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sábado, 18 de novembro de 2017

Subsidio juvenis missões urbanas (9)


SUBSIDIO JUVENIS MISSÕES URBANAS (9)  A EVANGELIZAÇÃO URBANA E A TRANSCULTURAL


 A Igreja não foi edificada por Cristo para construir escolas, fundar hospitais ou assumir cargos políticos, por mais dignas que sejam tais realizações, mas para cumprir com o mandato de “ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). Quando os crentes prescindem da evangelização, não resta mais nada a igreja do que ser uma associação religiosa em busca de privilégios e reconhecimento social. Somente um poderoso reavivamento na vida dos crentes será capaz de transformar uma igreja apática quanto à evangelização em uma comunidade rediviva. Cada crente deve envolver-se com a evangelização dos pecadores. Cada cristão deve ser uma fiel testemunha de Cristo.

1. Evangelização urbana. Sem prescindir da evangelização nos meios rurais, é um fato notório em nossos tempos que a vida urbana é uma realidade que desafia e exige da igreja uma pronta e veemente atitude para alcançá-la. Existe um fluxo migratório incontrolável de pessoas que deixam a vida rural e saem em busca de melhores oportunidades nas grandes cidades. Muitos problemas sociais resultam da desorganização da vida urbana, e a igreja deve estar preparada para responder a esses dilemas.
Estratégias adequadas devem ser desenvolvidas para alcançar as pessoas. Os problemas típicos da vida urbana, tais quais a diversidade cultural, a marginalização social, o materialismo, a invasão das seitas e as tendências sociais, desafiam a igreja no sentido de, sem afetar a essência da mensagem do evangelho, demonstrar o poder da Palavra de Deus que transforma e dá esperança a todos (Rm 1.16).

2. Evangelização transcultural. A evangelização transcultural começa na vida urbana com as diferentes culturas vividas pelos seus habitantes. Porém, ela avança quando requer dos missionários uma capacitação especial para alcançar as pessoas. É preciso que o missionário tenha uma visão nítida de que a mensagem do evangelho é global, pois o Cristianismo deve alcançar cada tribo, e língua, e povo, e nação até as extremidades da terra (Is 49.6; At 13.47). A missão evangelizadora da igreja é local e global Enquanto a evangelização local é intracultural (dentro da cultura do evangelista), a global é transcultural (fora da cultura do evangelista).
A missão urbana requer nossa compreensão do que é a cidade e quais as dinâmicas na suas particularidades que a movimentam. A cidade é conformada não só pela topografia, mas também pelas migrações que trazem para dentro dela as peculiaridades dos lugares de onde partiram os migrantes.
O entendimento de John Wesley de que a experiência íntima de fé, não anula, antes potencializa o testemunho no mundo por ser fonte de vitalidade, consegue de forma única solucionar a tensão entre espiritualidade íntima e serviço ao mundo, entre a paixão pela presença de Deus e o mandato de ser sal e luz no mundo. Assim, o metodismo se constitui em uma experiência de solidariedade que liga a experiência com o sagrado com o estar e viver na sociedade em união com o outro. O religar destas duas posições em conflito e tensão permanentes em nossos dias é o nosso objetivo. Esta tarefa é vital para a igreja, pois define nosso agir, planos, teologia... ou seja, nossa maneira de ser.
Devemos confrontar esta compreensão com a realidade da complexidade da cidade. O viver na cidade é uma experiência ambivalente e paradoxal, de amor e rejeição. Amamos todos os confortos, luzes, comércio e oportunidades que a cidade nos fornece, mas sabemos que estes nos estressam, irritam, sufocam e matam. Então, tentamos fugir desta, mais a bucólica vida camponesa nos entedia e, seduzidos, voltamos para a agitação da cidade.Assim, a cidade padroniza os cidadãos, configurando sua vida. Uma das principais características deste ser citadino é a “mentalidade de desconfiança”. Olhamos com potencial ameaça, se não como iminente, todas as coisas, ou todas as pessoas que se aproximam de nós.

