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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Subsidio gospel o legado da reforma (11)





REFLEXÕES 

1.É maravilhoso vermos quantos fatos ocorreram para que estivéssemos vivendo esse momento como igreja na atualidade. Quantos homens destemidos se despuseram, creram, e lutaram totalmente convictos da sua Fé, Lutero é um grande exemplo para as nossas vidas, um grande apologeta, que nos deixou um grande legado. É louvável a iniciativa das Assembleias de Deus em ter sua Declaração de Fé aprovada seguindo o legado dos reformadores, o que já serve como proteção ao modismo.
2.A Reforma Protestante foi um movimento de suma importância para os cristãos. E a declaração de Fé das Assembleias de Deus é um instrumento de grande valor é como um canal facilitador aos nossos irmãos que tem objetivo de facilitar o conhecimento da Palavra de Deus e contribuir na preparação de Fé para os novos integrantes da Igreja. " A Bíblia revela a verdade em forma popular de vida e fato;o Credo declara uma forma lógica de doutrina".

500 anos de Reforma Protestante: sua história, sua mensagem e seu legado!

“Um historiador católico comparou a intimidade de Lutero com a Bíblia à intimidade entre marido e esposa, um relacionamento semelhante a um casamento”

Reforma Protestante: sua história, sua mensagem e seu legado! 
Nesta semana comemoramos os 500 anos da Reforma Protestante, que foi um movimento de retorno à Palavra de Deus, já que no século XVI, a fé cristã se viu envolvida em uma profunda crise[1], onde a leitura da Bíblia ficava restrita apenas aos clérigos, sendo paulatinamente substituída pelos amuletos, pelo misticismo, pela tradição e pelas crendices populares. Portanto com o passar do tempo, as pessoas foram se distanciando das Escrituras e neste período a Bíblia somente era lida em latim pelos padres se tornando para a maioria das pessoas um documento misterioso.

Portanto, o contexto histórico da Idade Média foi marcado pela imposição da teologia do medo, onde o clero católico envaidecido de suas conquistas terrenas demonizava tudo que fosse contrário e ensinava ensinos distorcidos como: o purgatório, a venda de indulgências, a prática da diabolização; o uso dos amuletos e a infalibilidade papal, o que gerou o medo coletivo na população. Portanto, o comércio de indulgência na Idade Média era muito forte e assim com o passar do tempo houve o crescimento considerável de abusos, tais como a livre venda de indulgências por profissionais “perdoadores“ e a pregação destes, em alguns casos era exagerada chegando a afirmar: “Assim que uma moeda tilinta no cofre, uma alma sai do purgatório”. Deste modo, cada vez mais crescia o número de religiosos que ensinavam diversos tipos de superstições, como rezas, amuletos e histórias com o fundo manipulativo interesseiro e quem se opunha a isso era queimado na fogueira.
Assim com o passar do tempo começou a haver um desgaste destas práticas e assim tem início o período conhecido como Pré-Reforma, que foi legitimada pela crise moral do papado, pela revolta dos camponeses contra os senhores feudais, pela exploração da Europa pela Igreja Católica e pelo movimento da Renascença, onde as pessoas começaram a ter mais acesso a cultura e ao conhecimento, sendo estas as bases da futura Reforma Protestante. Sendo assim, foram surgindo alguns pré-reformadores como Pedro Valdo; John Wycliffe e em especial John Huss que morreu queimado pelo fogo da Inquisição, mas, que foi grandemente usado por Deus com a seguinte mensagem: “Hoje vocês queimam um ganso insignificante, mas daqui a cem anos ouvirão o canto de um cisne que não será queimado, e nenhuma artimanha ou armadilha o prenderá. ”
No início do século XVI, como efeito da teologia medieval, o monge agostiniano Martinho Lutero entendia que somente através do martírio e do sofrimento é que o homem alcançaria a salvação. Com isso, ele era terrivelmente afligido por sua consciência e se considerava o pior dos pecadores, a ponto de penitenciar-se diariamente, pois Lutero cria na salvação pelas obras e não compreendia de modo pleno a graça de Deus. Contudo, durante seus estudos teológicos exaustivos, passou a compreender a justiça de Deus ao estudar Habacuque 2:4 e Romanos 1:17 “O Justo viverá da fé”. Dessa feita, Lutero passou a compreender que a salvação do homem se dá através da justificação pela graça mediante a fé, e que a salvação é um ato de Deus e não do homem.
Como de acordo com o historiador e pastor luterano Joachim H.Fischer:
“A origem da Reforma Protestante foi a redescoberta da justificação pela graça mediante a fé. Serviu como critério para avaliar a igreja, a teologia e a sociedade da época. O parâmetro da renovação da Igreja era o cristianismo das primeiras comunidades cristãs. Esse cristianismo havia sido distorcido e sufocado, ao longo dos séculos, por inúmeras leis, prescrições e práticas humanas, não essenciais para a fé e muitas vezes abusadas para manter o controle da instituição Igreja sobre os fiéis ou para assegurar-lhe suas bases financeiras e seu poder”[2].

