LIÇÕES BIBLICAS JOVENS CPAD LIÇÕES N.1-6
Lições Bíblicas CPAD
Adultos
1º Trimestre de 2015
Título: A Lei de Deus — Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança
Comentarista: Esequias Soares
Lição 1: Deus dá sua Lei ao povo de Israel
Data: 4 de Janeiro de 2015
TEXTO ÁUREO
“Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas” (Rm 9.4).
VERDADE PRÁTICA
Uma nova nação despontava no horizonte e precisava de uma legislação que definisse as bases em que o povo devia viver, isto é, fundamentado nas promessas feitas aos patriarcas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 34.27
A promulgação da lei é a cerimônia oficial do concerto que Deus fez
Terça - Êx 19.8
Israel faz voto de fidelidade e obediência à lei de Deus
Quarta - Gn 15.18
Deus já havia feito um concerto com Abraão
Quinta - Gn 26.28-30
Era comum celebrar um concerto com festa
Sexta - Rm 7.12
A lei é santa e veio de Deus, portanto, era preciso observá-la
Sábado - Ne 8.1
A origem da lei é o próprio Deus, por isso era preciso obedecer-lhe
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20.18-22,24; 24.4,6-8.
20.18 - E todo o povo viu os trovões, e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso, retirou-se e pôs-se de longe.
19 - E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos.
20 - E disse Moisés ao povo: Não temais, que Deus veio para provar-vos e para que o seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis.
21 - E o povo estava em pé de longe: Moisés, porém, se chegou à escuridade onde Deus estava.
22 - Então, disse o SENHOR a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que eu falei convosco desde os céus.
24 - Um altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas: em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei ali e te abençoarei.
24.4 - E Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;
6 - E Moisés tomou a metade do sangue e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar.
7 - E tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o SENHOR tem falado faremos e obedeceremos.
8 - Então, tomou Moisés aquele sangue, e o espargiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que o SENHOR tem feito convosco sobre todas estas palavras.
OBJETIVO GERAL
Explicar o processo de desenvolvimento da Lei de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo 1 refere-se ao tópico I com os seus respectivos sub tópicos.
- 1. Conhecer como a Lei foi promulgada.
- 2. Afirmar a autoria de Moisés.
- 3. Conceituar “Concerto” ou “Aliança”.
- 4. Classificar os sacrifícios que foram estabelecidos com a Lei.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Caro professor, uma nova revista foi pensada, reformulada e elaborada especialmente para você. A equipe de Educação Cristã da CPAD tem o prazer de apresentar uma revista com um formato novo a fim de estudarmos a Bíblia.
A revista Lições Bíblicas do professor, traz as seguintes seções como novidades: o objetivo geral da lição; os específicos; o ponto central, e outros pontos específicos que podem ser explorados por você de acordo com a realidade da sua classe. A criatividade do professor e sua competência em sala de aula contarão muito para o trimestre ser um sucesso. Para conhecer o restante das seções da revista, solicite a cartilha do novo currículo CPAD. Ela pode ser encontrada nas livrarias CPAD, livrarias colaboradoras e no site da Editora.
O tema desse primeiro trimestre é Os Dez Mandamentos — Valores Divinos para uma sociedade em constante mudança.O comentarista da revista é o pastor Esequias Soares, um dos mais renomados biblistas do pentecostalismo brasileiro, líder da Assembleia de Deus em Jundiaí (SP) e presidente da Comissão de Apologética da CGADB. Mestre em Ciências das Religiões, graduado em línguas orientais e autor de várias obras publicadas pela CPAD.
Desejamos um ótimo ano! Ótimo trimestre!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PONTO CENTRAL
Deus revelou a sua Lei aos homens através de Moisés, o seu servo. Mas a revelação plena consiste em Cristo, o Filho de Deus.
O tema do presente trimestre são os Dez Mandamentos, a base de toda a legislação mosaica. Aqui vamos iniciar com a solenidade da promulgação da lei, no Sinai, a cerimônia do concerto que Deus fez com Israel. O evento envolveu holocaustos e a leitura do livro da lei num ritual com profundas implicações messiânicas.
I. A PROMULGAÇÃO DA LEI
1. A solenidade. O ritual do concerto e da promulgação da lei no pé do monte Sinai aconteceu cerca de três meses após a saída de Israel do Egito (Êx 19.1-3). Os israelitas permaneceram ali durante um ano (Nm 10.11,12). A revelação da lei começa aqui e vai até o livro de Levítico (Lv 27.34). O livro de Números registra as jornadas de Israel no deserto, e Deuteronômio é o discurso em que Moisés recapitula a lei e traz ao povo uma reflexão sobre os acontecimentos no deserto desde a saída do Egito, exortando Israel à fidelidade a Deus (Dt 1.3; 4.1).
2. A credibilidade de Moisés. Diante de tudo o que aconteceu, quem poderia questionar a legitimidade de Moisés como mediador entre Deus e o povo? Quem podia duvidar da autenticidade e da autoridade da lei (Êx 20.22)? Não seria exagero afirmar que Deus quis fortalecer a autoridade de Moisés com aquelas manifestações sobrenaturais (Êx 19.9). A manifestação visível do poder de Deus ao povo era uma prova irrefutável de sua origem divina (Êx 20.18-22; 19.16-19). As coisas de Deus são sempre às claras. Uma das grandezas do cristianismo é que ele foi erigido sobre fatos. Os evangelhos estão repletos dos milagres que Jesus operou diante do povo (Jo 18.19-21).
3. A lei. A lei de Moisés é o alicerce de toda a Bíblia, e os judeus a consideram “a expressão máxima da vontade de Deus”. O termo hebraico torah aparece no Antigo Testamento como “instrução, ensino, lei, decreto, código legal, norma”, e vem da raiz de um verbo que significa “instruir, ensinar”. A Septuaginta emprega a palavra grega nomos, “lei, norma”, usada também no Novo Testamento. Além de designar toda a legislação mosaica (Dt 1.5; 30.10) — o Pentateuco (Lc 24.44; Jo 1.45) — indica também o Antigo Testamento (Jo 10.34,35; Rm 3.19; 1Co 14.21). Segundo os antigos rabinos, a lei contém 613 preceitos contendo 248 mandamentos e 365 proibições.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A Lei foi entregue a Moisés no Monte Sinai. O legislador de Israel cumpriu o papel de mediador entre a vontade de Deus e o povo de Israel.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Prezado professor, neste tópico consta a explicação do processo de promulgação da Lei de Deus ao seu servo, Moisés. As perguntas “Como a Lei surgiu?”; “Quem a ditou?” e “Quem a recebeu?” são pertinentes para ministrá-las na aula. Aqui, o autor propõe-se respondê-las. Por isso, o desenvolvimento deste tópico será de grande importância para o aluno conhecer a revelação da Lei a fim de que tenha o conhecimento bíblico básico para acompanhar o desdobramento dos Dez Mandamentos ao longo da revista. Portanto, algumas questões são importantes, também, serem esclarecidas para a classe; “Em que livro do Pentateuco inicia a revelação da Lei?”; “Quem fazia a mediação entre Deus e o povo?”; “Qual é o significado da palavra torah?”.
Sugerimos ao professor responder a essas perguntas de modo que os alunos compreendam as informações básicas a respeito da Lei revelada no Pentateuco. Bons comentários bíblicos sobre o Pentateuco poderão auxiliá-lo.
II. OS CÓDIGOS
1. Classificação. Os críticos costumam fragmentar os escritos de Moisés. Consideram a legislação mosaica uma coleção de diversos códigos produzidos num longo lapso de tempo. A classificação apresentada é a seguinte: os Dez Mandamentos encabeçam a lista desses expositores (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21). Em seguida, há o que eles denominam Código da Aliança (Êx 20.22-23.33). O que vem depois é o Código de Santidade (Lv 17-26). O Código Sacerdotal é o restante do livro de Levítico e o Código Deuteronômico (Dt 12-26).
2. O que há de concreto? Estas seções ou códigos são realmente identificáveis no Pentateuco; no entanto, é inaceitável a ideia de sua existência independente de cada um deles na história. O argumento dos críticos contraria todo o pensamento bíblico. Não existem provas bíblicas nem extrabíblicas de qualquer código isolado no Antigo Israel. A Bíblia inteira atribui a autoria a Moisés, e o próprio Senhor Jesus Cristo chamava o Pentateuco de “lei de Moisés” (Lc 24.44).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Embora os críticos bíblicos afirmem que os escritos atribuídos a Moisés são fragmentados, a Bíblia inteira, bem como o testemunho de Jesus Cristo, atribui a Moisés a autoria do Pentateuco (Lc 24.44).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Pentateuco apresenta-se basicamente como obra de Moisés, um dos primeiros e certamente o maior profeta do Antigo Testamento (Nm 12.6-8; Dt 34.10-12). Deus comumente falava por Moisés de viva voz, como também fez mais tarde com os profetas, mas a atividade de Moisés como escritor também é mencionada muitas vezes (Êx 17.14; 24.4,7; 34.27, Nm 33.2; Dt 28.58,61; 29.20-27; 30.10; 31.9-13,19,22,24-26).
[...] A razão de Moisés e os profetas registrarem por escrito a mensagem de Deus, não se contentando apenas em entregá-la oralmente, era que às vezes a enviavam a outros lugares (Jr 29.1; 36.1-8; 51.60,61; 2Cr 21.12). Mas, na maioria das vezes, era para preservá-la para o futuro, como um memorial (Êx 17.14) ou uma testemunha (Dt 31.24-26), a fim de que ficasse escrita para o tempo vindouro (Is 30.8). A falibilidade da tradição oral era bem conhecida entre os escritores do Antigo Testamento. Temos uma lição prática disso quando da perda do Livro da Lei durante os maus reinados de Manassés e Amom. Quando foi redescoberto por Hilquias, seus ensinamentos causaram grande choque, pois haviam sido esquecidos (2Rs 22-23; 2Cr 34).
Não podemos ter certeza de quanto tempo levou para que o Pentateuco alcançasse a sua forma final. Entretanto, vimos no caso do livro do concerto, cuja alusão reporta-se a Êxodo 24, que foi possível um documento pequeno, como Êxodo 20-23, tornar-se canônico antes que tivesse atingido o tamanho do livro do qual hoje faz parte. O livro de Gênesis também incorpora documentos antigos (Gn 5.1). Números inclui um trecho proveniente de uma antiga coleção de poemas (Nm 21.14,15), e Deuteronômio já era considerado canônico mesmo no tempo em que Moisés vivia (Dt 31.24-26), pois foi colocado ao lado da arca do concerto. Contudo, a parte final de Deuteronômio foi escrita depois da morte de Moisés” (COMFORT, Philip Wesley (Ed.). A Origem da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1998, pp.81-83).
III. O CONCERTO
1. O que é um concerto? O termo usado no Antigo Testamento para “concerto” é berit, “pacto, aliança”, que literalmente indica obrigação entre pessoas como amigos, marido e mulher; entre grupos de pessoas; ou entre divindade e indivíduo ou um povo. Sua etimologia é incerta. A Septuaginta emprega o termo grego diatheke, “pacto, aliança, testamento”, ou seja, a mesma palavra usada por Jesus ao instituir a Ceia do Senhor. O Antigo Testamento fala de três concertos: com Noé, com Abraão e com Israel no monte Sinai (Gn 9.8-17; 15.18; Êx 24.8). O Novo Testamento fala do novo concerto que o Senhor Jesus fez com toda a humanidade (Mt 26.28; Hb 8.13).
2. Preparativos. Até este ponto na história dos israelitas, Deus vinha agindo em cumprimento às promessas feitas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (Gn 15.18; 17.19; Êx 2.24). Essa promessa precisava ser levada avante. Agora os filhos de Israel formavam um grande aglomerado de pessoas, e essa multidão precisava ser organizada como nação e estabelecida uma forma de governo com estatutos que constituíssem sua lei.
3. O concerto do Sinai. O concerto do Sinai não era apenas a ratificação da promessa feita a Abraão, mas sua aprovação oficial (Gn 15.18; Gl 3.17). As duas partes envolvidas eram, de um lado, o grande Deus Jeová: “se diligentemente ouvirdes a minha voz” (ÊX 19.5); e, de outro, Israel: “Tudo o que o SENHOR tem falado faremos” (Êx 19.8). O povo reafirma esse compromisso mais adiante (Êx 24.7). Era um concerto temporal, local e nacional com mediador falível, ao passo que o de Cristo tinha aplicação universal, foi em favor de toda a raça humana e o Mediador era perfeito.
