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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Lições CPAD adultos subsidios 3 trim- 2015 n.1 Genesis


                             

                       Lições Bíblicas CPAD
                     Adultos  4º Trimestre de 2015

Título: O começo de todas as coisas — Estudos sobre o livro de Gênesis
Comentarista: Claudionor de Andrade  
Lição 1: Gênesis, o livro da Criação Divina
Data: 4 de Outubro de 2015

TEXTO ÁUREO

No princípio, criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1).

VERDADE PRÁTICA

Sem o livro de Gênesis, as grandes perguntas da vida ainda estariam sem resposta.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Gn 1.1
Deus cria, no princípio, os céus e a terra


Terça — Gn 2.7
A criação do ser humano, obra prima da criação


Quarta — Gn 3.1-7
A Queda do homem e a entrada do pecado no mundo


Quinta — Gn 7.1-12
A maldade humana se multiplica e Deus ordena o dilúvio


Sexta — Gn 12.1-3
Deus chama Abraão e dá início à nação de Israel


Sábado — Gn 45.5
José, o governo da providência divina

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 1.1-10,14,26.

1 — No princípio, criou Deus os céus e a terra.
2 — E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
3 — E disse Deus: Haja luz. E houve luz.
4 — E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
5 — E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã: o dia primeiro.
6 — E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7 — E fez Deus a expansão e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão. E assim foi.
8 — E chamou Deus à expansão Céus; e foi a tarde e a manhã: o dia segundo.
9 — E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca. E assim foi.
10 — E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares. E viu Deus que era bom.
14 — E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
26 — E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.

HINOS SUGERIDOS

216, 526 e 527 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Apresentar um panorama geral do livro de Gênesis.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

·        I. Apresentar o tema, data, autoria e local do livro de Gênesis;
·        II. Conhecer os objetivos do livro de Gênesis;
·        III. Explicar o conteúdo do livro de Gênesis.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Prezado professor, neste último trimestre do ano estudaremos a respeito do livro de Gênesis. O autor deste primeiro livro do Pentateuco é Moisés. Mediante o estudo desse livro respondemos a duas grandes perguntas da humanidade: “Quem criou o universo?” e “De onde viemos?”. Os principais temas do livro de Gênesis, que serão estudados ao longo das lições são: A criação, a Queda, o dilúvio, o recomeço da civilização e a origem da nação de Israel.
O comentarista é o pastor Claudionor de Andrade — autor de diversos livros e Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD.
Que o Deus que tudo criou o abençoe, e que você tenha experiências marcantes mediante o estudo do livro de Gênesis.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Sem o Gênesis, não teríamos condições de responder às grandes perguntas da vida: “Quem fez os céus e a terra?” e “De onde viemos?”. Tendo em vista a sua importância à nossa fé, começaremos a estudar, a partir de agora, essa porção tão querida das Sagradas Escrituras.
Que o Senhor nos ajude a entender a sua obra criadora e os propósitos da sua criação. E que o Espírito Santo nos ilumine com as histórias e doutrinas do livro que, escrito há três mil e quinhentos anos, jamais perdeu a influência e a atualidade.
Estude metodicamente o Gênesis. Destaque as partes que mais lhe tocarem o coração, aplicando-as à sua vida. Você comprovará a eficácia desse livro da Bíblia em seu cotidiano.


PONTO CENTRAL

O livro de Gênesis responde as grandes pergunta da vida: “Quem criou o universo?” e “De onde viemos?”.


I. TEMA, DATA, AUTORIA E LOCAL

Neste tópico, buscaremos algumas informações bibliológicas sobre o primeiro livro da Bíblia Sagrada.
1. Tema. O tema de Gênesis pode ser resumido em seu primeiro versículo: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). O assunto central do livro, portanto, é a origem divina dos céus, da terra, da humanidade e do povo de Israel.
2. Data. A cronologia de que dispomos indica que o Gênesis foi escrito no século 15 antes do nascimento do Salvador. É a obra mais antiga a chegar-nos integralmente às mãos. Dos textos mesopotâmios e egípcios, por exemplo, só nos restam fragmentos confusos e bastante duvidosos. Quanto ao Gênesis, nós o temos em sua integridade.
3. Autoria. As evidências da própria Bíblia indicam que o livro de Gênesis foi escrito por Moisés (Lc 24.44). Inspirado pelo Espírito Santo, ele selecionou as narrativas orais e os registros genealógicos conservados pelos hebreus, redigindo-os como um todo homogêneo, coerente e lógico. Trata-se de um texto confiável e sem contaminação mitológica. Jesus mesmo atestou-lhe a historicidade (Mt 19.4-6; Lc 11.51). Sua inspiração divina é incontestável.
4. Local. O livro de Gênesis foi escrito durante a peregrinação dos filhos de Israel rumo à Terra Prometida, isto é, entre o Egito e o deserto do Sinai (Êx 24.4).


SÍNTESE DO TÓPICO (I)

O tema central do livro de Gênesis se encontra no primeiro capítulo e versículo: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1).


SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, reproduza o esquema abaixo. Para introduzir a aula faça as seguintes indagações: “Quem é o autor do livro de Gênesis?”; “Qual o objetivo do livro?”; “Quais são os principais temas abordados pelo autor?”. Explique que fazer e responder estas perguntas é fundamental para a compreensão de qualquer livro da Bíblia.





II. OBJETIVOS DO GÊNESIS

Todos os livros da Bíblia Sagrada foram escritos com objetivos bem definidos, pois o propósito de Deus sempre foi a redenção plena de Israel e dos gentios (2 Tm 3.16). Na leitura de Gênesis, ressaltamos dois intuitos divinos.
1. Fortalecer a fé da geração do êxodo. Os leitores ou ouvintes imediatos do Gênesis foram a geração dos filhos de Israel que, resgatada do Egito, peregrinava em direção a Canaã. Na redenção dos hebreus, o Espírito Santo usou não somente a doutrina do Único e Verdadeiro Deus, mas também a narrativa da salvação (Êx 3.14-16).
Os israelitas, pois, careciam inteirar-se de uma grande verdade: o mesmo Senhor, que criou todas as coisas e se revelou a Abraão, era poderoso o bastante para introduzi-los na Terra Prometida (Êx 3.17). Eles precisavam saber, igualmente, que a região de Canaã pertencia-lhes por direito, como atestam as várias escrituras de posse registradas em Gênesis (Gn 12.1; 15.18; 17.8; 26.3; 28.13; 50.24).
2. Responder às grandes perguntas da vida. Paulo sabia como empregar as verdades do Gênesis. No Areópago de Atenas, ele deixou bem patente aos filósofos que o Deus Desconhecido, tão venerado pelos gregos, era de fato o Criador de todas as coisas (At 17.19-31). Além de evangelizá-los, o apóstolo respondeu-lhes as grandes perguntas da vida: “Quem fez o Universo?”; “E de onde viemos?”. Até então, eles haviam buscado respostas em seus poetas e filósofos, mas a mitologia é incapaz de satisfazer-nos à sede espiritual.
Na proclamação do Evangelho, faz-se necessária a evocação de três verdades que se acham em Gênesis: 1) Deus criou os céus, a terra e o homem; 2) Em Adão, todos pecamos, tornando-nos réus da morte eterna; 3) Entretanto, Deus providenciou-nos eficaz salvação através da semente da mulher: Jesus Cristo, nosso Salvador.
A leitura do Gênesis nunca se fez tão necessária como nos dias de hoje. Nossas crianças precisam saber quem fez todas as coisas. O que eles veem não é obra do acaso; é criação divina. Se não formos precavidos, doutrinas fúteis, como o evolucionismo, lhes roubarão a fé salvadora.


SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Um dos objetivos de Moisés ao escrever o livro de Gênesis, era fortalecer a fé da geração do êxodo mostrando que Deus é o grande criador dos céus, da Terra e do homem.


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Gênesis leva-nos a retroceder além da história oficial. Pela revelação, desvenda a origem tanto do universo quanto do ser humano. A introdução da mensagem do livro da criação é a seguinte: para entender quem somos de onde viemos, precisamos começar a partir de Deus.
Existem realmente apenas duas maneiras de entender a origem de todas as coisas. Uma pessoa pode ver tudo como resultado de um acaso fortuito operando num universo impessoal ou como obra artesanal de uma pessoa talentosa. Gênesis contundentemente corrobora com a segunda posição. O livro da Bíblia associa a criação do universo a um Deus pessoal. Retrata os seres humanos como incomparáveis, criações especiais desse Deus. Gênesis explica ainda a origem do pecado e do mal, afirma a responsabilidade moral do homem e lança a base para a doutrina da redenção.
O livro de Gênesis registra a história dos hebreus, um povo escolhido por Deus para servir como um canal de bênçãos a todo o mundo. Promessas especiais dadas a Abraão, o grande patriarca, são evidências que Deus tem um propósito permanente para o homem.
Este livro dá subsídios que favorecem o entendimento das Escrituras. A Bíblia inteira fala do contexto definido em Gênesis. Deus é Deus e preocupa-se unicamente com os seres humanos. Ele julgará o pecado. No entanto, coloca em ação um processo capaz de trazer os pecadores de volta ao santo caminho. Em um grande plano para benefício da humanidade, revelado no chamado de Abraão, o Senhor demonstra a maravilha do seu infinito e redentor amor” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia:Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.22).


