SUBSIDIO ADOLESCENTES A QUESTÃO DO MAIO AMBIENTE (8)
Nas últimas décadas a questão ambiental passou a ser tema de destaque na mídia e nas discussões políticas. Em virtude das catástrofes ecológicas, poluição e degradação do meio ambiente, o tema vem ocupando proeminência no cenário nacional e internacional, levando o homem a discutir sobre ecologia e responsabilidade ambiental. Dentro desse contexto, algumas pessoas se mostram indiferentes em relação ao assunto, enquanto outros fazem da preservação da natureza uma verdadeira filosofia de vida, com nuanças de religiosidade. A Bíblia tem muito a dizer sobre o tema. Embora possa não discorrer de forma pormenorizada sobre a temática ambiental, ela contém princípios que devem nortear o modo como os servos de Jesus lidam com o meio ambiente. O Planeta Terra tem sofrido com a atuação devastadora do homem. A poluição e a degradação estão a afetar drasticamente o habitat em que vivemos e colocado em risco a própria vida humana. Nesta lição, veremos que a responsabilidade ambiental à luz das Escrituras Sagradas está contida no encargo que Deus entregou ao homem após o advento da Criação.
A QUESTÃO DA ETICA
CONCEITUAÇÃO E DEFINIÇÕES
1. Ética como ciência secular. A Ética é um aspecto da filosofia. A Filosofia está segmentada em seis sistemas tradicionais: Política, Lógica, Gnosiologia, Estética, Metafísica e Ética que é o objeto de estudo de Lições Bíblicas neste trimestre.
Para compreendermos melhor o sentido de Ética, vejamos, de forma sintética, em que se constituem os outros aspectos aos quais ela está agregada no contexto filosófico.
Dentre suas muitas acepções, filosofia é o saber a respeito das coisas, a direção ou orientação para o mundo e para a vida e, finalmente, consiste em especulações acerca da forma ideal de vida. Em suma, é a história das ideias. Tudo isto sob a ética humana. Precisamos aferir o pensamento humano com os ditames da Palavra de Deus que são terminantes, peremptórias, finais. O homem, seja ele quem for, é criatura, mas Deus é o Criador (Os 11.9; Nm 23.19; Rm 1.25; Jó 38.4).
Todos os campos de pensamento e de atividades têm suas respectivas filosofias. Há uma filosofia da biologia, da educação, da religião, da sociologia, da medicina, da história, da ciência etc. Consideremos entretanto, os seis sistemas acima mencionados que foram sistematizados por três antigos pensadores: Sócrates, Platão e Aristóteles.
a) Política — Este vocábulo vem do grego polis e significa “cidade”. A política procura determinar a conduta ideal do Estado, pelo que seria uma ética social. Ela procura definir quais são o caráter, a natureza e os alvos do governo. Trata-se do estudo do governo ideal.
b) Lógica — É um sistema que aborda os princípios do raciocínio, suas capacidades, seus erros e suas maneiras exatas de expressão. Trata-se de uma ciência normativa, que investiga os princípios do raciocínio válido e das inferências corretas quer seja partindo da lógica dedutiva quer seja da indutiva.
c) Gnosiologia — É a disciplina que estuda o conhecimento em sua natureza, origem, limites, possibilidades, métodos, objetos e objetivos.
d) Estética — É empregada para designar a filosofia das belas-artes: a música, a escultura e a pintura. Esse sistema procura definir qual seja o propósito ou ideal orientador das artes, apresentando descrições da atividade que apontam para certos alvos.
e) Metafísica — Refere-se a considerações e especulações concernentes a entidades, agências e causas não materiais. Aborda assuntos como Deus, a alma, o livre arbítrio, o destino, a liberdade, a imortalidade, o problema do mal etc.
f) Ética — É a investigação no campo da conduta ideal, bem como sobre as regras e teorias que a governam. A ética, o homem distanciado de Deus por sua incredulidade e seus pecados, a estuda, entende e até se propõe a observá-la, mas não consegue, por estar subjugado pelo seu eu, pelos vícios, pelo mundo, pelo pecado (Rm 2.15-19). Já os servos de Deus, pelo Espírito Santo que neles habita, triunfam sobre o pecado (Rm 8.2).
Existem inúmeros argumentos e considerações acerca deste tema, que será tratado aqui do ponto de vista da ética bíblica a qual expõe Deus como fundamento e alvo da conduta ideal.
