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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Subsidio juvenis a cultura (12)




SUBSIDIO JUVENIS A CULTURA N.12


Como seus alunos reagiram durante este trimestre? O tema das lições foi cativante? Nesta última lição, propomos um recurso que visa despertar seus alunos quanto as doutrinas que invadem nossas igrejas através das músicas que, cheias de sensacionalismos e emoções, arrebanham vidas. As músicas sempre defendem uma visão doutrinária, por isso, escreva trechos de músicas sacras e outras com teor duvidoso (músicas que colocam o arcanjo Miguel como maestro do coral de Deus, ou outras que incitam pessoas a mergulharem numa aventura de fé, como alguns hinos denominados de guerra ou de adoração), em folhas de papel e dê aos alunos para eles analisarem a letra à luz da Bíblia. Conceda-lhes alguns minutos para debaterem entre si e depois conclua corrigindo as letras dos hinos e valorizando as músicas com letras doutrinárias. 
“Integridade
Integridade procede do verbo ‘integrar’, que significa ‘tornar unido para formar um todo completo ou perfeito’. As Escrituras nos ensinam que o espírito, a mente e o corpo todos vêm da mão de Deus e, portanto, devem estar unidos, funcionando juntos, como um todo. Os nossos atos devem ser coerentes com os nossos pensamentos. Precisamos ser a mesma pessoa, pública e privadamente. Apenas a visão de mundo cristã pode nos dar a base para este tipo de integridade.
Além disso, o cristianismo nos dá uma lei moral absoluta que nos permite julgar entre o certo e o errado. Tente perguntar aos seus amigos seculares como decidem o que devem fazer, quais princípios éticos seguir. Como sabem que esses princípios são corretos? Em que autoridade eles confiam? Sem uma moral absoluta, não existe uma base real para a ética.
Um lei moral absoluta não confina as pessoas em uma camisa de força de puritanismo vitoriano. As pessoas sempre irão debater as fronteiras da lei moral e as suas variadas aplicações. Mas a própria idéia do certo e do errado só faz sentido se houver um padrão final, uma medida de referência, pela qual poderemos fazer julgamentos morais”.

(COLSON, C.; PEARCEY, N. O cristão na cultura de hoje. RJ: CPAD, 2006, p.161-2.)

I. DEFININDO OS TERMOS 

1. Sinais e prodígios (v.1). A palavra hebraica ’ôth, traduzida no texto, por “sinal” é termo genérico que significa: “marca, insígnia, indício, milagre, sinal miraculoso”. Quando o sentido é de sinais miraculosos, ’ôth vem acompanhado do termo hebraico mophēth, “maravilha, milagre, sinal, feito” (Êx 7.3; Dt 4.34; 6.22). O Novo Testamento usa o termo grego sēmeion para descrever os milagres operados por Jesus (At 2.22). À luz do texto sagrado, é perfeitamente possível alguém manifestar tais sinais e maravilhas sem ser enviado por Deus.

2. Espírito de adivinhação (v.16). A palavra grega usada para “adivinhação” é python, nome de um dragão que, segundo a mitologia clássica, era guardião do templo de Apolo e do oráculo de Delfos. Acreditava-se que Apolo se encarnava nessa serpente para inspirar as pitonisas. Os gregos chamavam de python, portanto, ao adivinho que previa o futuro.

Adivinhação consiste na revelação de segredos do passado, do presente e do futuro. Essa prática associa-se à feitiçaria, cujo intento é usar poderes do mundo espiritual para influenciar as pessoas ou até eventos.
3. Discernimento. A palavra grega para “discernimento” é diakrisis. O termo aparece três vezes com o sentido de contenda (Rm 14.1). Discernimento, pois, é a capacidade de escolher entre o bem e o mal em virtude do crescimento espiritual (Hb 5.14). É a capacidade sobrenatural para se distinguir a fonte da manifestação espiritual, se é de fato do Espírito Santo, de um espírito demoníaco ou meramente humano (1 Co 12.10).