III. O CONTEÚDO DO GÊNESIS

O livro de Gênesis pode ser dividido em duas grandes seções. Do capítulo um ao 11, temos a História Primitiva, que vai da criação ao recomeço da civilização através de Noé. E, do capítulo 12 ao 50, entramos em contato com o início da História de Israel. Todavia, para efeitos didáticos, adotaremos uma divisão mais analítica.
1. Criação. Em seus dois capítulos iniciais, o autor sagrado mostra como vieram a existir os céus, a terra e a humanidade. Tudo quanto vemos, e também o que não podemos ver, foi criado por Deus (Gn 1-2).
O capítulo dois é dedicado à criação do homem e da mulher e à instituição do casamento. Temos aqui uma história real, e não uma parábola como alegam os incrédulos.
2. A Queda e a degradação humana. Nos capítulos três, quatro e cinco, vemos como o pecado foi introduzido no mundo e as suas terríveis consequências. Em meio a essa tragédia, porém, o Senhor anuncia a redenção da humanidade através da semente da mulher (Gn 3.15).
3. O dilúvio. Devido à degradação da raça humana, o Senhor decreta o fim da primeira civilização. A descendência de Adão, porém, seria preservada por intermédio de Noé (Gn 6-8).
4. O recomeço da civilização. Passado o grande dilúvio, Noé dá início a um novo ciclo civilizatório. A história do recomeço é contada dos capítulos nove a 11 de Gênesis. Dessa forma, o clã noético acaba por gerar nações, línguas e culturas diferentes.
5. A origem da nação de Israel. A partir do capítulo 12 até ao fim do livro, o autor sagrado dedica-se à formação da nação de Israel. A história do povo eleito, no Gênesis, tem início com Abraão e encerra-se com José.


SÍNTESE DO TÓPICO (III)

Podemos encontrar no livro de Gênesis temas como a Criação; Queda e a degradação humana; o dilúvio; o recomeço da civilização e a origem da nação de Israel.


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Sete características principais assinalam Gênesis. (1) Foi o primeiro livro da Bíblia a ser escrito (com possível exceção de Jó) e registra o começo da humanidade, do pecado, do povo hebreu e da redenção. (2) A história contida em Gênesis abrange um período de tempo, maior que o restante da Bíblia, e começa com o primeiro casal humano; dilata-se, abrangendo o mundo antediluviano, e a seguir limita-se à história do povo hebreu, o qual semelhante a uma torrente, conduz à redenção até o final do AT. (3) Gênesis revela que o universo material e a vida na terra são categoricamente obra de Deus, e não um processo independente da natureza. Cinquenta vezes nos capítulos 1-2, Deus é o sujeito de verbos que demonstram o que Ele fez como Criador. (4) Gênesis é o livro das primeiras coisas -a primeira família, o primeiro nascimento, o primeiro pecado, o primeiro homicídio, o primeiro polígamo, os primeiros instrumentos musicais, a primeira promessa de redenção, e assim por diante. (5) O concerto de Deus com Abraão, que começou com a chamada deste (12.1-3), foi formalizado no capítulo 15, e ratificado no capítulo 17, e é da máxima importância em toda a Bíblia. (6) Somente Gênesis explica a origem das doze tribos de Israel. (7) Revela como os descendentes de Abraão, por fim, se fixam no Egito (durante 430 anos) e assim preparam o caminho para o êxodo, o evento central do Antigo Testamento” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1991, p.29).


CONCLUSÃO

Veja como são contrastantes o primeiro e o último versículo de Gênesis. Na abertura do livro, um toque de indescritível alegria: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). No último, uma nota de condolências: “E morreu José da idade de cento e dez anos; e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egito” (Gn 50.26).
Apesar do luto que encerra o Gênesis, todos, judeus e gentios, somos chamados a herdar a vida eterna. Foi o que o Senhor prometeu a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa é disponibilizada aos que creem em Jesus e receberam o perdão de seus pecados.

PARA REFLETIR

A respeito do livro de Gênesis:

Quem escreveu o Gênesis?
As evidências da própria Bíblia indicam que o livro de Gênesis foi escrito por Moisés (Lc 24.44).

Quais foram os leitores imediatos do Gênesis?
Os leitores ou ouvintes imediatos do Gênesis foram a geração dos filhos de Israel.

Discorra sobre os dois principais objetivos do Gênesis.
Os dois principais objetivos do livro de Gênesis são: Fortalecer a fé da geração do êxodo e responder as grandes perguntas da vida.

Qual o conteúdo do livro de Gênesis?
O livro de Gênesis pode ser dividido em duas grandes seções. Do capítulo um ao 11, temos a História Primitiva, que vai da criação ao recomeço da civilização através de Noé. E, do capítulo 12 ao 50, entramos em contato com a História de Israel. Todavia, para efeitos didáticos nossa lição dividiu o conteúdo do livro da seguinte forma: Criação; a Queda e a degradação humana; o dilúvio; o recomeço da civilização.

