SUBSIDIO JOVENS OS MALES DO CONSUMO N.13
INTRODUÇÃO
"Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada" (Pv 30.8). A aplicação do fruto do Espírito na vida cristã é o remédio eficaz contra a doença do consumismo de nosso tempo.
A JUSTIÇA SOCIAL E O PROFETISMO
1. O cuidado divino com a justiça social. Desde a Queda, devido às consequências do pecado, a desonestidade e a ganância fazem parte das relações humanas. Pessoas acham-se no direito de oprimir as outras. Assim, quando da promulgação da Lei, é possível observar o cuidado divino com os menos favorecidos (Êx 22.25-27; 23.6; Lv 19.10; 23.22), diferentemente de outros códigos legislativos do mundo antigo que pouco se importavam com a situação das pessoas.
2. Justiça divina não é paternalismo. A despeito do amor de Deus pelos órfãos, viúvas e pobres, o Senhor não age de forma paternalista, favorecendo um em detrimento do outro, pois Ele é justo (Êx 23.1-3; Lv 19.15). A Lei é tão precisa que chega a orientar o legislador a não aceitar presentes, de uma ou de outra parte, para que tenha isenção e não seja levado a favorecer alguém no processo de julgamento (Êx 23.8).
3. O ministério profético e a justiça social. Quando no período dos reis os judeus, de forma deliberada e em demonstração de rebeldia, passaram a negligenciar o que a Lei prescrevia sobre a questão social (Êx 23.10,11; Dt 24.14-22) — sobretudo, do jubileu que incluía, entre outras coisas, a obrigatoriedade de libertar os os escravos e liquidar as contas e/ou empréstimos dos endividados (Lv 25.1-55) —, o Senhor então levantava os profetas para condenar essa postura (Jr 34.8-22).
Na realidade, é impossível não notar que o profetismo, como movimento, nasce justamente por causa da injustiça social e da falta de defesa dos menos favorecidos, pois se o próprio Deus que libertara Israel era esquecido, que dirá aqueles que, sem posse alguma, ficavam à mercê da sensibilidade dos seus irmãos no cumprimento da Lei (Is 3.12-15; 58.1-14; Dn 4.27; Am 2.6-12). O Senhor, porém, não permitiu que tal descaso ficasse impune (Sl 9.1-20; 12.5; Zc 7.5-14).
Mudando-se o modo de a humanidade relacionar-se com Deus, isto é, havendo a graça substituído a Lei, existe ainda a necessidade de se cuidar do necessitado?
A leitura de Isaías 58.1-14 mostra claramente que Deus não se importa com ritualismo desprovido de prática.
II. A POLÍTICA ECONÔMICA
1. O governo e a justiça social. Em qualquer civilização, existem os liderados e os que lideram (Rm 13.1-7). Um dos principais deveres dos governantes é justamente assegurar o cumprimento da ordem e do direito. Em qualquer sociedade, a dependência dos governos por parte dos menos favorecidos é uma realidade. Não havendo justiça social, as classes populares certamente serão as mais prejudicadas. No mundo antigo, cria-se que o apoio aos pobres era uma das condições para o êxito de qualquer governante (Pv 29.14). Um exemplo claro dessa verdade pode ser visto no “conselho” dado por Daniel a Nabucodonosor: “Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e desfaze os teus pecados pela justiça e as tuas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres, e talvez se prolongue a tua tranquilidade” (Dn 4.27).
2. O governo e as classes populares. Quando partidos, cujas propostas de governo incluem políticas sociais voltadas ao menos favorecidos, ascendem ao poder, teoricamente acontecem melhorias que beneficiam os pobres. Estes, mesmo não realizando todos os seus sonhos, ao conseguir um pouco mais de recursos — seja através de programas sociais, seja com a geração de empregos —, veem-se como devedores dos governantes e assim passam a concordar com todas as ações do governo.
3. O perigo do populismo. Se imediatamente o assistencialismo melhora a situação dos pobres, em longo prazo, ele em nada contribui para a efetiva ascensão social destes. Em países emergentes, o populismo proporciona a perpetuação de tais governos no poder, acabando por instaurar um despotismo em lugar da democracia. Isso porque a ajuda que deveria proporcionar as condições de as pessoas adquirirem autonomia econômica, transforma-se em moeda de troca, gerando dependência e, consequentemente, manutenção da pobreza ao mesmo tempo em que garante a perpetuação do governo.