4. O livro do concerto. Moisés “tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo” (24.7). O concerto foi feito sob as palavras desse livro que continha os mandamentos e os direitos e deveres para a vida de Israel (24.8). Deus já havia mandado Moisés escrever os acontecimentos ocorridos até a guerra dos amalequitas (Êx 17.14). Mas aqui o texto se refere a uma coleção de ordenanças escritas pelo próprio Moisés (24.4). Segundo Umberto Cassuto, professor das universidades de Milão, Roma e Jerusalém, esse livro continha Êxodo 19—20.19 e 20.22—23.33. Nessa época, a revelação do Sinai ainda estava em andamento.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Enquanto o Antigo Testamento fala de três concertos — os de Noé, Abraão e Israel — o Novo revela uma nova e suficiente aliança: Jesus Cristo se fez homem.
IV. O SACRIFÍCIO
1. Os holocaustos. A solenidade foi celebrada com sacrifícios de animais (20.4). O holocausto, olah, em hebraico, significa “o que sobe”, pois a queima subia em forma de fumaça, como cheiro suave diante de Deus. Neste sacrifício, a vítima era completamente queimada como sinal de consagração do ofertante a Deus. A Septuaginta emprega holokautoma, derivado de duas palavras gregas: holos, “inteiro, completo, total”, e kaustos, “queima”. Ou seja, uma oferta totalmente queimada, ou completamente queimada no altar, era considerada o mais perfeito dos sacrifícios.
2. O sangue. Deus mandou Moisés oferecer o sacrifício do concerto e aspergir o sangue sobre o altar e o povo (24.6,8). Todo o sistema sacrifical fundamenta-se na ideia de substituição, e isso implica expiação, redenção, perdão e sacrifício vicário à base de sangue (Lv 17.11). O sangue aqui era o ponto de união entre Deus e seu povo; com ele, Israel começava uma nova etapa em sua história (Sl 50.5). O escritor aos Hebreus lembra que o concerto do Sinai foi celebrado com sangue e faz uma analogia com a Nova Aliança, porque o Senhor Jesus a selou com seu próprio sangue (Hb 9.18-22).
3. A aspersão. Moisés colocou metade do sangue em bacias e aspergiu outra metade sobre o altar (24.6). O sangue das bacias foi aspergido sobre o povo, como recipiente das bênçãos de Deus e parte do concerto. O sangue do altar representa o próprio Deus, a outra parte da aliança, visto que sem derramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22). Tudo isso era também um prenúncio da redenção em Cristo.
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
Deus informou a Moisés, na Lei, a constituição de sacrifícios santos: os holocaustos; derramamento de sangue; aspersão do sangue.
CONCLUSÃO
A grandeza do acontecimento no Sinai mostra a natureza sem igual da cerimônia, algo nunca visto. Era a manifestação do próprio Deus de maneira explícita diante de todo o povo. O que devemos aprender é que a observância meramente exterior, destituída de significado interior, não passa de simples cerimônia. A riqueza espiritual e seu significado residem na figura do Filho de Deus e no cumprimento do concerto em Cristo.
VOCABULÁRIO
Promulgada: Publicada; tornada pública.
PARA REFLETIR
Sobre a lei de Moisés e a lei de Cristo, responda:
Qual é a maior e a mais completa lei: a de Moisés ou a de Cristo?
Ouça as respostas dos alunos com atenção. Em seguida, explique que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei, de modo que toda a moral contida no sistema mosaico foi incorporada e restaurada sob a graça derramada por Jesus através do sacrifício do Calvário. O mandamento de Cristo é a lei do amor, o mais importante mandamento (Rm 13.10).
É correto anular a lei de Moisés em nome da Graça?
Embora a lei tenha a sua importância, servindo durante um longo tempo como um “pedagogo” para o pecador, ela não tem mais domínio sobre nós. Isso não quer dizer que a lei foi anulada, mas efetivamente cumprida por Jesus e, por essa razão, vivemos debaixo da Graça (Gl 3.23-25).
O sistema de sacrifício judaico tem algum significado para os cristãos?
Sim, mas se trata de um significado simbólico. Todo o sistema de sacrifício do judaísmo fundamentava-se na ideia de substituição, expiação, redenção, perdão e sacrifício à base de sangue. Todo esse sistema era como sombra, porque Jesus Cristo selou uma nova aliança com a humanidade por meio do seu sangue (Hb 9.18-22). Ele expiou todos os nossos pecados.
A quem devemos obedecer: a Moisés ou a Jesus?
Jesus é maior que Moisés. Logo, todo o ensino de Moisés, no Antigo Testamento, deve ser compreendido à luz do Evangelho de Cristo (Hb 3.1-6).
Qual é o nosso maior modelo de vida?
Jesus Cristo (Fp 2.5-11).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Deus dá sua lei ao povo de Israel
Currículo novo, escola Dominical nova! É o que deseja o Departamento de Educação Cristã neste Ano Novo de 2015. Desafios modernos exigem uma nova maneira de se fazer a Educação Cristã em nossa nação. Precisamos pensar a fé de forma a falar ao coração das pessoas, desde as mais simples às mais doutas. Não é uma tarefa fácil, pois o currículo da CPAD atende ao Brasil inteiro, um país continental. Por isso, temos diferentes realidades em nosso país: as do Sudeste diferem das do Centro-Oeste; as do Nordeste, das do Norte etc. Assim vamos proclamando e ensinando o Evangelho, confiando em Deus e em você, professor. Sim, você é quem pode contextualizar o que não é possível fazê-lo. É o professor quem conhece o aluno, cada pessoa, cada vida, cada família. É você, professor, quem pode fazer as lições da CPAD, principalmente a Bíblia, fazerem sentido para as pessoas, desde ribeirinhas às grandes metrópoles. Muito nos honra chegar ao querido professor!
Sobre a lição
A primeira lição do novo currículo estuda “Os Dez Mandamentos”. Num tempo marcado pelas tentativas de desconstrução da herança civilizatória ocidental (Jerusalém, Atenas e Roma) — isto é, as contribuições das culturas judaica (noções morais), grega (a filosofia, a política e a literatura) e romana (do direito e das instituições) —, torna-se imperioso iniciarmos este novo ano estudando as leis divinas.
O que os Dez Mandamentos têm a nos dizer hoje? Uma pergunta honesta que o professor deve fazer. Os princípios descritos ali são tão atuais como os eram outrora? Quando lemos os Dez Mandamentos, quase sempre, não paramos para refletir no contexto de libertação em que o povo judeu estava situado. Geralmente olhamos para os mandamentos como “leis fixas ou regras duras” e não damo-nos conta de que a existência deste código divino tinha o objetivo de garantir a liberdade recém-conquistada pelos israelitas.
Há pouco, o povo judeu fora liberto da opressão dos egípcios. Os israelitas sofreram as influências da cultura, da religião, da filosofia de vida egípcia, etc. Não há como ficar incólume sob 430 anos de influência em uma cultura majoritária como a do Egito Antigo. Por isso, a providência divina foi a de estabelecer princípios divinos e de vida para os judeus a fim de que o processo de libertação do povo não fosse em vão. Voltar ao “espírito” do Egito, em pleno deserto, seria a sombra que os hebreus conviveriam por 40 longos anos. Mas, Deus estava disposto a libertá-los para sempre dessa sombra.
Lições Bíblicas CPAD
Jovens
1º Trimestre de 2015
Título: Eu Creio — Revelando ao mundo suas convicções cristãs
Comentarista: Alexandre Claudino Coelho
Lição 2: Eu creio em Deus Filho
Data: 11/01/2015
TEXTO DO DIA
“Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1Tm 2.5).
SÍNTESE
Jesus Cristo é o Filho de Deus, que foi enviado ao mundo para salvar a humanidade de seus pecados. Ele foi morto, ressuscitou e um dia voltará para buscar a sua Igreja.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
O Filho de Davi (Lc 1.32)
TERÇA
Maior que os anjos (Hb 1.6)
QUARTA
Venceu a morte (2Tm 2.8)
QUINTA
O Sumo Sacerdote (Hb 3.1)
SEXTA
Nosso Advogado (1Jo 2.1)
SÁBADO
Poderoso em obras (Lc 24.19)
OBJETIVOS
- COMPREENDER como se deu a concepção de Jesus e seu nascimento virginal.
- RECONHECER a importância da obra salvífica de Jesus.
- CONHECER e refutar algumas heresias a respeito da natureza de Jesus.
INTERAÇÃO
Nesta segunda lição, estudaremos a respeito do homem mais importante que já viveu nesta Terra, Jesus Cristo. As pessoas têm várias concepções a respeito dEle. Muitos o veem como uma figura mitológica, um homem importante, um profeta, um professor de moral, um mártir. Não faltam conceitos errados, em especial dentro de um campus universitário, a respeito de Jesus. Certa vez, Ele perguntou aos discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?”, Será que até seus discípulos tinham uma visão equivocada dEle? Com certeza. Alguns deles somente compreenderam quem realmente era Jesus depois da sua morte e ressurreição.
Que a aula de hoje venha contribuir para que seus alunos tenham uma visão correta a respeito do Salvador. Jesus não é um mito; Ele é o Filho de Deus que veio a este mundo com uma missão específica: salvar o que se havia perdido (o homem pecador).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza no quadro a tabela abaixo. Em seguida, pergunte aos alunos: “Quem é Jesus para você?”. Ouça-os. Depois, utilize a tabela para mostrar que Jesus possui todos os atributos divinos. Explique que Ele possui as duas naturezas, a divina e a humana. Ele é 100% homem e 100% Deus.
TEXTO BÍBLICO
Hebreus 1.1-8.
1 - Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho,
2 - a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
3 - O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas;
4 - feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
5 - Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
6 - E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
7 - E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labareda de fogo.
8 - Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição trataremos a respeito do Senhor Jesus Cristo. Veremos a sua importância na salvação da humanidade e algumas ideias equivocadas sobre a sua pessoa. Estudaremos também a respeito de sua humanidade e do seu ministério.
I. A CONCEPÇÃO DO FILHO DE DEUS E SEU NASCIMENTO VIRGINAL (Is 7.14; Mt 1.18-22)
1. O nascimento de Jesus. A Bíblia diz que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.31-35). O Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.1). Ele tem as duas naturezas, a humana e a divina. Por isso, pode nos compreender, amar e nos aceitar e perdoar os nossos pecados e nos dar a vida eterna.
Por meio de seu nascimento, Jesus teve um corpo visível. Deus, o Pai, não pode ser visto (1Tm 1.17). O apóstolo João destaca que mesmo sendo invisível, Deus foi conhecido por meio de Jesus: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer” (Jo 1.18). A partir do nascimento de Jesus, Deus foi revelado de forma especial (Lc 7.16).
2. Jesus Cristo é Deus. Jesus é chamado na Bíblia de Filho de Deus. Ele faz parte da Trindade. Tem atributos divinos, como onisciência, onipresença e onipotência (Jo 2.24). Certa vez, quando questionado por seus acusadores sobre seus ensinos, Jesus citou Abraão como uma pessoa que viu o tempo da sua vinda e se alegrou. Seus acusadores questionaram Jesus novamente, dizendo que o Senhor tinha menos de 50 anos, e nem sequer poderia ter visto Abraão, ao que Jesus respondeu: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou”. Essa expressão, “Eu Sou”, foi usada apenas por Deus no Antigo Testamento, e quando Jesus a utilizou, disse que era Deus. Portanto, Jesus sabia de sua natureza divina e não a escondeu daqueles que o perseguiam.
Pense!
Jesus foi concebido de forma sobrenatural, teve um corpo físico e foi chamado Filho de Deus com o objetivo de fazer Deus conhecido entre os homens.
Ponto Importante
Quando Jesus foi batizado, o próprio Deus deu testemunho da identidade dEle: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.