Portanto, no ano de 1512, Lutero se forma doutor em Teologia e em 1517, lançou uma abrangente e contundente crítica às indulgências, o que acaba desencadeando o processo que se tornará a Reforma Protestante. Não com o objetivo de formar uma nova igreja, mas, com o claro objetivo de reformar a fé católica.  Lutero passou a formular suas doutrinas, combateu os erros doutrinários do período e assim promoveu a Reforma Protestante a partir de 1517, fixando as 95 Teses da Fé na igreja da cidade de Wittenberg, como de acordo com Fischer: ‘’ Lutero confrontava-se com as consequências desastrosas do negócio das indulgências, um dos pilares da sustentação financeira da instituição Igreja. Com suas famosas 95 teses, de 31 de outubro de 1517, sugeriu um debate para esclarecer o valor das indulgências. Afirmou: “O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus” (tese 62)[3].

Para Lutero, a Bíblia é a autoridade máxima que está acima das tradições, dos papas, dos concílios e das emoções. Ela é a norma determinadora para todas as decisões de fé e da vida. Portanto o deslocamento do peso do sacramento e do aspecto sacramental para a Escritura e a pregação escriturística significou mais do que uma mera mudança de ênfase. De acordo com o pastor luterano Fischer:
“Um historiador católico comparou a intimidade de Lutero com a Bíblia à intimidade entre marido e esposa, um relacionamento semelhante a um casamento”.[4]

Infelizmente, nos dias atuais, muito pouco se fala ou se avalia acerca da Reforma Protestante, até porque, muitos nem sabem da importância deste acontecimento e de seu legado espiritual na vida de cada um de nós. Diante desta proposta, pudemos refletir a importância das 95 teses da fé que foram fixadas na catedral de Wittemberg, quando Lutero, desafiando o clero e a igreja institucionalizada, fixou as 95 teses da fé cristã. Ele não apenas resgatou a igreja do caos teológico, mas devolveu ao povo o direito de ler a Palavra de Deus e nela buscar direção espiritual. Contudo nos dias atuais, temos observado claramente, que muitos se esquecem dos princípios basilares da Reforma: “Sola Fide, Sola Scriptura, Sola Gratia, Solos Cristhus  e Soli Deo Gloria”. Portanto, a Reforma mudou o panorama e a história de todo o cristianismo, gerando mudanças pontuais não apenas na religião, mas, na vida política, econômica, cultural e moral, não apenas da Alemanha, mas, de toda uma geração!
Enfim movidos pela espiritualidade da Reforma eu e você devemos em tudo buscar sermos parecidos com Jesus através da prática do Fruto do Espírito que é o triunfo da graça pois a base da Espiritualidade é o amor, já que  diferentemente dos tempos da Reforma, cada crente, possui uma Bíblia na mão e o Espírito Santo no coração e ELE nos guia a toda a verdade!

