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domingo, 13 de setembro de 2015

Lições CPAD jovens secularização 20/9/2015 n.12



                               Lições Bíblicas CPAD
                           Jovens  3º Trimestre de 2015

                                             

Título: Novos Tempos, Novos Desafios — Conhecendo os desafios do Século XXI
Comentarista: César Moisés Carvalho 

Lição 12: A secularização mais presente
Data: 20 de Setembro de 2015

TEXTO DO DIA

Na verdade, que já os fundamentos se transtornam: que pode fazer o justo? (Sl 11.3).

SÍNTESE

O avanço do secularismo alerta-nos para a necessidade de uma maior atuação de todos nós, Igreja de Cristo, como luz do mundo e sal da terra.

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA — Jr 8.5
A apostasia de Israel


TERÇA — 1Sm 8.1-8
A rejeição do governo divino


QUARTA — Jz 21.25
A anarquia em Israel


QUINTA — Mt 9.36
Ovelhas sem pastor


SEXTA — Sl 11.3
Fundamentos transtornados


SÁBADO — 2Tm 3.1-5
Tempos trabalhosos

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·        COMPREENDER que estamos vivendo tempos trabalhosos.
·        CONSCIENTIZAR de que jamais devemos nos amoldar a este mundo.
·        EXPLICAR a importância de se utilizar o “ciclo histórico do mundo”, como uma forma didática de “Ler” a realidade.

INTERAÇÃO

Prezado professor, nesta lição estudaremos acerca da secularização, um perigo que ronda a Igreja de Cristo. Veremos que o avanço do secularismo, já anunciado por Jesus nas Escrituras Sagradas, aponta para a necessidade de uma maior vigilância e atuação da igreja. Muitos cristãos estão se deixando levar pelas sutilezas malignas da secularização. Como consequência a fé de muitos tem sido destruída. Que jamais venhamos ser seduzidos pelas coisas deste mundo, pois quem ama e se deixa amoldar pela filosofia deste século, não pode desfrutar do amor divino. Sigamos a recomendação bíblica: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há” (1Jo 2.15).

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza o quadro abaixo em folhas de papel pardo. Divida a turma em três grupos. Em seguida dê uma folha para cada grupo e canetas hidrocores. Explique que cada grupo terá cinco minutos para preencherem os quadros. Depois, reúna os grupos novamente e peça que cada grupo exponha o seu quadro, explicando seus apontamentos. Conclua enfatizando que é urgente que reconheçamos a necessidade de buscarmos mais a Deus, sua Palavra e o conhecimento do que ocorre à nossa volta para levarmos adiante a obra do Senhor.


TEXTO BÍBLICO

2Timóteo 3.1-5.

1 — Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 — porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 — sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 — traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 — tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Na aula de hoje aprenderemos que em nenhum outro lugar o reflexo da secularização é tão evidente quanto na igreja. Apesar de serem as artes e a ciência (e a filosofia por trás delas) os grandes propulsores da chamada modernidade tardia, no campo religioso suas influências se revelam ainda mais presentes. A flexibilização dos valores do Evangelho, visando amoldá-los às mudanças da pós-modernidade, é um dos perigos mais sutis deste tempo para a Igreja.
O que seria, de fato, a “secularização”? A inserção de pensamentos puramente materiais na esfera religiosa ou a atribuição de uma dimensão religiosa às coisas puramente temporais? Tais indagações precisam ser devidamente esclarecidas a fim de que possamos saber a melhor forma de levar adiante a nossa missão.