II. A OBRA SALVÍFICA DE JESUS CRISTO (Jo 1.41; 10.10; Lc 19.10)
1. Jesus fez obras prodigiosas. Ao longo de seu ministério, Jesus fez diversos milagres, o que comprova sua divindade e seu poder sobre a natureza, sobre as doenças e espíritos malignos. Ordenou uma pesca maravilhosa (Lc 5.4-6), multiplicou pães e peixes, curou diversas pessoas enfermas e ressuscitou mortos (Lc 7.11-16; 8.49-56). Todos os milagres realizados por Jesus tinham como objetivo levar o povo a crer e ser salvo. Ele declarou que veio ao mundo com a missão de salvar o que se havia perdido (Lc 19.10). Infelizmente, algumas pessoas querem ver milagres para crer no Filho de Deus, esquecendo-se de que bem-aventurados são aqueles que mesmo não vendo manifestações sobrenaturais creem no Filho de Deus (Jo 20.29).
2. Jesus morreu e ressuscitou por nossos pecados. Como um cordeiro a ser imolado, Jesus foi morto numa cruz. Ali Ele pagou a nossa dívida. Mas conforme as Escrituras afirmam, ao terceiro dia Ele ressuscitou. Essa vitória sobre a morte foi imprescindível para a nossa salvação, como diz Paulo: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1Co 15.17). E da mesma forma que o Senhor ressuscitou, aqueles que morreram antes da sua segunda vinda hão de ressuscitar para estarem com Ele (1Ts 4.16-18).
3. Só Jesus Cristo salva. Devido ao seu pecado, o homem tornou-se inimigo de Deus e precisava de reconciliação com o Pai. Porém como se harmonizar com o Criador?
Somente o sacrifício de Jesus na cruz pode justificar o homem e aproximá-lo novamente de Deus. A sua morte expiatória trouxe salvação a todo aquele que crê. Essa salvação, que traz o perdão dos pecados e o retorno à comunhão com Deus, só poderia ser concretizada por meio do sacrifício de um cordeiro imaculado e perfeito, Jesus (Jo 1.36).
Pense!
Jesus veio a este mundo com o objetivo de nos salvar, e para isso, ofereceu sua própria vida de forma poderosa em troca do perdão de Deus aos nossos pecados.
Ponto Importante
Somente Jesus Cristo pode salvar o homem dos seus pecados.
III. HERESIAS A RESPEITO DA NATUREZA DE JESUS CRISTO
1. Jesus se casou e teve filhos? Uma das heresias modernas acerca de Jesus é a que diz que o Senhor se casou com Maria Madalena e teve filhos com ela. Essa ideia está baseada na descoberta de um papiro de origem copta do século IV d.C, que traz a informação de um suposto casamento entre Jesus e uma mulher, Maria Madalena.
A Bíblia não diz que Jesus se casou e teve filhos. Se analisarmos os evangelhos, veremos que Ele teve uma vida itinerante por causa do seu ministério. Ele defendeu o casamento e condenou o divórcio, mas nenhum registro foi feito de um suposto casamento do Senhor. Seus discípulos não registram tal fato, e os pais da igreja também não falam desse assunto. Mesmo os críticos do Cristianismo consideram errado acreditar nessa ideia por estar baseada em um fragmento de papel que nem sequer foi identificado ou considerado digno de crédito.
2. Jesus não foi apenas um grande mestre moral? Há pessoas que acreditam que Jesus foi apenas um grande mestre ou no máximo um profeta. Mas Ele afirmou que era Deus (Jo 14.9). Jesus disse que era igual ao Pai (Jo 5.17.18). Jesus recebeu adoração como Deus, e seus inimigos reconheceram o teor das suas afirmações (Jo 10.33). Portanto, não se pode dizer que Jesus Cristo foi apenas um grande mestre, pois Ele afirmou que era Deus, e nos desafiou a confiar nEle para a nossa salvação.
3. Jesus foi mesmo um homem? Ao longo da história da igreja, houve quem imaginasse que Jesus Cristo não foi realmente um homem de carne e osso. Como homem, Jesus teve uma profissão secular — era carpinteiro, como seu pai, José (Mt 13.55) e pagou o tributo exigido por Roma (Mt 17.24-27). A Bíblia diz que Jesus foi um homem de carne e osso (1Tm 2.5). Ele foi batizado por João Batista (Mt 3.13-17), sentiu sono e dormiu (Mt 8.23-26), teve fome (Mt 4.2), comeu e bebeu (Mc 2.16). Como homem, após a ressurreição, Jesus desafiou Tomé a colocar o dedo nas chagas que recebeu quando foi crucificado (Jo 20.26-30).
Pense!
Existem diversas ideias a respeito de Jesus que tentam esvaziar o testemunho do Senhor sobre sua natureza e obra. Tais argumentos não resistem quando confrontados com a Palavra de Deus.
Ponto Importante
Conhecer a Jesus e reconhecê-lo como Filho de Deus faz diferença hoje e na eternidade.
CONCLUSÃO
Jesus Cristo disse que era o Filho de Deus e demonstrou sua natureza com sabedoria e poder. Ele entregou sua vida na cruz por nossos pecados, mas não foi retido pela morte, como os demais mortais. Ele ressuscitou e está assentado à destra de Deus, e um dia virá nos buscar para que vivamos com Ele na eternidade.
ESTANTE DO PROFESSOR
ELDREDGE, John. Um Mestre fora da Lei: Conhecendo a surpreendente, pertubadora e extravagante personalidade de Jesus.
ZACHARIAS, Ravi. Quem É Jesus? Contrapondo sua verdade à falsa espiritualidade dos dias atuais.
ZACHARIAS, Ravi. Quem É Jesus? Contrapondo sua verdade à falsa espiritualidade dos dias atuais.
HORA DA REVISÃO
1. Jesus foi gerado no ventre de Maria, porém foi concebido por quem?
A Bíblia diz que Jesus foi concebido pelo Espirito Santo (Lc 1.31-35).
2. Jesus tinha consciência de sua natureza divina?
Ele sabia de sua natureza divina e não a escondeu daqueles que o perseguiam.
3. O que comprovam os milagres de Jesus?
Comprovam sua divindade e seu poder sobre a natureza, sobre as doenças e espíritos malignos.
4. Quais eram os propósitos dos milagres?
Todos os milagres realizados por Jesus tinham como objetivo levar o povo a crer e ser salvo.
5. Você crê na divindade e humanidade de Jesus?
Resposta pessoal.
SUBSÍDIO
O JESUS HISTÓRICO
“No século XIX, iniciou-se uma busca pelo Jesus histórico, na tentativa — sujeita às severas pressuposições antissobrenatural da alta crítica — de destilar fatos que os estudiosos liberais pudessem aceitar, para então compilar um quadro que fosse relevante e compreensível às pessoas modernas. Tal empenho acabou por forçar uma cunha entre o Jesus histórico — que supostamente poderia ser conhecido somente através da crítica racionalística e histórica dos evangelhos — e o Cristo da fé. Este último era considerado muito maior que o histórico, porque a fé que os escritores dos evangelhos depositavam nEle os levou a apresentá-lo com base no que era pregado — o querigma — mais do que em fatos históricos (conforme os liberais os definiam)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.302).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens
1º Trimestre de 2015
Título: Eu Creio — Revelando ao mundo suas
convicções cristãs
Comentarista: Alexandre Claudino Coelho
Lição
3: Eu
creio no Deus Espírito Santo
Data: 18/01/2015
TEXTO DO DIA
“Mas aquele
Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas
as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo
14.26).
SÍNTESE
O Espírito Santo de Deus é o Consolador prometido por Jesus para
estar conosco, nos orientar e habitar em nós, a fim de que produzamos frutos em
prol do Reino de Deus.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
Enviado por Deus (Jo 14.16)
TERÇA
Jesus Cristo foi cheio do Espírito Santo (At 10.38)
QUARTA
E dado a quem o pedir (Lc 11.13)
QUINTA
Reparte os dons (1Co 12.11)
SEXTA
Orienta a igreja (At 13.2)
SÁBADO
Enche-nos de alegria (At 13.2)
OBJETIVOS
- COMPREENDER que o
Espírito Santo é uma pessoa.
- RECONHECER a atuação
do Espírito Santo na Bíblia.
- CONHECER como o
Espírito Santo age na vida do crente.
INTERAÇÃO
Professor, você crê que o Espírito Santo é Deus? Se sua resposta
foi afirmativa, com certeza você não terá dificuldades em trabalhar o conteúdo
desta lição com seus alunos. Infelizmente muitos crentes, até mesmos
pentecostais, têm um conceito errado a respeito da Terceira Pessoa da Trindade.
Segundo Stanley Horton, o “Espírito Santo tem sido negligenciado no decurso dos
séculos”. O Consolador não é apenas uma força ou uma influência, Ele é Deus e
tem revelado à humanidade o Deus Pai e o Deus Filho. Nesta lição também
estudaremos a respeito do fruto e os dons do Espírito Santo. Conte com Ele no
preparo e na execução de sua aula.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, depois de orar para dar início à aula, faça a
seguinte indagação: “O Espírito Santo é uma pessoa?”. Incentive a participação
de todos. Ouça seus alunos. Em seguida, utilize o quadro abaixo para explicar
aos alunos que a Bíblia revela, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, que
o Espírito Santo é Deus. Leia as referências com os alunos e enfatize que o
Consolador é a Terceira Pessoa da Trindade.
TEXTO BÍBLICO
Atos
1.6-8; 2.1-4; 13.1-4.
Atos 1
6 - Aqueles, pois, que se haviam reunido
perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
7 - E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos
ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
8 - Mas recebereis a virtude do Espírito Santo,
que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em
toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
Atos 2
1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam
todos reunidos no mesmo lugar;
2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um
vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 - E foram vistas por eles línguas repartidas,
como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 - E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram
a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que
falassem.
Atos 13
1 - Na igreja que estava em Antioquia havia alguns
profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio,
cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
2 - E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o
Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado.
3 - Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles
as mãos, os despediram.
4 - E assim estes, enviados pelo Espírito Santo,
desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito da Pessoa do Espírito Santo.
Veremos que Ele faz parte da Santa Trindade. Ele é o Consolador que nos conduz
e faz com que venhamos a dar frutos, também nos batiza, de forma que, por meio
desse batismo, sejamos revestidos de poder, conforme disse Jesus, para
testemunhar acerca do Evangelho. Que possamos aprender mais sobre a Terceira
Pessoa da Trindade, e não sejamos como os discípulos em Éfeso, que responderam
a Paulo: “Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo” (At 19.2).
I.
O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA (Jo 14.26; Mt 12.32; At 5.3)
1. A Terceira Pessoa da Trindade. Quando se fala da Trindade, deve-se levar em
conta que estamos falando de um Deus em três pessoas, cada uma distinta da
outra, mas atuando com o mesmo objetivo, em unidade. Elas podem ser
identificadas separadamente, mas não podem ser separadas, pois têm a mesma
essência. O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade. O Espírito Santo é
Deus. Se por um lado se revela como o Deus Criador e Pai, o Filho se revela e
age como o Salvador, o Espírito Santo se manifesta como aquEle que conduz o
homem a Cristo, o santifica e consola, preparando-o para a segunda vinda de
Jesus e para a vida eterna. Como Deus, Ele é eterno (Hb 9.14), onisciente (1Co
2.10,11), onipresente (Sl 139.7-10) e onipotente (Lc 1.35).
2. Provas de sua pessoalidade. A Bíblia nos proporciona diversas referências
que mostram a pessoalidade do Espírito Santo. Ele se entristece (Ef 4.30), tem
vontade (1Co 12.11) e fala (Ap 2.7), pode ser resistido (At 7.51), ofendido (Mc
3.29). Ele oferece suas virtudes (At 1.8), nos ajuda em nossas fraquezas (Rm
8.26) e não pode ser enganado (At 5.3). Pode consolar pessoas e igrejas (At
9.31). De forma incontestável, a Bíblia se refere ao Santo Espírito como alguém,
e não como uma coisa ou energia. O Consolador também é conhecido como Espírito
da Verdade (Jo 16.13), Espírito de Amor e de Poder (2Tm 1.7), Espírito de
Sabedoria e Revelação (Ef 1.17).
Pense!
O Espírito Santo é uma pessoa, e a Bíblia nos dá mostras de sua
personalidade e atuação na história.
Ponto
Importante
O Espírito Santo não é uma força ou poder, Ele é uma pessoa
divina.