BIBLIOGRAFIA GOSPEL PRIME

[1] DREHER, Martin. Bíblia: suas leituras e interpretações na história do cristianismo.  São Leopoldo: Sinodal & CEB, 2006.
[2] FISCHER, Joachim. Reforma: renovação da Igreja pelo Evangelho. São Leopoldo: Sinodal, 2006. p. 27.
[3] LUTERO, Martinho. Debate para o Esclarecimento do Valor das Indulgências. Obras Selecionadas. São Leopoldo: Sinodal; Porto Alegre: Concórdia. p. 21-29, à p. 27, apud FISCHER, 2006, p. 28.
[4] LORTZ, Joseph. Die Reformation in Deutschland [A Reforma na Alemanha]. 5 ed. Freiburg: Herder, 1962. V.1,p.160 apud FISCHER, 2006, p. 21.


1) OS REFORMADORES NOS INSPIRAM À CORAGEM 
     DE DIRIGIR A VIDA PELA PALAVRA DE DEUS 

    Vejamos 2Tm 3.16-17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”        Reconhecendo a importância de ter uma vida norteada pela Palavra, João Calvino disse que a fé e todo reto conhecimento de Deus “nascem da obediência à Palavra.” 

2) OS REFORMADORES NOS DESAFIAM 
     A BUSCAR INCANSAVELMENTE 
     A PIEDADE PESSOAL

          Observe 1Tim 4.7b: “Exercita-te, pessoalmente, na piedade.” O conselho do apóstolo Paulo a Timóteo é uma preciosa dica para uma vida espiritual bem-sucedida.Neste ponto, precisamos conceituar “piedade”. Ora, piedade é aquele santo temor, devoção e amor a Deus que se encontra no coração dos justos. A piedade pessoal se relaciona com o esforço para viver na constância do “orai sem cessar” das Escrituras (1Ts 5.17). Em perspicaz demonstração desse esforço, Lutero escreveu: "Hoje tenho muito a fazer, portanto hoje vou precisar orar muito.”          De sua experiência de devoção e conhecimento bíblico, Calvino propôs quatro regras para a oração:

I. Reverência;
II. Contrição (coração arrependido);
III. Humildade;
IV. Confiança.

3) OS REFORMADORES NOS ENSINAM 
     QUE O MELHOR CAMINHO É O DE CONFIAR 
     NAS PROMESSAS DE DEUS

  Calvino insistia no caminho da plena confiança nos propósito eternos de Deus. “Seja o que for que Deus tenha que fazer, inquestionavelmente o fará, se Ele o tiver prometido.”          Nossa confiança precisa ser exercida – seja qual for o momento que estamos passando – naquilo que Deus promete em sua Palavra: “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós”. (Ef 3.20).

4) OS REFORMADORES NOS INSPIRAM A FAZER 
     UMA REFLEXÃO RADICAL SOBRE NOSSA MISSÃO
     NO REINO DE DEUS

    O Senhor Jesus nos diz em Marcos 16.15: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” Refletindo sobre este mandato, Lutero escreveu: "A pregação dos apóstolos seguiu por todo o mundo (...)  Esta ida começou e foi levada adiante, apesar de ainda não estar concluída, visto que continuará até o último dia."  O retorno à Palavra deve ser seguido do avanço missionário. Nossa obra, portanto, é a “continuidade” da missão de pregar o Evangelho ao mundo.Diante dos quadros de estagnação e do comodismo missionário de muitas igrejas herdeiras da Reforma, somos desafiados a refletir radicalmente sobre nossa inserção na missão de anunciar o Reino de Deus neste mundo.          A palavra de Lutero, depois de mais de quatro séculos, nos inspira a perseguir a continuidade da missão até o último dia da igreja na terra.
  Será que não chegou o tempo de “reformarmos” nossa vida num sentido integral? Conheço uma pessoa que trabalha com a restauração de edifícios antigos numa grande capital. Essa é uma reforma que pretende deixar o “velho” novo e utilizável. De igual modo, nossa vida de fé, de relacionamentos e de serviço a Deus pode estar precisando de uma reforma.
  Como os reformadores, deixemos a Palavra de Deus “reformar” a nossa história.(Fonte: Jornal Aleluia 411, outubro de 2015, p. 13).