I. OS TEMPOS TRABALHOSOS

1. A profecia paulina acerca dos “tempos trabalhosos” (2Tm 3.1). Ao jovem pastor Timóteo, o apóstoLo Paulo adverte acerca de um período que ele classificou como “tempos trabalhosos” (2Tm 3.1). Tal época seria caracterizada pela completa anulação dos valores humanos mais nobres, bem como àqueles que foram ensinados pelo Senhor Jesus Cristo (Mt 5—7). A despeito de o texto ter uma audiência imediata, ele igualmente aponta — profeticamente — para o futuro.
2. O tema dos “tempos trabalhosos” nos escritos paulinos. Como um dos mais profícuos escritores do Novo Testamento, Paulo trata de alguns temas em mais de uma ocasião (1Co 5.9). O assunto dos “tempos trabalhosos”, por exemplo, cerca de uma década antes, já havia sido tratado pelo apóstolo dos gentios em sua Epístola dirigida aos judeus que viviam em Roma (1.18-32).
3. Características dos “tempos trabalhosos”. Escrevendo a Timóteo, Paulo destaca como características dos tempos trabalhosos que, segundo ele, também são os últimos tempos, a anulação dos valores e a perversão religiosa através de um ascetismo que se parece com piedade (1Tm 4.1-5; 2Tm 3.1-5). Em Romanos 1.18-32, o apóstolo dos gentios realça os aspectos pagãos, religiosos, filosóficos e imorais que caracterizarão tal momento histórico. Com o quadro que o apóstolo apresenta, é possível avaliar a sociedade atual e o tempo de hoje, comparando-os e verificando se há algum paralelo e até similaridade entre si.


Pense!

Cientes de que a advertência paulina é circunstancial, mas também profética, podemos dizer que estamos vivendo nos “tempos trabalhosos” referidos por Paulo?


Ponto Importante

Em cada período da história, o povo de Deus sempre enfrentou desafios difíceis de superar, portanto, é preciso evitar qualquer especulação escatológica.


II. A IGREJA EM UM MUNDO PÓS-CRISTÃO

1. A secularização. Por incrível que pareça, a secularização, ou seja, a perda da influência da religião sobre a sociedade, decorre em parte do Iluminismo (chamado também de “século das luzes”) que, por sua vez, juntamente com a Renascença (ou Renascimento, das artes, da filosofia e da cultura pré-cristã, chamada de “antiguidade clássica”), é fruto da Reforma Protestante que acabou com a hegemonia do catolicismo romano.
Por isso, quando se fala em secularização e imediatamente a relacionamos à fé, tem-se a impressão de que tal postura afeta unicamente a igreja. Não é bem assim, mas pelo fato de o Ocidente ser o que é por causa da cultura judaico-cristã e pelo longo período do predomínio da igreja na Idade Média, é fato que a comunidade de fé acaba sentindo — muito mais que qualquer outro setor da sociedade —, de forma mais sensível e agressiva, os reflexos da secularização (Mt 7.21-23; 2Tm 2.14-21,23-26).
2. A pós-modernidade (2Tm 3.1-5). Também conhecida como hipermodernidade ou ainda modernidade tardia, de forma simples é uma reação ao mundo moderno (que foi criado confiando cegamente na razão, e formou-se no impacto de três acontecimentos: Reforma Protestante, Iluminismo e Renascença) e, ao contrário deste, é a desconstrução das certezas, tanto as que se baseiam na ciência como as que se fundamentam na revelação. Entre as suas características mais marcantes, figura a inaceitabilidade da ideia de qualquer narrativa que pretenda ter uma abrangência global. Por isso, ela anuncia o fim da história como a conhecemos e herdamos da visão judaico-cristã, possuindo início, meio e fim, e procura retomar a antiga noção cíclica do tempo: sem início, sem fim e, portanto, sem possibilidade alguma de se pensar em transmutação dos valores ocidentais, ou quaisquer outros, como norma para o mundo, pois não há civilização que tenha autoridade, ou que seja melhor que as demais, para prescrevê-los.
3. A cultura pós-cristã. Atualmente, tornou-se comum falar de era ou cultura pós-cristã. Esta é resultado direto do processo de secularização e da filosofia pós-modernista. Pós-cristianismo é a ideia de que a visão de mundo que o cristianismo apresentava como forma de explicar a realidade já não dá mais conta de fazê-lo. Não obstante, a cultura pós-cristã não é anticristã como muitos, equivocadamente, pensam. Ao contrário, a secularização e o pensamento pós-modernista tornaram possível ao mundo saltar de uma época em que era praticamente impossível ser ateu, para outra em que se pode não apenas ser ateu, mas agnóstico, cético, crente, místico, panteísta, etc. Os seus defensores dizem não existir verdade absoluta em nenhuma área, seja na religião, seja na ciência, na ética e até mesmo na moralidade. Com isso, tem-se a falsa impressão de que assim o mundo será melhor, mais tolerante e respeitoso em relação ao diferente e não convencional.