No comércio, os habitantes da cidade costumam pechinchar, barganhar. E esta maneira de ser também está presente no domingo, na hora de nos reunirmos e administrarmos a Igreja. A desconfiança contaminando a solidariedade e o respeito.Todas as constatações e projeções do presente e do futuro de nossas sociedades parecem pessimistas. Mas a missão de Deus nos convoca a sermos agentes de vida e liberdade, no meio de um mundo que não acredita no futuro. As pessoas são chamadas a irem contra à lógica da cidade e de sua desesperança para serem agentes de transformação. Tomar a missão cristã e testemunhar requer coragem.
A igreja deve exercer a cidadania a qual tem direito nesta sociedade. Ser agente que influencia a gestão e execução das políticas publicas. Zelar por seus direitos legais. Zelar pelo respeito dos direito legais dos mais fragilizados. Por isso não podemos nos omitir do exercício de nossa cidadania, e conhecer os marcos legais que normatizam os direitos civis, políticos e sociais na sociedade urbana.O investimento na missão sempre traz retornos ou frutos a longo prazo; o imediatismo é só veneno de corrupção. Criar mentalidade de cidadão que usufrua dos direitos, num horizonte de solidariedade será o alvo de nossa missão nas grandes cidades.(Artigo Por Jorge E. Wills O.)


ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELISMO

Na evangelização urbana, levemos em conta a estratégia de Jonas, do Pentecostes e dos pioneiros pentecostais.
1. A estratégia de Jonas. O profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive com o juízo de Deus. Por isso, traçou uma estratégia simples, porém eficaz: “E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jn 3.4). Ele usou as vias principais da capital assíria para apregoar a mensagem divina que, dessa forma, não demorou a chegar ao rei (Jn 3.6).
Na evangelização de uma área urbana, escolha pontos estratégicos: avenidas, praças, terminais de ônibus, trens e metrôs para o evangelismo pessoal. Se possível, também faça uso de outdoors, programas de rádio e serviço de som para anunciar a Cristo.
2. A estratégia do Pentecostes. Não foi sem motivo que Deus escolheu o Pentecostes para fundar a sua Igreja. Nesse evento judaico tão importante, achavam-se em Jerusalém israelitas de todas as partes do mundo (At 2.1-12). E, quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram as maravilhas de Deus em sua própria língua. Ao retornarem aos seus lugares de origem, levaram a semente do Evangelho que, mais tarde, germinaria congregações e igrejas.
A Igreja pode aproveitar a realização de eventos esportivos, artísticos e culturais para divulgar o Evangelho. Se possível, deve montar uma equipe com falantes de outros idiomas para apresentar o Evangelho aos representantes de outras nações.
3. A estratégia dos pioneiros. Orientados pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil. Logo em sua chegada, em 19 de novembro de 1910, constataram que a capital paraense era geograficamente estratégica para se alcançar o país em todas as direções. Por isso, ore e estude detalhadamente a região que você quer alcançar.

“Jonas tinha sido enviado para pregar em Nínive, cidade assíria no início do século VIII a.C., descreveu-a como ‘uma grande cidade, de três dias de caminho’ (Jn 3.3). Através desta declaração, é provável que o profeta desejasse dizer que seriam necessários três dias para alcançar todas as partes da cidade, em sua missão e pregação. Podemos julgar o tamanho de sua população através da declaração expressa em Jonas 4.11. 
Alguns entendem que o Senhor Deus, ao se referir à população inocente de Nínive, estaria mencionando todas as crianças demasiadamente pequenas para saberem a diferença que existe entre a mão direita e a esquerda, e que totalizavam 120.000 crianças; isto sugeriria uma população total de aproximadamente 600.000 pessoas. Talvez Jonas estivesse pensando na ‘grande Nínive’, uma vez que todas as principais cidades frequentemente consistiam de uma fortaleza murada com muitas outras vilas vizinhas estendendo-se por muitos quilômetros, e que, na linguagem hebraica, era chamada de cidade e suas aldeias (Js 15.45,47).
Outros, entretanto, consideram essa expressão de Jonas 4.11 como metafórica, e designando toda a população a quem Deus entendia como tendo um conhecimento imperfeito do bem e do mal. Uma população total de 120.000 pessoas está bem de acordo com o número registrado de 69.574 pessoas acomodadas em Calá, uma cidade com uma dimensão que correspondia a menos da metade de Nínive em 879 a.C.” 
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.1362,1363).

II. OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA

Na evangelização urbana, há desafios e imprevistos que podem ser convertidos em oportunidade.
1. Incredulidade e perseguição. Vivemos tempos trabalhosos, em que falsos obreiros anunciam um falso evangelho. É preciso anunciar a Cristo com sabedoria, poder e eficácia (2Tm 4.17). Nossa mensagem não pode ser confundida com a dos mercenários e falsos profetas. A mensagem da cruz precisa ser pregada na virtude do Espírito Santo (1Co 1.18).
Diante das perseguições, não podemos desistir ou nos calar. Jesus também foi perseguido em sua própria cidade, mas levou a sua missão até o fim (Lc 4.28-30).
2. Enfermos. As áreas urbanas acham-se tomadas de enfermos e doentes terminais. No tempo de Jesus, não era diferente. Ao entrar em Jericó, Ele deparou-se com um cego que lhe rogava por misericórdia (Lc 18.35). E, às portas de Naim, encontrou o funeral do filho único de uma viúva (Lc 7.11-17). Ungido pelo Espírito Santo, curou o primeiro e ressuscitou o segundo. A Igreja deve desenvolver capelanias hospitalares, e visitar os enfermos e moribundos.
3. Endemoninhados. Quem se dedica à evangelização urbana deve estar preparado, também, para casos difíceis de possessão demoníaca. Muitos são os gadarenos espalhados pela cidade (Mt 8.28-34). Por isso, o evangelista precisa orar, jejuar e ter uma vida santa (Mc 9.29).
A igreja não pode fazer da libertação dos oprimidos um espetáculo. Mas deve, no poder do Espírito Santo, orar pelos enfermos e pelos cativos de Satanás (Mt 10.8). A incredulidade, a perseguição, os enfermos e endemoninhados são alguns dos principais desafios da evangelização urbana.

III. COMO FAZER EVANGELISMO URBANO

A evangelização urbana só será bem-sucedida se tomarmos as seguintes providências: treinamento da equipe, estabelecimento de postos-chave e acompanhamento do trabalho.
1. Treinamento da equipe. Antes de chegar à Macedônia, o apóstolo Paulo já podia contar com uma equipe altamente qualificada, para implantar o Evangelho na Europa. Primeiro, tomou consigo a Silas e, depois, o jovem Timóteo (At 15.40; 16.1,2). Acompanhava-os, também, Lucas, o médico amado (At 16.11). Com este pequeno, mas operoso grupo, o apóstolo levou o Evangelho a Filipos, a Tessalônica e a Bereia, até que a Palavra de Deus, por intermédio de outros obreiros, chegasse à capital do Império Romano (At 16.12; 17.1,10).
2. Estabelecimento de postos-chave. Sempre que chegava a uma cidade gentia, Paulo buscava uma sinagoga, de onde iniciava a proclamação do Evangelho (At 17.1-3). Embora o apóstolo, na maioria das vezes, fosse rejeitado pela comunidade judaica, a partir daí expandia sua ação evangelística urbana até alcançar os gentios.
É necessário que sejam encontrados postos principais para a evangelização urbana. Pode ser a casa de um crente, ou a de alguém que está se abrindo à Palavra de Deus (At 16.15). Na evangelização, as bases são muito importantes.
3. Acompanhamento do trabalho. Procure estar atento à nova frente evangelística. Ao partir para uma nova área urbana, alguém deve ser deixado como responsável para cuidar dos novos convertidos que foram alcançados, como fazia o apóstolo Paulo (At 17.14). E, periodicamente, devem haver visitas até que amadureçam o suficiente para caminhar por si próprias (At 18.23).
Não descuide do trabalho de discipulado. Fortaleça-os na fé, na graça e no conhecimento da Palavra de Deus. Quem se põe a evangelizar as áreas urbanas deve estar sempre atento. Por isso mesmo, tenha uma equipe amorosa, competente e disponível. 
Para fazer um evangelismo urbano eficiente precisamos investir no treinamento da equipe, estabelecer postos-chave e acompanhar de perto o trabalho. 
A evangelização urbana é o grande desafio do século 21. As cidades tornam-se cada vez maiores e mais complexas, exigindo da Igreja de Cristo ações específicas, personalizadas e efetivas. Se, por um lado, lidamos com as massas, por outro lado, temos de tratar particularmente com cada pessoa, para que todos venham a ter um encontro pessoal com Deus.
Seguindo o exemplo de Jesus e de Paulo, façamos da evangelização urbana a base para alcançarmos os confins da Terra. As cidades são estratégicas na proclamação mundial do Evangelho. 

