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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Subsidio adultos justificação (10)






                 PROFESSOR ESCRITOR MAURICIO BERWALD

  Professor, prepare para a introdução desta aula uma narração sobre a experiência de Lutero com o tema tratado nesta lição. Use o texto a seguir como referência: Martinho Lutero, enquanto professor de Teologia na Universidade de Wittemberg, lecionou a Carta aos Romanos de novembro de 1515 a setembro de 1516. À proporção que se aprofundava na epístola, apreciava cada vez mais a doutrina bíblica da justificação pela fé. Segundo Lutero, ele ‘ansiava por compreender a Epístola de Paulo aos Romanos’, mas o tema da ‘justiça de Deus’ o incomodava. O reformador considerava a doutrina da justiça divina como a punição de Deus sobre o injusto. Até que, depois de muito refletir sobre o assunto, entendeu tratar-se da ‘justiça pela qual, mediante a graça e a misericórdia, Deus nos justifica pela fé’. 
Desde então, afirmou Lutero, “senti-me renascer e atravessar os portais abertos do paraíso. Toda a Escritura ganhou novo significado e, ao passo que antes a justiça de Deus me enchia de ódio, agora se tornava indizivelmente bela e me enchia de amor. Este texto veio a ser uma porta para o céu”. 
O texto da Leitura Bíblica em Classe divide-se em duas seções: Exposição da doutrina da justificação (vv.21-26) e, insuficiência humana para justificar-se (vv.27-31). Segue abaixo dez sentenças extraídas do texto bíblico que sumarizam a doutrina da justificação.

1. A justiça manifestada no Antigo Testamento independe da lei (vv.21,31);
2. A justiça de Deus se realiza mediante a fé em Cristo, a favor de todos os que crêem (vv.22,29,30);
3. Todos pecaram, logo, todos necessitam da justificação em Cristo (vv.23,24);
4. A justificação é gratuita por meio da graça e da redenção que há em Cristo (v.24);
5. A base inamovível da justificação é a morte substituta e expiatória de Cristo (v.25);
6. A morte vicária de Cristo satisfez a justiça de Deus (v.25);
7. Deus é justo ao justificar quem vive da fé em Jesus (v.26);
8. A fé é o meio pelo qual o homem alcança a justificação em Cristo (vv.26-28);
9. Ninguém tem qualquer mérito para ser justificado à parte da fé em Cristo (v.27);
10. A fé não anula a lei, mas a estabelece (v.31).

 ORIENTAÇÃO DIDÁTICA 

Professor, como recurso didático para esta lição, use a tabela de “efeito global” a respeito das bênçãos decorrentes da justificação. Esse recurso é usado quando se deseja apresentar a relação de diversos fatores com um mesmo tema. Na lição, temos um tema geral, a justificação, e, vários assuntos vinculados ao mesmo. O gráfico abaixo apresenta essa correspondência em relação às bênçãos advindas da justificação. Este recurso deve ser preferencialmente usado no final do tópico “Características da Justificação Divina”.

Nesta lição, estaremos em contato com uma das mais sublimes doutrinas das Sagradas Escrituras — a justificação pela fé em Cristo.Em atitude de profundo agradecimento a Deus, curvemo-nos ante Aquele, cuja morte justificou-nos diante do trono divino. E, agora, justificados pela fé, temos paz com Deus através de nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1).