2. Origem da palavra. Ética vem do grego, ethos, que significa “costume”, “disposição”, “hábito”. No latim, vem de mos (mores), com o sentido de vontade, costume, uso, regra.
3. Definição. Ética é, na prática, a conduta ideal e reta esperada de cada indivíduo. Na teoria, é o estudo dos deveres do indivíduo, isolado ou em grupo, visando a exata conceituação do que é certo e do que é errado. Reiterando, Ética Cristã é o conjunto de regras de conduta, para o cristão, tendo por fundamento a Palavra de Deus. Para nós, crentes em Jesus, o certo e o errado devem ter como base a Bíblia Sagrada, a nossa “regra de fé e prática”.
O termo ética, ethos, aparece várias vezes no Novo Testamento, significando conduta, comportamento, porte e compostura (habituais).
A ética cristã deve ser fundamentada no conhecimento de Deus como revelado na Bíblia, principalmente nos ensinos de Cristo, de modo que “...ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15; Ef 2.10).
II. VISÃO GERAL DA ÉTICA SECULAR E DA ÉTICA CRISTÃ
1. Antinomismo. Esse ensino errôneo é humanista e secular. Tudo depende das pessoas, e das circunstâncias. O filósofo incrédulo e existencialista Jean Paul Sartre, um dos seus promotores, afirma que o homem é plenamente livre. Num dos seus textos, ele escreve: “Eu sou minha liberdade; eu sou minha própria lei”.
a) Posicionamento cristão. Esta teoria não serve para o cristão. Nela, o homem se faz seu próprio deus. A Bíblia diz: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12). “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem” (Ec 12.13). O antinomismo é relativista, isto é, cada um age como quiser. É o que ocorria com o povo de Israel quando estava desviado, sem líder e sem pastor (Jz 17.6 e 21.25).
2. Generalismo. Essa falsa doutrina prega que devem haver normas gerais de conduta, mas não universais. A conduta de alguém para ser chamada de certa ou errada depende de seus resultados. É o que ensinava, no século XV, o descrente, político e filósofo italiano Nicolau Maquiavel: “Os fins justificam os meios”.
a) Posicionamento cristão. O generalismo não se coaduna com a ética cristã, pois, para o crente em Jesus, não são os fins, nem os meios, que indicam se uma conduta ou ação é certa ou errada. A Palavra de Deus é que é a regra absoluta que define se um ato é certo ou errado. Ela tem aplicação universal. O dever de todo homem é temer a Deus e guardar seus mandamentos (Ec 12.13). A Palavra de Deus não muda de acordo com as circunstâncias, os meios ou os resultados. Deus vela para a cumprir (Jr 1.12b; Mc 13.31).
Há outras modalidades, formas e expressões da ética secularista, como o situacionismo, o absolutismo e o hierarquismo, mas nada disso se coaduna ou se enquadra na ética bíblica, tanto a declarativa, como a tipológica e a ilustrativa. Estamos mencionando estas formas aqui porque o mundo fala muito nelas, mas não as cumpre.
O cristão ortodoxo na sua fé, e fiel ao seu Senhor, terá sempre no manancial da Palavra de Deus tudo o que carece sobre a ética, na sua expressão prática em forma de conduta, compostura, costumes, usos, hábitos e práticas diuturnas da nossa vida para agradar a Deus e dar bom testemunho dEle diante dos homens.As abordagens éticas humanas são todas contraditórias. Como seus autores, humanos e falhos. Uma, como vimos, procura suprir as deficiências das outras. As abordagens éticas conflitam entre si, deixando um rastro de dúvida e confusão em sua aplicação. Por isso, devemos ficar com a Palavra de Deus, que não confunde o crente, nem pode ser deixada de lado ao sabor dos meios, dos fins ou das situações. A Palavra de Deus satisfaz plenamente.
I. A BÍBLIA E A QUESTÃO ECOLÓGICA
1. O Criador da natureza. A Bíblia é muita clara ao registrar que a natureza faz parte da criação de Deus. No capítulo 1 de Gênesis temos o completo relato do princípio do universo e da vida. Todos os elementos da natureza, como o sol e lua, as árvores da floresta, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e aves, foram criados pelo Senhor. E tudo era bom. Essa é a razão pela qual a natureza é tão bela, e os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Sl 19.1). À luz das Escrituras e da doutrina da criação, portanto, entendemos que o universo não é fruto da evolução e do acaso, mas de um desígnio perfeito. Concluímos, também, que o Criador não se confunde com a sua criação, diferentemente do que afirmam as religiões panteístas — que entendem que Deus é tudo e tudo é Deus.