A Reforma Protestante e a Declaração de Fé das Assembleias de Deus

Na noite de 31 de outubro de 1517, o reformador alemão Martinho Lutero (1483- 1546) afixou na porta da igreja do castelo de Wittenberg 95 teses contra as indulgências da igreja medieval. As teses sacudiram o país alemão e em pouco menos de trinta dias já tinham chegado à Itália. Escritas em latim, às teses foram traduzidas para o alemão, holandês e espanhol. Cerca de quatro anos depois o Imperador Carlos V convocou sua primeira dieta imperial na cidade de Worms para entre outros assuntos colocar um fim na reforma deflagrada por Lutero. Os trabalhos iniciaram em fevereiro e se estenderam até o mês de maio de 1521. No dia 18 de abril, uma quinta feira, Lutero foi conduzido ao local da assembleia que se encontrava lotada, o número dos que ocupavam as ante-salas, as janelas e as escadarias somavam 5 mil pessoas [1]. Na ocasião, o reformador foi instigado a retratar-se de seus escritos e sua resposta diante daquela multidão entrou para a história como uma declaração de convicção e fé nas Escrituras Sagradas: 
“Minha consciência está atrelada à palavra de Deus. Enquanto não me tiverem convencido pelas Sagradas Escrituras, não posso nem quero retratar-me de coisa alguma, pois é perigoso agir contra a consciência” [2] 
Como resultado de sua postura, no dia 26 de maio de 1521, um decreto imperial conhecido como Edito de Worms condenou o reformador por heresia, determinou a execução da bula papal com a excomunhão e ordenou a queima dos escritos e livros de Lutero. O edito também autorizava a prisão e o saque dos bens de todos quantos aderissem ou simpatizassem com as ideias do reformador. Mesmo diante de tal nefasto decreto, a reforma não pode ser contida. Desse modo, em 1529, Carlos V voltou a convocar à Dieta Imperial, desta vez na cidade de Espira, com a intenção de combater a reforma, ratificar o Edito de Worms e impor o catolicismo na Alemanha. A reunião transcorreu no período de 19 a 25 de abril daquele ano. Após intensos e calorosos debates em que os representantes do imperador e do papa desejavam suspender o direito a liberdade religiosa e restabelecer a religião católica no país, os líderes alemães indignaram-se e redigiram um documento de protesto. Ao total, seis príncipes assinaram e 14 cidades imperiais livres subscreveram a carta: 
“Protestamos pelos que se acham presentes [...] que nós, por nós e pelo nosso povo, não concordamos de maneira alguma com o decreto proposto, nem aderimos ao mesmo em tudo que seja contrário a Deus, à Sua santa Palavra, ao nosso direito de consciência, à nossa salvação. [...] Por essa razão rejeitamos o jugo que nos é imposto. [...] Ao mesmo tempo estamos na expectativa de que Sua Majestade imperial procederá em relação a nós como príncipe cristão que ama a Deus acima de todas as coisas; e declaramo-nos prontos a tributar-lhe, bem como a vós, graciosos fidalgos, toda a afeição e obediência que sejam nosso dever justo e legítimo” [3] 
  A partir deste episódio histórico os adeptos e simpatizantes das ideias de Lutero com a consequente reforma da igreja receberam a alcunha de “protestantes”. Já o conceito de “protestantismo” surgiu no século XVI com o propósito de fundir uma série de eventos que contribuíram para a transformação da igreja cristã. Na verdade, após as 95 teses de Lutero, a igreja experimentou programas de reformas diversos e distintos em todo o mundo. Porém, foi a partir de Wittenberg que a teologia escolástica e o aristotelismo deram lugar a uma nova teologia com ênfase na Bíblia. O lema adotado por Lutero “renovar e não inovar” passou a ser um padrão para o protestantismo onde o movimento se instalava. Como resultado dessas transformações surgiram uma variedade de ramificações e denominações cristãs e cada qual adotou um modelo de reforma para ser seguido.
 Em decorrência, os reformadores nem sempre estavam concordes em suas posições doutrinárias. Desde o começo aconteceram divergências quanto à necessidade de reformar este ou aquele ponto doutrinário. Evidente que estes fatos não são deméritos e nem colocam a reforma em descrédito. A reforma deve ser entendida como um movimento de transformação. Como se convencionou afirmar “sempre reformando”. E já no período clássico da reforma surgiu a “reforma radical” que desejava não apenas reformar, mas restaurar a igreja à sua pureza original. Essa ênfase foi considerada uma “reforma da Reforma”, ou uma “correção da correção do catolicismo” [4]. Deste modo, no período da Reforma, confissões, credos e declarações de fé protestantes passaram a ser promulgadas. Estes documentos depois de aprovados passavam a ser a interpretação autorizada das Escrituras como norma de fé e prática deste ou daquele determinado segmento protestante.

