ESCOLA DOMINICAL
Conteúdo da Lição 11 - Revista da
Editora Betel
O Milagre da Ressurreição de Dorcas
13 de setembro de 2015
Texto Áureo.
“Pedro atendeu e foi com eles. Tendo chegado,
conduziram-no para o cenáculo; e todas as viúvas o cercaram, chorando e
mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas”.
Atos 9.39
Verdade aplicada.
Dorcas era tão útil e importante que seus irmãos de
fé não puderam suportar a sua morte. Por isto, Deus permitiu o retorno à vida
de Dorcas.
Texto de referência.
Atos 9.36, 37, 40, 41.
36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita,
que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que
fazia.
37 E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela,
morreu; e, tendo-a lavado,a depositaram num quarto alto.
40 Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de
joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela
abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se.
41 E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os
santos e as viúvas, apresentou-lha viva.
Introdução.
A ajuda prestada a outros mostra que a Palavra de
Deus está na vida do servo de Deus. O cuidado com as necessidades diárias das
pessoas prepara o solo do coração delas para que a Palavra de Deus crie raízes.
1. Dorcas, a notável discípula.
Dorcas era fervorosa e abnegada. Para ela, tudo era
fácil. Ela não contava o tempo, nem media esforços. Não barganhava com a s
pessoas, nem com Deus. O que ela tinha não era absolutamente dela e sentia um
prazer tremendo em ajudar os outros, em deixar os outros felizes.
1.1. O reflexo da vida abundante.
Dorcas era uma pessoa que procurava sempre elevar o
espírito e o ânimo daqueles que a rodeavam. Ela sabia como suprir as
necessidades de cada um. Era extremamente caprichosa e tudo quanto fazia refletia
sua beleza interior. Para Dorcas, ser cristã era uma aventura nova a cada dia.
Na verdade, ela não era assim antes de sua conversão. Foi Jesus que implantou
nela essa vida abundante e, todos aqueles que conviviam com ela, podiam beber
dessa fonte de água viva que fluía do seu interior. Ela era verdadeiramente a
mulher virtuosa (Pv 31.10). Ela era uma discípula notável. Onde Dorcas colocava
as mãos, ficavam as marcas de sua graça e beleza interior.
1.2. Uma discípula de Jesus.
Em Atos 9.36 a Bíblia diz que Dorcas era uma
“discípula” – uma pessoa da Igreja que se dedicava a aprender e viver os
ensinamentos de Jesus Cristo. Após sua morte, um grupo de discípulos teve a
ideia de mandar chamar o apóstolo Pedro que estava em Lida, cidade vizinha a
Jope, cerca de 14 Km de distância (At 9.38). No decorrer do texto, os
discípulos são chamados de “os santos” – separados para Deus (At 9.41). Assim,
Dorcas era uma discípula de Jesus, fazia parte de uma comunidade de santos e
tinha o testemunho de todos, especialmente de um grupo de viúvas, do quão
bondosa e prestativa ela era.
1.3. Um exemplo de vida.
Dorcas é um exemplo na Bíblia de como devemos viver
nossas vidas. A Palavra de Deus afirma que há pessoas de quem “o mundo não é
digno” (Hb 11.38). Ou seja, gente especial, útil, que dignifica a existência
humana. Prova disto é que a igreja em Jope decidiu buscar em Deus algo até
então inédito: a ressurreição da discípula morta. Inédito porque, desde que
Jesus fora para o céu, este milagre ainda não havia acontecido.
2. Dorcas, o exemplo de fé e obras.
O cristão não pode viver uma vida de fachada. O
cristão deve incluir em sua conduta de vida a oração, a Palavra de Deus, as
boas obras e a fé. É preciso entender que o exercício da fé deve ser
demonstrado com obras para ser genuíno (Tg 2.21, 22). A irmã Dorcas nos deixou
essa excelente lição: uma vida de fé cheia de boas obras (Tt 2.14).
2.1. A prática de boas ações.
É bem certo que Dorcas ajudava muito as pessoas que
precisavam dela e doou bastante de si mesmo. Havia muitas viúvas que não tinham
agasalhos e roupas e Dorcas recolhia os tecidos e fazia túnicas ou vestidos
para elas. Dorcas também ajudava os mais pobres, que não podiam comprar nem os
tecidos e fazia roupas para eles. Essa valorosa mulher nos desfia a deixarmos
as teorias a respeito de amar a Deus e amar ao próximo e colocarmos em prática
o cuidado pelas pessoas.