II. AS ARMAS ESPIRITUAIS

1. O dom do Espírito Santo. O dom de discernir os espíritos aparece logo após o dom de profecia (1 Co 12.10). Por essa razão, muitos vêem no referido dom o recurso para se “julgar” as profecias (1 Co 14.29). Entretanto, o contexto neotestamentário mostra que o dom não se limita a essa função; é também útil para identificar a origem das várias manifestações de profecias, línguas, visões e curas. O discernimento de espíritos manifesta-se em situações em que não é possível, pelos recursos humanos, identificar a origem da atuação sobrenatural.
2. O discernimento apostólico (v.18). Há duas maneiras para se discernir a fonte da mensagem ou dos milagres: pelo conteúdo doutrinário (Hb 5.14; 1 Jo 4.1) ou pela revelação do Espírito Santo (At 5.1-5). O apóstolo Pedro não teria como saber o propósito de Ananias e Safira sem a intervenção do Espírito de Deus. Em Filipos, diz o texto sagrado que a jovem com poderes de adivinhação “isto fez por muitos dias” (v.18): “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo” (v.17). Isso parece mostrar que o discernimento foi tanto pelo conteúdo doutrinário como também pela revelação do Espírito Santo.

III. AS ASTÚCIAS MALIGNAS 

1. Uma mensagem embaraçosa (v.17). A jovem estava possessa, tomada pelo espírito das trevas, logo, a mensagem não vinha de si mesma, mas do espírito que a oprimia. Satanás é o pai da mentira (Jo 8.44) e o principal opositor da obra de Deus (At 13.10). Por que, então, o espírito adivinho elogiou os dois mensageiros de Deus, dizendo a todos que eles eram anunciadores do caminho da salvação e “servos do Deus Altíssimo”? Porque era uma estratégia demoníaca para confundir o povo.
2. O termo “salvação” (v.17). O texto não esclarece a que salvação o espírito imundo referia-se, considerando ser um termo comum entre os pagãos. Essa técnica é usada, ainda hoje, pelas seitas. A salvação dos mórmons, por exemplo, apresenta sentido diferente daquela pregada pelo cristianismo bíblico: como libertação dos pecados (Mt 1.21), livramento da condenação eterna (Rm 8.1) e transformação pelo poder do Espírito Santo (Tt 3.5).
3. Qual a intenção do espírito de adivinhação? O propósito diabólico era dizer a todos que a mensagem que Paulo e Silas pregavam seria a mesma da jovem adivinhadora. Ainda hoje, Satanás usa essa estratégia para fazer o povo acreditar na falsa idéia de que todas as religiões levam a Deus. Essa mensagem é absolutamente oposta à Bíblia; Jesus é singular, o cristianismo é exclusivo; somente Jesus conduz o homem a Deus (Jo 14.6; At 4.12).

IV. DISCERNIMENTO

1. O falso e o verdadeiro (v.2). Deus deu a Israel profetas legítimos, os quais falaram inspirados pelo Espírito Santo. Mesmo no reino dos profetas, Deus permitiu o surgimento de falsos profetas (2 Pe 1.19-21; 2.1). Como distinguir o falso do verdadeiro? O texto sagrado diz: “profeta ou sonhador... te der um sinal ou prodígio” (v.1). Isso fala de sinais grandiosos que podem impressionar os imprudentes. O termo: “Vamos após outros deuses” (v.2), trata-se de milagres estranhos. Qualquer um, portanto, mesmo com o mínimo de discernimento, tem condições de discernir a fonte desses aparentes milagres.
2. A necessidade do discernimento. Já vimos em lições anteriores a possibilidade de manifestações sobrenaturais por meio de homens não comprometidos com a verdade. Jesus disse que o Anticristo virá fazendo sinais, prodígios e maravilhas de maneira tal que, se possível fora, enganaria até os escolhidos (Mt 24.24). Os agentes de Satanás transformam-se em anjo de luz, e seus mensageiros em ministros de justiça (2 Co 11.13-15). O crente depende da ajuda do Espírito Santo para discernir a verdade, e, para isso, é necessário estar em comunhão com Ele.
É dever do cristão não se levar pela manifestação de sinais sobrenaturais sem antes ter certeza de sua origem. Há quem defenda a ortodoxia cristã, mas não tem qualidade ética, não vive o que prega e nem prega o que vive. Por outro lado, há quem viva uma vida exemplar, mas cuja doutrina é heresia. Que Deus abençoe e ajude-nos! Fiquemos sempre na Palavra de Deus.


