ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 10
Revista da
Editora Betel
O Milagre da Liberdade de Pedro
06 de setembro de 2015
Texto Áureo.
“E Pedro, tornando a si, disse: Agora sei
verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes,
e de tudo o que o povo dos judeus esperava”. Atos 12.11.
Verdade aplicada.
A oração é a chave que nos dá acesso aos
compartimentos mais secretos do projeto divino. Ela pode nos revelar o como, o
quando e a maneira menos cansativa para a vitória.
Textos de Referência.
Atos 12.1-5
1 E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as
mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
2 E matou à espada Tiago, irmão de João.
3 E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou,
mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos.
4 E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão,
entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo
apresentá-lo ao povo depois da páscoa.
5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja
fazia contínua oração por ele a Deus.
Introdução
Era um tempo de perseguição a todos aqueles que
professassem o nome de Jesus. No entanto, a Igreja tinha uma arma poderosa: a
oração. Através dela, Pedro foi salvo da prisão de forma sobrenatural e
miraculosa.
1. A perseguição e a prisão de Pedro.
A perseguição tinha como finalidade pôr fim ao
cristianismo. Para agradar aos romanos e alcançar o favor dos líderes judeus, o
rei Herodes usou a estratégia de acabar com os líderes, acreditando que a morte
dos pastores dissiparia o rebanho (At 12.1-3).
1.1. Herodes, o perseguidor.
O rei Herodes Agripa I reinou na Palestina por ordem
do imperador Claudio, devido a serviços prestados aos romanos. Esse homem
perverso era neto de Herodes, o Grande, que havia mandado matar as crianças de
Belém, e sobrinho de Herodes Antipas, que havia ordenado a decapitação de João
Batista (Mt 2.13-8; Mc 6.14-29). Herodes pertencia a uma família dada a
intrigas e assassinatos, desprezada pelos judeus que não aceitavam a ideia de
serem governados por edomitas. Como era um político habilidoso, logo descobriu
a maneira fácil e barata de obter popularidade nacional: exterminar os líderes
cristãos. Ele fora informado que os cristãos eram considerados uma seita
fanática, apóstata, perigosa e sem possibilidade de ser recuperada para o
judaísmo. E para demonstrar zelo pela religião judaica, mandou executar Tiago e
encarcerou a Pedro, para mata-lo em seguida.
1.2. Dormindo na prisão.
Pedro tinha noção do risco que corria. Ele sabia que
Tiago já havia sido morto e era o próximo. Mesmo assim, antes de dormir, tirou
as sandálias, a capa e se preparou para uma boa noite de sono. Será que
conseguiríamos dormir diante da possibilidade de sermos executados no dia
seguinte? O fato é que Pedro dormiu e o sono foi tão tranquilo que o anjo teve
que despertá-lo (At 12.6.7; Sl 4.8). Mesmo na prisão, Pedro entregou toda a
situação ao Senhor e Deus lhe deu paz e descanso. Talvez, sua paz se originasse
de saber que a Igreja fazia contínua oração a Deus por sua vida. Assim, mesmo
não sabendo como ou quando Deus o livraria, sabia que o livramento estava a
caminho (At 12.5).
1.3. A morte de Tiago e a prisão de Pedro.
Pedro e Tiago eram homens dedicados e ao mesmo tempo
importantíssimos para a Igreja. Mas, em Sua vontade soberana, o Senhor resolveu
recolher Tiago e prosseguir com Pedro. Estava se cumprindo o que pediram a Deus
em oração após a segunda perseguição (At 4.29, 30). Herodes estendeu sua mão
para destruir a Igreja e Deus estava estendendo Sua mão para realizar sinais e
prodígios, a fim de glorificar Seu Filho. Deus permitiu que Herodes matasse
Tiago, mas o impediu de fazer mal a Pedro, mostrando que era o trono celeste
que estava no controle e não o governante da Terra.
2. A oração que produz o sobrenatural.
Certamente, a situação de Pedro parecia sem
esperança no âmbito natural. Ele estava acorrentado entre dois soldados do lado
de dentro e do lado de fora havia dezesseis soldados que guardavam a prisão.
Herodes fechou todas as possibilidades humanas, só não contava com a divina,
que foi movida pela contínua oração da Igreja (At 12.5).
