). O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos, ortodoxos e por alguns protestantes, e igualmente pensam assim uma maioria judaica não farisaica, porque Jesus afirma que durou até João Batista, "A lei e os profetas duraram até João" (cf. Lucas 16:16; Mateus 11:13).

Livros do Novo Testamento

Ver artigo principal: Novo Testamento

O Novo Testamento é composto de 27 livros: Evangelho de Mateus, Evangelho de Marcos, Evangelho de Lucas, Evangelho de João, Atos dos Apóstolos, Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito, Filémon, Hebreus, Epístola de Tiago, Primeira Epístola de Pedro, Segunda Epístola de Pedro, Primeira Epístola de João, Segunda Epístola de João, Terceira Epístola de João, Epístola de Judas e Apocalipse.
As traduções do Novo Testamento foram feitas a partir de mais de 5000 manuscritos, que podem ser divididos em duas categorias: Texto-Tipo Bizantino e Texto-Tipo Alexandrino. Os pergaminhos do Texto-Tipo Bizantino (também chamado Textus Receptus) são representados pela maioria (cerca de 95%) dos manuscritos existentes.Através dos séculos, desde o começo da era cristã, e inclusive em alguns contextos, como na Reforma Protestante do século XVI, os textos deuterocanônicos do Novo Testamento foram tão debatidos como os textos deuterocanônicos do Antigo Testamento. Finalmente, os reformistas protestantes decidiram rejeitar todos os textos deuterocanônicos do Antigo Testamento, e aceitar todos os textos deuterocanônicos do Novo Testamento, embora houvesse em Lutero, no processo da Reforma Protestante, a intenção de remover determinados livros do Novo Testamento por considerá-los apócrifos ou dolosos, como a Epístola de Tiago.

 (ver: Apócrifos do Novo Testamento).

Origem do termo "testamento"

Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes. A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith (que significa aliança, pacto, convênio, contrato), e designa a aliança que Deus fez com o povo de Israel no monte Sinai, tal como descrito no livro de Êxodo (Êxodo 24:1-8 e Êxodo 34:10-28). Segundo a própria Bíblia, tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma nova aliança (Jeremias 31:31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo (Mateus 26:28). Os escritores do Novo Testamento denominam a primeira aliança de antiga (Hebreus 8:13), em contraposição à nova (2 Coríntios 3:6-14).
Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke, embora não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith designa "aliança" (compromisso bilateral) e diatheke tem o sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento" (compromisso unilateral).
As respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança" passaram a designar a coleção dos escritos que contém os documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança. As denominações "Antigo Testamento" e "Novo Testamento", para as duas coleções dos livros sagrados, começaram a ser usadas no final do século II, quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados como parte do cânon sagrado. O termo "testamento" surgiu através do latim, quando a primeira versão latina do Velho Testamento grego traduziu diatheke por testamentum . Jerônimo de Estridão, revisando esta versão latina, manteve a palavra testamentum, equivalendo ao hebraico berith — "aliança", "concerto", quando a palavra não tinha essa significação no grego (ver: Vulgata). Afirmam alguns pesquisadores que a palavra grega para "contrato", "aliança" deveria ser suntheke, por traduzir melhor o hebraico berith

Traduções
Livro do Gênesis, Bíblia em Tamil de 1723

Eusébio Sofrônio Jerônimo (conhecido como São Jerônimo pelos católicos) traduziu a Bíblia diretamente do hebraico, aramaico e grego para o latim, criando a Vulgata.[.No Concílio de Trento em 1542, essa tradução foi estabelecida como versão oficial da Bíblia para a Igreja Católica (vide Cânone de Trento).Em meados do século XIV o teólogo John Wyclif realizou a tradução da Bíblia para o inglês. Após a Reforma Protestante a Bíblia recebeu traduções para diversas línguas e passou a ser distribuída sem restrições para as pessoas.Martinho Lutero traduziu a Bíblia para a língua alemã  enquanto estava escondido em Wittenberg do papa Leão X, que queria fazer um "julgamento" após a publicação das 95 Teses.A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado Texto Massorético. Trata-se do texto hebraico fixado ao longo dos séculos por escolas de copistas, chamados massoretas, que tinham como particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade da cópia ao original. O trabalho dos massoretas, de cópia e também de vocalização do texto hebraico (que não tem vogais, e que, por esse motivo, ao tornar-se língua morta, necessitou de as indicar por meio de sinais), prolongou-se até ao Século VIII d.C. Pela grande seriedade deste trabalho, e por ter sido feito ao longo de séculos, o texto massorético (sigla TM) é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original.