Subsídio Apologético 
“O momento é de alerta

O momento atual da Igreja de Jesus Cristo impõe urgência ao tratar as doutrinas fundamentais da Bíblia Sagrada como prioridade inegociável. É preciso escrevê-las, discuti-las, ensiná-las com mais profundidade e dedicação para que possam ser aprendidas, lembradas, divulgadas como tarefa sine qua non da igreja.
No passado, gastávamos muito tempo falando mais de costumes do que de doutrina. Hoje, infelizmente, não falamos nem de uma coisa nem de outra. Muitos de nossos púlpitos estão indefinidos porque cederam à tentação dos avivamentos coreográficos, da exibição dos grandes números e da cultura imediatista, as quais flagelam os que procuram seriedade no servir a Deus.
Algumas igrejas, por causa disso, tornaram-se patrocinadoras de espetáculos e locais onde o ego humano é ‘massageado’, com o nítido objetivo de crescimento rápido e vantajoso. Resultado: vulnerabilidade doutrinária e frenesi pelas novidades (At 17.21).
Com a falta de ensino bíblico em muitos de nossos púlpitos, criou-se no povo um fascínio desesperadamente ambicioso pela experiência, que acabou se tornando a pedra de toque da vida da esmagadora maioria dos crentes pentecostais. As profecias, sem nenhum ensino, acabaram tomando o primeiro lugar na preferência da maioria dos nossos cultos, valendo, para muitos, mais uma profecia do que um ensino bíblico.
Não esqueçamos que o nascedouro de heresias é sempre a ausência de estudo bíblico sistemático. Ademais, o povo de Deus precisa ter conhecimento das doutrinas cardeais das Sagradas Escrituras para poder se defender das heresias.
Precisamos, portanto, e com muita urgência, fazer uma nova leitura das necessidades reais do nosso povo e da sociedade ao nosso redor e pensar num meio de tornar as Boas Novas do Evangelho mais convincentes para o homem atual” 
(LIMA, P. C. O que esta por trás do G-12. RJ: CPAD, 2000, pp.30-31).

A EXISTÊNCIA DOS VALORES MORAIS DESDE O PRINCÍPIO

1. O ilusório sonho de um mundo sem valores morais. A mentalidade moderna acostumou-se à ideia de que um mundo melhor só será possível quando não mais houver nenhum valor moral, nenhuma regra e quando cada um puder andar conforme os seus caprichos. Já houve um tempo assim na história de Israel e, podemos seguramente dizer, não deu certo (Jz 21.25). Nessa época houve a necessidade de o Senhor levantar os juízes para orientar o povo (Jz 2.10-23).
2. A existência dos princípios em um mundo perfeito. Ainda no Éden, em meio a um mundo perfeito, o Criador orientou o casal progenitor, oferecendo-lhe uma constituição que é básica para qualquer sociedade até os dias atuais:
a) Deveres: “E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar”.
b) Direitos: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente,”
c) Restrições/Proibições: “mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás;”
d) Punições: “porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
Adão e Eva não foram deixados à mercê da sorte ou de suas vontades próprias, mas receberam, da parte do Senhor, as necessárias normas para o seu viver e agir (Gn 2.15-17).
3. A luta humana contra a inclinação para o mal. Ao primeiro assassino da história humana, disse o Senhor: “Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta, o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gn 4.7b — ARA). Séculos depois, o apóstolo Paulo falou de uma luta interior constante que existia em seu ser, de forma que mesmo querendo fazer o bem, não conseguia fazê-lo. Trata-se do poder do pecado, inerente à natureza humana (Rm 7.7-24).
Inclinados naturalmente ao mal, todas as nossas tentivas de livrarmo-nos, por nós mesmos e com mecanismos e exercícios puramente humanos, da maldição do pecado, é como tentar fugir da própria sombra. Precisamos do auxílio do Espírito Santo de Deus que nos ajuda e acompanha-nos em nossas fraquezas (Rm 8.26; 2Co 12.9). Na realidade, as práticas religiosas que têm como objetivo “proteger” as pessoas do pecado, redundam em fracasso e, invariavelmente, transformam muitos em orgulhosos que vivem a contar vantagem, pois acreditam ser eles mesmos a causa de seu próprio processo de santificação.Sendo o homem perfeito, como se explica o fato de Deus ter concedido um breve código legislativo a ele, mesmo antes da Queda? 
Inclinados ao mal, precisamos da graça de Deus que, através do sacrifício de Jesus Cristo e da companhia do Espírito Santo, nos capacita a viver em santidade.