Assim, as confissões de fé tornaram-se marcas da Reforma Protestante, dentre elas, destacam-se a Confissão de Augsburgo (Lutero), elaborada por Filipe Melânchton em 1530; as Confissões Helvéticas (Zuínglio), a primeira em 1534, e a segunda em 1566, sendo esta preparada por Heinrich Bullinger; a Confissão de Fé Gaulesa (João Calvino), elaborada em 1559; a Confissão de Fé Escocesa (John Knox), preparada em 1560; a Confissão Belga (Guido de Brés), elaborada 1561; o Catecismo de Heidelberg (Ursino e Oleviano) em 1567; a Confissão de Fé da Igreja Anglicana (Matthew Parker) escrita em 1552 e revisada em 1563; a Remonstrância (Armínio), escrita em 1610 e que culminou com a Confissão Arminiana em 1621, elaborada por Simão Episcópio. E por fim, a última delas no período da Reforma, a Confissão de Fé de Westminster (Britânica), produzida entre 1643 e 1647.

ercê destes fatos e seguindo o legado dos reformadores, as Assembleias de Deus no Brasil, no ano de aniversário de 500 anos da Reforma Protestante e no período pós-centenário do pentecostalismo assembleiano, por ocasião da 42ª Assembleia Geral Ordinária da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), em abril de 2017, aprovou por unanimidade de seus Ministros a sua “Declaração de Fé”. O documento é constituído de 16 artigos de fé intitulado de “cremos” o que pode ser considerado como “credo menor” e a “Declaração de Fé” propriamente dita que contém 24 capítulos e que pode ser identificada como “credo maior”. O documento ressalta a marca pentecostal das Assembleias de Deus enquanto desponta como a maior denominação religiosa protestante do país. No entanto, a primordial finalidade da “Declaração de Fé” das Assembleias de Deus é usar o documento como proteção contra os modismos e as falsas doutrinas, contribuir para a unidade do pensamento teológico e ortodoxia cristã para “que digais todos uma mesma coisa” (1 Co 1.10) e, de modo especial, fazer com que tudo culmine para a Glória de Deus (Soli Deo Gloria). 

Referências bibliográficas

[1] JUST, Gustav. Deus despertou Lutero. Porto Alegre: Concórdia, 2003. p. 77.[2] SAUSSURE, A. de. Lutero o grande reformador. Rio de Janeiro: Vida, 2003. p. 73.[3] D’AUBIGNÉ, M. História da Reforma do Século XVI. Genebra, 1846. Lv. 13, cap. 6. p. 964[4] GEORGE, Timothy. Teologia dos Reformadores. São Paulo: Vida Nova, 2007. p. 254.