2. O homem e a mordomia. Após ter criado todas as coisas, Deus formou o homem e deu-lhe autoridade para dominar sobre tudo que criara (Gn 1.26). Dessa passagem bíblica, extraímos o conceito de mordomia. Isto é, a terra pertence ao Senhor (Sl 24.1), mas o homem é o mordomo, aquele que administra os bens de Deus aqui, o que implica responsabilidade, fidelidade (1Co 4.2) e zelo pela criação, pois o administrador deve prestar contas daquilo que não lhe pertence (Mt 25.14-22). A responsabilidade humana pelo cuidado com a natureza fica mais evidente quando Deus põe Adão no jardim do Éden para o lavrar (servir) e o guardar (cuidar) (Gn 2.15). o Jardim foi plantado (heb. nãta) por Deus (Gn. 2.8), para que o homem pudesse cuidar e cultivá-lo. Aqui está o mandato cultural. Deus forma, mas o homem possui a responsabilidade de ser o mordomo do jardim. Nenhuma outra criatura recebeu esse encargo.
3. Cuidando da Criação. Ainda no Antigo Testamento, vemos o esmero de Deus com os animais e com a terra. O plano do Altíssimo para a nova civilização após o Dilúvio envolvia a preservação da espécie animal (Gn 8.17). O Senhor estabeleceu para a nação de Israel a guarda do sétimo ano para descanso da terra (Lv 25.1-7), com o objetivo de evitar a deterioração do solo pelo uso abusivo e egoísta. Proibiu, também, o tratamento cruel contra animais e aves (Dt 22.6.7; 25.4). Logo, usar com sabedoria e prudência os recursos naturais disponíveis é uma recomendação bíblica aos servos de Jesus.
II. O CRISTÃO E A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
1. Agenda ambiental equilibrada. Se as Escrituras enfatizam a importância do cuidado com a criação divina, por que poucos crentes estão conscientes dessa responsabilidade ambiental? Raramente ouvimos, no meio evangélico, ensino a respeito do meio ambiente (dentro de uma perspectiva cristã), prevalecendo a ideia de que toda postura pró-preservação está vinculada ao panteísmo, às religiões orientais e ao sectarismo. Embora esse equívoco ocorra, com a existência de grupos que defendem, de modo radical, o meio ambiente e os animais, os cristãos não podem se omitir no dever de cuidado da natureza pelos motivos corretos, abalizados na doutrina da mordomia cristã. Silas Daniel, na obra A Sedução das Novas Teologias, escreve a esse respeito: “Cristãos devem ter em sua agenda o discurso pró-preservação da natureza. Nada mais lógico. Repito: é bíblico. Porém, não devem fazer desse discurso algo parecido com uma religião nem ser hipnotizados por qualquer discurso apelativo dos ambientalistas de plantão. Em tudo, deve prevalecer o equilíbrio e a coerência”.
2. A volta de Jesus. Outra justificativa equivocada que muitos crentes utilizam para a falta de responsabilidade ambiental é o discurso escatológico. “Jesus está voltando, por que eu deveria me preocupar com o meio ambiente?”, indagam tais pessoas. Entretanto, a iminência da vinda de Cristo não deve servir de desculpa para uma vida cristã descompromissada e apática com as questões sociais, culturais e, até mesmo, ecológicas. Ainda que as tragédias naturais sirvam como sinal dos últimos tempos (Lc 21.11), os servos de Jesus não podem fazer parte do grupo daqueles que provocam tais sinais, interferindo no equilíbrio da natureza estabelecido pelo Senhor desde a criação. Uma vez que a desordem da natureza foi ocasionada pela Queda, pela qual toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora (Rm 8.22), é papel do crente agraciado pela redenção em Cristo Jesus, lutar contra os efeitos do pecado no mundo e vencer o mal com o bem (Rm 12.21). “Cristãos devem ter em sua agenda o discurso pró-preservação da natureza. Porém, não devem fazer desse discurso algo parecido com uma religião, nem ser hipnotizados por qualquer discurso apelativo dos ambientalistas de plantão”(Silas Daniel).Uma das justificativas equivocadas que muitos crentes utilizam para a falta de responsabilidade ambiental é o discurso escatológico.