II.
O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA
1. No Antigo Testamento. O Espírito Santo no Antigo Testamento atuou
diretamente com Deus-Pai no princípio, movendo-se sobre a face das águas (Gn
1.2) e dando vida à criação.
Na Lei, é dito que Deus ia tirar do Espírito que estava sobre
Moisés para colocar sobre os setenta anciãos que ajudariam o legislador na
gestão do povo que saíra do Egito (Nm 11.16,17). Deus não tirou o espírito de
Moisés, e sim partilhou o seu Espírito Santo para capacitar seus auxiliares. O
Espírito Santo também capacitou Gideão a lutar pela libertação de Israel (Jz
6.33,34), quando estavam sendo oprimidos pelos amalequitas e midianitas. O
Espírito Santo vinha sobre Sansão (Jz 14.6) e também usava os profetas para
falarem em nome do Senhor (2Pe 1.21).
De forma geral, entende-se que o Espírito Santo, no Antigo
Testamento, vinha sobre a pessoa, mas não habitava na pessoa. E quando uma
pessoa era usada por Deus, era um momento específico, e não de forma constante.
2. No Novo Testamento. Nas páginas do Novo Testamento, o Espírito
Santo é apresentado como a pessoa que encheu a João Batista desde o ventre de
sua mãe (Lc 1.15), fez Zacarias profetizar (Lc 1.67), esteve com Jesus no seu
batismo e o preparou para o momento da tentação (Lc 3.22; 4.1). Ele agiu ao
longo do Livro de Atos, e inspirou Paulo, Pedro, Tiago, João e Judas a
escreverem as cartas às igrejas do primeiro século.
No Novo Testamento, o Espírito Santo faz morada no coração
daqueles que creem em Jesus e os capacita a servirem melhor ao Senhor, seja por
meio dos dons espirituais, seja por meio do fruto do Espírito.
3. O Espírito Santo e Jesus. Jesus e o Consolador estão intimamente
ligados. Os evangelhos mostram que Jesus, o Filho de Deus, foi gerado no ventre
de Maria pela ação do Espírito Santo (Mt 1.18). O Espírito Santo veio sobre
Maria quando ela concebeu (Lc 1.35). Mais tarde o mesmo Espírito veio sobre
Jesus quando este foi batizado por João Batista no Rio Jordão (Lc 3.21,22).
Segundo Stanley Horton, “o revestimento do Espírito Santo preparou Jesus para
enfrentar Satanás no deserto e para a inauguração de seu ministério terreno”.
Sem a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus, a promessa do
derramamento do Espírito Santo não poderia ser cumprida. Junto ao Pai, no céu,
Jesus continua derramando o Espírito Santo sobre a vida dos que creem, dando
cumprimento à profecia de Joel 2.28,29.
Pense!
As Escrituras mostram o Espírito Santo atuando com Deus no
Antigo Testamento, como guia do povo, e no Novo, no ministério de Jesus Cristo
e na própria Igreja.
Ponto
Importante
O Espírito Santo está presente em toda a Escritura Sagrada e
esteve presente na concepção e ministério do Senhor Jesus.
III.
O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE (Ef 5.18)
1. O batismo no Espírito Santo. O batismo no Espírito Santo, conforme descrito
na Bíblia, é uma capacitação dada por Deus aos seus servos, a fim de que
testemunhem de Jesus: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de
vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a
Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Conforme se encontra na
Bíblia, esse revestimento de poder é acompanhado da experiência de falar em
outras línguas. No dia de Pentecostes, os discípulos, no cenáculo, tiveram a
experiência do falar em línguas estranhas quando foram cheios do Espírito Santo
(At 2.4). Essa mesma experiência ocorreu em Atos 10.46, quando Pedro se
encontrava na casa de Cornélio e ali anunciava o Evangelho, e em Atos 19.6,
quando Paulo orou por um grupo de pessoas em Éfeso. Essas três referências
indicam que esse revestimento de poder é acompanhado pelo falar em outras
línguas, línguas que não foram aprendidas pelos falantes.
2. O fruto do Espírito. O chamado “fruto” do Espírito é a manifestação
do Espírito Santo em nossa vida, comportamento e ações. Paulo nomeia o fruto
desta forma: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão, temperança” (Gl 5.22). O fruto não surge de um momento para outro.
Ele leva tempo para surgir e se desenvolver. De igual modo, o atuar do Espírito
em nossa vida deve ser diário e crescente, de forma que possamos manifestar, em
nossas ações, o atuar do Espírito Santo.
3. Os dons do Espírito. Os dons espirituais são presentes de Deus para
os crentes, para que a igreja seja edificada, exortada e consolada. Não são
dados para que as pessoas que os recebem sejam consideradas mais santas ou
especiais. Lembremo-nos de que esses dons são oriundos do Espírito Santo, e que
exigem de nós responsabilidade em sua utilização. Não podemos aproveitar desses
presentes divinos para nos autopromover.
Aqui vai uma pergunta: “Os dons do Espírito Santo são para os
nossos dias?”. A resposta é sim. E por quê? Primeiramente, porque não há um
versículo no Novo Testamento que diga que os dons do Espírito possuem uma data
de validade, ou seja, que têm uma data para não valer mais. Segundo, não há
qualquer registro na Bíblia de que os dons do Espírito deixariam de ser usados
com a morte do último apóstolo, conforme alegam alguns estudiosos. E terceiro,
Deus não deixou de salvar e encher seu povo com seu Santo Espírito: “E
disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que
estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.38,39).
Portanto, negar que o batismo no Espírito Santo e a distribuição dos dons para
os nossos dias é ir contra as Escrituras.
Pense!
O batismo no Espírito Santo e os dons espirituais são uma
promessa bíblica para os servos e servas de Deus, portanto, são válidos para os
nossos dias.
Ponto
Importante
Os dons espirituais não são capacidades naturais como cantar,
tocar um instrumento. Ele não pode ser confundido com talento humano.
CONCLUSÃO
Ser cidadão do Reino de Deus é buscar que a vontade de Deus seja
feita neste mundo, da mesma forma que é feita no céu. Como filhos de Deus,
podemos fazer a diferença quando falamos de Jesus e nos envolvemos nas questões
sociais. Lembre-se de que o Evangelho de Jesus Cristo é mais do que uma ideia,
mas sim uma fé prática, que contagia as pessoas e faz com que aqueles que não
conhecem a Deus o glorifiquem por meio de nossas obras.
ESTANTE DO PROFESSOR
CABRAL,
Elienai. Mordomia Cristã.
CIDACO, J. Armando. Um Grito pela vida da Igreja.
CIDACO, J. Armando. Um Grito pela vida da Igreja.
HORA DA REVISÃO
1. O que é o Reino de Deus?
O Reino de
Deus é, de forma resumida, um ambiente em que Deus é o soberano, o governador,
aquEle que organiza todas as coisas, age com justiça, sustenta e protege seus
súditos.
2. O que significa ter uma cidadania?
Ter cidadania
significa, para o mundo, ser uma pessoa que tem o direito à liberdade, à saúde,
à educação, segurança e trabalho, vivendo de forma digna com uma série de
direitos e prerrogativas, inclusive votar em seus representantes e receber
votos.
3. Evangelizar é uma opção?
Falar de
Cristo e da salvação não é uma opção para o cristão, e sim um mandamento.
4. Como crentes, temos responsabilidades com as
questões sociais?
Sim, pois
falar de Jesus também é uma obrigação social do cristão.
5. Você tem feito a diferença em sua comunidade?
Resposta
pessoal.
SUBSÍDIO
O ESPÍRITO SANTO
“Embora o nome ‘Espírito Santo’ não ocorra no Antigo Testamento,
vários títulos equivalentes são usados. O problema teológico da personalidade
do Espírito Santo gira em torno da revelação e compreensão progressivas, bem
como da maneira de o leitor abordar a natureza da Bíblia. O Espírito Santo,
como membro da Trindade, conforme revela o Novo Testamento, não aparece na
Bíblia hebraica. Mesmo assim, o fato de a doutrina do Espírito Santo não estar
plenamente revelada na Bíblia hebraica não altera a realidade da existência e
obra do Espírito Santo nos tempos do Antigo Testamento. A Terra nunca foi o
centro físico do Universo. Mas antes de terem as observações da criação divina
— feitas por Copérnico, Galileu e outros — comprovando o contrário, tanto os
teólogos quanto os cientistas dos tempos passados acreditavam que a Terra era o
centro do Universo.
O título mais freqüente no Antigo Testamento é ‘o Espírito de
Yaweh’, ou, conforme consta nas Bíblias em português, ‘o Espírito do Senhor’.
Considerando o ataque que os críticos modernos fazem à presença do Espírito
Santo no Antigo Testamento, talvez devamos usar o nome pessoal de Deus,
‘Yahweh’, ao invés do título ‘Senhor’ (que os judeus dos tempos posteriores no
Antigo Testamento substituíram pelo nome)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 1996, pp.386-7).
Lições Bíblicas CPAD
1º Trimestre de 2015
TEXTO DO DIA
SÍNTESE
AGENDA DE LEITURA
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
TEXTO BÍBLICO
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
ESTANTE DO PROFESSOR
HORA DA REVISÃO
SUBSÍDIOS
Lições Bíblicas CPAD
Jovens
1º Trimestre de 2015
Título: Eu Creio — Revelando ao mundo suas
convicções cristãs
Comentarista: Alexandre Claudino Coelho
Lição
4: Eu
creio na inspiração das Escrituras
Data: 25 de Janeiro de 2015
TEXTO DO DIA
“Toda Escritura
divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir,
para instruir em justiça” (2Tm 3.16).
SÍNTESE
A Palavra de Deus é apta para nos ensinar a forma como viver
neste mundo, orientando-nos contra o pecado, fazendo a vontade de Deus e
anunciando a salvação a todos os homens.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
A Palavra eterna (Is 40.8)
TERÇA
A Palavra viva e eficaz (Hb 4.12)
QUARTA
O Autor da Palavra (2Tm 3.15-17)
QUINTA
Meditar na Lei do Senhor (Sl 1.1-6)
SEXTA
Homens inspirados por Deus (2Pe 1.20,21)
SÁBADO
Amar a Palavra do Senhor (Sl 119.97)
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- COMPREENDER a autoria
das Escrituras e a sua inspiração.
- RECONHECER a mensagem
da Bíblia e a sua atualidade.
- CONHECER a
inerrância e a confiabilidade das Escrituras.
INTERAÇÃO
Deus é misericordioso e bondoso, pois mesmo depois da Queda Ele
continuou a revelar-se à humanidade. A Bíblia é a revelação direta do Altíssimo
ao homem. Sem essa revelação estaríamos perdidos, sem saber o caminho de volta
para a reconciliação com o Todo-Poderoso. Examinar a sua Palavra é conhecer sua
revelação escrita.
A Bíblia não é uma invenção do homem. Segundo Stanley Horton, “a
Bíblia é um livro divino-humano no qual cada palavra é, ao mesmo tempo, divina
e humana”. Os escritores foram guiados, conduzidos pelo Consolador a fim de que
pudessem escolher as palavras para que a real mensagem do Senhor fosse revelada
de uma forma compreensível à humanidade. Podemos ver em cada livro das
Escrituras o estilo de cada autor.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, Deus se revelou ao gênero humano de diferentes
formas. Na lição de hoje estudaremos a revelação divina mediante sua Palavra.
Para enfatizar essa verdade e introduzir a lição, reproduza o quadro abaixo.
Ressalte a criatividade divina e o fato de que a Bíblia não somente contém a
Palavra de Deus, mas é a inspirada e eterna Palavra de Deus para os homens de
todas as gerações.
TEXTO BÍBLICO
Salmos
119.97-105.
97 - Oh! Quanto amo a tua lei! É a
minha meditação em todo o dia!
98 - Tu, pelos teus mandamentos, me
fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão sempre comigo.
99 - Tenho mais entendimento do que
todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.
100 - Sou mais prudente do que os
velhos, porque guardo os teus preceitos.
101 - Desviei os meus pés de todo
caminho mau, para observar a tua palavra.
102 - Não me apartei dos teus juízos,
porque tu me ensinaste.
103 - Oh! Quão doces são as tuas
palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.