2.2. O desafio da generosidade.
Aprendemos com esta passagem bíblica que Dorcas era
uma serva que ajudava financeiramente os mais pobres. Ela expressava sua
piedade e amor ao Senhor cuidando dos mais necessitados. Muitas pessoas
ganharam de presente de Dorcas as roupas de que precisavam e gostavam muito
dela. Dorcas amava ao Senhor Jesus e fazia tudo com amor e boa vontade. A lição
que podemos extrair da vida desta abnegada mulher é que, sempre que fazemos
alguma coisa, devemos fazer com amor, porque fazemos para o Senhor. Essa
generosa serva do Senhor nos desfia a amarmos mais a Deus e as pessoas do que
ao dinheiro ou aos bens materiais (Mt 6.33).
2.3. O progresso do Reino de Deus.
O mundo já se esqueceu de muitas coisas que
aconteceram, mas as obras de Dorcas sempre serão lembradas, pois são citadas na
Palavra de Deus (1Jo 2.17). A ferramenta de Dorcas era uma agulha com a qual
trabalhava para vestir os pobres. A discípula que pregava o evangelho com a
agulha era Dorcas e fazia isto porque amava Jesus e amava os pobres. A nossa
pregação somente por meio de palavras pouco vale. Se amamos a Jesus nunca nos
esqueceremos da beneficência (Hb 13.16), principalmente para com os domésticos
da fé (Gl 6.10). Não importa qual seja nosso dom. O que importa é saber
manejá-lo bem, para o progresso do Reino de Deus e não para nosso próprio
interesse. Dorcas usava seu talento com a maior graça. Após sua ressuscitação,
certamente Dorcas voltou a servir às viúvas, aos órfãos e todos que
necessitavam dela. Ela poderia interromper seu ministério, mas seu amor pela
obra de Deus nos permite concluir que ela continuou servindo ao Senhor com
alegria (Sl 100.1).
3. Dorcas, a mulher ressuscitada.
Através da ressuscitação de Dorcas, muitas vidas
foram sacudidas de seu sono interior e se entregaram a Jesus. Aquele lugar de
luto voltou a ser lugar de vida; um lugar de festa. Onde Deus está operando,
torna-se um lugar bom para se viver. Todos querem estar onde o poder de Deus é
sentido.
3.1. Morrer sem deixar saudades.
O capítulo 21 do segundo livro de Crônicas apresenta
para nós a história de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. Este monarca foi
tão maligno e cruel que morreu sem deixar saudades em ninguém (2Cr 21.20). Em
contraste com a história de Jeorão, a virada de Dorcas foi bem diferente. Ela
era discípula, santa e amorosa. Sua morte trouxe profundo pesar à Igreja. Ela
era tão querida e estimada que enviaram emissários até o apóstolo Pedro para
que viesse urgentemente a Jope. Eles criam na ressurreição daquela serva
preciosa. Se havia alguém digno de tal milagre, este alguém era Dorcas.
3.2. O despertamento da fé.
Pedro foi um discípulo aplicado de Jesus. Ele
procedeu exatamente como o Mestre na casa de Jairo (Mt 9.25). O apóstolo pediu
que todos saíssem do quarto, a fim de interceder e exercer a fé no nome de
Jesus. Ele sabia que a incredulidade impede a obra de Deus (Hb 3.12; 4.11).
Para que o milagre seja notório e muitos possam crer no agir de Deus (At 9.42),
a incredulidade precisa ser urgentemente afastada do nosso meio. Somente assim,
o Senhor terá a liberdade de manifestar o Seu poder e a fé de muitos será
despertada (Mt 13.58).
3.3. Compaixão, oração e fé.
Três fatores foram essenciais para que o milagre
ocorresse. Primeiro, o poder da compaixão. Este fez com que Pedro tomasse uma
atitude e assim houve uma reviravolta no episódio. Se Pedro não tivesse se
deixado afetar pela dor daquelas viúvas, Tabita teria sido sepultada. Segundo,
o poder da oração. Por quê? Porque por melhores que sejam nossos desejos, eles
não têm o poder de mudar as coisas. Por isso, Pedro precisava orar. Pedro
mandou que todos saíssem, o sonho era dele e portanto, a luta em oração era
dele. Por último, o agir pela fé. Pedro não orou e ficou esperando desconfiado
para ver o que iria acontecer. Uma vez convicto de que Deus ouvira sua oração,
ele começou a agir, ordenando àquele corpo inerte que se levantasse.
Conclusão.
A Igreja adiou o sepultamento da amada discípula
Dorcas na esperança da intervenção divina. O apóstolo Pedro havia pouco tempo
antes curado o paralítico Enéas e os devotos cristãos esperavam que ele,
através da oração e da fé, restituísse a vida de Dorcas na autoridade do nome
de Jesus.
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