I. A JUSTIFICAÇÃO

 DEFINIÇÃO

“A Justificação

Assim como a regeneração leva a efeito uma mudança em nossa natureza, a justificação modifica a nossa situação diante de Deus. O termo ‘justificação’ refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de Cristo na cruz, Deus declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas conseqüências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos. O Deus que detesta ‘o que justifica o ímpio’ (Pv 17.15) mantém sua própria justiça ao justificá-lo, porque Cristo já pagou a penalidade integral do pecado (Rm 3.21-26). Constatamos, portanto, diante de Deus como plenamente absolvidos.
Para descrever a ação de Deus ao justificar-nos, os termos empregados pelo Antigo Testamento (heb. tsaddiq: Êx 23.7; Dt 25.1; 1Rs 8.32; Pv 17.15) e pelo Novo Testamento (gr. dikaio: Mt 12.37; Rm 3.20; 8.33,34) sugerem um contexto judicial e forense. Não devemos, no entanto, considerá-la uma ficção jurídica, como se estivéssemos justos sem, contudo, sê-lo. Por estarmos nEle (Ef 1.4,7,11), Jesus Cristo tornou-se a nossa justiça (1Co 1.30). Deus credita ou contabiliza (gr. logizomai) sua justiça em nosso favor. Ela é imputada a nós.
Em Romanos 4, Paulo cita dois exemplos do Antigo Testamento como argumento em favor da justiça imputada. A respeito de Abraão, diz que ‘creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado [heb. chashav] isto por justiça’ (Gn 15.6). Isto ocorreu antes de Abraão ter obedecido a Deus no tocante a circuncisão, sinal da aliança. De modo talvez ainda mais dramático, Paulo cita Salmos 32.2, no qual Davi pronuncia uma bênção sobre ‘o homem a quem o Senhor não imputa maldade’ (Rm 4.8; 2Co 5.19) 

[...]” (PECOTA, Daniel B. A obra salvífica de Cristo. In HORTON, S. M. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 1996, p.372).

2. A justificação é um ato divino. A justificação é uma declaração de Deus, segundo a qual todos os processos da lei divina são plenamente satisfeitos, por meio da justiça de Cristo, em benefício do pecador que o recebe como salvador. Justificação significa mudança de posição espiritual diante de Deus: de condenados para justificados. Esta é a única maneira do homem ter comunhão com Deus, apresentando-se a Ele sem culpa.
A obra redentora resultante do sacrifício expiatório, efetuado por Cristo na cruz, propiciou a maior de todas as dádivas de Deus — a salvação do indigno e miserável pecador.
2. A justificação testificada pela lei e pelos profetas (v.21). A justificação do pecador, mediante o sacrifício vicário de Cristo, pode ser percebida por meio de várias profecias no Antigo Testamento (Is 53.11; 45.22-25; 61.10; Jr 23.6; 33.16; Sl 85.10; Gl 3.7). Em Gênesis 3.21, por exemplo, encontramos uma nítida figura do propósito divino neste sentido. Deus cobrira graciosamente a nudez de nossos primeiros pais, Adão e Eva, após terem pecado. Outro exemplo digno de nota é o de Abraão que foi justificado por Deus somente pela fé (Gn 15.6); fato transcendental que a Bíblia confirma em Romanos 4.3.
A lei mosaica não tinha a intenção de alcançar a justiça pelo esforço humano, mas de revelar a justiça de Deus (Rm 8.4; 10.4,10; At 10.39). Os sacrifícios da lei não visavam retirar os pecados, mas cobri-los temporariamente até que Cristo viesse como o sacrifício perfeito e substitutivo (Êx 12.1-23; Jo 1.29). As ordenanças, rituais, sacrifícios e princípios de vida piedosa ensinados no Antigo Testamento, embora divinamente inspirados, não podiam quitar as “dívidas” da humanidade, e muito menos, transformar o perdido pecador num justo.

FRUTOS DA JUSTIFICAÇÃO

1. A segunda seção de Romanos. Os capítulos 5 a 8 de Romanos registram os privilégios dos que são justificados pela fé: paz com Deus (Rm 5): união com Cristo (Rm 6); libertação da lei (Rm 7) e vida abundante no Espírito (Rm 8).
2. “Temos” ou “tenhamos”? (v.1). A expressão “tenhamos paz com Deus” não é apropriada nesse contexto. “Temos” é a tradução mais adequada, pois a “paz com Deus” nos toma aceitos por Cristo. E, dessa forma, não estamos mais sob a ameaça da ira de Deus. A palavra hebraica para “paz” é shalom, e a grega, eirene, que significa “completo”.
3. “Paz com Deus” (v.1). O homem no pecado é inimigo de Deus (v.10); mas quando é justificado pela fé em Jesus Cristo, é reconciliado com Deus, e essa reconciliação traz-lhe paz. Esse é o efeito imediato da justificação.
4. “Entrada pela fé a esta graça” (v.2a). Graça é favor imerecido. Nós não merecíamos a salvação, mas por Jesus, agora, temos acesso a esta graça. É Cristo quem introduz o pecador à presença de Deus. “Estamos firmes” significa o efeito contínuo da justificação.
5. “E nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (v.2b). “Gloriamos” revela o regozijo e o gozo inefável do crente como antecipação das bênçãos futuras. “Glória de Deus” é o mesmo que a manifestação de Deus. Aqui, é uma expressão que significa o céu, lugar da habitação de Deus e de sua manifestação.