104 - Pelos teus mandamentos, alcancei
entendimento; pelo que aborreço todo falso caminho.
105 - Lâmpada para os meus pés é tua
palavra e luz, para o meu caminho.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Hoje trataremos da inspiração da Bíblia Sagrada. Esse é um
assunto de extrema importância, pois se entendermos que a Bíblia é a inspirada
Palavra de Deus, entenderemos também que não podemos abrir mão dela em nossas
vidas, pois ela é a nossa regra infalível de fé e prática. O que Deus quis que
soubéssemos foi registrado em sua Palavra, e com certeza podemos crer que o
texto que temos em mãos é confiável para o nosso estudo e para a nossa prática
cristã.
I.
AUTORIA DAS ESCRITURAS E SUA INSPIRAÇÃO (2Tm 3.16,17; 1Pe 1.19-21)
1. O que se entende por inspiração das Escrituras? Por “inspiração” denominamos o ato de Deus
“mover”, “impulsionar” os escritores da Bíblia a que registrassem os
acontecimentos e tudo que Deus ordenava que dissessem. Foi uma ação
sobrenatural de Deus, por meio de seu Santo Espírito, que conduziu os
escritores a transmitir de forma escrita o que seria de fato importante para
que soubéssemos sobre Deus, a criação, seu plano de salvação e o que nos
aguarda no futuro.
2. Deus ditou as palavras da Bíblia? Há partes do texto sagrado que nos dão a
entender que Deus realmente ditou o que foi escrito. Geralmente essas passagens
são iniciadas com a expressão “assim diz o Senhor”. Na Bíblia existem
aproximadamente 380 passagens que trazem essa expressão (Êx 14.1; Lv 4.1; Is
1.10; Ez 1.3). Entretanto, a maioria das passagens não traz esses termos, o que
nos mostra que em alguns trechos das Escrituras Deus teria realmente ditado
suas palavras aos autores, ao passo que em outros, não. Isso em nada diminui a
inspiração das Escrituras, pois independentemente de terem sido ditadas pelo
próprio Deus ou não, os escritores sagrados consideraram toda a Bíblia como
inspirada por Deus (2Pe 1.16-21; 1Jo 4.6).
3. O valor da Bíblia para a vida cristã. A Palavra de Deus tem extremo valor para a
vida cristã. Deus revelou nela tudo o que precisávamos saber para que tenhamos
comunhão com Ele dentro dos moldes divinos, perdão dos nossos pecados e a
certeza da vida eterna.
Como a Bíblia levou séculos para ser escrita, devemos nos lembrar
que os homens e mulheres dos tempos antigos tiveram uma revelação parcial sobre
os planos de Deus para a salvação da humanidade. Nós temos o privilégio de ler
a Palavra de Deus na sua inteireza, vendo todo o projeto divino de salvação,
desde a criação do homem até a formação do povo de Israel, a vinda de Jesus, o
seu ministério e sacrifício, a origem da igreja primitiva até os escritos do
Apocalipse.
Pense!
Deus inspirou homens santos a que escrevessem a sua verdade,
deixando a mensagem divina registrada para a posteridade.
Ponto
Importante
A exatidão das Escrituras Sagradas indica que ela é a revelação de
Deus para o homem.
II.
A MENSAGEM DA BÍBLIA
1. A mensagem da Bíblia. É na Palavra de Deus que encontramos as
verdades da fé cristã, como a realidade do pecado e a salvação proposta por
Deus para a humanidade. A Bíblia nos mostra também a origem do povo de Israel,
sua história de erros e acertos ao longo dos séculos, e a vinda de Jesus, o
Cristo, para resgatar a humanidade do pecado. Mostra a origem da Igreja, a
atuação do Espírito Santo orientando os seguidores de Jesus e a mensagem
deixada para a Igreja pelas mãos dos apóstolos, com as diversas orientações
tanto para líderes quanto para os crentes em geral. Apresenta a realidade da
vida após a morte, do céu e do inferno, e o que está reservado no futuro tanto
para os que receberam a Jesus quanto àqueles que o rejeitaram. Finalmente,
manifesta como as coisas serão quando o mal deixar de existir e a alegria do
novo céu e da nova terra.
2. Os escritores da Bíblia. A Palavra de Deus teve diversos autores que,
movidos pelo Eterno, escreveram aquilo que lhes era inspirado. Moisés era um
legislador. Samuel era um profeta, juiz e sacerdote. Davi era músico, pastor de
ovelhas, guerreiro e depois se tornou rei. Isaías era membro da realeza. Mateus
era um fiscal da receita, Pedro, um pescador, Lucas era um médico. Alguns
escritores eram pessoas bem simples, como Amós, o boiadeiro, e outras tiveram
oportunidade de se destacar em seus estudos, como Paulo, mas Deus não fez
acepção em momento algum, pois Ele buscou as que pudessem ser úteis nesse
ministério. Essas pessoas tinham profissões diferentes, e escreveram em épocas
diferentes, mas conservaram uma unidade no tocante à transmissão da mensagem
divina.
3. Como devemos ler a Bíblia? Qualquer pessoa pode ler a Bíblia. Uma pessoa
não crente também pode ler as Sagradas Escrituras, pois está dísponível em
milhares de línguas e dialetos no mundo. Entretanto, é preciso notar que se a
pessoa não estiver aberta a entender as verdades ali colocadas, sua leitura
talvez não seja frutífera, pois tal pessoa não enxergará ali o plano da
salvação e o caminho para a vida plena com Deus.
Pense!
Mais que ler e entender, Deus deseja que pratiquemos o que sua
Palavra nos diz.
Ponto
Importante
Não podemos ser apenas leitores e ouvintes da Palavra de Deus,
temos que ser praticantes (Tg 1.22).
III.
A INERRÂNCIA E A CONFIABILIDADE DAS ESCRITURAS (Hc 3.2)
1. O que é inerrância? Inerrância é a qualidade de quem não erra.
Como foi Deus que inspirou a sua Palavra, ela não contém erros. Os homens que
foram usados por Deus para escrevê-la tinham um sério compromisso não apenas
com o registro correto do que viam e ouviam, mas também com a transmissão exata
daquilo que Deus os estava inspirando a escrever. Isso traz segurança na
confiança e preservação da mensagem.
2. A Bíblia é confiável? Muitas pessoas questionam se o texto que temos
em mãos é confiável para estudarmos e aplicarmos à nossa vida. Para esse tipo
de questão, precisamos entender que os manuscritos originais não continham
erros. As traduções feitas para as diversas línguas passaram pelas mãos de
eruditos comprometidos com os estudos das línguas originais, e que se dedicaram
a traduzir de forma correta os textos que temos.
3. O processo de transmissão do texto bíblico. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico e
partes em aramaico, e o Novo Testamento foi escrito em grego. Houve muita
dedicação dos copistas em preservar de forma íntegra as Escrituras no processo
de transmissão da mensagem divina. Sabemos que há variantes de textos bíblicos,
ou seja, cópias com algumas diferenças entre si, mas quando analisadas
aprofundadamente, não comprometem a mensagem central nem apontam erros entre um
texto e outro.
Pense!
Deus preservou de forma incontestável a sua mensagem ao longo
dos séculos, o que nos traz a segurança de que podemos confiar na Palavra de
Deus.
Ponto
Importante
A Bíblia é a inerrante e eterna Palavra de Deus revelada ao homem.
CONCLUSÃO
Deus inspirou homens a que escrevessem sua Palavra para a
humanidade, utilizando-se da linguagem humana para transmitir, de forma
inteligível, a sua revelação específica. Hoje temos a Palavra de Deus
disponível em nossa língua, e devemos dedicar-nos ao seu estudo, não apenas
para conhecê-la, mas para que cumpramos os mandamentos do Senhor. Portanto a
Bíblia é a inspirada, inerrante, infalível e completa Palavra de Deus.
ESTANTE DO PROFESSOR
COMFORT, Philip Wesley. A
Origem da Bíblia.
RENOVATO, Elinaldo, Deus e a Bíblia.
RENOVATO, Elinaldo, Deus e a Bíblia.
HORA DA REVISÃO
1. O que é inspiração das Escrituras?
Por
"inspiração" denominamos o ato de Deus "mover",
"impulsionar" os escritores da Bíblia a que registrassem os
acontecimentos e tudo o que Deus ordenava que dissessem.
2. Deus ditou todas as Palavras da Bíblia?
Há partes do
texto sagrado que nos dão a entender que Deus realmente ditou o que foi
escrito. Geralmente essas passagens são iniciadas com a expressão "assim
diz o Senhor". Entretanto, a maioria das passagens não traz essa
expressão, o que nos mostra que em algumas passagens das Escrituras Deus teria
realmente ditado suas palavras aos autores, ao passo que em outras, não.
3. Quem Deus buscou para escrever sua Palavra?
Ele buscou
legisladores, profetas, juizes, sacerdotes, músicos, pastores de ovelhas,
guerreiros, administradores e conselheiros, pescadores, etc. Usou homens de
diferentes culturas e posições sociais.
4. O que é inerrância?
Inerrância é
a qualidade de quem não erra.
5. Você crê na infabilidade da Bíblia?
Resposta
pessoal (é importante que você conheça o que seu aluno pensa a respeito para
poder ajudá-lo e orientá-lo).
SUBSÍDIOS
“Uma mudança notável da terminologia que resultou dos debates na
área da inspiração das Escrituras foi a preferência pelo termo ‘inerrância’ ao
invés de ‘infabilidade’. Isso tem a ver com a insistência de alguns no sentido
de que podemos ter uma mensagem infalível com um texto bíblico errante.
‘Infabilidade’ e ‘inerrância’ são termos empregados para se aludir à veracidade
das Escrituras. A Bíblia não falha; não erra; é a verdade em tudo quanto afirma
(Mt 5.17,18). Embora tais termos nem sempre hajam sido empregados, os teólogos
católicos, os reformadores protestantes, os evangélicos da atualidade (e,
portanto, os pentecostais ‘clássicos’) têm afirmado ser a Bíblia inteiramente a
verdade; nenhuma falsidade ou mentira lhe pode ser atribuída. A doutrina da
inerrância é derivada mais da própria natureza da Bíblia do que de um mero
exame dos seus fenômenos. ‘Se alguém crê que a Escritura é a Palavra de Deus,
não pode deixar de crer que seja ela inerrante’. A Escritura não falha porque
Deus não pode mentir. Consequentemente, a inerrância é a qualidade que se
espera da Escritura inspirada. O crítico que insiste em haver erros na Bíblia (em
algumas passagens difíceis) parece ter outorgado para si mesmo a infabilidade
que negou às Escrituras. Um padrão passível de erros não oferece nenhuma medida
segura da verdade e do erro. O resultado de negar a inerrância é a perda de uma
Bíblia fidedigna. Se for admitida a existência de algum erro nas Sagradas
Escrituras, estaremos alijando a verdade divina, fazendo a certeza desaparecer”
(HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática: Uma
perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ; CPAD, 1996, pp.107-9).
Caro professor, “de acordo com Luckesi, ensinar não significa ir
para uma sala e ‘despejar’ sobre os alunos uma quantidade de conteúdos. Muitos
infelizmente agem dessa forma, contribuindo para que haja, segundo Paulo
Freire, uma ‘educação bancária’, em que o aluno não é sujeito da sua própria
aprendizagem, mas apenas um receptáculo. Ele não pensa, apenas recebe o que lhe
é ensinado. O resultado é um grupo de pessoas sem capacidade de reflexão. Fica
então a pergunta: O que é ensinar? Segundo Paulo Freire, ‘ensinar não é
transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria
produção ou construção’. Dentre as várias concepções de ensino, vejamos uma que
é bem basilar: Ensinar é ‘estimular’, ‘guiar’, ‘orientar’ o processo de
ensino-aprendizagem. Segundo Regina Célia C. Haydt, ‘ensinar é a atividade pela
qual o professor, através de métodos adequados, orienta a aprendizagem do
aluno’. O ensino precisa ser centrado no aluno, e não no professor ou no
conteúdo. Todas as nossas ações didáticas devem ser elaboradas pensando no
aluno, visando a sua aprendizagem” (BUENO, Telma. Educação Cristã: Reflexões e Práticas. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2012, p.20).