MEDITAÇÃO PARA AS AULAS
Segunda - Pv 27.20
Os olhos do consumista nunca se fartam
Terça - Pv 16.32
É melhor dominar a si mesmo do que conquistar cidades
Quarta - Pv 12.9
Trabalhar para viver é melhor do que bancar o rico e passar fome
Quinta - Pv 30.15
O espírito consumista de nosso tempo nunca se farta
Sexta - 1 Tm 6.6
Grande ganho é a piedade com contentamento
Sábado - Fp 4.6
Não estejais inquietos por coisa alguma
Prezado professor, esta lição é importantíssima para seus alunos. Portanto, invista tempo em seu preparo: ore, pesquise, observe e discuta o tema com outros professores. Lembre-se! As verdades que você ensinará neste domingo, poderão modificar completamente a vida financeira de seus alunos, mas esta mudança deve começar primeiramente em você.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Nesta lição usaremos como método o Debate Orientado. Divida a turma em dois grupos e proponha uma discussão sobre o consumismo. O primeiro grupo discutirá por cinco minutos o tema: "Quais são as conseqüências do espírito consumista". (Nesse momento, a outra equipe apenas observará anotando os pontos que julgar importante.) A seguir, o segundo, assumirá o debate, com a pergunta: "Por que esse comportamento descontrolado ocorre com as pessoas na hora das compras?" (agora é a vez do primeiro grupo apenas observar). Após os dois grupos apresentarem suas opiniões, o professor fará o fechamento do debate. Entenda que o objetivo não é apenas trazer soluções, mas instigar, "fazer pensar" e provocar reflexões sobre assunto.
Consumismo: Sistema que favorece o consumo exagerado.
A riqueza, a fama, o poder, os prazeres e o consumo desenfreado são ineficazes para satisfazer as necessidades da alma (Ec 6). Infelizmente, por essas coisas vãs, muitos têm empenhado tudo o que possuem, inclusive a própria vida (Mt 16.26). A Palavra de Deus nos adverte taxativamente sobre o gasto abusivo e desnecessário (Pv 121.20; Is 55.2). Nesta lição, aprenderemos sobre como nos livrar desta enfermidade.
I. OS MALES DO CONSUMISMO
1. O apelo consumista nos meios de comunicação.
Muitos são impelidos, especialmente, pela propaganda difundida nas mídias eletrônicas (Rádio, TV, Internet), a comprarem aquilo de que realmente não necessitam. Os profissionais do marketing aproveitam-se das datas comemorativas tais como, Natal, Páscoa, Dia das mães, dos pais, dos namorados, das crianças, etc, para incitar as pessoas ao consumo. O pior do consumismo é que muitos acabam valorizando mais as coisas materiais que as espirituais (Pv 30.15; Mt 6.19-21).O crente em Jesus deve resistir ao consumo inútil e à tentação do crédito fácil, propalados pela mídia. Lembre-se: "Crédito imediato é também dívida imediata!". Façamos, pois, a oração de Agur: "Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada" (Pv 30.8,9).
2. O supérfluo em detrimento do essencial. Essencial para o consumo é aquilo que, sem o qual, a vida exaure: comida, roupa, moradia e, na medida certa, o lazer. Até mesmo no que é indispensável devemos confiar mais em Deus que em nossos próprios esforços (Mt 6.25-34). O supérfluo é tudo aquilo que não é essencial à manutenção da vida. Sob a influência dos meios de comunicação, há os que suprimem itens prioritários à sobrevivência, para comprar produtos de griffe, por mero capricho. A Bíblia é enfática em seu ensino contra o desperdício (Is 55.2; 2 Tm 4.5).
