TEXTO ÁUREO
“E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito por ele, para sua expiação.”(Lv 1.4).
VERDADE APLICADA
O sacrifício de Cristo proporcionou a reconciliação entre Deus e o homem.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
►INCENTIVAR o cristão a ter por princípio de vida a voluntariedade;
►MOSTRAR que Cristo é a realidade do sacrifício da expiação;
►ENSINAR que Deus sempre provê meios para que todos possam dEle se aproximar.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lv 1.2 – Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao Senhor, ofereceis as vossas ofertas de gado, de vacas e de ovelhas.Lv 1.3 – Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha; à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o Senhor.Lv 1.4 – E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito por ele, para sua expiação.
Lv 1.6 – Então esfolará o holocausto e o partirá nos seus pedaços.Lv 1.7 – E os filhos de Arão, os sacerdotes, porão fogo sobre o altar, pondo em ordem a lenha sobre o fogo.
INTRODUÇÃO
Os sacrifícios de animais foi instituído por Deus, eram a única forma de se aplacar a ira divina contra o pecado e aproximar o homem do seu Criador. Apesar disso, tais sacrifícios demonstraram ser ineficazes porque apenas aplacavam temporariamente a ira de Deus, mas não removiam o pecado. Sendo assim, era necessário um sacrifício único e perfeito, que propiciasse aos homens a certeza da reconciliação com Deus.
1. UMA OFERTA VOLUNTÁRIA
A oferta que agrada a Deus é aquela de livre e espontânea vontade, ou seja, tem de ser uma oferta voluntária. Aquilo que se oferta sobre alguma imposição, já não é oferta e sim uma obrigação, sendo assim, não agrada nenhumas das partes porque contraria o princípio da voluntariedade. O sacrifício oferecido a Deus só agradaria se fosse feito com alegria e total entrega. O sentido mais profundo da palavra “sacrifício” é dádiva, ou seja, um presente oferecido por amor a Deus. O holocausto era um sacrifício voluntário. Observe: “Se sua oferta for holocausto...” (Lv 1.3). Deus não quer nada forçado de ninguém, pelo contrário, Ele deseja que lhe ofereçamos nossos sacrifícios livremente.
1.1. Uma oferta de animal limpo
A separação de animais em categorias limpos e impuros veio pelo desejo soberano de Deus. Isto denota que Ele quer que seu povo viva de forma diferente dos outros povos no mundo. Preocupa-nos corretamente o pecado e seu poder destruidor. Por isso, como Igreja do Senhor precisamos fazer distinções entre o santo e o iníquo, entre o limpo e o imundo. Nossas meditações feitas no coração, podem ser representadas pelo ruminar, através da digestão do nosso alimento espiritual. Assim como a unha fendida, que denota a firmeza do nosso caminhar diante de Deus e da sociedade que convivemos. Jesus disse que somos o sal da terra e luz do mundo, (Mt 5.13,14). O sal é essencial para a comida. Sem sal, a comida fica incompleta, sem gosto e sem graça. Uma pitada de sal pode dar sabor a muita comida! O sal é tão importante que todas as ofertas de comida dedicadas a Deus deveriam ser temperadas com sal (Lv 2.13).
1.2. Uma oferta sem mancha
O animal a ser ofertado deveria ser um macho, e sem mancha, e ainda, teria de ser o melhor que ele tivesse em seus pastos. Sendo inteiramente destinado à honra Daquele que é infinitamente perfeito, ele deveria ser o mais perfeito de sua espécie. Isso apontava o poder e a pureza perfeitos que existiam em Cristo, que se ofereceu para morrer como o sacrifício perfeito, e a sinceridade de coração e a inculpabilidade da vida que deveria existir nos cristãos, que são oferecidos a Deus como sacrifícios vivos. Como o sacrifício devia ser sem mancha, perfeito, assim Cristo foi o “Cordeiro imaculado e incontaminado”, que “nos amou, e Se entregou a Si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus em cheiro suave” (1 Pe 1.19; Ef 5.2).
1.3. A mão sobre a cabeça
O ofertante deve colocar a sua mão sobre a cabeça de sua oferta, (v. 4). “Ele deve colocar ambas as mãos”, dizem os estudiosos judeus, “com toda a sua força, entre os chifres do animal”. Esse ato, ao colocar a sua mão sobre a cabeça da oferta, representava o seu desejo e a sua esperança de que esta pudesse ser aceita para que lhe trouxesse a expiação de seus pecados. Embora os holocaustos não dissessem respeito a algum pecado específico como ocorria com a oferta pelo pecado, ainda assim eles deveriam representar a expiação do pecado em geral. E aquele que colocava a sua mão sobre a cabeça do holocausto deveria confessar que havia deixado de fazer o que deveria ter feito, e que havia feito algo que não deveria ter feito. Ele deveria orar para que, embora ele próprio merecesse morrer, a morte do animal que estava sendo oferecido em sacrifício pudesse ser aceita pela expiação de sua culpa.