Lições Bíblicas CPAD
TEXTO DO DIA
SÍNTESE
AGENDA DE LEITURA
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
TEXTO BÍBLICO
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
ESTANTE DO PROFESSOR
HORA DA REVISÃO
SUBSÍDIO
Lições Bíblicas CPAD
Jovens 1º Trimestre de 2015
Título: Eu Creio — Revelando ao mundo suas
convicções cristãs
Comentarista: Alexandre Claudino Coelho
Lição
5: Eu
creio na pureza e na castidade
Data: 1º de Fevereiro de 2015
TEXTO DO DIA
“Venerado seja
entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à
prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hb
13.4).
SÍNTESE
A sexualidade é uma dádiva divina, porém o ato sexual é apenas
para o casamento.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
Abstenha-se da prostituição (1Ts 4.3-5)
TERÇA
Fuja dos desejos da mocidade (2Tm 2.22)
QUARTA
O prazer sexual lícito (Pv 5.18)
QUINTA
Não viver abrasado (1Co 7.9)
SEXTA
A mente como a fonte dos desejos errados (Mt 5.28)
SÁBADO
Santidade em todas as áreas da vida (1Pe 1.16)
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- CONSCIENTIZAR-SE de que é
possível ser casto em meio a uma geração corrompida.
- COMPREENDER por que é
preciso esperar até o casamento para ter um relacionamento mais íntimo.
- RECONHECER o que é
preciso fazer quando se tomam decisões precipitadas e erradas.
INTERAÇÃO
Caro professor, na lição de hoje teremos a oportunidade ímpar de
estudar a respeito da castidade e da pureza sexual. Como jovens cristãos,
nossos alunos não podem seguir os padrões deste mundo que é regido pelo mal,
contudo devem ser “sal” e “luz” fora do saleiro, em todas as áreas. Ore por
seus alunos, ensine a Palavra a fim de que eles nunca tenham vergonha de
declarar e assumir, publicamente, que estão esperando até o casamento para ter
um relacionamento sexual. Ser casto não é ser retrógrado, mas é fazer a
diferença. Assim, aproveite esta aula para conscientizá-los de que ser puro é
uma escolha pessoal, destacando a importância de tal atitude para o Reino de
Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para desenvolver o primeiro tópico da lição, escreva
no quadro a palavra castidade. Em seguida, pergunte aos alunos o que vem à mente
deles quando ouvem essa palavra. À medida que forem falando, vá relacionando as
palavras no quadro. Em seguida, faça a seguinte indagação: “Pode uma pessoa que
não é mais virgem se tornar casta?”. Ouça os alunos com atenção. Depois,
escreva no quadro o conceito de castidade. Explique que mesmo um jovem ou uma
jovem que antes de se converter a Jesus Cristo tenha perdido a sua virgindade
pode tomar a decisão de ser casto, puro até o casamento. Errar é humano, mas
persistir no erro é falta de inteligência e de temor a Deus. Logo após peça que
leiam Apocalipse 21.8. Diga que os “fornicadores” são aqueles que mantêm um
relacionamento sexual ainda solteiros. Mostre que a falta de pureza antes do
casamento é algo muito sério, pois pode levar uma pessoa ao inferno.
TEXTO BÍBLICO
1
Coríntios 6.15-20.
15 - Não sabeis vós que os vossos
corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei
membros de uma meretriz? Não, por certo.
16 - Ou não sabeis que o que se ajunta
com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só
carne.
17 - Mas o que se ajunta com o Senhor é
um mesmo espírito.
18 - Fugi da prostituição. Todo pecado
que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu
próprio corpo.
19 - Ou não sabeis que o nosso corpo é
o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos?
20 - Porque fostes comprados por bom
preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais
pertencem a Deus.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito da pureza e da castidade.
Analisaremos a importância de nos guardarmos sexualmente para o casamento.
Veremos também que a prática sexual só é abençoada por Deus quando realizada
dentro dos propósitos divinos, ou seja, no casamento. Na sociedade atual,
tratar a respeito deste assunto pode parecer algo ultrapassado, porém como
cristãos não podemos negar a nossa crença de que Deus deseja a pureza sexual
até o casamento. Santidade é para os crentes de todos os tempos. Não se deixe
enganar pelas filosofias malignas da nossa sociedade (Rm 12.2). Não tenha medo
de dizer: “Eu creio na castidade”.
I.
E POSSÍVEL SER CASTO EM MEIO A UMA GERAÇÃO CORROMPIDA
1. O que é a castidade? Castidade é um estado de pureza. É uma atitude
que a pessoa toma em relação à preservação do seu corpo no tocante a uma
prática sexual indevida. É uma virtude que está associada à sexualidade, e não
apenas ao ato sexual. É a abstenção de prazeres carnais, sexuais, e de tudo que
a eles se refere.
Você pode estranhar, mas a castidade aos olhos de Deus é tão
importante que é recomendada até para as pessoas casadas. Para os casais? Sim!
Castidade para os cônjuges não significa abstinência sexual, como é para os
solteiros, e sim fidelidade, temor, respeito e pureza no relacionamento
conjugal. Os casados não estão autorizados por Deus a ter uma vida desregrada
sexualmente (infidelidade), pois atrairão para si o juízo divino (Hb 13.4).
Observe que a castidade, então, é uma forma de viver, preservando-se de atos sexuais
condenados por Deus e demonstrando amor para com o próprio corpo e mente.
Castidade é diferente de virgindade, pois mesmo uma pessoa que
tenha tido uma vida sexual ativa antes de conhecer a Jesus como seu Salvador,
depois da conversão pode se tornar casta. Muitos jovens chegam à igreja e se
convertem depois de terem vários tipos de relacionamentos, mas se esse jovem,
pela fé, entendeu que o melhor caminho é a abstinência sexual até que se case,
ele será um jovem casto. Muitos jovens se tornam castos depois da conversão,
pois como nova criatura, estão buscando guardar seu corpo e mente para um
compromisso futuro, segundo os padrões divinos.
2. Um mundo dominado pela sensualidade. Nossa sociedade está impregnada de mensagens
voltadas para o sexo. Na mídia, vemos um forte apelo sexual. Não é raro ver
mulheres expondo o corpo em novelas, filmes e comerciais de TV. Existe um
clamor da sociedade, corrompida pelo pecado, para que os jovens e adolescentes
pratiquem sexo antes do casamento. Muitos erradamente afirmam que tal prática
pode evidenciar se o casal vai se adaptar ou não sexualmente depois de se
casarem. Em todos esses artifícios vemos a falta de temor a Deus e a
desobediência aos ensinos divinos.
3. O que move as pessoas à prática do sexo fora do casamento? Existem diversos fatores que podem explicar o
motivo de alguns jovens buscarem a satisfação sexual a todo custo. Vejamos
alguns:
a) Baixa autoestima. A pessoa se envolve em vários relacionamentos
sexuais na tentativa de sentir-se bem consigo mesma. Tomemos como exemplo a
mulher samaritana. Ela buscava preencher o vazio de sua alma tendo
relacionamentos com homens, inclusive um casado (Jo 4.17,18).
b) Falta de aceitação dos pais. Muitos pais não demonstram amor e aceitação
por seus filhos. Os filhos crescem e passam a buscar na prática sexual fora do
casamento a aceitação e o afeto que não recebem no lar. Talvez seus pais não
tenham demonstrado seu amor da forma que você gostaria, mas saiba que temos um
Pai Celeste que nos ama e deseja curar as nossas carências e feridas
emocionais.
c) A pressão exercida pelas amizades. Muitos jovens caem na prática pecaminosa do
sexo antes do casamento, apenas por que todos os seus amigos e amigas o fazem
também. Muitos são conduzidos ao pecado por medo de perder a pessoa que tanto
amam. Em geral, isso tende a acontecer com as moças, que por receio de perderem
um “grande amor”, acabam cedendo à pressão de fazer sexo. Não se deixe enganar.
Quem ama sabe esperar. O verdadeiro amor não busca somente os seus interesses.
Pense!
Até que ponto a castidade e a pureza são importantes aos olhos
de Deus, e o quanto são desnecessárias aos olhos do mundo?
Ponto
Importante
Em Cantares de Salomão, o amor conjugal é descrito de forma pura e
maravilhosa, pois o ato sexual é para o casamento.
II.
POR QUE ESPERAR ATÉ O CASAMENTO (1Ts 4.3; 2Tm 2.22)
1. Deus condena a prostituição. O autor da Carta aos Hebreus diz: “Venerado
entre todos seja o matrimônio e o leito sem mácula, mas aos adúlteros e aos que
se dão à prostituição, Deus os julgará” (Hb 13.4). Muitos, erroneamente,
acreditam que prostituição ocorre somente quando uma pessoa paga ou recebe
dinheiro para fazer sexo. Porém, aos olhos de Deus, quando um jovem solteiro
mantém um relacionamento sexual, está se prostituindo e seu relacionamento está
manchado. O sexo entre pessoas solteiras é chamado fornicação. Na Bíblia, tal
prática é tida como uma impureza sexual. Quem se entrega a tal prática não
herdará a vida eterna (Ap 21.8).
2. Deus valoriza a castidade. Quando Deus nos diz que devemos nos resguardar
sexualmente até o casamento não planeja nos punir ou castigar. Na verdade, Ele
está nos poupando de problemas físicos e emocionais advindos de uma sexualidade
precoce. A ordem divina não apenas nos poupa desses problemas, mas igualmente
de doenças sexualmente transmissíveis e de planos frustrados, como deixar de
concluir os estudos por força de uma gravidez fora de hora e as
responsabilidades da maternidade e paternidade não planejados. Portanto, vale a
pena esperar em Deus e ter uma vida casta.
A castidade não é apenas a abstinência do ato sexual, mas sim
uma forma de agir, pensar e de conviver com outras pessoas. Uma pessoa casta
policia seus pensamentos, a forma como se veste, como fala e como se relaciona
com o próximo, para não despertar desejos sexuais indevidos em outras pessoas.
O jovem e a jovem que temem a Deus não devem despertar desejos sexuais que não
poderão ser satisfeitos fora do casamento. Castidade é mais que abstinência do
sexo; é um estilo de vida que demonstra respeito não apenas a Deus, mas também
por si mesmo, para que seu corpo não seja visto como um objeto a ser descartado
depois de ter dado prazer a alguém.
3. Não precisamos ceder à cultura do mundo. A cultura de nossos dias ensina que a vida
sexual antes do casamento é benéfica, e que se uma pessoa não está satisfeita
com seu namorado, pode buscar o prazer com outra pessoa. Esse é um pensamento
satânico e fere o princípio dado por Deus sobre o homem e a mulher serem um por
meio do casamento. Paulo diz que se um homem se junta com uma prostituta,
faz-se um só corpo com ela (1Co 6.16). Seja solteiro(a), seja casado(a), se um
homem ou mulher busca o prazer sexual fora dos limites ordenados por Deus, não
pode esperar ser abençoado(a) por Ele nessa área.
Pense!
A Bíblia diz que Deus juLga aqueLes que abusam do sexo. Essa
advertência não é um indício de que Deus valoriza o sexo dentro dos limites que
Ele mesmo prescreveu?
Ponto
Importante
O jovem cristão deve ser puro para que tenha a bênção de Deus.
III.
O QUE FAZER QUANDO SE TOMAM DECISÕES PRECIPITADAS (Mt 5.28; 1Jo 1.9; 1Jo 1.7)
1. Arrependa-se. O pecado
sexual traz graves consequências, mesmo que não sejam sentidas de imediato.
Alguém sempre sai ferido quando há uma relação sexual ilícita ou fora do
casamento.
2. Afaste-se do pecado. Seja vigilante, resista à tentação sexual.
Deus perdoa os nossos pecados por causa de sua fidelidade, mas o pecado sexual
tem a tendência de perseguir aqueles que uma vez já cederam aos seus desejos
(1Jo 1.9). Por isso é tão importante que você corte os vínculos com qualquer
situação que o exponha a essa prática, ou certamente entraremos em um círculo
vicioso de pecado, arrependimento e busca pelo perdão divino. Não se esqueça
que é importante, na busca do perdão de Deus, confessar o pecado e abandoná-lo:
“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e
deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).