3. A Compulsão pelas compras.
A vontade compulsiva de comprar pode estar associada a um distúrbio psicológico conhecido como oneomania. Essa doença está associada a diversos fatores tais como: ansiedade, frustração, depressão, transtornos de humor e um desejo reprimido de possuir as coisas. Por isso há tantas pessoas endividadas, especialmente, pelo mau uso do cartão de crédito e de cheques especiais. É uma enfermidade que precisa ser tratada com seriedade e urgência (Pv 15.27; Ec 5.10; Jr 17.11; 1 Tm 6.10).Obreiros, líderes e crentes em geral, portadores dessa doença, precisam de cura imediata para exercerem o ministério cristão sem impedimento, e glorificarem o santo nome de nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 12.16; 13.8,14; Gl 5.22).O consumo desenfreado é motivado pela mídia. As propagandas incentivam o consumo do supérfluo em detrimento do essencial, criando nas pessoas uma compulsão doentia pelas compras.
II. COMÉRCIO E CONSUMO NO AMBIENTE CRISTÃO
1. O comércio no templo em Jerusalém (Jo 2.13-17; Mt 21.12,13).
Era no átrio dos gentios que os comerciantes vendiam animais para serem sacrificados, e os cambistas trocavam as moedas estrangeiras pela moeda do Templo, a fim de que os judeus pagassem o imposto sagrado (Mt 21.12). Essas atividades eram controladas pelos sacerdotes e levitas, inclusive pela família de Anás, o sumo sacerdote. O problema é que eles majoravam o preço dos animais e cobravam excessivas taxas cambiais. Era a prática da corrupção e exploração do povo no recinto sagrado. O culto tornava-se apenas uma desculpa para o comércio fraudulento. Todavia, Jesus, na função de Filho de Davi, condenou os abusos e a corrupção (Mt 21.5-11).
2. Mercantilismo na Igreja.
Não podemos ignorar esta infame realidade: muitos exercem atividades entre o povo de Deus alegando um "ministério" que não existe. Há cantores evangélicos, pregadores, ensinadores, "missionários" e vendedores itinerantes cuja vida particular desmente os padrões de santidade que eles fingem ser portadores no púlpito (Cl 2.23; 2 Tm 3.4,5). São artistas, exploradores do povo e das igrejas, que só vêem o promissor mercado evangélico à sua frente.
3. Comércio ou serviço cristão? Há quem questione a compra e venda de produtos necessários ao desenvolvimento do serviço cristão na igreja. A igreja, de fato, precisa de Bíblias, livros, folhetos e outros aparatos. Se tal atividade comercial é honesta e normal no mundo secular; por que seria condenável no âmbito cristão, se é feito com transparência e sem "torpe ganância"? (Tt 1.7).O comércio em Jerusalém era abusivo e fraudulento, razão pela qual foi severamente condenado por Jesus. Esta forma infame de comércio, infelizmente, é constatada em alguns ministérios e igrejas na atualidade.
III. PROVISÃO DIVINA DAS NECESSIDADES DIÁRIAS
1. Pedindo a Deus a provisão necessária (Pv 30.7,8).
Agur fizera apenas dois pedidos a Deus. Primeiro, que Ele o resguardasse da mentira e da falsidade, porque desejava manter-se verdadeiro e íntegro. Segundo, que o Senhor lhe concedesse o suficiente para satisfazer suas necessidades diárias. Agur não queria os excessos da riqueza, nem as privações da pobreza, mas, uma vida prudente e financeiramente equilibrada (Lc 12.29-31).
Na Oração Dominical, Jesus ensinou o mesmo princípio (Mt 6.9-13, 25-34). Devemos buscar primeiro o Reino de Deus (v.33), mas o Pai também quer que oremos por nossas necessidades materiais - o "pão" (Mt 6.11). Em Filipenses 4.11-13, Paulo reforça o ensino de Jesus quando diz aos Filipenses: "aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância" [...] "estou instruído tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece".
2. Deus nos supre em todos os momentos (Fp 4.11-13,19). Deus supriu todas as necessidades do profeta Elias (1 Rs 17.2-7, 8-24). O rei Davi, quando idoso, pôde testificar sobre a provisão divina durante toda a sua vida (Sl 37.25; 23.1). Estamos diante do mesmo Deus que pode fazer isso agora, aí mesmo onde você se encontra. Ele não mudou, "é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente" (Hb 13.8; Dt 8.15-18; Lc 12.15; 1 Tm 6.17). Na oração Dominical Jesus ensinou o mesmo princípio ensinado por Agur: Devemos buscar primeiro o Reino de Deus, mas é da vontade do Pai que oremos por nossas necessidades.