Por que Gênesis nos é tão importante?
Porque este livro nos mostra que o universo e a humanidade não são obra do acaso; trata-se de criação divina.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Gênesis, o livro da Criação Divina


Como apresentado na tabela acima, o livro de Gênesis se divide em quatro partes principais: (1) a Criação; (2) a narrativa pré-patriarcal; (3) os patriarcas na Palestina; e 4) os patriarcas no Egito. Os 50 capítulos de Gênesis darão conta desse esboço, do desenvolvimento da história do povo de Deus.
Tecnicamente, pode-se dizer que o gênero literário predominante no livro de Gênesis é o da narrativa. As narrativas variam entre antes e depois da Era do Patriarcado na Palestina. Esse gênero literário nos permite perceber que as histórias ali narradas foram elaboradas de maneira a prender a atenção do leitor a ponto de levá-lo ao clímax da história: a saga do povo de Deus rumo à Terra Prometida.
A partir dessa percepção, podemos inferir o propósito do livro de Moisés: contar a maneira e motivo de o Deus de Israel escolher a família de Abraão e fazer uma eterna aliança com ela. Para os cristãos, essa aliança tem uma importância preponderante, pois foi a partir da aliança de Deus com Abraão que Jesus de Nazaré foi feito o Messias prometido: o Messias seria judeu, da família de Davi, descendente direto da casa de Abraão. De modo que também a Igreja de Cristo foi pensada sob a aliança estabelecida entre Deus e Abraão. Por isso, o apóstolo Paulo escreve convictamente: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3.28,29).

Portanto, há razão suficiente para dedicarmo-nos ao estudo do livro de Gênesis. Ele apresenta o início da história da salvação. Em Gênesis, somos convidados a compreender como começou a história do povo de Deus que culminou na revelação de Jesus Cristo, a fim de que hoje fôssemos alcançados pela graça de Deus em Cristo Jesus, o nosso Senhor.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

AUXILIO AS AULAS CRIACIONISMO OU EVOLUCIONISMO?


                            


     
                        CRIACIONISNO ,EVOLUCIONISMO

                   Leitura de Impacto: Criacionismo X Evolucionismo? 


Há uns anos, na fila do bandejão da faculdade, conversava com dois amigos, quando, de repente, fui abordado com a pergunta: “Como você, um homem inteligente, acredita em todas as bobagens sobre a ori­gem da vida escritas na Bíblia?” Um deles, que fazia parte da teologia da libertação, explicou que todas as his­tórias de Gênesis não aconteceram realmente. Eram fábulas que expres­savam princípios espirituais (sic). E eu afirmei simplesmente que acreditava literalmente, mas fiquei sem nenhum argumento para continuar a conver­sa. Porém, será que Deus quer que nossa fé seja tão simples assim – creio porque creio?
Nas escolas aprendemos sobre a Teoria da Evolução das Espécies, pro­posta por Charles Darwin, e sobre a Origem do Universo a partir de uma grande explosão conhecida como o Big Bang. Entretanto, nenhuma das duas teorias até hoje pode ser con­siderada científica, pois não existe a mínima possibilidade de compro­vação de suas suposições. Por que, então, devemos considerá-las como um fato absoluto? É justamente por esse motivo que são chamadas de “teoria” e não “Lei da Evolução” e “Lei da Origem da Vida”.
Uma outra idéia no campo da ciência que vem ganhando destaque é a “Teoria do Planejamento Inteligente (ou Desenho Inteligente)”, que afirma que a vida não poderia ter surgido por acaso, pois sua complexidade e perfeição implicam que houve um Ser Inteligente e pré-existente que plane­jou todas as coisas. Esta teoria não afirma quem é esse Ser (e não diz que esse Criador é o Deus da Bíblia), pois assim deixaria de fazer parte da ciên­cia e entraria no campo da religião. Cientistas sérios (e a maioria deles são ateus, da Rússia e da China) de vários países têm estudado sobre o tema e lançado por terra, a partir de infor­mações arqueológicas, da biologia, química, geologia e outras ciências, tudo aquilo proposto pelos evolucionistas, que tivemos que simplesmente engolir durante nossa vida acadêmica.
Este importante assunto veio novamente à tona quando a gover­nadora Rosinha Mateus, do Estado do Rio de Janeiro, declarou-se criacionista e exigiu a “criação” como tema anual para as aulas de religião na rede pública. O fato foi amplamente documentado pela imprensa nacional, em especial pela Revista Época, edição 314, de 24 de maio de 2004.
“Um dos fatores que muito con­tribuiu para a ascensão evolucionista foi a ignorância dos criacionistas da época (de Darwin) em assun­tos científicos. Muitos criacionistas, hoje, padecem do mesmo mal: eles não desejam ver seus filhos engoli­dos pelo sistema, mas pouco fazem no sentido de estarem preparados para esse desafio. E quem não ajunta, espalha: uma débil resistência só tende a piorar a situação, fortalecen­do ainda mais o avanço do evolu­cionismo” (Prof. Christiano P. da Silva Neto – presidente da Associação Brasi­leira de Pesquisa da Criação).