No entanto, outras versões do Antigo Testamento têm importância, e permitem suprir as deficiências do Texto Massorético. É o caso do Pentateuco Samaritano (os samaritanos que eram uma comunidade étnica e religiosa separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que só aceitavam como livros sagrados os do Pentateuco), e principalmente a Septuaginta grega (sigla LXX).

A Versão dos Setenta ou Septuaginta grega, designa a tradução grega do Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e I a.C., feita em Alexandria, no Egito. O seu nome deve-se à lenda que dizia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de 70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas também a tradução, fora inspirada por Deus. A Septuaginta grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento que conhecemos. A sua grande importância provém também do facto de ter sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos, desde o início, versão que continha os Deuterocanônicos, e a que é de maior citação do Novo Testamento, mais do que o Texto Massorético.

A Igreja Católica considera como oficiais 73 livros bíblicos (46 do Antigo Testamento e 27 do Novo), sendo 7 livros a mais no Velho Testamento do que das demais religiões cristãs e pelo judaísmo. Já a Bíblia usada pela Igreja Ortodoxa contém 78 livros, 5 a mais que a católica e 12 a mais que a protestante.
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Número de traduções

De acordo com as Sociedades Bíblicas Unidas, a Bíblia já foi traduzida, até 31 de dezembro de 2007, para pelo menos 2 454 línguas e dialetos. (ver: Traduções da Bíblia em línguas indígenas do Brasil).

Mundo lusófono

A primeira versão portuguesa da Bíblia surgiu apenas em 1748, a partir da Vulgata Latina,[2] traduzida para o português por João Ferreira de Almeida. Almeida faleceu antes de concluir o trabalho, que foi finalizado por colaboradores holandeses.
Versões

Cópia da Bíblia de Gutenberg, de propriedade do Congresso dos Estados Unidos.

As diversas igrejas cristãs possuem algumas divergências quanto aos seus cânones sagrados,[nota 1] inclusive entre protestantes.
A Igreja Católica possui 46 livros no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico. Os livros de Livro de Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, I Macabeus e II Macabeus e as chamadas Adições em Ester e Adições em Daniel) são considerados "deuterocanônicos" (ou "do segundo cânon") pela Igreja Católica. Além disso, existem 27 livros no Novo Testamento.As igrejas cristãs ortodoxas e as outras igrejas orientais, aceitam, além de todos estes já citados, outros dois livros de Esdras, outros dois dos Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).

Religiões

Os judeus têm o Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio) como seu mais importante livro sagrado, o qual chamam de Torá. O restante do Antigo Testamento de acordo com a tradição protestante são chamados de Nevi'im e Ketuvim, coletivamente com a Torá chamados de Tanakh.s samaritanos, cuja fé se originou em uma antiga divisão no seio de Israel, usam apenas a Torá. A fé bahá'i tem tanto a Bíblia quanto o Alcorão como livros sagrados, além de seu livro particular, o Kitáb-i-Aqdas.O Alcorão, livro sagrado do Islã, possui várias passagens em coincidência com a Bíblia, o que leva alguns estudiosos islâmicos a estudarem-na em busca de informações adicionais. As visões dentro do Islã sobre esta Escritura, no entanto, são variadas, com o próprio Alcorão denunciando-a como corrupta e estudiosos como Ibn Hazm denunciando os supostos textos subjacentes à Bíblia condizentes à ortodoxia islâmica como irrecuperáveis.
Os Espíritas consideram a Primeira Aliança como um livro histórico, e têm sua doutrina, seus princípios morais, fundamentada em O Evangelho segundo o Espiritismo, que alegam ser uma terceira revelação, superando o Antigo e o Novo Testamentos, que creem ser, respectivamente, a revelação da lei por Moisés e a da graça por Jesus Cristo.

