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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Lições Betel adultos um adorador 4/10/2015 n.1

                                           

                                          ESCOLA DOMINICAL  

                               Conteúdo da Lição 1 

        Revista da Editora Betel - 4º Trimestre de 2015  



Abraão, Um Adorador Por Excelência

4 de outubro de 2015 

Texto Áureo

“E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós”. Gênesis 22.5 

Verdade Aplicada

Abraão provou que seu amor e obediência à Deus estavam acima de tudo. 

Textos de Referência. 

Gênesis 22.1-4

1 E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

2 E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.

3 Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.

4 Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe.

 

Introdução

Deus ordena a Abraão que sacrifique em um altar o seu único e amado filho (Gn 22.2). O patriarca não replica e sai em direção ao monte Moriá, obedecendo, sem restrições, à ordem divina.

 

1. As atitudes de um adorador.

Sacrificar Isaque em Moriá não era uma tarefa fácil para Abraão. Era simplesmente assustador. Todavia, seria no cume daquele monte que receberia a maior revelação de sua vida (Jo 8.51-58). Antes de chegar a Moriá, Abraão segue alguns passos interessantes, que revelam as atitudes do coração de um adorador.

 

1.1. Disposição para atender.

Qual a pessoa que levantaria de madrugada para sacrificar o próprio filho em obediência a Deus? Parece incrível, mas o Senhor pediu exatamente o que havia dado como promessa a Abraão por sua lealdade e obediência. Durante vinte e cinco anos, ele sonhou em ser pai e, quando já era da idade de cem anos, sem qualquer possibilidade humana, Deus interveio na situação e gerou do ventre estéril de Sara o filho da promessa (Gn 12.4; 21.5). Não sabemos se ele dormiu, apenas que levantou de madrugada disposto a atender sem restrições o pedido do Senhor (Gn 22.3).

 

1.2. Disposição para o trabalho.

Abraão tinha empregados, mas não delegou a nenhum deles estas tarefas (Gn 22.3). Existem provações que são somente nossas. São batalhas que não poderemos contar com a participação de ninguém. Existem obstáculos que temos que saltar sem auxílio algum para chegar ao nível que Deus quer. Abraão carregou seu fardo sozinho e somente seu coração sabia o que estava passando. Não é por acaso que o texto omite a pessoa de Sara. Ela, com seu amor de mãe, certamente, o impediria e ele, por sua vez, não alcançaria o testemunho de fé (Hb 11.17, 18).

 

1.3. Direção para prosseguir.

Abraão saiu para sacrificar seu filho, mas não saiu sem direção (Gn 22.3). Deus não nos pede algo para nos deixar confusos. Abraão está indo em direção ao monte Moriá porque conhece a voz de Deus, está acostumado a ouvi-lo, tem intimidade, se relaciona. Assim como um filho conhece a voz do pai à distância, Abraão segue adiante porque sabe que aquela voz lhe é familiar. Abraão vai chegar a seu destino por dois motivos: primeiro, porque está familiarizado com Deus; segundo, porque quem conhece a voz de Deus jamais andará sem direção, mesmo quando nada faz sentido.

 

2. Chegando ao lugar de destino.

Durante três dias, Abraão caminhou em direção a seu destino e, mesmo com o coração apertado em ter que sacrificar seu próprio filho, ele vê o lugar de longe (Gn 22.4). O terceiro dia é sempre dia de grandes revelações e Abraão estava prestes a presenciar algo marcante em sua vida.

 

2.1. Ele viu de longe o lugar.

Abraão era um homem de visão e, chegando a Moriá, disse algo profético: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn22.5). Existem níveis que poucas pessoas podem alcançar e subir a Moriá é um deles. Moriá é o lugar onde se sacrifica aquilo que mais se ama, aquilo que é único. Deus especificou o que queria no altar: “o único, a quem amas”. Era como se dissesse. “Existe algo entre mim e ti e precisa ser retirado”. Abraão tinha duas opções: ou sacrifica Isaque ou sacrificava o próprio Deus. Como sabia que Deus era a fonte, não temeu em obedecer (Rm 4.18).