A Bíblia e os Criacionistas não são contra a ciência e nem contes­tam os métodos científicos. São con­tra as teorias de Darwin e seu livro “A Origem das Espécies”, que pode fascinar pelo estilo, mas que é mais relacionado com Filosofia (devido às especulações, suposições e extra­polações) do que com Ciência (pois parte de pressupostos impossíveis de demonstração). Por isso “o sucesso de Darwin não está na força de sua argumentação científica, mas no res­ponder perfeitamente às exigências de seus compatriotas, então cheios de si e desejosos de uma liberdade que os desvinculasse dos ditames bíblicos” (Fernando de Angelis, escritor e professor de Ciências Naturais e Geografia na Itália).
A versão apresentada pela Ciência e ensinada nas escolas em todos os níveis, sobre a origem do Universo, do planeta Terra e da vida sobre a Terra, entra em choque direto com a narrativa da Bíblia, tal como está nos primeiros capítulos de Gênesis. Há duas posições extremas nesse assunto: os que fazem uma interpretação literal do texto bíblico e defendem que só o que a Bíblia afirma pode ser verdade. E os que acham que tudo que a Bíblia diz está errado, já que a Ciência “provou”, através da teoria da evolução, que os fatos ali registrados não ocorreram, e que o surgimento da vida, do homem e dos animais se deveu a fatores físicos e naturais.
No meio desses extremos, há os que buscam conciliar a ciência e as Escrituras, afirmando que a Bíblia diz O QUE ocorreu e a ciência explica COMO ocorreu. Assim, a teoria do big-bang, que explica o surgimento do Universo a partir de uma imensa explosão, mostraria como ocorreu a criação do mundo por Deus.
Na verdade, sobre essa “divinização” da ciência, caberia perguntar: os cientistas são mesmo pessoas objetivas, dedicadas à busca sincera da verdade, isentas das táticas enganosas de torcer conclusões, omitir evidências e fechar os olhos para fatos que poderiam desmentir suas teorias favoritas? As teorias científicas são necessariamente isentas de erro e inquestionáveis? Ou existe algo de falso permeando as mentes dos grandes pesquisadores e pensadores do passado e do presente?
O cientista brasileiro Adauto J. B. Lourenço, com mestrado em Física, na área de matéria condensada, pela Clemson University, na Carolina do Sul, EUA, e pesquisador da FAPESP, é membro da American Physics Society e da Sigma-Pi-Sigma Society of Physics. Há cinco anos, realiza seminários, palestras e cursos sobre Criacionismo, Desenho Inteligente, Ensino de Criacionismo nas Escolas Públicas, Clonagem e outros assuntos para universitários, igrejas, professores de ensino fundamental e secundário e outros. Eis sua opinião sobre a controvérsia, nesta entrevista exclusiva para Impacto.
Muitas pessoas acreditam que Charles Darwin utilizou o método científico para apresentar a Teoria Evolucionista e que, por essa razão, os cientistas, educadores e intelectuais em geral não devem considerar a história da criação do homem conforme está na Bíblia. Há mesmo uma base científica sólida para o evolucionismo?
Esta percepção errônea precisa ser esclarecida. Darwin, embora fosse meticuloso no seu trabalho, não utilizou um método científico para apresentar a Teoria da Evolução. O método científico apóia-se na observação, isto é, procura duplicar os processos da natureza através de experimentos que, uma vez demonstrados, podem ser repetidos por qualquer pesquisador. É o oposto do método dogmático, em que uma crença prevalece sempre, por definição. Em seu livro A Origem das Espécies, Darwin desenvolveu uma hipótese com o intuito de fornecer uma explicação plausível para a origem da biodiversidade do nosso planeta. E baseou essa hipótese em sete postulados que não podem ser comprovados experimentalmente, não sendo, portanto, comprováveis pelo método científico.
O Dr. Michael Denton, biólogo molecular, afirma em seu livro Evolução, uma Teoria em Crise (Evolution: A Theory in Crisis), que desde o lançamento da Teoria da Evolução, em 1859, até hoje, não houve uma única descoberta empírica ou avanço científico que validasse as duas premissas em que a mesma se fundamenta:  (1) existe uma seqüência contínua entre todas as formas de vida, da mais simples até a mais complexa, que demonstra como tudo evoluiu a partir de um único ser vivo primordial; e (2) a vida e toda sua diversidade resultaram de processos cegos e aleatórios sem qualquer planejamento ou inteligência superior. Assim sendo, a Teoria da Evolução é questionável justamente na sua base. Aceitá-la como provada implica dizer que hipóteses sem evidências concretas podem ser consideradas verdades indiscutíveis. Ensiná-la como a única alternativa é propor um dogma, o que se opõe frontalmente ao caráter científico.
A teoria do Desenho Inteligente, ou Design Inteligente (Intelligent Design, em inglês), também conhecida como Criacionismo, apresenta-se como uma alternativa à Teoria da Evolução. É uma teoria que merece ser considerada?