III. PROTEGENDO O AMBIENTE
1. O que é meio ambiente. O meio ambiente, habitualmente chamado apenas de ambiente, “é o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. Com efeito, a proteção do ambiente é, também, uma forma de proteção da própria vida humana, pois envolve todos os recursos naturais do globo, inclusive o ar, a água, a terra, a flora e a fauna.
2. Direito de todos. No Brasil, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito previsto na Constituição Federal, que assim estabelece em seu art. 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Como cidadão responsável e consciente, o cristão também possui o dever legal de defender e preservar os recursos naturais, tanto para a presente quanto para as futuras gerações. Que tipo de terra deixaremos para os nossos filhos?
3. Sustentabilidade e ética ambiental. A proteção ecológica envolve um conjunto de medidas que podem ser adotadas pelos servos de Jesus. É preciso encontrar o ponto de equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação dos recursos naturais, o chamado desenvolvimento sustentável. Desenvolvimento sustentável significa encontrar o ponto de equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação dos recursos naturais.
Como discípulos e servos de Jesus, possuímos boas razões para zelar pela natureza. Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude (1Co 10.26), e nós somos mordomos, cuidadores da sua criação. Desse modo, a responsabilidade ambiental do cristão não está amparada em conceitos panteístas e na onda “verde” do tempo atual, e, sim nas Escrituras Sagradas. Devemos, por isso, usar os recursos naturais de forma consciente e sábia, preservando-a para uma boa qualidade de vida tanto para a presente quanto para as futuras gerações, enquanto o Senhor não voltar.
POR QUE OS CRISTÃOS NÃO SE IMPORTAM MUITO COM A ECOLOGIA
“Durante anos, os adeptos da Nova Era têm colocado a culpa da crise ecológica no cristianismo. Mas a Bíblia realmente nos transmite um elevado conceito sobre a criação. Quando Deus colocou Adão no jardim do Éden, mandou que cultivasse e conservasse a terra. As palavras da língua hebraica para essas tarefas significam ‘servir’ e ‘cuidar’. O livro de Gênesis ensina que os seres humanos têm ‘domínio’ sobre a natureza, porém, isso não significa uma ordem arbitrária, em sim um cuidado especial. Essa é a palavra de Deus, e somos responsáveis perante Ele pela forma como cuidamos da terra. É bem verdade que os ocidentais muitas vezes abusam da natureza, Mas isso não tem origem no cristianismo, e sim no humanismo. À medida que a cultura ocidental rejeitou a Bíblia, deixou de considerar os seres humanos como servos de Deus para vê-los como o pináculo da evolução, como a vitória da luta de Darwin pela existência, a vitória daquele que não deve nada a ninguém.
[...]
Mas o antídoto ao humanismo ocidental não é um panteísmo oriental, aquilo que tem sido chamado de ‘religião baseada na natureza’. O panteísmo, isto é, a crença de que tudo participa da divindade, de que tudo é Deus, nega que os seres humanos sejam especiais; o panteísmo nos coloca no mesmo nível da grama e das árvores.
Mas os seres humanos têm, realmente, poderes únicos que nenhum outro organismo possui. A única religião que pode ‘resolver’ nossos problemas ecológicos é aquela que reconhece a nossa singularidade e oferece diretrizes que orientam nossas capacidades. O cristianismo faz exatamente isso: ensina que Deus criou os seres humanos a sua imagem, para serem os responsáveis pela criação”
(COLSON, Charles. Respostas às Dúvidas de seus Adolescentes. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.142).
A ESSÊNCIA DA NATUREZA
“A natureza é boa, mas não divina. Muitas culturas pagãs praticam o animismo, o qual ensina que o mundo é a morada do divino ou uma emanação da própria essência de Deus. Consequentemente, esses povos creem que a natureza está cheia de deuses do sol, deusas dos rios e divindades astrais. Essa crença antiga está sendo ressuscitada em nossos dias. Por exemplo, no filme Pocahontas, dos estúdios Disney, a jovem donzela índia repreende o homem branco por pensar que a terra ‘é apenas uma coisa morta’, advertindo-o de que ‘cada rocha, árvore e criatura tem uma vida, tem um espírito, tem um nome’. Trata-se de expressão surpreendentemente clara de animismo.