IV. COMO FUGIR DO CONSUMISMO
1. Evite o desperdício e o supérfluo. Em João 6.12 Jesus ordenou que seus discípulos recolhessem os alimentos que sobrara para que nada se perdesse. Algumas vezes o orçamento acaba porque gastamos com insensatez, onde não se deve ou não se pode (Is 55.2; Lc 15.13,14).
2. Economize, poupe e fuja das dívidas! Economize comprando no estabelecimento que é mais em conta. Racionalize os gastos com água, luz, telefone, etc. (Gn 41.35,36; Pv 21.20). Abra uma conta-poupança e guarde um pouco de dinheiro, por menor que seja a quantia. Fuja das dívidas!
3. Invista no Reino de Deus. O dinheiro não é um mal em si mesmo (1 Tm 6.10), pelo contrário, pode e deve ser uma bênção para a obra do Senhor. Seja fiel nos dízimos e você verá a bênção de Deus sobre sua vida financeira (Ml 3.10,11).Para fugir do consumismo é necessário: evitar o desperdício e o supérfluo, economizar, poupar e fugir das dívidas e, acima de tudo, investir no Reino de Deus.
Pobreza não é maldição (Dt 15.11; Mc 14.7), mas pode resultar de fatores diversos: guerra, catástrofes, vícios, alcoolismo, jogos de azar, má administração dos bens e dos recursos econômicos. Neste particular, a Palavra de Deus adverte que o beberrão e o comilão cairão em pobreza (Pv 23.20,21). Não compre fiado! Não peça emprestado! Liberte-se do consumo irresponsável! Jesus quer libertá-lo das garras do consumismo. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, de humor e um desejo reprimido de possuir as coisas.
"É um Mundo Consumista
'E o que há de errado com isto?', você pode estar se perguntando. Talvez você pense que eu queira persuadi-lo a vender tudo o que tem e ir viver nas montanhas feito eremita. Fique tranqüilo, eu não pretendo fazer isto! Nem estou tentando fazê-lo sentir-se culpado por ter uma lista de 'coisas a comprar' guardada na gaveta da cômoda. Não. Não é nada disso.
O que estou tentando dizer é que o problema está em ser acometido pela síndrome do 'adquira-e-possua' de nossa cultura, em viver para ter e ter para viver, em ter uma casa cheia de 'coisas' - todas estas coisas raramente satisfazem [...] E quanto mais ficamos fascinados com as coisas novas que brilham à nossa volta, mas espaço, energia, tempo e dinheiro será necessário para manter o vício do consumo! [...]
Quero chamar sua atenção de perdedor financeiro para o simples fato: muitos de nós estamos nadando em dívidas e vivendo um caos conjugal como resultado de nada menos que uma necessidade descontrolada de possuir e acumular coisas. A verdade é que o caos em nosso casamento poderia ter fim se nós simplesmente parássemos de acumular e começássemos a estar satisfeitos com as coisas que já temos".
"Guiará os mansos retamente; e aos mansos ensinará o seu caminho" (Sl 25.9). Dois grandes atributos de Deus são ressaltados nesse poema. No primeiro deles, o Senhor é um seguro Guia. Ele nos conduz por caminhos verdejantes (Sl 23.2); por águas tranqüilas (Sl 23.2); por caminhos certos (Sl 23.3) ; mesmo nos vales escarpados da dor não abandona os seus filhos, mas protege e dirige-os (Sl 23.4) . Ele está com você, professor, em qualquer circunstância. No segundo atributo, Ele é o Mestre, que ensina a sua vontade. Os que temem ao Senhor aprendem com Ele o caminho que devem seguir (Sl 25.12). Essas duas qualidades são indissociáveis, uma vez que o mestre é um guia. Permita que o Senhor seja o seu Mestre e Guia eternamente.
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
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PAZ DO SENHOR
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