II. ALGUNS EXEMPLOS DAS ABSURDAS “NOVAS LEIS”

1. União civil entre pessoas do mesmo sexo. Totalmente à revelia da própria Carta Magna, a constituição federal (que fala acerca do casamento ser entre um homem e uma mulher), ativistas políticos e judiciais propõem uma flexibilização no texto constitucional, conferindo status de família à união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Para a aceitação popular da ideia, os programas, seriados e folhetins televisivos, sob o patrocínio do próprio Estado, fazem uma ampla divulgação, transformando-se em um verdadeiro proselitismo homossexual. Tal perversão é condenada na Bíblia do Antigo ao Novo Testamento (Gn 18.17-19.29; Lv 18.22; 1Co 6.10).
A aprovação do casamento homossexual visa institucionalizar o pecado, como se a legalidade pudesse fazer dessa atitude algo admirável. Nesse caso, a Palavra de Deus não apenas reprova quem pratica tais atos, mas inclui nessa mesma reprovação, os que os aprovam (Rm 1.32).
2. A homofobia. O que eles denominam crime de homofobia é a aversão à homossexualidade. O cristão evangélico não tem aversão às pessoas, e sim aos seus pecados. Biblicamente, o homossexualismo é algo imoral e pecaminoso (Rm 1.26-32). Não podemos chamar o mal de bem (Is 5.20; 1Co 6.10,11). Não obstante, nossa condenação da prática do homossexualismo, é prudente lembrar que a incitação ao ódio e outras posturas de reconhecido teor de violência, não devem ser vistas entre aqueles que foram chamados por Deus e aceitaram a Palavra do Evangelho.
3. Entorpecentes e aborto generalizado. Lamentavelmente, todos os dias, milhares de pessoas destroem suas vidas por causa das drogas. Portanto, a legalização de entorpecentes, como a maconha, por exemplo, é uma perversão total dos bons valores. É institucionalizar a destruição do próprio corpo (1Co 3.16,17). A prática criminosa do aborto é claramente condenada na Palavra de Deus (Êx 20.13), pois a vida pertence ao bondoso Criador (Dt 32.39; Ne 9.6; Jó 33.4),
A ilusória promessa de que o uso de drogas e a prática do aborto darão liberdade às pessoas, não leva em conta a questão do pecado e muito menos os efeitos físicos e psicológicos que tais abominações produzem. São muitos os prejuízos decorrentes desses crimes.As novas leis que tramitam no Congresso soam, a muitos desavisados, como um avanço social, mas na verdade subjugam o ser humano ao levá-lo a cometer crimes que, mesmo dentro da legalidade humana, continuarão sendo pecados graves. 


III. A IGREJA PREPARADA PARA ENFRENTAR UM MUNDO DE VALORES INVERTIDOS 

1. As autoridades como “ministros de Deus”. Paulo fala sobre a submissão às autoridades, e afirma que elas foram constituídas por Deus (Rm 13.1-7). Evidentemente que o Criador não poderia deixar uma humanidade, divorciada dEle, fazer o que achasse correto (Gn 6.5; Rm 3.10). Assim, as autoridades foram instituídas por Deus — Paulo utiliza a expressão “ministro”, querendo dizer que elas são instrumentos do Senhor — para o bem da sociedade e, ao mesmo tempo, para punir o mal(Rm 13.4).
É nessa perspectiva que o apóstolo dos gentios instrui-nos a sermos obedientes às autoridades, até mesmo na questão tributária (Rm 13.6,7). Em outras palavras, Paulo fala de representantes do poder público que têm compromisso com o bem-estar social, com a manutenção da ordem, e servem para correção divina na terra (Rm 13.1,2).
Não obstante, fica a dúvida: E quando a “lei” humana contraria a vontade de Deus? Nesse caso específico, a nossa atitude deve ser a mesma dos apóstolos diante das autoridades religiosas, pois não se acovardaram quando lhes proibiram de pregar, antes responderam: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29b). Assim agiram também em relação às autoridades políticas (At 24.1—26.32). Aliás, o fato de padecerem perseguições era motivo de alegria para os primeiros crentes (At 5.40,41).
2. A inversão dos papéis pelos legisladores. Pelos poucos exemplos das leis absurdas que citamos concluímos que, infelizmente, os que deveriam servir como “ministros de Deus” preferiram desobedecer tal chamado e passaram a defender o indefensável. Nesse particular, a igreja não pode curvar-se à imoralidade, ainda que essa tenha sido institucionalizada (Dn 3.1-30; 6.1-27).
Infelizmente esse é o cenário que temos diante de nós ainda nesse início de século. O que será das gerações futuras? Qual referência de família elas terão? Como podemos ajudá-las?
3. Uma real e dolorosa conclusão. Diante do exposto, perguntamos: “Será que, em vez de ficarmos unicamente tentando evitar que determinadas leis sejam aprovadas — uma vez que mais cedo ou mais tarde elas acabarão sendo uma realidade —, não deveríamos ensinar a igreja a lidar com tais situações?”.
Tal raciocínio está não apenas correto, mas também é bíblico, pois o próprio Cristo disse: “bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5.11,12). Tal constatação leva-nos a refletir acerca da verdade de que, mesmo lutando contra o pecado, não poderemos deter a marcha insana do mal no mundo (Sl 11.3). O que podemos fazer?
Para enfrentarmos os tempos trabalhosos prenunciados pelo apóstolo dos gentios (2Tm 3.1-5; 4.1-5), uma das medidas mais eficazes consiste em solidificar nossos valores cristãos, através de um vigoroso e qualitativo programa de educação cristã na igreja local (At 2.42; 5.42; 15.35; 16.4,5: Ef 4.11-16; 6.4; 2Tm 2.2; 3.14-17). 
A conclusão de que, cedo ou tarde, tais leis serão aprovadas, leva-nos a pensar em formas de, ainda que não aceitando, conviver com tais práticas pecaminosas.Precisamos, independentemente das circunstâncias, estar preparados até mesmo a sofrer prisões e outros tipos de crueldade por amor a Cristo (Jo 16.2; Fp 1.29). Demonstremos amor pelas pessoas que não servem a Deus, mas sejamos rigorosos com os atos imorais, pois para isso nos chamou o Senhor (Ef 5.11).


