O que Deus espera encontrar na Escola Cristã
de Educação por Princípios?
“E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e,
tendo visto tudo em redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze.
E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma
figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a
ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos”. Marcos 11:11-13
Este é mais um relato bíblico daqueles que nos
deixa “com a pulga atrás da orelha”. Por
que Jesus tem uma atitude tão drástica em relação àquela figueira sem frutos,
já que a bíblia afirma que não era tempo de figos?
Este fato ocorre no começo da semana da paixão
de Cristo e faz parte de uma série de advertências ao povo de Israel. Jesus se
dirige a Jerusalém, onde chega montado
num jumentinho e é aclamado Rei, conforme predisseram os profetas.
Provavelmente, em seguida, purifica o templo pela segunda vez e sai da cidade,
em direção à Betânia, passando por Betfagé, uma pequena aldeia no meio do
caminho, cujo nome significa “casa dos figos”.
Um local, certamente repleto de figueiras. Ao olhar para qualquer delas
podia-se avistar uma árvore comum, preparando-se para a tão esperada estação dos frutos. Mas, dentre elas se
destaca uma, repleta de folhas, e que chamava a atenção pela aparência saudável
e forte, além de oferecer uma gostosa sombra. Como as folhas das figueiras só
aparecem após a frutificação, era de se esperar que nela houvesse algum fruto.
Jesus estava com fome e se aproximou buscando o alimento que a bela árvore
aparentava ter, mas era só “propaganda enganosa”. O famoso “parece, mas não é”,
tema sobre o qual os profetas que O precederam e o Mestre vinham advertindo
Israel.
O “pecado” da figueira, o viver de aparência,
escondido atrás da religiosidade vazia
se aplica à nossa vida pessoal, pois obviamente pode ser ou estar sendo
praticado por qualquer um de nós. E é absolutamente necessário se arrepender e
abandonar esta atitude, que entristece o Espírito Santo.
Mas, proponho refletirmos em como as Escolas
Cristãs podem se tornar uma “figueira sem figos”. Uma árvore frondosa, que
oferece sombra, um ambiente saudável, amigável, mas infrutífera. Um local onde não há “festas
pagãs” e onde se oferece uma educação moderna, contextualizada, mas que “não
mata a fome”.
Nossa fome primária é pelo próprio Deus.
Então, a Escola Cristã de Educação por Princípios deve servir o alimento
espiritual que nutre o coração. E, como diria meu sábio netinho Gabriel, de 4
anos: “nossa vida é o nosso coração”.
Através do ensino das matérias acadêmicas e de um discipulado vivo e
dinâmico, precisamos levar nosso aluno a Cristo, verdadeiro “pão que desceu dos
céus”. Se a sua aula e seu relacionamento com os estudantes não são planejados
para isso, então você é uma figueira sem figos.
Além disso, vale ressaltar que não importa apenas “o que se ensina”, mas “como se ensina
e para que se ensina”. Porque aprender, conhecer, raciocinar, criar,
produzir são atributos divinos,
manifestos em nós pela “imagem e semelhança” que temos com Ele. Creio que, se
não fôssemos seres da queda, teríamos todos um desejo natural por conhecer.
Seríamos todos cientistas, investigadores do universo criado. E não é uma
coincidência o fato de que as crianças pequenas são naturalmente, melhor,
divinamente curiosas, ávidas por aprender.
Mas vão perdendo isso, ao longo da vida... Na escola cristã de Educação
por Princípios, ensinar é um processo redentor, que nos reorienta ao propósito
original de nos apropriarmos de todo conhecimento disponível para “cultivar e guardar” o nosso jardim -
planeta e para adorar ao Criador. Gn. 2:15
A bíblia diz que “Os céus manifestam, o
firmamento anuncia, o dia e a noite
revelam conhecimento e por toda a terra se faz ouvir a Sua voz”. Salmo 19: 1-6.
Tudo que os professores ensinam , todas as Ciências estão contidas nesses
versos e o propósito de cada uma é mostrar quem é Deus e como podemos
conhecê-Lo e nos relacionar com Ele.
A revelação das escrituras deve nos levar ao
arrependimento, caso nossas aulas e nosso fazer pedagógico, em geral, reflitam
apenas a proposta educacional medíocre e
alienadora que se pratica neste país. Um país cujos governantes, ou grande
parte deles para não ser injusta com a minoria, não têm um bom caráter e não
manifestam boas obras. Líderes que buscam seus próprios interesses e não levantam
a sua voz em favor do pobre e do aflito. Que desprezam o órfão e a viúva, que não honram aos idosos e os abandonam à
sua própria sorte. Um país com altos índices de analfabetismo real e funcional,
que não oferece nem mesmo Educação
Básica de qualidade às suas crianças e jovens. Você ensina apenas para o
aluno ser aprovado no Enem? Parabéns, seus pupilos alcançaram a linha da
mediocridade intelectual! Resta saber se
os estudantes que colocamos nas universidades concluirão com louvor e dignidade
os seus cursos e se serão cidadãos honrados e de bem.
Você
ensina a Pesquisar? A Raciocinar sobre o que se ouve e de lê, utilizando todas as informações
disponíveis, inclusive aquelas contidas na Palavra de Deus? E a Relacionar o conhecimento à vida pessoal? Você ensina a Registrar? Os estudantes
produzem textos sobre o assunto estudado, sob o seu comando ou são meros
consumidores das “informações” apresentadas pelos livros didáticos? O método dos 4Rs, proposto pela Educação por
Princípios não é moderno e nem lúdico, mas,
se praticado de forma coerente e consistente é eficaz para desenvolver
as competências e habilidades que desejamos em todas as áreas de conhecimento.
Deus não se engana com as aparências. Ele
espera ver em nós o fruto do Espírito Santo, gerado através do processo
contínuo de salvação e santificação que acontece na vida de todo aquele que é
nascido de novo. O fruto do Espírito é:
Amor: a Deus, acima de tudo, pelos estudantes
e pela Educação por Princípios, lembrando que o amor bíblico não é um
sentimento, mas uma atitude.
Alegria: sirva a Deus e aos seus alunos, aos
pais e aos seus colegas de trabalho, com alegria!
Paz: que é um efeito da justiça, ou seja, na
escola onde se pratica a justiça haverá paz, repouso e segurança. Isaías 32:17
O fruto do Espírito é a longanimidade, a
benignidade, a bondade, a fé, a
mansidão, a temperança. Contra estas coisas não há lei. Gálatas 5:22-23.
Nenhuma “PEC” ou “P.L pode derrubar esse
fruto.
E é isso que Deus procura, entre aqueles que
se dispuseram a ser “Educadores Cristãos por Princípios”. Durante todo o ano de 2014, Jesus “irá passar pelas figueiras” das escolas
cristãs. Que Ele ache fruto em nós.
fonte www.eecep.org.br
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