Erros e adulterações

No século XIII, diversos estudiosos, especialmente de ordens dominicanas e franciscanas, como Roger Bacon, denunciavam erros e buscavam corrigir (através de pesquisas em textos hebraicos e gregos) as traduções usadas nas cópias em latim mais populares da época, chamadas "Bíblias de Paris".[54] Com as descobertas da biblioteca de Nag Hammadi e dos Manuscritos do Mar Morto (ou Qumram), no século XX, essas dúvidas dissiparam-se e, com o advento das técnicas de crítica textual, hoje a Bíblia está disponível com pelo menos 99% de fidelidade aos originais; sendo que a maioria das discrepâncias presentes nos outros 1% dos trechos são de natureza trivial, i. e., sem relevância.
Segundo alguns estudiosos, em maioria de origem nas Testemunhas de Jeová, um erro de tradução da Bíblia seria o de tomar σταυρός (transliterado stavrós) como cruz, e baseando-se nisto, dizer que Jesus foi pregado em uma cruz ao invés de uma estaca de tortura que significa simplesmente um madeiro,[56] pois na época da morte de Jesus, o significado da palavra abrangia apenas uma só estaca ou madeiro.Este posicionamento, no entanto, é rechaçado por outras denominações, que apontam a polissemia da palavra σταυρός e o antigo testemunho de Santos Justino Mártir, Irineu de Lyon e Hipólito de Roma.


Crítica
A Bíblia gera uma grande polêmica por condenar um ato homossexual. Contudo, qualquer que seja o ato declarado pecado pela Bíblia, esta promete o perdão dos pecados ao arrependido, de modo que este é "trazido à condição de não ter nenhuma condenação mais", levando-se em conta que o pecado não seja mais cometido,  "não tendo nada pesando contra ele mais" (Romanos 8:1).Segundo o jornalista David Plotz, da revista online Slate Magazine, a Bíblia tem muitas passagens difíceis, repulsivas, confusas e entediantes], enquanto especialistas em literatura discordam e abordam a beleza da literatura bíblica em artigos acadêmicos.Alguns autores, tal como James Kugel com o livro How To Read The Bible?, afirmam que não há veracidade histórica na Bíblia[20], enquanto outros, tal como o filósofo cristão William Lane Craig, compartilham opinião oposta.A versão hebraica da Bíblia não oferece uma orientação clara de como devemos agir. A maioria das pessoas trava contato com a Bíblia por meio de outra pessoa, ficando dependentes da interpretação dada por seu rabino, pastor, professor ou padre.

De acordo com Mark Twain, a Bíblia retrata Deus como um homem de impulsos maus, muito além dos limites humanos, sendo classificada por ele a biografia mais condenável já vista.[26] Ainda de acordo com ele, no Antigo Testamento, Deus é mostrado como sendo injusto, mesquinho, cruel e vingativo, punindo crianças inocentes pelos erros de seus pais; punindo pessoas pelos pecados de seus governantes; descarregando sua vingança em ovelhas e bezerros inofensivos, como punição por ofensas insignificantes cometidas por seus proprietários.
fonte wikipedia

OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO
Manuscritos do Mar Morto

Os Manuscritos do Mar Morto são uma coleção de centenas de textos e fragmentos de texto encontrados em cavernas de Qumran, no Mar Morto, no fim da década de 1940 e durante a década de 1950.[1] Foram compilados por uma doutrina de judeus conhecida como Essênios, que viveram em Qumran do século II a.C. até aproximadamente 70.[1] Porções de toda a Bíblia Hebraica foram encontradas, exceto do Livro de Ester e do Livro de Neemias.[1] Os manuscritos incluem também Livros apócrifos e livros de regras da própria seita. Os Manuscritos do Mar Morto são de longe a versão mais antiga do texto bíblico, datando de mil anos antes do que o texto original da Bíblia Hebraica, usado pelos judeus atualmente. Atualmente, estão guardados no Santuário do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém.