“A defesa da liberdade

A Bíblia não é um documento político, mas tem implicações políticas profundas que são importantes para o bem-estar geral de todos os cidadãos. Aqueles que dizem que Jesus e os apóstolos ignoravam a política deixam de ver as implicações políticas da máxima: ‘Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus’ (Mt 22.21). Os cristãos do século I sabiam exatamente o que significavam essas palavras de Jesus — e foi por causa de um ato político (eles não iriam dizer ‘César é o Senhor’) que eles foram crucificados, torturados e atirados aos leões.
Qual o ensinamento escritural fundamental no Estado? Por um lado, devemos viver submissos ao Estado. Para o nosso bem, Deus apontou reis e governantes para executar as tarefas do Estado: restringir o mal, preservar a ordem e promover a justiça. Assim, devemos ‘honrar o rei’ e submetermos ‘às autoridades superiores; porque... as autoridades que há foram ordenadas por Deus’. Algumas pessoas interpretam estas passagens como uma outorga absoluta de autoridade, significando que o governo deve ser obedecido em todas as épocas e em todas as circunstâncias. Mas a ordem para obedecer é condicionada pela suposição de que oficiais e magistrados estão realizando os objetivos para os quais Deus ordenou o governo (em Romanos 13.4, o governo é chamado de ‘ministro de Deus’). Assim, se os governantes agirem de modo contrário à sua delegação de autoridade, se não agirem como servos de Deus, então os cristãos não são obrigados a obedecer-lhes” 

(COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. O Cristão na Cultura de Hoje: Desenvolvendo uma visão de mundo autenticamente cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, pp.212,213).


“Tomás de Aquino fala sobre a Lei e a Justiça

O Tratado sobre a Lei de Tomás de Aquino, começa com uma discussão na Questão 90 da Suma Teológica que trata das qualidades que todas as leis devem ter. Tomás de Aquino argumenta primeiramente que todas as Leis devem ser determinadas pela razão. Quer dizer, as leis não podem ser insensatamente arbitrárias. As leis são feitas para alcançar um fim, e só usando a razão podemos determinar como alcançar esses fins. Assim, a razão tem de entrar na elaboração de todas as leis.
Tomás de Aquino sustenta que todas as leis devem ser projetadas para alcançar o bem da sociedade inteira. Fazemos leis para assegurar nossa felicidade, mas só podemos fazer isso se a sociedade como um todo passar a funcionar bem. É evidente então que se devemos alcançar a felicidade, temos de projetar nossas leis de forma a beneficiar toda a sociedade. Tomás de Aquino assevera que só o povo como um todo — ou alguém que esteja preocupado com o bem da sociedade inteira — tem o direito de fazer leis. As leis devem ser projetadas para obter o bem de toda a sociedade, portanto devem ser feitas por alguém que tenha este bem em mente. Mas só o povo como um todo ou um representante agindo em seu benefício se lembrará do bem de toda sociedade” .

(MCNUTT, Dennis. Panorama do Pensamento Cristão: Política para Cristãos (e Outros Pecadores). 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, p.456).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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