O Milagre do Livramento da Serpente em Paulo
27 de setembro de 2015
Texto Áureo.
“E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides e
pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão”.Atos 28.3.
Verdade Aplicada.
Não existe investida diabólica que não se revele
diante do fogo produzido por Deus ou que possa frear um crente cheio do
espírito Santo.
Textos de referência.
Atos 28.5-8
5 Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não padeceu
nenhum mal.
6 E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair
morto de repente; mas tendo esperado já muito e vendo que nenhum incômodo lhe
sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus.
7 E ali, próximo daquele mesmo lugar, havia umas
herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos
recebeu e hospedou benignamente por três dias.
8 E aconteceu estar de cama enfermo de febres e
disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos
sobre ele, e o curou.
Introdução.
A experiência do naufrágio havia sido extremamente
traumática e descansar era tudo o que aqueles homens precisavam e antes de
prosseguir a viagem. Estava escuro e frio e o apóstolo resolveu acrescentar
lenha na fogueira.
1. Uma víbora em meio ao fogo.
Muito pior do que a situação que vivemos pode ser a
interpretação que as pessoas têm ao nosso respeito. Paulo viajava como um
prisioneiro, já havia sido injustiçado pelos judeus, havia passado por
julgamentos e acusações, encarou uma tremenda tempestade, sobreviveu a mais um
naufrágio e agora uma víbora se agarra à sua mão (At 28.4).
1.1. Com a víbora na mão.
A vida de Paulo passa por uma cadeia de eventos que
parece não terminar. Agora, em Malta, uma víbora se agarra em sua mão (At
28.3). Existem momentos que devemos escolher entre lamentar ou agir, esperar
que a tela da provação se feche ou sacudirmos as mãos. Na interpretação das
pessoas, alguma maldição estava sob a vida de Paulo. Mas ele não se deixou
levar nem pela víbora, nem pela opinião alheia. Existem palavras que nos
paralisam e nessas horas é importante não somente sacudir as mãos, como também
a mente (Rm 12.1, 2). A atitude correta e a esperança (Rm 4.18; Cl 1.23; 1 Ts
5.8). Não importa quantas víboras se prendam à nossa mão, Deus não nos chamou
para sermos consumidos pelas víboras da desesperança e da dúvida, mas para
sacudi-las no fogo.
1.2. Uma víbora fugindo do fogo.
Os bárbaros foram solidários com os sobreviventes do
naufrágio (At 28.2). Por causa do frio e da chuva, eles foram se aquecer diante
da fogueira e Paulo juntou alguns gravetos secos para lançar no fogo já
existente. Então, para fugir do “calor”, a víbora se revelou de onde estava
camuflada (At 28.3). O texto é claro: “o fogo” revelou onde estava a víbora. Se
desejarmos de todo o coração um avivamento em nosso tempo, vamos ficar
surpresos em ver a atuação de Satanás em lugares e vidas aparentemente normais.
O fogo tem como característica iluminar e tudo o que estiver acobertado pelas
trevas há de se declarar (Dn 2.22; 1Co 3.13; Ef 5.13).
1.3. Uma víbora lançada no fogo.
Todos esperavam que Paulo morresse, mas ele de modo
simples sacudiu a víbora na fogueira e agiu como se nada houvesse acontecido
(At 29.4, 5). De repente, viram que Paulo já não era mais uma maldição e
passaram a compará-lo com um “deus” (At 29.6). Em nossa vida, sempre haverá
fases que irão nos marcar e depende de nós deixarmos que as situações nos
afoguem ou nos impulsionem a seguir em frente (Fp 3.12, 13). Estar nas mãos de
Jesus é sempre ir além do essencial (Fp 4.12). Não podemos ser parados pelo que
pensam ou acham de nós. Muitos não entendem como Deus está agindo conosco e
traçam um perfil de acordo com o que veem. Para uns somos malditos, para outros
somos deuses, mas o que importa, na verdade, é o que somos para Deus e o que
Ele é para nós.
2. As declarações do fogo.
Os bárbaros eram politeístas e a “justiça” a quem se
referem estava personificada na deusa “Dike” que segundo suas crenças, intervia
para castigar os malfeitores (At 28.4). Paulo estava dentro do propósito divino
e as circunstâncias lhe criaram possibilidades para atuar em nome do Senhor.
2.1. Entre gravetos secos.
Traçando aqui um paralelo da vida espiritual,
entendemos que estar “seco” é estar sem vida (Ez 37.11; Mc 11.12-14; 20.21).