Essa teoria tem como premissa básica que certas características do universo e dos seres vivos encontram melhor explicação em uma causa inteligente do que em um processo aleatório, como no caso da seleção natural. É defendida por muitos cientistas renomados, mas vem sendo muito mal interpretada pela falta de conhecimento dos que se opõem a ela. Muitos julgam que o Criacionismo é uma proposta religiosa ingênua, que tenta dar uma resposta simplista a um problema complexo. Mas, ao contrário, o Criacionismo tem uma proposta clara e explicitamente científica. De acordo com Michael Denton, a inferência do planejamento (Teoria da Criação) é uma indução a posteriori, baseada numa aplicação inexoravelmente consistente da lógica e da analogia. Para ele, a conclusão pode ter implicações religiosas, mas não depende de pressuposições religiosas. Essa última frase esclarece toda a questão.
Na verdade, tanto criacionistas quanto evolucionistas reconhecem a existência de um desenho (design, ou planejamento) na natureza. Francis Crick, em seu livro What Mad Pursuit, afirma que: “os biólogos devem constantemente ter em mente que o que eles vêem não tem design intencional, mas evoluiu”. E Richard Dawkins, em O Relojoeiro Cego, mostra que “a Biologia é o estudo de coisas complexas que dão a impressão de ter um design intencional”. A questão não é se o design existe ou não, mas se foi ou não intencional.
O que se pode concluir dessa afirmativa?
Este é o ponto da discussão científica. Aqui se encontra a fraqueza e a incoerência do Evolucionismo contra a força e a coerência do Criacionismo.
A proposta de que todo o universo, a vida e tudo o que existe são resultados da criação por uma inteligência superior é tão evidente que o matemático e astrônomo inglês Dr. Fred Hoyle, que juntamente com a Dra. Chandra Wickramasinghe, do Centro de Astrobiologia do País de Gales, elaborou a teoria do steady-state do universo, comentando sobre a teoria do Criacionismo, afirmou: “… tal teoria é tão óbvia que ficamos imaginando por que não é largamente aceita como auto-evidente. As razões são mais psicológicas do que científicas”
O Criacionismo, portanto, é a ciência que estuda a origem do universo e da vida e, baseado na grande quantidade de evidências, propõe que tudo foi criado. Como ciência, não está interessado em estudar o Criador, mas somente a criação. A ciência criacionista conta com muitos adeptos no mundo todo. Só nos Estados Unidos, mais de 300 pesquisadores com Ph.D. estão envolvidos com o Criacionismo. Sem dúvida, o número é expressivo. É importante deixar claro que a grande maioria dos criacionistas não é evangélica, não crê na Bíblia e não está afiliada a nenhum grupo religioso.
Discute-se essa questão nos meios científicos brasileiros?
Aqui no Brasil, temos vários grupos envolvidos com o Criacionismo. Um deles é a Sociedade Criacionista Brasileira, com sede em Brasília. Dr. Ruy Vieira, ex-professor da USP e fundador da Academia de Ciências de São Paulo, é o atual presidente. Também existem sociedades criacionistas em países como Austrália, Alemanha, Espanha, Turquia, Itália, Canadá e Estados Unidos.
O que os criacionistas conseguiram desenvolver até o presente?
Os criacionistas trabalham e desenvolvem pesquisas em muitas áreas para confirmar o posicionamento e a validade da Teoria da Criação. Podemos citar, entre outros, os estudos sobre a datação dos fósseis com carbono-14 por meio da espectrometria de aceleração de massa. Esses estudos comprovam uma terra jovem e a realidade de um cataclismo mundial que deu origem aos fósseis. Também os estudos do mtDNA (DNA mitocondrial) comprovam a origem da raça humana a partir de uma única mulher. E os estudos dos três estágios de formação de supernovas comprovam que a nossa galáxia não possui nem ao menos cem mil anos.
Hoje em dia fala-se muito em Código Genético. Há estudos dos criacionistas nessa área também?
Há vários, e um dos mais fascinantes é o que mostra, a partir de pesquisas com o DNA (ácido desoxirribonucléico), como o código genético é uma das evidências mais marcantes da necessidade de uma inteligência superior. Dentro da ciência da informação, um dos teoremas principais afirma que: “um sistema de códigos é sempre o resultado de um processo mental, isto é, requer uma origem inteligente ou um inventor”. Outro teorema afirma que: “não existe nenhuma lei da natureza e nenhuma seqüência de eventos conhecidos que possa fazer com que informação possa originar-se por si mesma da matéria”.
O nosso material genético está altamente codificado. A complexidade é tanta que mesmo após dez anos de pesquisas, a ciência teve que reconhecer a sua humilde posição diante de tamanha engenhosidade. Como explicar tal complexidade? O que se evidencia é que sistemas deixados por conta própria tendem a perder complexidade utilizável, e não a ganhá-la. Somente uma criação complexa, completa e diversificada poderia explicar a enorme complexidade do código genético e as suas muitas diferenças exemplificadas nas várias formas de vida.