 

2.2. O centro da vontade de Deus.

Após três dias de caminhada Abraão chega ao momento crucial de sua vida (Gn 22.9). Ele tem de imolar seu próprio filho. Isaque vê a lenha, o fogo e o cutelo, mas não vê o cordeiro para o holocausto. Isaque sabe que algo não está correto. Ele não é uma criança. Ele conhece os procedimentos do sacrifício. Mas, assim como Abraão confia em Deus, Isaque confia em seu pai. Abraão sabia que deveria matar seu e Isaque sabia que deveria morrer; um deveria sacrificar, outro deveria ser o sacrifício. Estar no centro da vontade de Deus é exatamente isto (Gn 22.6-8).

 

2.3. Disposto a ir até o fim.

É incrível como Deus tem formas magníficas de revelar a nós mesmos o que somos. Ele nos conhece, sabe de nossas limitações e o potencial que temos. Nós é que precisamos nos descobrir. Por isso, Ele nos prova, nos faz sangrar, chegar até as últimas consequências. Então, depois, o Eterno se revela com bondade, amor e grandeza. O patriarca Abraão estava realmente disposto a obedecer (Gn 22.10). Ele tinha consciência de que Deus havia gerado Isaque das entranhas do nada, apenas pelo poder de Sua Palavra. O escritor aos Hebreus afirma que Abraão considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar (Hb 11.18). Abraão não creu porque alguém disse algo a respeito de Deus. Ele creu em deus porque o conhecia.

 

3. Deus proverá o cordeiro.

Moriá é o lugar onde Deus se revela com intensidade a Abraão, onde lhe renova as promessas e o torna exemplo de fé para todas as gerações. Em Moriá, Abraão avistou dois cordeiros: o que substituiu Isaque e o que substituiu a humanidade.

 

3.1. A revelação de Cristo vivo.

Na hora do sacrifício, Abraão é impedido por um anjo. No entanto, não é um anjo comum. É o próprio Senhor Jesus que se revela para ele, antes mesmo de ser gerado no ventre de Maria. Em Gênesis 22.1, 2, é o Senhor que ordena a Abraão que sacrifique Isaque em Moriá. Mas, em Gênesis 22.12, o anjo que impede Abraão diz a seguinte frase: “Não estenda a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho”. Observe atentamente a expressão “não me negaste”. A confirmação dessa revelação aparece em João 8.56-58, quando o próprio Jesus afirma que Abraão viu o Seu dia e se alegrou. Em outras palavras, Abraão teve o privilégio de ver o Cristo antes que a humanidade pudesse ver.

 

3.2. A porta dos inimigos.

Após revelar-se a Abraão, o Senhor lhe diz que, por sua obediência, lhe abençoaria de tal forma que a sua descendência possuiria “a porta dos seus inimigos” (Gn 22.16, 17). Fomos abençoados através de Abraão e não com uma medida de benção qualquer, mas, como descendência dele, o Senhor nos conferiu o dom de conquistar. A expressão “possuir a porta dos inimigos” fala de grandes conquistas, de posse e de prosperidade em todas as áreas de nossa vida.

 

3.3. Adorando a Deus.

A primeira menção da palavra “adorar” na Bíblia aparece exatamente no capítulo 22 do livro de Gênesis. Tal referência nos indica que o ato de adorar envolve três fatores: sacrifício, renúncia e obediência. Isaque representa toda a barreira que nos impede de contemplar o Senhor com exclusividade. Com Isaque em nosso coração, Deus fica em segundo plano. É extremamente importante compreender que o nosso Deus não aceita ninguém como rival (Mt 6.24). Por isso, devemos levar nosso Isaque a Moriá e entrega-lo a Deus. O nome Moriá vem da palavra “Morá”, que em hebraico, significa “temor”. Desta montanha, o temor de Deus percorreu a terra toda. Outra versão diz que vem de “ora”, que quer dizer luz. Curiosamente, esse é o mesmo lugar onde Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, teve um encontro com Deus quando fugia de Esaú (Gn 28.19).

 

Conclusão.


Matar seu filho com as próprias mãos obrigava o patriarca a matá-lo primeiro em seu coração (Jo 12.24). Jamais venceremos o externo se o interno não for realmente tratado. Deus não trabalha com aparência, mas sim com transformação e esta começa no interior do coração de cada ser humano.

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