Fale sobre a estratégia do Pentecostes.
E, quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram a mensagem da cruz em sua própria língua. Ao retornarem aos seus lugares de origem, levaram a semente do Evangelho que, mais tarde, germinaria congregações e igrejas. 
Qual a estratégia adotada por Daniel Berg e Gunnar Vingren?
Orientados pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil. 
A Evangelização Urbana e suas estratégias 
No século 21, há um desafio imenso para a Igreja de Cristo: evangelizar a sociedade urbana. Por isso, é importante, a partir da lição estudada, nós refletirmos sobre as razões de uma evangelização de grande porte numa sociedade urbana e o meio de evangelização.

A mensagem de Jesus deve ser apresentada a todos
Um dos requisitos necessários à evangelização é a capacidade de quem evangeliza compartilhar, publicar, espalhar e anunciar uma notícia boa e nova para todo o ser humano, declarando que ela é relevante e verdadeira. A boa nova é a mensagem de nosso Senhor. Ela foi anunciada ontem pelos santos apóstolos, é anunciada hoje pela igreja visível do Senhor e, até a vinda de Jesus Cristo, será anunciada sempre.

O conteúdo da mensagem

O que pregar na evangelização? Ora, o conteúdo da mensagem de quem evangeliza passa inevitavelmente pelo tema da salvação, que é o anúncio de que Deus está consertando alguma situação destruída ou completamente equivocada. Imediatamente esse processo pode ser descrito pela Perdição, ou seja, o ser humano não sabia que algo de errado havia acontecido com ele, mas que por intermédio da encarnação de Jesus Cristo, da crucificação de nosso Senhor e a da ressurreição do nosso Rei, o ser humano teve o caminho livre para adentrar, pelo nome de Jesus, ao “Trono da Graça de Deus”.
Portanto, salvação e perdição, vida e morte, resgate e pecado são temas recorrentes da verdadeira mensagem do Evangelho passando inevitavelmente pelo acontecimento temporal e atemporal da encarnação, crucificação e ressurreição de nosso Senhor.
Os meios de Evangelização
Esta é uma questão importantíssima, pois a despeito da urgência e da necessidade de comunicarmos o Evangelho para uma sociedade urbana, os fins não podem justificar os meios da evangelização. Há algumas práticas inaceitáveis: usar assistência social como “isca”; pressões psicológicas numa “evangelização” centrada nos benefícios da fé; promessas falsas e utópicas para o fim do sofrimento. Estes são exemplos do que não se pode ser feito em nome da “urgência evangelística”. Por isso, os meios de evangelização devem ser usados da maneira mais natural possível. Os instrumentos mais atuais e disponíveis são a mídia eletrônica, impressa, artísticas e o mais poderoso de todos: o relacionamento pessoal.
Que Deus use sua Igreja para discernir o melhor meio de comunicar o Evangelho!
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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