Pense!

De acordo com as características elencadas da hipermodemidade, você considera o seu país, culturalmente, pós-modemo?


Ponto Importante

Todos os períodos históricos possuem aspectos positivos e negativos, por isso, é preciso saber a melhor maneira de viver em cada momento.


III. NÃO SE AMOLDEM AO MUNDO

1. “Quando os fundamentos se corrompem, o que os justos podem fazer?”. O questionamento do salmista no Salmo 11.3, é o mesmo em que nos encontramos atualmente. Constatamos, sem sombra de dúvidas, que os fundamentos estão sendo transtornados, mas a grande questão é: O que podemos fazer?
2. “Não se amoldem às estruturas deste mundo”. Não tomar a forma ou entrar na fôrma não é necessariamente ser reacionário; implica não aceitar acriticamente o que nos é imposto pelo sistema pecaminoso da sociedade. A recomendação paulina não se encerra na negação e na resistência de amoldar-se às estruturas deste século, mas avança instruindo que devemos transformar-nos pela renovação do entendimento, ou seja, fazer uma manutenção constante em nossa visão de mundo cristã, a fim de conhecer ou distinguir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que é perfeito e o que é agradável a Ele (Rm 12.2).
3. Saber interpretar o tempo. Em 1 Crônicas 12.32, há uma informação interessante sobre a pequena tribo de Issacar: “dos filhos de Issacar, destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos de seus chefes e todos os seus irmãos, que seguiam a sua palavra”. É claro que a habilidade dos descendentes de Issacar a que faz referência o cronista, dizia respeito à capacidade estratégica para guerrear. No entanto, o Senhor Jesus Cristo, ao falar sobre os últimos tempos e censurar a postura hipócrita do povo que sabia distinguir o clima estiado de quando poderia chover, questionou: “Hipócritas, sabeis discernir a face da terra e do céu; como não sabeis, então, discernir este tempo?” (Lc 12.56). Interpretando o tempo e não tomando a forma do sistema pecaminoso em vigência no mundo, podemos continuar cumprindo nossa missão de sermos salda terra e luz do mundo (Mt 5.13,14).


Pense!

É possível conterá marcha evolutiva — ou involutiva — do mundo?


Ponto Importante

O conhecimento da realidade é fundamental, não apenas para quem quer preservar a cultura, mas, sobretudo, para quem pensa em transformá-la.


IV. O CICLO HISTÓRICO DO MUNDO

1. O “encantamento” do mundo. Apesar de parecer simplista, a ideia de divisão histórica pelo âmbito das perspectivas com as quais se enxerga o mundo, é um exercício didático e aceitável. Partindo desse ponto de vista, é possível não apenas dividir a história passada, mas, até mesmo, em termos de ciclo civilizatório, pensar a sociedade de forma futura.
Como se sabe, o mundo antigo fora marcado pela tentativa humana de se explicar a realidade através dos mitos. Tal atitude corresponde com o surgimento da religião, ou do sentimento religioso, entre a humanidade. O mundo era “encantado” e todas as coisas se explicavam através do mito. A filosofia foi uma tentativa de racionalizar a fala a respeito dos mitos, procurando questionar respostas simplistas e oferecendo “explicações” mais elaboradas e menos transcendentais. Falando-se em ocidente, tal postura perdurou até a Idade Média.
2. O “desencantamento” do mundo. Com a descoberta progressiva da física, ou seja, de como funciona o universo, as explicações religiosas são substituídas por explicações lógicas e racionais. No mundo ocidental esse período corresponde à modernidade, chamada por Max Weber de “desencantamento do mundo”.
3. O “reencantamento” do mundo. O próximo estágio só é possível quando se descobre que nem tudo pode ser explicado de forma racional. O ser humano não vive sem mistério e de forma puramente lógica. As coisas mais importantes da vida ainda são inexplicáveis: Quem somos, de onde viemos, para onde vamos? Esse momento, ocidentalmente falando, corresponde à pós-modernidade. Nesta, é possível coexistir fé e razão, ciência e religião.