3. Obedeça a Deus. Quando nos
guardamos sexualmente até o casamento, estamos obedecendo a Deus no tocante à
pureza do nosso corpo. O que recebemos em troca por manter nosso corpo e mente
puros? Somos honrados por Deus. O Senhor tem um compromisso com aqueles que o
honram e obedecem aos seus mandamentos. Mais que apenas conhecer a Deus, Ele
valoriza a obediência aos seus preceitos.
Não adianta conhecer a Deus e desprezar suas orientações. Os
dois filhos de Eli eram sacerdotes, mas desprezaram seu ministério e pecaram
gravemente contra Deus, inclusive tendo relações sexuais com diversas mulheres
(1Sm 2.22), e Deus disse a Eli que os julgaria, pois “aos que me honram
honrarei, porém os que me desprezam serão envilecidos” (1Sm 2.30). Portanto,
não tenha dúvidas de que Deus honra aqueles que o honram e obedecem aos seus
mandamentos.
Há pessoas que já tiveram relações sexuais antes de conhecerem a
Jesus. O que essas pessoas devem fazer? Elas devem se guardar da prática sexual
até o casamento. Todos estão sujeitos a errar, mas persistir no erro é tolice.
Pense!
Se uma pessoa já experimentou o sexo de forma indevida e busca
em Deus o perdão e a restauração, que garantia tem de que será restaurada e que
requisitos são exigidos dela?
Ponto
Importante
Um sacerdote só poderia se casar com uma jovem pura (Lv 21.13).
CONCLUSÃO
O sexo é uma bênção de Deus, a fim de que o homem e a mulher
tenham satisfação e possam procriar. Entretanto, o sexo exige responsabilidade
e compromisso que apenas o casamento proporciona. Qualquer prática sexual fora
do matrimônio, seja para solteiros, seja para casados, corrompe o que o sexo
tem de bom e atrai o julgamento de Deus. Portanto, guarde-se dessa prática e
espere que Deus conduza você a um casamento abençoado e a uma vida sexual
dentro dos padrões divinos.
ESTANTE DO PROFESSOR
GOWER,
Raph. Novo Manual dos Usos e
Costumes dos Tempos Bíblicos.
MCDOWELL, Josh. Verdade Nua & Crua: Amor, Sexo e Relacionamento.
TENNEY, Merril C. Tempos do Novo Testamento.
MCDOWELL, Josh. Verdade Nua & Crua: Amor, Sexo e Relacionamento.
TENNEY, Merril C. Tempos do Novo Testamento.
HORA DA REVISÃO
1. A castidade, como virtude, está associada a quê?
A um estado
de pureza. É uma atitude que a pessoa toma em relação à preservação do seu
corpo no tocante a uma prática sexual indevida. É uma virtude que está
associada à sexualidade, e não apenas ao ato sexual. É a abstenção de prazeres
carnais, sexuais e de tudo que a eles se refere.
2. A castidade como virtude é apenas para as
pessoas solteiras?
Ela também é
para os casados. Castidade para os cônjuges significa fidelidade, temor,
respeito e pureza no relacionamento conjugal. Os casados não estão autorizados
por Deus a ter uma vida desregrada sexualmente (infidelidade), pois atrairão
para si o juízo divino (Hb 13.4)
3. Cite dois fatores que levam uma pessoa a
praticar o sexo antes do casamento?
Baixa
autoestima, falta de aceitação dos pais e a pressão exercida pelas amizades.
4. O que Deus faz com aqueles que o honram?
A castidade
não é apenas a abstinência do ato sexual, mas sim uma forma de agir, pensar e
de conviver com outras pessoas.
5. A castidade é apenas a abstinência do ato
sexual?
A castidade
não é apenas a abstinência do ato sexual, mas sim uma forma de agir. pensar e
de conviver com outras pessoas.
SUBSÍDIO
“Virgem é quem não teve relação sexual. Essa palavra corresponde
à tradução de duas palavras hebraicas do AT e uma grega no NT: (1) A palavra
hebraica btula,
‘virgem’, também é usada figuradamente para nações e nomes de lugares. (2) A
palavra hebraica alma, ‘mulher
jovem, virgem’ é a forma feminina de elem, ‘homem
jovem’. Quanto à questão muito discutida se a palavra sempre significa apenas
virgem, a etimologia nada oferece que possa ajudar, e mesmo seu uso não é
totalmente determinante neste caso. Entretanto, podemos dizer corretamente que
ela se aplica somente a mulheres solteiras, (3) A palavra grega parthenos,
‘virgem’, foi empregada na tradução da LXX de Isaias 7.14 e está na citação de
Mateus 1.23. Ela também foi usada para descrever Maria em Lucas 1.27, as filhas
de Filipe (At 21.9) e aqueles que formam a noiva de Cristo (2Co 11.2).
A virgindade da noiva era especialmente importante para os
israelitas antes do casamento (Lv 21.13; Dt 22.13-21). Portanto, o noivo podia
exigir uma prova da virgindade antes da consumação do casamento. Os pais da
noiva teriam, então, que exibir provas dessa ‘virgindade’ (em hebraico btulim),
provavelmente alguma de suas vestes manchadas com sangue menstrual para provar
que não estava grávida. O crime seria ter tido uma relação sexual com um
terceiro quando já estava comprometida, porém ainda vivendo com seus pais. Por
outro lado, a infecundidade era considerada tamanha desgraça, que poderia ser
comparável à morte antes do casamento (Jz 11.37,38)” (Dicionário Bíblico
Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, pp.2022-23).
Caro professor, “o que são estilos de aprendizagem? Estilo de
aprendizagem é o meio pelo qual a pessoa vê ou percebe melhor as ideias e,
então, transforma-as e leva a efeito o que observou.
A educadora Bernice McCarthy identifica quatro estilos básicos:
Interativo, Analítico, Pragmático e Dinâmico. Nenhum destes se encaixará
perfeitamente em um aluno. (Assim como Deus não usou somente quatro tipos de
narizes em nossos rostos, Ele não criou somente quatro padrões mentais). Todos
nós somos mistura dos quatro estilos, mas a maioria sentirá que há um em que se
enquadra melhor. Para alguns alunos, um estilo será tão predominante que eles
não aprenderão se este for deixado de fora dos nossos planos de ensino”
(LEFEVER, Marlene. Estilos de
Aprendizagem: Como
Alcançar cada um que Deus lhe Confiou para Ensinar. 2ª Edição. RJ: CPAD,
2005, pp.14,17).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens 1º Trimestre de 2015
Título: Eu Creio — Revelando ao mundo suas
convicções cristãs
Comentarista: Alexandre Claudino Coelho
Lição 5: Eu creio na pureza e na castidade
Data: 1º de Fevereiro de 2015
TEXTO DO DIA
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito
sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hb
13.4).
SÍNTESE
A sexualidade é uma dádiva divina,
porém o ato sexual é apenas para o casamento.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
Abstenha-se da prostituição (1Ts
4.3-5)
TERÇA
Fuja dos desejos da mocidade (2Tm
2.22)
QUARTA
O prazer sexual lícito (Pv 5.18)
QUINTA
Não viver abrasado (1Co 7.9)
SEXTA
A mente como a fonte dos desejos
errados (Mt 5.28)
SÁBADO
Santidade em todas as áreas da vida
(1Pe 1.16)
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
·
CONSCIENTIZAR-SE de
que é possível ser casto em meio a uma geração corrompida.
·
COMPREENDER por
que é preciso esperar até o casamento para ter um relacionamento mais íntimo.
·
RECONHECER o
que é preciso fazer quando se tomam decisões precipitadas e erradas.
INTERAÇÃO
Caro
professor, na lição de hoje teremos a oportunidade ímpar de estudar a respeito
da castidade e da pureza sexual. Como jovens cristãos, nossos alunos não podem
seguir os padrões deste mundo que é regido pelo mal, contudo devem ser “sal” e
“luz” fora do saleiro, em todas as áreas. Ore por seus alunos, ensine a Palavra
a fim de que eles nunca tenham vergonha de declarar e assumir, publicamente,
que estão esperando até o casamento para ter um relacionamento sexual. Ser
casto não é ser retrógrado, mas é fazer a diferença. Assim, aproveite esta aula
para conscientizá-los de que ser puro é uma escolha pessoal, destacando a
importância de tal atitude para o Reino de Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para desenvolver o
primeiro tópico da lição, escreva no quadro a palavra castidade. Em seguida,
pergunte aos alunos o que vem à mente deles quando ouvem essa palavra. À medida
que forem falando, vá relacionando as palavras no quadro. Em seguida, faça a
seguinte indagação: “Pode uma pessoa que não é mais virgem se tornar casta?”.
Ouça os alunos com atenção. Depois, escreva no quadro o conceito de castidade.
Explique que mesmo um jovem ou uma jovem que antes de se converter a Jesus
Cristo tenha perdido a sua virgindade pode tomar a decisão de ser casto, puro
até o casamento. Errar é humano, mas persistir no erro é falta de inteligência
e de temor a Deus. Logo após peça que leiam Apocalipse 21.8. Diga que os
“fornicadores” são aqueles que mantêm um relacionamento sexual ainda solteiros.
Mostre que a falta de pureza antes do casamento é algo muito sério, pois pode
levar uma pessoa ao inferno.
TEXTO BÍBLICO
1 Coríntios 6.15-20.
15 - Não sabeis vós que os vossos
corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei
membros de uma meretriz? Não, por certo.
16 - Ou não sabeis que o que se
ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa
só carne.
17 - Mas o que se ajunta com o
Senhor é um mesmo espírito.
18 - Fugi da prostituição. Todo
pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o
seu próprio corpo.
19 - Ou não sabeis que o nosso
corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e
que não sois de vós mesmos?
20 - Porque fostes comprados por
bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os
quais pertencem a Deus.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito da
pureza e da castidade. Analisaremos a importância de nos guardarmos sexualmente
para o casamento. Veremos também que a prática sexual só é abençoada por Deus
quando realizada dentro dos propósitos divinos, ou seja, no casamento. Na
sociedade atual, tratar a respeito deste assunto pode parecer algo
ultrapassado, porém como cristãos não podemos negar a nossa crença de que Deus
deseja a pureza sexual até o casamento. Santidade é para os crentes de todos os
tempos. Não se deixe enganar pelas filosofias malignas da nossa sociedade (Rm
12.2). Não tenha medo de dizer: “Eu creio na castidade”.
I. E POSSÍVEL SER CASTO EM MEIO A UMA
GERAÇÃO CORROMPIDA
1. O que é a castidade? Castidade
é um estado de pureza. É uma atitude que a pessoa toma em relação à preservação
do seu corpo no tocante a uma prática sexual indevida. É uma virtude que está
associada à sexualidade, e não apenas ao ato sexual. É a abstenção de prazeres
carnais, sexuais, e de tudo que a eles se refere.
Você pode estranhar, mas a castidade
aos olhos de Deus é tão importante que é recomendada até para as pessoas
casadas. Para os casais? Sim! Castidade para os cônjuges não significa
abstinência sexual, como é para os solteiros, e sim fidelidade, temor, respeito
e pureza no relacionamento conjugal. Os casados não estão autorizados por Deus
a ter uma vida desregrada sexualmente (infidelidade), pois atrairão para si o
juízo divino (Hb 13.4). Observe que a castidade, então, é uma forma de viver,
preservando-se de atos sexuais condenados por Deus e demonstrando amor para com
o próprio corpo e mente.
Castidade é diferente de virgindade,
pois mesmo uma pessoa que tenha tido uma vida sexual ativa antes de conhecer a
Jesus como seu Salvador, depois da conversão pode se tornar casta. Muitos
jovens chegam à igreja e se convertem depois de terem vários tipos de
relacionamentos, mas se esse jovem, pela fé, entendeu que o melhor caminho é a
abstinência sexual até que se case, ele será um jovem casto. Muitos jovens se
tornam castos depois da conversão, pois como nova criatura, estão buscando
guardar seu corpo e mente para um compromisso futuro, segundo os padrões
divinos.
2. Um mundo dominado pela
sensualidade. Nossa sociedade está impregnada de mensagens
voltadas para o sexo. Na mídia, vemos um forte apelo sexual. Não é raro ver
mulheres expondo o corpo em novelas, filmes e comerciais de TV. Existe um
clamor da sociedade, corrompida pelo pecado, para que os jovens e adolescentes
pratiquem sexo antes do casamento. Muitos erradamente afirmam que tal prática
pode evidenciar se o casal vai se adaptar ou não sexualmente depois de se
casarem. Em todos esses artifícios vemos a falta de temor a Deus e a
desobediência aos ensinos divinos.