Por falar em complexidade, veja como o código do pequeno pássaro conhecido como East Siberian golden plover (tarambola-dourada), apresenta um desafio imenso. Como explicar o conhecimento desse pássaro, que migra do Alasca até o Havaí, voando 88 horas sobre o oceano Pacífico, numa formação em delta para economia de “combustível” e refazendo os cálculos de orientação GPS (por não possuir referências visuais para sua orientação), devido a ventos laterais? Como ele sabe o quanto de gordura precisaria ter no seu corpo antes de começar a viagem para ter “combustível” suficiente para chegar lá? Como poderia toda essa complexa informação ter sido fruto apenas de processos cegos e aleatórios? Uma crença em tais processos implicaria uma fé imensamente maior que a própria fé que a Bíblia descreve!
Essa inteligência superior é o Deus de que fala a Bíblia?
Não vejo por que não associar essa Inteligência Superior com o Deus da Bíblia. Creio que a descrição se encaixa muito bem. Quando menciono Deus, falo por mim e não pelos criacionistas de forma geral. Cada um tem a sua fé. Até mesmo o ateu possui uma fé, já que não pode provar empiricamente que Deus não existe. Sendo assim, quando falo para grupos religiosos, procuro mostrar como o Criacionismo é totalmente coerente com o relato bíblico.
Um exemplo é o próprio dilúvio de Gênesis. Esse evento vem sendo estudado e esclarecido pelas pesquisas da equipe do Dr. Walt Brown, e seus resultados podem ser conhecidos pelo site: www.creationscience.com
Toda uma grande quantidade de informação relevante e relacionada com o dilúvio foi trabalhada cientificamente.
Levantaram-se questões como: De onde veio toda a água? Para onde ela teria ido? Que aspectos resultaram de um cataclismo mundial dessa ordem, formando fósseis, produzindo a deriva continental, a crista (dorsal) oceânica, cadeias de montanhas, formações rochosas, estratigrafia, etc.?
O senhor lê muitos livros científicos. Lê também a Bíblia?
Além de pesquisar dentro do Criacionismo, gosto muito do estudo da Bíblia. Acho que é o livro mais fascinante. Não tenho a menor sombra de dúvida de que ela é o que diz ser: a Palavra de Deus, o Criador de todas as coisas. Ela é coerente, consistente e atual. Muitos, por não a conhecerem, fazem um julgamento totalmente errado sobre a sua autenticidade. Um deles, por exemplo, é sobre a afirmação de que a Bíblia fala de uma Terra plana, não esférica. Como o texto bíblico usa expressões como “os quatro cantos da terra” ou “o sol parado”, esses críticos confundem essa linguagem simbólica com erros, o que não é verdade. Para ficar nesses dois exemplos, nós até hoje usamos os quatro pontos cardeais para direcionamento, mas não queremos dizer com isso que a Terra seja quadrada. E quando dizemos que o Sol nasce e que o Sol se põe, não estamos afirmando que o Sol gira em torno da Terra. Assim também, a Bíblia não disse que a Terra é quadrada nem que o Sol gira em torno da Terra.
Quer dizer que as afirmações bíblicas sobre nosso planeta estão corretas?
A Bíblia é coerente ao utilizar como plano de referência o planeta Terra. Há muitas referências bíblicas à redondeza da Terra. Jó, por exemplo, viveu cerca de 2000 anos antes de Cristo, e falava da redondeza da Terra (Jó 26.10). Isaías viveu 700 anos antes de Cristo e também já havia dito a mesma coisa (Is 40.22). O que tenho procurado mostrar é que a Bíblia afirmou isso muito antes de qualquer outra fonte de informação mostrar que a Terra é redonda. Ela também afirmou que a Terra paira sobre o nada (Jó 26.7). Uma proposta de que a Terra seria redonda foi feita pelos gregos Pitágoras, por volta de 530 a.C., e Eratóstenes (que calculou o diâmetro da Terra), em 200 a.C.  Procuro também aqui, nesta questão de Bíblia e ciência, lembrar que existe uma grande diferença entre um fenômeno e um milagre. Os dois podem, até certo ponto, ser explicados cientificamente. Mas com os milagres, geralmente, podemos apenas dizer quais leis da natureza foram quebradas. No caso da evolução, a quantidade de leis que teriam de ser violadas para que tal processo acontecesse é tão grande que se classificaria não como um milagre, mas quase como uma sucessão de milagres.
O Criacionismo é, portanto, uma teoria científica, e não religiosa?
O Criacionismo ou, mais especificamente, a Teoria do Desenho Inteligente, não precisa da Bíblia ou de algum outro livro religioso para se manter em pé. A teoria depende única e exclusivamente da ciência. Entretanto, o que observamos nesse debate Criação versus Evolução é um interesse não saudável, claramente tendencioso, em preservar a Teoria da Evolução a todo o custo. Recentemente, a National Geographic Brasil (novembro de 2004) publicou o seguinte artigo: “Darwin estava errado?”. Este artigo representa, no sentido mais claro, um exemplo de “propaganda” evolucionista. O autor do artigo, David Quammen, estudou na Yale University, mas não tem formação em Biologia. Esse é um fato interessante porque, quando há críticos de Darwin sem formação acadêmica da área, eles são imediatamente desconsiderados pelos editores científicos. Essa é uma atitude encontrada constantemente na literatura de divulgação, sendo muito tendenciosa para o evolucionismo. Mais uma vez, Richard Dawkins, em seu livro O Relojoeiro Cego, afirma: “Se eu estou correto, isso significa que mesmo que não exista qualquer prova factual para a teoria de Darwin, é certamente justificável aceitá-la acima de todas as outras teorias”.