Observemos que a fogueira já estava acesa e Paulo conduzia gravetos secos para
adicioná-los ao fogo e este aumentar (At 28.2). A víbora entre os gravetos
secos é um símbolo da ação de Satanás numa vida sem frutos e sem comunhão (Pv
30.19). Quando essa vida é levada ao fogo da presença de Deus, o calor do
Espírito Santo gera o incômodo, fazendo com que o inimigo se manifeste e parta
em retirada. A unção que estava sobre a vida de Paulo era mais forte que o
veneno da serpente e assim também acontece com todo aquele que está cheio do
poder do Espírito Santo (Lc 10.19; Mc 16.17; Ef 6.16).
2.2. Víbora agarrada na mão.
O fato de a víbora abocanhar a mão de Paulo nos
ensina como Satanás tenta nos frear, inutilizando nossas ferramentas de
trabalho que, neste caso, eram as mãos de Paulo (2Co 10.4; At 28.3). A mordida
não aconteceu somente pelo fato da víbora fugir do fogo, foi um golpe de
retaliação, um último golpe antes da derrota. Em vários casos de libertação e
batalha espiritual, a retaliação é certa, por isso devemos estar preparados
como Paulo que não se importando com a víbora, de pronto a lançou no fogo, que
é o seu lugar (Mt 25.41; Ap 20.10).
2.3. Maravilhas na ilha de Malta.
Paulo não permitiu que a rejeição e a crítica
frustrassem os projetos de Deus em sua vida. Públio, o chefe da ilha de malta,
era o principal representante romano dessa ilha. Seu pai estava doente e Paulo
teve a oportunidade de exercitar seu dom de curar e levar-lhe o consolo. Após
serem informados acerca do milagre, os demais moradores da ilha que estavam
doentes também vieram e foram curados pelas mãos de Paulo (At 28.9).
3. Avivamento e provisão.
A experiência nos ensina que as grandes provações
são sinais de grandes maravilhas por parte do nosso Deus. Após a batalha com a
víbora, Paulo se torna a esperança daqueles nativos e, como gratidão pela
benção alcançada, eles tanto honraram quanto supriram as necessidades do
apóstolo (At 28.9, 10).
3.1. O vento do Espírito.
O Espírito impulsionou Paulo até Malta e o que para
muitos era uma grande provação, para Deus era uma oportunidade de atuar com seu
Servo. Paulo jamais chegaria lá se não fosse a força dos ventos contrários (At
27.4). Não estava em seus planos estar em Malta; seu alvo era Roma (At 23.11).
Aquela víbora não mordeu outra pessoa a não ser Paulo, foi9 sua ação que a
revelou e por causa desse incidente se desencadeou um avivamento e a
glorificação do nome de Jesus.
3.2. A provisão divina.
Adquirimos credibilidade quando nos conectamos com
indivíduos e mostramos um genuíno interesse em ajuda-los. Ao tocar os corações
das pessoas daquela ilha, Paulo e toda tripulação foram providos de suas
necessidades (At 28.10). Olhe para suas mãos! Sacuda as mãos. O que tens nas
mãos? Nada, porque a tempestade arrebatou. Sacuda as mãos esteja pronto para
ver o que Deus estará pondo sobre elas. Mais importante que mãos cheias, é ver
como Deus pode usar essas mãos vazias e com cicatrizes para curar os enfermos,
fazer milagres e abraçar aqueles que necessitam de esperança (Rm 4.18).
3.3. O propósito do poder sobrenatural de Deus.
No momento em que as pessoas viram a víbora agarrada
à mão de Paulo, elas tiraram suas próprias conclusões, interpretando de forma
errônea aquela situação. Se nesse exato momento Paulo estivesse cônscio de sua
missão e firme na fé, os comentários poderiam alterar sua situação. Por que
Paulo sacudiu a víbora no fogo? Porque sabia em quem podia confiar. Quando
confiamos em Deus e nos mantemos fiéis à sua Palavra, Ele transforma a vergonha
em honra e escassez em abundância (Is 61.3; At 28.10).
Conclusão.
Nada nos acontecerá até que Deus faça conosco o que
determinou fazer. O que vai motivar isso é nossa atitude diante de cada nova
etapa com a qual nos depararmos. Vamos sacudir as mãos, lançar a víbora no fogo
e caminhar com firmeza até a próxima fase de nossas vidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.