Porém Gênesis 1 coloca-se em rigoroso contraste com tudo isso. O livro dos começos ensina que a natureza não é divina; ela serve aos propósitos de Deus. Os historiadores descrevem o efeito dessa doutrina como a ‘desdeificação’ da natureza, e ela foi um ponto de partida fundamental para a ciência. Quando a natureza exigia adoração religiosa, estudar demasiadamente seus segredos era considerado irreverência. Mas por ‘desdeificar’ a natureza, o Cristianismo a transformou de objeto de medo e adoração em algo passível de estudo científico”
(COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E agora, como viveremos? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, p.497).
A TERRA NO MILENIO
Apocalipse 20.1-6.
I. O REINO MILENIAL
1. A restauração da Terra. O Milênio será um período literal de mil anos. Este momento não é uma utopia como alguns afirmam. Deus criou tudo perfeito e outorgou ao homem autoridade e domínio para cuidar da Terra e dos animais. Mas o homem fracassou em cuidar de si mesmo e do seu habitat. A Queda rompeu a comunhão direta do homem com Deus. Não só a humanidade, mas toda a natureza foi maculada pelo pecado e aguarda a redenção que se dará quando Cristo assumir o Reino Milenial (Rm 8.20-23).
2. A Terra será governada por Jesus. “E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome” (Zc 14.9). O governo de Cristo vai alcançar todas as nações. Todos os reinos deste mundo são efêmeros, mas o reino de Cristo é eterno e vai abranger todos os países. Todos terão que se prostrar, reconhecendo o senhorio do Rei dos reis. Estejamos preparados para este glorioso momento com o nosso Salvador.
3. Jerusalém será a capital do mundo. No Reino Milenial, Jerusalém será a capital espiritual e política do mundo (Is 2.1-3; 60.3). As nações terão de reconhecer o valor de Jerusalém, sob pena de sofrerem sérias consequências (Zc 14.16,17).No Milênio, a Terra será restaurada das ações maléficas do homem e do Diabo.
“A palavra ‘milênio’ vem dos termos latinos mille (‘mil’) e annum (‘ano’). A palavra grega Chilias, que também significa ‘mil’, aparece por seis vezes em Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu e da velha terra. O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a terra que virá imediatamente antes da eternidade. Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e no espaço” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.316).
II. O GOVERNO DE JESUS CRISTO
1. Jesus governará com os seus servos. No Milênio, o governo de Cristo será teocrático, vindo do céu, implantado sem a mão do homem, que é corruptível. Seu reino jamais “passará a outro povo”, será eterno (Dn 2.44,45; 7,27). Tudo o que ainda restar de estruturas dos impérios, reinos e governos, será aniquilado e substituído pelo Reino de Cristo. Jesus reinará com poder pleno sobre a Terra (1Tm 1.17). As palavras do salmista, declaradas no Salmo 96 , serão cumpridas na implantação do Reino Milenial de Cristo sobre a Terra (Sl 96.7-13; Is 33.22).
2. A Igreja reinará com Cristo (Ap 20.6; 1.6, 5.10). Todos os salvos em Jesus Cristo serão reis e sacerdotes e reinarão com Cristo com poder e autoridade (Ap 2.26,27; 2Tm 2.12a). Além de julgar o mundo, os salvos, que fazem parte da Igreja de Cristo, hão de julgar os anjos! (1Co 6.3).
3. A Nova Jerusalém. É a cidade celeste e eterna, que será destinada a todos os salvos em Jesus Cristo. Segundo as Escrituras sua beleza é impar, mas somente os crentes, lavados e redimidos pelo sangue do Cordeiro, poderão desfrutar de tal preciosidade. A Nova Jerusalém não é uma utopia, como afirmam alguns teólogos. Ela é real e os crentes devem desejar alcançá-la. Neste mundo estamos sujeitos à morte, à dor, às enfermidades e a muitos outros males, mas há uma cidade santa sendo preparada para nós. Ali não haverá choro nem dor e todos viverão eternamente com Cristo (Ap 21.1,2,10-27).Vão reinar com Jesus durante o Milênio todos os salvos em Jesus Cristo.
“O Milênio será um tempo de controle tanto político como espiritual. Politicamente, ele será universal (Dn 2.35), discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (Sl 2.10-12).
Este reino literal de Cristo sobre a terra também terá características espirituais. Acima de tudo, será um reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1). Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a santidade de Deus (Is 11.2-5)” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.318).
III. ASPECTOS RELEVANTES DO MILÊNIO
1. Quem vai participar deste Reino. Vão participar do Milênio todos os salvos em Jesus Cristo, “o remanescente” dos israelitas, salvos por Cristo, na batalha do Armagedom (Rm 9.27) e os que escaparem da Grande Tribulação.