Pense!

Em qual momento do ciclo histórico você acha que a sociedade encontra-se?


Ponto Importante

A teoria dos ciclos históricos demonstra que é possível experimentar tais momentos de forma concomitante.


CONCLUSÃO

É urgente, para dizer o mínimo, que reconheçamos a necessidade de buscarmos mais a Deus, sua Palavra e o conhecimento do que ocorre à nossa volta para levarmos adiante a obra do Senhor. Em todas as épocas, a Igreja sempre enfrentou dificuldades e jamais desistiu. Que possamos cumprir a nossa parte, pois talvez sejamos a geração da última hora da Igreja na face da terra (Lc 18.8; 1Jo 2.18).

ESTANTE DO PROFESSOR

BERGSTÉN, Euríco. Teologia Sistemática. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2005.
LEBAR, Lois E.
 Educação que é Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.

HORA DA REVISÃO

1. Cite as características dos “tempos trabalhosos” apontadas na lição.
Anulação dos valores cristãos e a perversão religiosa através de um ascetismo que se parece com piedade.

2. A secularização, involuntariamente, foi originada por qual acontecimento?
Iluminismo, Renascença e Reforma Protestante.

3. A cultura pós-cristã é anticristã? Por quê?
Não. Porque a secularização e o pensamento pós-modernista tornaram possível ao mundo saltar de uma época em que era praticamente impossível ser ateu, para outra em que se pode não apenas ser ateu, mas agnóstico, cético, crente, místico, panteísta etc.

4. O que significa não se amoldar ao mundo?
Significa não aceitar acriticamente o que nos é imposto pelo sistema pecaminoso da sociedade.

5. Quais as duas atitudes que a igreja precisa tomar para restabelecer os fundamentos?
Interpretar o tempo e não tomar a forma do sistema pecaminoso em vigência no mundo.

SUBSÍDIO

“Da Cosmovisão Centrada em Deus para a Cosmovisão Centrada no Homem
Duzentos anos depois da Reforma do século XVI, a Europa conheceu o iluminismo. O iluminismo não era contra a religião; apenas declarava que nosso conhecimento de Deus não deveria vir da Bíblia, mas pela luz universal da natureza. Como tais, todas as religiões do mundo eram essencialmente iguais, fundamentadas como estavam na observação natural e na experiência. A Bíblia foi vista como um livro proveitoso, mas não considerada a revelação de um Deus pessoal. A razão humana foi elevada acima da revelação.
O iluminismo foi uma bênção mesclada. Por um lado, enfatizou a liberdade religiosa e a tolerância no melhor sentido da palavra. Dois séculos antes, a Reforma tinha inspirado nova vida espiritual em religiões da Europa. Esta luz. porém, era frequentemente oculta, senão extinta, pelas controvérsias religiosas que se seguiram anos mais tarde. Podemos entender por que as pessoas foram alimentadas com a intolerância da era. Ele deu ênfase muito necessária na liberdade de aprendizagem e na liberdade da consciência.

Infelizmente, o iluminismo também introduziu densas trevas” (LUTZER, Erwin E. Cristo Entre Outros Deuses: Uma defesa da fé cristã numa era de tolerância. 1ª Edição. RJ: CPAD. 2000, pp. 34-35).

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