2.1. A oração e sua eficácia.
O exercício que Jesus mais praticou quando estava
entre os homens foi a oração. Ela é a comunicação direta com o Pai, tanto no
sentido de comunhão, quanto das instrução, revelação, direcionamento, governo e
intervenções poderosas de Deus (Mt 21.22; Fp 4.6; 1Jo 1.15; Jo 14.3). Jesus
tinha por hábito orar à tarde, à noite e sempre pela manhã atuava com grande
poder. Ele ensinou que a oração pode tudo (Mt 11.24). A igreja do primeiro
século era alicerçada na oração e, conhecendo a maldade de Herodes, buscou em
Deus um milagre (At 2.42). O pregador puritano Thomas Watson disse certa vez
“Não devemos jamais subestimar o poder de uma igreja que ora!” O anjo chamou
Pedro na prisão, mas foi a oração que foi buscar o anjo.
2.2. Uma luz vinda dos céus.
Deus enviou o livramento, mas o que provocou tal
visitação? A intercessão da Igreja (At 12.5). Mesmo com toda a precaução tomada
por Herodes, Deus prova que está no comando e, quando é acionado, envia sempre
em defesa dos Seus o melhor que possui (At 12.7ª). O cárcere representa o poder
das trevas, que amarra a vida humana tornando-a impotente. O poder de Deus é a
luz que penetra nas trevas e liberta os encarcerados (Sl 146.7, 8; Is 61.1; Lc
4.18, 19).
2.3. O toque da liberdade.
Uma noite antes da sentença e da execução, Perro é
visitado milagrosamente por um anjo (At 12.7). Antes de despertá-lo, o anjo
toca Pedro na ilharga e ele foi liberto das cadeias. Logo em seguida, foi posto
de pé para sair daquele cárcere. O milagre foi tão espetacular que Pedro se
tornou invisível aos olhos de toda a guarnição. Tanto a de dentro quanto a de
fora (At 12.9, 10). Pedro foi despertado, liberto e posto de pé. Como Pedro,
muitos dormem algemados e precisam de um toque que desperte e liberte suas
vidas.
3. Portas que se abrem.
“Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja
fazia contínua oração por ele a Deus” (At 12.5). Esse pequeno e simples
advérbio “mas” muda tudo. Significa que, se estamos em ação, Deus muda o
quadro. Enquanto o inimigo se preparava para o golpe final, o Senhor se revelou
e mudou a situação.
3.1. Vem e segue-me.
Para muitos. Pedro estava Preso; para Deus, ele
estava guardado (At 12.5). O anjo fez tudo de modo a revelar que Deus domina as
circunstâncias. Mandou Pedro se revestir, sem esquecer nenhuma peça de roupa
necessária para atravessar a cidade e à noite. Os soldados não eram problema,
tudo estava sob controle. Os planos e propósitos de Deus são tão firmes e
seguros que não há correria! Nada de preocupação para a vida espiritual de quem
está dentro de Seus planos. Pedro passou por três portões e o terceiro era de
ferro (At 12.10). Não são poucas as portas de ferro postas pelo inimigo para
nos impedir a libertação. Mas quando o Senhor está à nossa frente, elas se abrem
naturalmente.
3.2. Pedro está às portas.
Deus faz o impossível, nos abre as primeiras portas
(At 12.13-16). Mas algumas, nós mesmos temos que abrir. E por que faz isso? Ele
sabe que mesmo com as nossas mais fervorosas orações ainda podemos ter um
cantinho de incredulidade no coração. Parece incrível que aquele povo que orava
pela libertação de Pedro não cresse que estava às portas.
3.3. Tudo é possível ao que crê.
É interessante como podemos não estar preparados
para receber o que pedimos a Deus em oração (Mt 21.22). Aqueles fiéis irmãos
não estavam abertos ao que Deus poderia fazer (At 12.12-16). Quando finalmente
abriram a porta, aqueles santos que oravam ficaram espantados e se maravilharam
diante da gloriosa libertação de Pedro, que não teria ocorrido a menos que eles
agissem baseados no que acreditavam acontecer. Em cada uma de nossas
comunidades, asa pessoas estão batendo à porta. Elas esperam encontrar uma
Igreja convicta de que Deus deseja libertar as pessoas do cárcere de suas
almas. Elas buscam esperança para o desespero, esperam encontrar em nós um
refúgio para suas angústias.
Conclusão
Pedro não era apenas o refém de uma potestade
governamental. Ele foi preso por uma força espiritual que manipulava um homem
poderoso para fins demoníacos. Mas a Igreja fez o seu papel e Deus respondeu de
forma sobrenatural. A oração pode todas as coisas (Mc 9.23).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.