2. Haverá um conhecimento universal de Deus. “[...] A terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9; 54.13). Haverá um derramamento pleno do Espírito Santo (Is 32.15). Será um verdadeiro avivamento mundial (Mq 4.2; Mt 24.14).
3. Haverá paz na Terra. Jesus é o “Príncipe da Paz” (Is 9.6) e durante o Milênio o homem desfrutará da paz que só Jesus pode dar e que não depende das circunstâncias. As famílias viverão em completa união (Is 65.23), não haverá mais guerras ou ações terroristas, durante os mil anos de paz sobre a Terra (Is 2.4).
A justiça e a verdade neste período serão plenas (Is 11.4,5), pois o Filho de Deus é quem julgará com justiça e retidão.
4. A natureza será transformada. Animais selvagens vão perder sua ferocidade e poderão conviver harmoniosamente com o ser humano. Leia Isaías 11.6-8.
A maldição da Terra por causa do pecado desaparecerá (Gn 3.17,18). Não haverá necessidade de agrotóxicos, pois a bênção de Deus estará sobre a produção de alimentos. Não haverá pestes, enchentes, terremotos, nem falta de alimentos na Terra (Jr 31.12; Sl 67.5,6), pois terá uma produção agrícola jamais vista.
5. Haverá saúde e prosperidade para todos. As condições ambientais serão altamente favoráveis à melhoria da qualidade de vida no planeta. A longevidade surpreenderá a todos pelas excelentes condições de saúde (Is 65.20-22). Além da saúde, as condições de moradia para todos serão as melhores jamais vistas. Vão reinar com Jesus durante o Milênio todos os salvos em Jesus Cristo.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“O Milênio será um tempo de controle tanto político como espiritual. Politicamente, ele será universal (Dn 2.35), discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (Sl 2.10-12).
Este reino literal de Cristo sobre a terra também terá características espirituais. Acima de tudo, será um reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1). Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a santidade de Deus (Is 11.2-5)” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.318).
Deus tem um plano glorioso para o planeta Terra, que inclui a restauração espiritual, moral, social, ecológica e institucional. E essa realidade só se concretizará, no Milênio, quando Cristo implantar o seu reino na Terra. Jesus governará o mundo com poder e grande glória, após suplantar todos os reinos e governos do mundo.
Milênio — Um tempo glorioso para a Terra
O livro do Apocalipse, no capítulo 20, mostra a condenação de Satanás e a sua prisão no abismo durante mil anos, onde Satanás não mais terá quaisquer atividades durante o tempo de mil anos. Assim, inicia-se o período do Milênio. Um período cuja melhor palavra da atualidade para descrevê-lo é Utopia.
Quem hoje não sonha em ver o mundo dominado pela paz? A violência zerada. A injustiça social liquidada. As doenças não mais presente com o seu poder mortífero. Quem não sonha com o mundo, onde quem morre aos 100 anos será considerado jovem? É sobre este tempo que as Escrituras dão conta e demonstram com riquezas de detalhes de que será literal e verdadeiro, conforme a tabela abaixo — no Milênio, muitas profecias do Antigo Testamento serão cumpridas fielmente:
Obs: Há outras referências bíblicas acerca do Reino Milenar que o prezado professor poderá consultá-las para melhor fundamentar a sua aula: Salmos 24.7,8; Isaías 9.7; 11.6-10; 61.3; Jeremias 23.5,6; Ezequiel 40-48; Daniel 2.44; Oseias 1.10; 3.5; Amós 9.11-15; Miqueias 4.1-8; Apocalipse 11.15.
Ainda, à luz de Apocalipse 20, podemos vislumbrar quem estará no Milênio para reinar com Cristo. O texto bíblico diz que João viu “almas”, isto é, pessoas que foram martirizadas durante a Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 12.15) e os crentes que venceram ao longo da Era da Igreja. São esses dois grupos que reinarão com Cristo no Milênio. A partir deste reinado, onde Cristo é a cabeça, um período de paz e bênçãos será inaugurado na Terra. Onde a justiça prevalecerá (Zc 9.10), o Espírito Santo restaurará todas as coisas, o mundo refletirá a ordem e a beleza de Deus, originariamente planejada por Ele no Éden, e o mundo animal será completamente transformado (Is 11.6-8; Ez 34.25). De fato, é um Reino como nunca houve no mundo!
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
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