Índice  
1 Histórico
2 Autoria
3 Importância para o cânone bíblico
4 Controvérsias
4.1 Israel Knohl
4.2 Michael Wise
5 Referências
6 Bibliografia
7 Ligações externas

Histórico

Fragmento dos manuscritos no Museu Arqueológico de Ammán

Os manuscritos do Mar Morto foram casualmente descobertos por um grupo de pastores de cabras (Beduinos), que em busca de um de seus animais localizou, em 1947, a primeira das cavernas com jarros cerâmicos contendo os rolos de papíro. Inicialmente os pastores tentaram sem sucesso vender o material em Belém. Mais tarde, foram finalmente vendidos para Athanasius Samuel, bispo do mosteiro ortodoxo sírio São Marcos em Jerusalém e para Eleazar Sukenik, da Universidade Hebraica, em dois lotes distintos.A autenticidade dos documentos foi atestada em 1948. Em 1954, governo israelense, que já havia comprado o lote de Sukenik, comprou através de um representante, os documentos em posse do bispo, por 250 mil dólares.
Outra parte dos manuscritos, encontrada nas últimas dez cavernas, estavam no Museu Arqueológico da Palestina, em posse do governo da Jordânia, que então controlava o território de Qumram.
 O governo jordaniano autorizou apenas oito pesquisadores a trabalharem nos manuscritos. Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel apropriou-se do acervo do museu, porém, mesmo com a entrada de pesquisadores judeus, o avanço nas pesquisas não foi significativo. Apenas em 1991, com a quebra de sigilo por parte da Biblioteca Hutington em relação aos microfilmes que Israel havia enviado para algumas instituições pelo mundo, um número maior de pesquisadores passou a ter acesso aos documentos, permitindo, enfim, que as pesquisas avançassem significativamente.Os desdobramentos em relação aos resultados prosseguem e, recentemente, a Universidade da Califórnia apresentou o "The Visualization Qumram Project" (Projeto de Visualização de Qumram), recriando em três dimensões a região onde os manuscritos foram achados. O Museu de Israel já publicou na Internet parte do material sob seus cuidados e o Instituto de Antiguidades de Israel do Museu Rockefeller trabalha para fazer o mesmo com sua parte.
Em 2015, após 45 anos, os pesquisadores da Universidade de Kentucky decifraram versículos do Livro de Levítico a partir de um rolo de pergaminho encontrado carbonizado na Arca Sagrada da sinagoga de Ein Gedi.

No ano seguinte, 2016, arqueólogos ,da Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriram evidências de uma décima segunda caverna. No local, foram desenterrados estilhaços de jarros que contiveram outros documentos. Infelizmente, os documentos haviam sido saqueados, acredita-se que por volta de 1950.

Autoria

A autoria dos documentos é até hoje desconhecida. Com base em referências cruzadas com outros documentos históricos, ela é atribuída aos essênios, uma seita judaica que viveu na região da descoberta e guarda semelhanças com as práticas identificadas nos textos encontradas. O termo "essênio", no entanto, não é encontrado nenhuma vez em nenhum dos manuscritos.
O que se sabe é que a comunidade de Qumram era formada provavelmente por homens, que viviam voluntariamente no deserto, em uma rotina de rigorosos hábitos, opunham-se à religiosidade sacerdotal e esperavam a vinda de um messias.

Importância para o cânone bíblico
Nesta caverna, em Qumran, na Cisjordânia, foram encontrados os manuscritos do Mar Morto.
Antes da descoberta dos Rolos do Mar Morto, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam da época do nono e do décimo século da era cristã. Havia muitas dúvidas sobre a confiabilidade dessas cópias. A análise dos textos encontrados mostra que os textos hebraicos eram bastante fluidos antes de sua canonização. Há textos que são quase idênticos ao texto massorético embora haja fragmentos do livro do Êxodo e de Samuel com diferenças significativas das cópias modernas.
Mas o Professor Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do Mar Morto, declarou: "O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a transmissão do texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas judeus, foi extremamente fiel e cuidadosa."
O rolo mencionado por Barrera trata-se de uma peça com 7 metros de comprimento, em aramaico, contendo o inteiro livro de Isaías. Diferentemente deste rolo, a maioria deles é constituída apenas por fragmentos, com menos de um décimo de qualquer dos livros. Os livros bíblicos mais populares em Qumran eram os Salmos (36 exemplares), Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21 exemplares). Estes são também os livros mais frequentemente citados nas Escrituras Gregas Cristãs.
Embora os rolos demonstrem que a Bíblia não sofreu mudanças fundamentais, eles também revelam, até certo ponto, que havia versões diferentes dos textos bíblicos hebraicos usadas pelos judeus no período do Segundo Templo, cada uma com as suas próprias variações. Nem todos os rolos são idênticos ao texto massorético na grafia e na fraseologia. Alguns se aproximam mais da Septuaginta grega.