II. O SOFRIMENTO

1. Gloriar-se nas tribulações (v.3a). O quadro glorioso registrado nos versículos 1 e 2 não significa uma vida totalmente isenta de tribulações. Jesus disse: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34)
Essas tribulações não são apenas dores, enfermidades, depressões, tristezas nem aflições; são também as pressões deste mundo hostil que crucificou o nosso Senhor Jesus Cristo (At 14.22). Jesus disse que no mundo teríamos aflição, mas que ficássemos seguros, pois Ele venceu o mundo (Jo 16.33).
2. Ser cristão não significa ser masoquista. Paulo não afirma nem dá a entender que ser cristão seja sentir prazer no sofrimento. Veja o que ele diz: “mas também nos gloriamos”. A Palavra é realista, mostrando que encontramos espinhos na jornada da vida cristã, e que, mesmo assim, o crente é feliz e glorifica a Deus. Isso em virtude da glória que em nós será revelada (Rm 8.18), e que traz resultados positivos para a vida cristã, pois tudo concorre para o bem dos que amam a Deus (Rm 8.28). Temos júbilos nas bênçãos e também nas tribulações.
3. “A tribulação produz a paciência” (v.3b). Aqui “paciência”, no grego, é hypomene, que vem de duas palavras gregas hypo, “sob” e o verbo meno, “permanecer”.
O referido vocábulo significa: “paciência, perseverança, firmeza, fortaleza”. É a virtude de alguém sofrer com resignação. Se não existisse sofrimento não existiria paciência. Estejamos certos de que o bem proveniente da paciência é maior que os males das tribulações.
4. A paciência produz a experiência (v.4a). A paciência nas perseguições torna o cristão aprovado e vitorioso (2Ts 1.4,5). Isso serve para o nosso amadurecimento e para uma maior aproximação com Deus.
5. A experiência produz a esperança (vv.4b,5). O caráter cristão é produzido em meio aos sofrimentos. É nessas circunstâncias que o Espírito Santo mais trabalha a nossa vida, gerando em nós a confiança de que Deus nos levará à glória do porvir. A esperança está entre as principais virtudes da fé cristã, ao lado do amor e da fé (1Co 13.13).

III. A MORTE DE CRISTO PELOS PECADORES

1. Quem pode garantir que essa esperança não falhe? A base da justificação são a morte e a ressurreição de Jesus Cristo (Rm 3.24-26; 4.25). Tudo isso provém do amor de Deus (v.8). Paulo demonstra nos vv.6-8 por que a esperança não falha. Ele apresenta duas provas: a evidência subjetiva e a evidência objetiva.
2. Prova subjetiva (v.5). O amor de Deus derramado em nossos corações, e isso através do Espírito Santo. Esta é a prova subjetiva. Interessante é que o apóstolo acrescentou: “que nos foi dado”. O Espírito Santo nos foi dado quando recebemos a Jesus Cristo como Salvador.
Nada no mundo pode roubar a convicção da vida eterna, pois o Espírito Santo de Deus “testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16). E algo que Deus colocou em nós, e está dentro de nós. Esse amor de Deus inunda todo o nosso ser de esperança e de júbilo. Essa prova, porém, não serve para os outros, mas só para quem tem essa comunhão com Deus.
3. Prova objetiva (vv.6-8). O amor de Deus está no fato de haver Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. A morte de Jesus é um fato histórico. Por isso é uma prova objetiva.
Éramos inimigos de Deus; ultrajávamos o seu santo nome com palavras e ações. Que interesse Deus poderia ter por nós? Paulo diz: “pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer” (v.7). Ora, se Deus se interessou por nós quando ainda éramos seus inimigos, quanto mais agora que estamos reconciliados com Ele. A morte de Jesus é a prova objetiva e externa do amor de Deus por nós (Jo 3.16).