PARTE FINAL SUBSIDIOS

É Conhecido por todos, que de alguma forma estuda sobre esses acontecimentos, que a data estipulada como sendo o início da Reforma Protestante é dia 31 de Outubro de 1517, após o monge agostiniano Martinho Lutero fixar na porta da catedral de Wittemberg, na Alemanha 95 teses, que mostrava os erros e incoerência da Igreja Católica. Porém é preciso salientar que cristãos do mundo todo já haviam expressados sinais de insatisfação e ansiavam por uma mudança dentro da cristandade. 
Grandes nomes como: Jhon Wyclif, Jhon Huss, Jerônimo Savonarola e anteriormente grupos como: Os Albigenses (Puritanos) e os Valdenses (Seguidores de Pedro Valdo) em meados do ano (1170 DC.) Já ecoavam uma mudança radical dentro da Igreja, que vivia tempos de luxúria e desvios doutrinários significantes. 
Mas o grande estopim que culminou nesta reforma foi sem dúvida, algumas posturas adotadas pela Igreja Católica como as indulgências e aspectos relacionados com a salvação. Desta forma, é possível afirmar que a reforma iniciada por Lutero, foi na verdade um movimento inevitável que aconteceria mais cedo ou mais tarde.Já que neste período a sociedade em geral influenciada pelo pensamento Renascentista, havia tomado consideravelmente um sentimento de mudança e reforma. Lutero influenciado por esses sentimentos e sem sombra de dúvidas, por um espírito cristão genuíno, foi certamente a pessoa mais indicada a realizar tal tarefa. 
Após concluir o seu doutorado em teologia, começou a escrever sermões em salmos, romanos, gálatas e hebreus. Foi após estes trabalhos que passou cada vez mais a se desprender do catolicismo. ??No decorrer destes estudos o papado soltou-se de mim?? (Martinho Lutero) E Finalmente em 1517, após calorosos debates com um outro monge dominicano representante do papa, que estava na Alemanha cobrando indulgências, resolveu reagir afixando na porta do castelo de Wittemberg as 95 teses que condenavam tais abusos. Outro fato significativo, nesta época que não pode ser esquecido e certamente ajudou a difundir as ideias do protestantismo, foi a criação da Imprensa por Gutemberg. Que certamente ajudou muito na divulgação destas ideias por toda a Alemanha e países próximos.Visto essas coisas, é mais que justo dizer que a Reforma não foi apenas um movimento produzido por homens e sim um ato do próprio Deus dos céus. Que a seu tempo age na história em favor de seu povo. 
A Reforma Protestante foi um movimento de reforma que englobou a política, religião e cultura e certamente influenciou grandemente a história da humanidade, transformando o mundo e a Igreja de Cristo. 
O Movimento liderado por Lutero, tinha como chave mestra a doutrina da Justificação pela fé e um retorno radical as escrituras e as origens do cristianismo. Movidos por esses princípios, a reforma se espalhou rapidamente por toda a Alemanha e consequentemente a diversos outros países da Europa encontrando eco anos posteriores no mundo todo. Ao longo desse processo, grandes homens surgiram no cenário reformado e de forma brilhante contribuíram para o fortalecimento e expansão do movimento. Grandes contribuições foram feitas, não somente à reforma, mas ao povo em geral. Enquanto na Alemanha a reforma foi iniciada e liderada por Lutero, na frança e na Suíça contou com Jhon Calvino, Guilherme Farel, Teodoro de Beza, Jhon Knox e Ulrico Zuínglio. 

                    Princípios Fundamentais da Reforma 


No processo da Reforma Protestante foi sintetizado alguns princípios fundamentais ou credos teológicos básicos, então chamados de (05 Solas). 
A Palavra Sola, vem do latim e em português significa ??Somente??, e implicitamente rejeitam e contrapõe os ensinamentos da então religião dominante (Igreja Católica). Sendo assim, ficou definido esses 05 pontos como sendo essenciais para a vida e prática cristã. Sendo eles: Sola Scriptura (Somente a Escritura), Sola Gratia (Somente a Graça), Sola Fide (Somente a Fé), Solus Christus (Somente Cristo) e Soli Deo gloria ( Glória somente a Deus). Falaremos resumidamente, sobre estes princípios fundamentais da fé reformada a seguir.