3. O que move as pessoas à prática do
sexo fora do casamento? Existem diversos fatores que podem explicar o
motivo de alguns jovens buscarem a satisfação sexual a todo custo. Vejamos
alguns:
a) Baixa autoestima. A
pessoa se envolve em vários relacionamentos sexuais na tentativa de sentir-se
bem consigo mesma. Tomemos como exemplo a mulher samaritana. Ela buscava
preencher o vazio de sua alma tendo relacionamentos com homens, inclusive um
casado (Jo 4.17,18).
b) Falta de aceitação dos pais. Muitos
pais não demonstram amor e aceitação por seus filhos. Os filhos crescem e
passam a buscar na prática sexual fora do casamento a aceitação e o afeto que
não recebem no lar. Talvez seus pais não tenham demonstrado seu amor da forma
que você gostaria, mas saiba que temos um Pai Celeste que nos ama e deseja
curar as nossas carências e feridas emocionais.
c) A pressão exercida pelas amizades. Muitos
jovens caem na prática pecaminosa do sexo antes do casamento, apenas por que
todos os seus amigos e amigas o fazem também. Muitos são conduzidos ao pecado
por medo de perder a pessoa que tanto amam. Em geral, isso tende a acontecer
com as moças, que por receio de perderem um “grande amor”, acabam cedendo à
pressão de fazer sexo. Não se deixe enganar. Quem ama sabe esperar. O verdadeiro
amor não busca somente os seus interesses.
Pense!
Até que ponto a castidade e a pureza
são importantes aos olhos de Deus, e o quanto são desnecessárias aos olhos do
mundo?
Ponto Importante
Em Cantares de Salomão, o amor conjugal
é descrito de forma pura e maravilhosa, pois o ato sexual é para o casamento.
II. POR QUE ESPERAR ATÉ O CASAMENTO (1Ts
4.3; 2Tm 2.22)
1. Deus condena a prostituição. O
autor da Carta aos Hebreus diz: “Venerado entre todos seja o matrimônio e o
leito sem mácula, mas aos adúlteros e aos que se dão à prostituição, Deus os
julgará” (Hb 13.4). Muitos, erroneamente, acreditam que prostituição ocorre
somente quando uma pessoa paga ou recebe dinheiro para fazer sexo. Porém, aos
olhos de Deus, quando um jovem solteiro mantém um relacionamento sexual, está
se prostituindo e seu relacionamento está manchado. O sexo entre pessoas
solteiras é chamado fornicação. Na Bíblia, tal prática é tida como uma impureza
sexual. Quem se entrega a tal prática não herdará a vida eterna (Ap 21.8).
2. Deus valoriza a castidade. Quando
Deus nos diz que devemos nos resguardar sexualmente até o casamento não planeja
nos punir ou castigar. Na verdade, Ele está nos poupando de problemas físicos e
emocionais advindos de uma sexualidade precoce. A ordem divina não apenas nos
poupa desses problemas, mas igualmente de doenças sexualmente transmissíveis e
de planos frustrados, como deixar de concluir os estudos por força de uma
gravidez fora de hora e as responsabilidades da maternidade e paternidade não
planejados. Portanto, vale a pena esperar em Deus e ter uma vida casta.
A castidade não é apenas a
abstinência do ato sexual, mas sim uma forma de agir, pensar e de conviver com
outras pessoas. Uma pessoa casta policia seus pensamentos, a forma como se
veste, como fala e como se relaciona com o próximo, para não despertar desejos
sexuais indevidos em outras pessoas. O jovem e a jovem que temem a Deus não
devem despertar desejos sexuais que não poderão ser satisfeitos fora do
casamento. Castidade é mais que abstinência do sexo; é um estilo de vida que
demonstra respeito não apenas a Deus, mas também por si mesmo, para que seu
corpo não seja visto como um objeto a ser descartado depois de ter dado prazer
a alguém.
3. Não precisamos ceder à cultura do
mundo. A cultura de nossos dias ensina que a vida sexual
antes do casamento é benéfica, e que se uma pessoa não está satisfeita com seu
namorado, pode buscar o prazer com outra pessoa. Esse é um pensamento satânico
e fere o princípio dado por Deus sobre o homem e a mulher serem um por meio do
casamento. Paulo diz que se um homem se junta com uma prostituta, faz-se um só
corpo com ela (1Co 6.16). Seja solteiro(a), seja casado(a), se um homem ou
mulher busca o prazer sexual fora dos limites ordenados por Deus, não pode
esperar ser abençoado(a) por Ele nessa área.
Pense!
A Bíblia diz que Deus juLga aqueLes
que abusam do sexo. Essa advertência não é um indício de que Deus valoriza o
sexo dentro dos limites que Ele mesmo prescreveu?
Ponto Importante
O jovem cristão deve ser puro para que
tenha a bênção de Deus.
III. O QUE FAZER QUANDO SE TOMAM
DECISÕES PRECIPITADAS (Mt 5.28; 1Jo 1.9; 1Jo 1.7)
1. Arrependa-se. O
pecado sexual traz graves consequências, mesmo que não sejam sentidas de
imediato. Alguém sempre sai ferido quando há uma relação sexual ilícita ou fora
do casamento.
2. Afaste-se do pecado. Seja
vigilante, resista à tentação sexual. Deus perdoa os nossos pecados por causa
de sua fidelidade, mas o pecado sexual tem a tendência de perseguir aqueles que
uma vez já cederam aos seus desejos (1Jo 1.9). Por isso é tão importante que
você corte os vínculos com qualquer situação que o exponha a essa prática, ou certamente
entraremos em um círculo vicioso de pecado, arrependimento e busca pelo perdão
divino. Não se esqueça que é importante, na busca do perdão de Deus, confessar
o pecado e abandoná-lo: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará;
mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).
3. Obedeça a Deus. Quando
nos guardamos sexualmente até o casamento, estamos obedecendo a Deus no tocante
à pureza do nosso corpo. O que recebemos em troca por manter nosso corpo e
mente puros? Somos honrados por Deus. O Senhor tem um compromisso com aqueles
que o honram e obedecem aos seus mandamentos. Mais que apenas conhecer a Deus,
Ele valoriza a obediência aos seus preceitos.
Não adianta conhecer a Deus e
desprezar suas orientações. Os dois filhos de Eli eram sacerdotes, mas
desprezaram seu ministério e pecaram gravemente contra Deus, inclusive tendo
relações sexuais com diversas mulheres (1Sm 2.22), e Deus disse a Eli que os
julgaria, pois “aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão
envilecidos” (1Sm 2.30). Portanto, não tenha dúvidas de que Deus honra aqueles
que o honram e obedecem aos seus mandamentos.
Há pessoas que já tiveram relações
sexuais antes de conhecerem a Jesus. O que essas pessoas devem fazer? Elas
devem se guardar da prática sexual até o casamento. Todos estão sujeitos a
errar, mas persistir no erro é tolice.
Pense!
Se uma pessoa já experimentou o sexo
de forma indevida e busca em Deus o perdão e a restauração, que garantia tem de
que será restaurada e que requisitos são exigidos dela?
Ponto Importante
Um sacerdote só poderia se casar com
uma jovem pura (Lv 21.13).
CONCLUSÃO
O sexo é uma bênção de Deus, a fim de
que o homem e a mulher tenham satisfação e possam procriar. Entretanto, o sexo
exige responsabilidade e compromisso que apenas o casamento proporciona.
Qualquer prática sexual fora do matrimônio, seja para solteiros, seja para
casados, corrompe o que o sexo tem de bom e atrai o julgamento de Deus.
Portanto, guarde-se dessa prática e espere que Deus conduza você a um casamento
abençoado e a uma vida sexual dentro dos padrões divinos.
ESTANTE DO PROFESSOR
GOWER, Raph. Novo
Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos.
MCDOWELL, Josh. Verdade Nua & Crua: Amor, Sexo e Relacionamento.
TENNEY, Merril C. Tempos do Novo Testamento.
MCDOWELL, Josh. Verdade Nua & Crua: Amor, Sexo e Relacionamento.
TENNEY, Merril C. Tempos do Novo Testamento.
HORA DA REVISÃO
1. A
castidade, como virtude, está associada a quê?
A um estado de pureza. É uma atitude que
a pessoa toma em relação à preservação do seu corpo no tocante a uma prática
sexual indevida. É uma virtude que está associada à sexualidade, e não apenas
ao ato sexual. É a abstenção de prazeres carnais, sexuais e de tudo que a eles
se refere.
2. A
castidade como virtude é apenas para as pessoas solteiras?
Ela também é para os casados. Castidade
para os cônjuges significa fidelidade, temor, respeito e pureza no
relacionamento conjugal. Os casados não estão autorizados por Deus a ter uma
vida desregrada sexualmente (infidelidade), pois atrairão para si o juízo
divino (Hb 13.4)
3. Cite
dois fatores que levam uma pessoa a praticar o sexo antes do casamento?
Baixa autoestima, falta de aceitação dos
pais e a pressão exercida pelas amizades.
4. O
que Deus faz com aqueles que o honram?
A castidade não é apenas a abstinência
do ato sexual, mas sim uma forma de agir, pensar e de conviver com outras
pessoas.
5. A
castidade é apenas a abstinência do ato sexual?
A castidade não é apenas a abstinência
do ato sexual, mas sim uma forma de agir. pensar e de conviver com outras
pessoas.
SUBSÍDIO
“Virgem é quem não teve relação
sexual. Essa palavra corresponde à tradução de duas palavras hebraicas do AT e
uma grega no NT: (1) A palavra hebraica btula, ‘virgem’, também é usada figuradamente para
nações e nomes de lugares. (2) A palavra hebraica alma, ‘mulher jovem, virgem’ é a forma feminina de elem, ‘homem jovem’. Quanto à questão
muito discutida se a palavra sempre significa apenas virgem, a etimologia nada
oferece que possa ajudar, e mesmo seu uso não é totalmente determinante neste
caso. Entretanto, podemos dizer corretamente que ela se aplica somente a
mulheres solteiras, (3) A palavra grega parthenos, ‘virgem’, foi empregada na tradução da LXX de
Isaias 7.14 e está na citação de Mateus 1.23. Ela também foi usada para
descrever Maria em Lucas 1.27, as filhas de Filipe (At 21.9) e aqueles que
formam a noiva de Cristo (2Co 11.2).
A virgindade da noiva era
especialmente importante para os israelitas antes do casamento (Lv 21.13; Dt
22.13-21). Portanto, o noivo podia exigir uma prova da virgindade antes da
consumação do casamento. Os pais da noiva teriam, então, que exibir provas
dessa ‘virgindade’ (em hebraico btulim), provavelmente alguma de suas
vestes manchadas com sangue menstrual para provar que não estava grávida. O
crime seria ter tido uma relação sexual com um terceiro quando já estava
comprometida, porém ainda vivendo com seus pais. Por outro lado, a
infecundidade era considerada tamanha desgraça, que poderia ser comparável à
morte antes do casamento (Jz 11.37,38)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª
Edição. RJ: CPAD, 2010, pp.2022-23).
Caro professor, “o que são estilos de
aprendizagem? Estilo de aprendizagem é o meio pelo qual a pessoa vê ou percebe
melhor as ideias e, então, transforma-as e leva a efeito o que observou.
A educadora Bernice McCarthy
identifica quatro estilos básicos: Interativo, Analítico, Pragmático e
Dinâmico. Nenhum destes se encaixará perfeitamente em um aluno. (Assim como
Deus não usou somente quatro tipos de narizes em nossos rostos, Ele não criou
somente quatro padrões mentais). Todos nós somos mistura dos quatro estilos,
mas a maioria sentirá que há um em que se enquadra melhor. Para alguns alunos,
um estilo será tão predominante que eles não aprenderão se este for deixado de
fora dos nossos planos de ensino” (LEFEVER, Marlene. Estilos de Aprendizagem: Como Alcançar cada um que Deus lhe Confiou para
Ensinar. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2005,
pp.14,17).
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