IV. A RECONCILIAÇÃO DOS PECADORES

1. “Muito mais” (vv.9,10). O argumento do apóstolo é indestrutível. No capítulo 5 de Romanos, ele usa quatro vezes a expressão “muito mais”. Duas com referência à segurança do crente, e outras duas (vv.15-17) acerca da abundância da graça. Nós, que estávamos em estado de miséria, e éramos rebeldes e inimigos de Deus, fomos alvos de seu amor inaudito. Fomos justificados no tempo presente. Portanto, “muito mais” agora, que somos filhos de Deus, estamos, por Ele, livres da condenação futura (1Ts 1.10).
2. Reconciliação (v.11). O referido substantivo só aparece quatro vezes no Novo Testamento grego, e vem do verbo katallasso, “reconciliar”. Quanto ao verbo reconciliar, encontrado nestas passagens: Rm 5.10; 1Co 7.11; 2Co 5.18-20, significa mudar de inimizade para amizade. Foi isso que aconteceu entre nós e Deus!

II. A JUSTIÇA DE DEUS

1. A justiça de Deus na dispensação da graça. A expressão “justiça de Deus”, na Epístola aos Romanos (1.17; 3.21,22) e em outras passagens, refere-se ao tipo de justiça que o Senhor aceita para que o homem tenha comunhão com Ele. Essa justiça resulta da nossa fé em Cristo segundo o evangelho. Em outras palavras, a justiça é o próprio Cristo (1Co 1.30; 2Co 5.21; Fp 3.9).
Por ter sido um ardoroso representante do legalismo, Paulo não cessava de enaltecer a manifestação da justiça divina em sua vida (Fp 3.4-6). Não perdia a chance de enfatizar que é impossível ao homem justificar-se diante de Deus através de suas próprias obras (Fp 3.9; Gn 2.16; Tt 3.5).
2. A justiça de Deus pela fé. Na Epístola aos Romanos, capítulos 3 e 4, Paulo ensina que não há outro meio pelo qual o homem alcance a salvação senão pela fé em Cristo. Por sua vez, o escritor aos Hebreus, no capítulo 11 de sua epístola, mostra que somente pela fé o crente será vitorioso em todos os sentidos.
Este mesmo princípio é encontrado em Romanos 4.5, onde a Bíblia declara que quem “não pratica (boas obras), porém crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça”.