Sola Scriptura: (Somente a Escritura) 

É preciso relembrar, que a reforma do século XVI, foi acima de tudo, uma tentativa de volta as origens do cristianismo e estabelecer um retorno as escrituras como sendo a autoridade máxima do crente em oposição a autoridade ??infalível?? do clero. Portanto com o conceito de somente a escritura, os reformadores estavam afirmando que a bíblia era a única fonte de revelação divina escrita por qual o cristão deve ser avaliado e nela contém tudo que o homem necessita para a salvação. 
A Sola Scriptura é um princípio fundamental da Reforma e sustenta que as Sagradas Escrituras possuem primazia sobre a tradição e o magistério da Igreja. “Um simples leigo armado com as Escrituras é maior que o mais poderoso papa sem elas.” (Martinho Lutero). 

Sola Gratia: ( Somente a Graça) 

Este princípio é o ensinamento de que a salvação vem por meio da graça divina ou ´´favor imerecido´´e não por meio de obras, indulgências ou qualquer coisa externa a ela. Sola Gratia é o favor de Deus ao pecador mediante a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Efésios 2:8,9

Sola Fide: (Somente a Fé) 

Este é o ensinamento de que a Justificação ou seja (o ato de ser declarado Justo, apenas por Deus) é recebida somente pela fé sem necessidade das boas obras em contraste com a doutrina católica de que o homem é justificado por obras e fé. Sola Fide é o entendimento de que o homem não pode ser justificado por seus méritos e sim somente pelos de Cristo. "fé produz justificação e boas obras" Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. Romanos 3:28 

Solus Christus: (Somente Cristo) 

É o ensinamento de que Cristo é o único mediador entre Deus e os homens , e não existe salvação em nenhum outro. Solus Christus é o princípio que revela o senhorio de Cristo em contrário aquilo que se entendia na época, de que o papa era o vigário de Cristo e Maria a mediadora dos homens. Somente Cristo salva e conduz o homem a Deus. 

Soli Deo Gloria: (Glória somente a Deus) 

Este é o ensinamento de que a glória é devida somente a Deus, pois a salvação é realizada unicamente por sua vontade e ação, através de Jesus Cristo e o Espírito Santo. Soli Deo Gloria é o reconhecimento de que tudo pertence a ele, inclusive o crente que deve glorificá-lo em todas as áreas da vida, seja religiosa ou não. Estamos partindo para o fim deste artigo, já vimos um pouco da história (Ainda que resumida) da Reforma, seus principais princípios teológicos e agora é preciso lembrarmos do legado deste grandioso empreendimento de Deus.


O Legado da Reforma para a Igreja e o Mundo 

Não podemos negar que o maior legado produzido pela Reforma para a Igreja de Cristo foi certamente o retorno e apreço pelas escrituras, levando Lutero a traduzir as escrituras para o idioma alemão e produzindo gradativamente o acesso do povo comum à bíblia, permitindo assim que pessoas simples pudessem conhecer a Deus.
A Doutrina da Justificação pela fé e a do sacerdócio dos santos, defendida pelos reformadores mudou a maneira dos cristãos de se relacionarem com Deus, retirando aquele fardo imposto pela religião dominante e trazendo aquilo que Paulo fala em uma de suas epístolas ´´Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; ´´ Romanos 5:1 
Além desses importantes avanços e mudança de paradigmas para a Igreja é preciso lembrarmos, que o legado da reforma ultrapassa os arraiais cristãos expandindo-se ao mundo todo, proporcionando o acesso a educação ao povo, com criações de diversas universidades ainda no século XVI, e posteriormente diversas outras que contribuíram sem sombra de dúvida para o progresso do mundo. 
Entre elas, estão as mais renomadas: Harvard (1643) e Princeton (1746), a Universidade Livre de Amsterdam (1881) e Yale fundada em (1640). Além da área educacional, a Reforma certamente abriu caminho para diversas outras áreas, como a ciência e até mesmo na economia.
Publicada originalmente na Revista Digital Cristã (O Cristão Erudito)
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com


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