Anteriormente, os eruditos achavam que as diferenças na Septuaginta talvez resultassem de erros ou mesmo de invenções deliberadas do tradutor. Agora, os rolos revelam que muitas das diferenças realmente se deviam a variações no texto hebraico. Isto talvez explique alguns dos casos em que os primeiros cristãos citavam textos das Escrituras Hebraicas usando fraseologia diferente do texto massorético. — Êxodo 1:5; Atos 7:14. Assim, este tesouro de rolos e fragmentos bíblicos fornece uma excelente base para o estudo da transmissão do texto bíblico hebraico. Os Rolos do Mar Morto confirmaram o valor tanto da Septuaginta como do Pentateuco samaritano para a comparação textual.
Os rolos que descrevem as normas e as crenças da seita de Qumran tornam bem claro que não havia apenas uma forma de judaísmo no tempo de Jesus. 
A seita de Qumran tinha tradições diferentes daquelas dos fariseus e dos saduceus. É provável que essas diferenças tenham levado a seita a se retirar para o ermo. Eles se encaravam como cumprindo Isaías 40:3 a respeito duma voz no ermo para tornar reta a estrada de YHWH. Diversos fragmentos de rolos mencionam o Messias, cuja vinda era encarada como iminente pelos autores deles. Isso é de interesse especial por causa do comentário de Lucas, de que “o povo estava em expectativa” da vinda do Messias. — Lucas 3:15.
Os Rolos do Mar Morto ajudam até certo ponto a compreender o contexto da vida judaica no tempo em que Jesus pregava. Fornecem informações comparativas para o estudo do hebraico antigo e do texto da Bíblia. Mas o texto de muitos dos Rolos do Mar Morto ainda exige uma análise mais profunda.
Controvérsias
A associação de Jesus Cristo com a seita dos essênios ou sua influência sobre estes é controversa. Os essênios, que viviam em comunidades isoladas, tinham conceitos muito diferentes dos das outras seitas judaicas (Saduceus, Fariseus) sobre a Lei de Moisés. Preocupavam-se em especial com a purificação pessoal, eram geralmente celibatários e vestígios encontrados nas cavernas de Qumran indicam que se vestiam apenas com túnicas brancas e acessórios simples. Havia uma interpretação muito rígida da guarda do sábado, pois segundo suas regras, até fazer suas necessidades fisiológicas era considerado violação ao sábado. A seita dos essênios mantinha uma estrita postura com o sábado devido a lei de Moisés estar vigente durante aquele periodo.

Israel Knohl

O acadêmico judeu Dr. Israel Knohl, presidente do Departamento Bíblico da Universidade Hebraica de Jerusalém e professor convidado nas universidades de Berkeley e de Stanford, apresenta no seu livro: "The Messiah Before Jesus" (O Messias antes de Jesus), com base nestes pergaminhos, a tese de que por volta do ano do nascimento de Jesus Cristo falecera um suposto Messias, chamado Menahem, o essénio, em circunstâncias semelhantes àquelas em que o próprio Jesus mais tarde viria a morrer, e supõe o autor que Jesus poderia ter tido conhecimento desta história. Outra interpretação possível é que Jesus seria um personagem baseado nesta obra anterior.Menahem (ou Menachem), líder de uma seita judaica de Qumran, tentou liderar uma revolta contra os Romanos, mas acabou morto por estes, que proibiram que o seu corpo fosse enterrado. Este grupo de discípulos, ao contrário dos cristãos, logo se dissipou. Este Menahem teria, segundo Knohl, falecido por volta de 4 a.C.

Michael Wise

Outro académico, o cristão Michael Wise, professor nos Estados Unidos, afirma que o messias dos pergaminhos se chamava Judah e morreu de forma violenta por volta de 72 a.C. Wise publicou o livro "The First Messiah" em 1999.
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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