III. CARACTERÍSTICAS DA JUSTIFICAÇÃO DIVINA

1. A justiça divina alcança a todos. Assim como o pecado tornou-se universal, a justificação destina-se a todos quantos queiram ser salvos (Tt 2.11). A expressão “para que todo aquele que nele crê não pereça” (Jo 3.16) abrange a todos, indistintamente.
Todos os que se arrependem de seus pecados e crêem em Jesus como Salvador não perecerão, mas terão a vida eterna. E é tudo pela graça de Deus, conforme está escrito: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20). Esta “multiforme graça” alcança de igual modo todas as pessoas de todas as raças, culturas, níveis sociais, idades e circunstâncias (Jo 6.37). Ninguém é bom o suficiente para se salvar, como também não é tão mau que não possa ser salvo por Jesus.
2. A justiça de Deus é concedida gratuitamente mediante a graça. Desde que Adão e Eva pecaram contra o Senhor, a lei não tem feito outra coisa senão revelar a culpa universal do ser humano e a justiça do Todo-Poderoso. A graça que procede do amor do Pai reina por meio da justiça, como afirma Romanos 5.21.
É mediante o sacrifício de Cristo sobre a cruz, como perfeito substituto do culpado, que Deus justifica o pecador, quando, arrependido, crê em seu Filho para a salvação (Gn 3.13; 1 Pe 2.24; Rm 10.10). Esta é a maior demonstração da justiça divina. O Altíssimo continua sendo justo mesmo justificando um pecador (Rm 3.26).
3. É propiciada por Cristo (v.25). “Ao qual Deus propôs para propiciação no seu sangue”. Propor significa “apresentar perante todos”, ou seja, o Pai constituiu o Filho, feito homem perante o mundo, como Salvador da humanidade (Jo 1.14; Mt 1.20-23; Gl 4.4,5).
“Propiciação” (v.25) é Cristo morrendo em lugar dos perdidos a fim de salvá-los. É a remoção da ira divina por meio de uma oferta, de uma dádiva.
O Tabernáculo com seus objetos, sacrifícios e sacerdócio prefigurou como sombra, entre outros elementos da salvação, a propiciação. Onde há sombra há realidade (Cl 2.16,17; Hb 10.1). Examine também: Sl 32.2; Mt 20.28; Jo 1.29; Rm 4.7,8; 1Co 15.3; 2Co 5.19,2; 1Jo 2.2; 4.10. Propiciação é uma referência ao propiciatório. Este encontrava-se no Lugar Santíssimo do Tabernáculo onde o sumo sacerdote entrava apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação, para sacrificar em favor do povo. Ali, ele aspergia o sangue expiador do sacrifício como símbolo da quitação ou remissão correspondente ao castigo de seus pecados e dos pecados do povo.
Jesus é o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Is 53; Jo 1.29; Lc 23.46; Gl 4.4,5). Foi Deus que estabeleceu todas as coisas concernentes a Jesus, a fim de salvar-nos (At 2.23). Expiação tem a ver com o pecado; propiciação, com a atitude de Deus para com o pecador arrependido; e redenção, com a pessoa do pecador. Tudo efetuado por Deus em Cristo (1Tm 2.6; 1Pe 1.18,19; At 20.28).
4. É outorgada por Deus. A justificação do pecador perante Deus procede da sua graça (Rm 3.24) . Ela foi efetuada e é garantida pelo sangue de Jesus, como sua base (Rm 5.9). É obtida através da nossa fé em Cristo (Rm 3.28); a fé sem as obras humanas é o meio estipulado por Deus para nossa justificação (Gl 2.16). A ressurreição de Cristo é a garantia da perenidade de nossa justificação (Rm 4.25). Se alguém deseja ser justificado e sair da lista dos que estão sob a ira de Deus, deve crer em Cristo (Rm 1.16,17; 3.3,21,22). O único requisito estabelecido por Deus para que o pecador seja justificado é que venha a Cristo pela fé, aceitando-o como seu único Salvador.

IV. A MENSAGEM PROVENIENTE DA CRUZ DE CRISTO

1. Salvação sem vanglória e méritos humanos. Visto que a nossa salvação consiste somente na obra redentora de Cristo consumada na cruz, o homem não tem motivo algum para se vangloriar porque “nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”, a não ser o nome de Jesus (At 4.12).
2. Salvação oferecida a todos. A preservação da vida de Raabe e sua família (Hb 11.31); a bênção sobre a vida de Rute (Rt 4.13-22); e a cura de Naamã (2 Rs 5.1-14), são apenas alguns exemplos de que Deus é Senhor e abençoador de todos. Ele quer salvar a todos (Tt 2.11; Mt 11.28; Jo 6.37; Ef 4.6). O profeta Jonas testificou que Deus é misericordioso para aceitar a qualquer um que se arrependa de seus pecados (Jn 4.2). O Evangelho de João 1.12 confirma este propósito de Deus: salvar a todos (Jo 1.12). Jesus também o declarou (Jo 3.17; 5.24). Infelizmente, muitos são os que rejeitam o convite da graça de Deus e acabam por desprezar a Cristo, acarretando sobre si a ira divina. 
O castigo divino pelo pecado não poderia ser protelado indefinidamente. A justiça divina concernente aos delitos do homem deveria ser satisfeita. Assim, Cristo veio e satisfez em definitivo nossa dívida no Calvário, tornando-nos, a todos os que cremos nEle, justificados perante Deus. 
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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