Nota-se, portanto, uma inclinação tendenciosa por parte dos darwinistas?
Uma das coisas que tenho procurado mostrar em palestras e seminários é que o ensino da Teoria da Evolução tem sido “compartimentado”, isto é, ensina-se a origem da vida (Biologia, Genética, Paleontologia) sem verificar se as demais áreas (Geologia, Astronomia, Astrofísica) de conhecimento humano concordam com as propostas feitas, e sem a preocupação se elas entrarão em confronto umas com as outras.
Deixe-me exemplificar. Somos informados que, numa suposta atmosfera ou oceano primitivo, formaram-se aminoácidos que deram origem às primeiras formas básicas de vida no planeta. De aminoácidos para as tais formas básicas de vida, é necessário ocorrerem por vários processos que precisam ser claramente provados como válidos e possíveis. Um deles é justamente a formação de proteínas a partir de aminoácidos. Logo nesse estágio, a evolução encontra dois problemas que não são tratados nos livros. Fala-se do trabalho de Oparin e do modelo pré-biótico de Miller, mas não são mencionados esses dois problemas cruciais, relacionados com a seqüência aminoácido-proteína.
O primeiro é que proteínas, em processos naturais e espontâneos, desfazem-se em aminoácidos, e não o contrário (aminoácidos formando proteínas). Essa informação vem da Bioquímica nos estudos da Biologia molecular. Essa “caixa” geralmente não é aberta na aula de Biologia. O segundo é que aminoácidos não se recombinam na presença de oxigênio para formar proteínas. Nesse ponto, os alunos são informados que a atmosfera primitiva do planeta não possuía oxigênio, contrário ao que a Geologia nos mostra. As rochas do período pré-cambriano (aquelas que, segundo a evolução, precederam o aparecimento da vida) possuem óxido de ferro na sua estrutura, o que implica diretamente em oxigênio na atmosfera. Essa caixa também não é aberta nas aulas de Biologia. É o que eu chamo de “caixinhas fechadas”. Fala-se apenas o que é favorável.
Esse tipo de comportamento é altamente prejudicial para o avanço da ciência. Para se ensinar uma afirmação que algo aconteceu, primeiramente tem-se que demonstrar que o tal processo é possível e que não existem evidências apontando na direção contrária.
Por que muitos cristãos evitam essa discussão, como se tivessem medo de ser contestados?
Muitos cristãos, consciente ou inconscientemente, adotam uma atitude de inferioridade diante dos intelectuais que zombam dos relatos bíblicos, como sendo fábulas, histórias infundadas, sem qualquer relevância para as pessoas instruídas e desenvolvidas da nossa geração. Não precisamos pensar assim. A Teoria da Evolução possui muito mais incoerência e requer muito mais “fé” diante da ausência de provas verdadeiras do que a história bíblica da criação. Precisamos entender a “operação do erro” e a verdadeira razão que está por trás do predomínio da mentira nas mentes da humanidade. Procuro sempre pensar que, na minha vida, como pesquisador na ciência e estudioso da Palavra de Deus, existe uma grande coerência e consistência.
Não estou sozinho nesse pensamento. O próprio James P. Joule, um dos fundadores da ciência da Termodinâmica, disse: “O próximo passo, após o conhecimento e a obediência à vontade de Deus, deve ser conhecer algo sobre os seus atributos de sabedoria, poder e bondade manifestos nas obras das suas mãos”.
Adauto Lourenço reside em Limeira,SP, junto com sua esposa e três filhas, onde participam ativamente da Igreja Presbiteriana.
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VERDADES SOBRE A MENTIRA
 “Por meio de uma mentira, o homem anula sua dignidade como homem”
(Immanuel Kant, 1724-1804, filósofo alemão).
“O maior inimigo da verdade, muitas vezes, não é a mentira, deliberada, tramada e desonesta, mas o mito, persistente, persuasivo e fantasioso”
(John F. Kennedy, 1917-1963, presidente dos Estados Unidos de 1961 a1963).
“Não é porque a verdade é difícil de ser percebida que cometemos erros… Cometemos erros porque o caminho mais fácil e confortável para nós é procurar percepção no lugar onde ela se harmoniza com nossas emoções – especialmente as emoções egoístas” (Aleksander Solzhenitsyn, autor e pensador russo).
“Hipocrisia em qualquer coisa que seja pode enganar a pessoa mais esperta e apercebida, mas a criança menos atenta consegue reconhecê-la e se revoltar com ela, por mais engenhoso que seja seu disfarce”
(Leon Tolstoy, 1828-1910, autor russo).

“Contamos mentiras quando estamos com medo… medo do que não sabemos, medo do que os outros vão pensar, medo do que será descoberto a nosso respeito. Mas cada vez que mentimos, aquilo que tememos se torna mais forte”
(Tad Williams, autor norte-americano).