2. UMA OFERTA PARTIDA
A Preparação da oferta de holocausto chama atenção pela sua característica, o animal ao ser partido, todas as suas partes ficavam visíveis no altar. “Então ele esfolará o holocausto, e cortará em seus pedaços” (Lv 1.6). Isto significa que o Senhor não quer o exterior, Ele não quer a pele, o que é visto, mas o oculto, o interior. Nos chama atenção mais uma característica: o Senhor olhava não somente o sacrifício, mas principalmente para a pessoa que trazia. As aparências podem nos enganar, mas diante de Deus não há como esconder algo, pois aquilo que está oculto é revelado, Ele sabe a intenção do coração de cada um nós.
2.1. Uma oferta para ser aceita
O sacrifício no Antigo Testamento eram uma parte secundária, mas vital, da religião de Israel. Por meio dos sacrifícios, o povo expressava a fé e aprendia a natureza de um Deus santo, de uma humanidade pecadora e da necessidade da expiação. Através de sua fé e obediência, o povo também recebia perdão (Lv 1.4;4.20, 26,31,35; 5.10), baseado no sacrifício definitivo de Cristo (Rm 3.25; Hb 9.9-10; 10.1-4). No entanto, Deus se compraz com a sinceridade, quando nos apresentamos diante de Sua presença, Ele observa a maneira com que nos aproximamos do santo altar; o que nos motiva a comparecer. Isto tem peso ante Deus. Deus não está interessado em sofisticadas oferendas, Ele atenta para o nosso gesto de gratidão (Pv 21.3). Esses sacrifícios de animais não podiam tirar os pecados, eles forneciam apenas um modo temporário para lidar com o pecado até que Jesus viesse resolver de modo definitivo a questão do pecado. As pessoas do Antigo Testamento que estavam seguindo os mandamentos de Deus em relação a oferecerem sacrifícios. Ele graciosamente os perdoava quando, pela fé, ofereciam tais sacrifícios. Mas esta prática antecipava o sacrifício perfeito de Cristo. A verdadeira cobertura do pecado é obra de Deus, mas isso era simbolizado pelo ato expiatório com os animais, o homem é aceito pela vontade de Deus, assim, seus pecados são cobertos, limpos e pagados.
2.2. Uma oferta esfolada e partida
Conforme a ordem de Deus a Moisés, era necessário observar a risca a maneira como se oferecia sacrifícios. Havia uma regra como fazer o sacrifício, não podia ser de outra forma. O ofertante sacrificava o animal, esfolava e partia em pedaços, (v. 12). (Cf. Lv 8.20 e Ex 19.17). O sacerdote recebia o couro por seus serviços (Lv 7.8), mas o resto tinha de ser totalmente queimado, se fosse holocausto, para que fosse eficaz no perdão de pecados. Alguns estudiosos veem os grandes sofrimentos de Cristo simbolizados no ato de esfolação e de despedaçamento do animal. A verdadeira cobertura do pecado é obra de Deus (Jr 18. 23; Sl 78. 38), que era representado pelo ato expiatório com o animal. 0 homem é aceito pela vontade de Deus, e assim seus pecados são cobertos, limpos e apagados. Naturalmente, em Cristo, temos a realidade, verdade essa que era representada por aqueles atos simbólicos.
2.3. Uma oferta em Ordem
Várias porções do animal sacrificado eram postas sobre a lenha, a fim de serem queimadas, incluindo a gordura, sempre tão escolhida para propósitos de oferta. Os sacerdotes tinham de fazer esse trabalho, visto que estava diretamente ligado ao serviço do altar. Alguns estudiosos pensam que isso representa a crucificação de Jesus. O (v. 12) deste capítulo mostra que os pedaços do animal eram postos sobre o altar em determinada ordem. Os pedaços eram postos mais ou menos na mesma posição que tinham ocupado no animal vivo. O despedaçamento do animal servia para que a queima fosse mais fácil. Um animal inteiro precisava de muito mais tempo para ser consumido no fogo.
3. UMA OFERTA PARA APRECIAÇÃO DE DEUS
Por esse meio de ofertas, a pessoa também expressava completa submissão e dedicação ao Senhor. Outras passagens bíblicas mostram que esses sacrifícios eram realizados em diversas ocasiões. Os holocaustos representavam o sacrifício imaculado de Cristo a Deus. Sobre o altar do Calvário, o Cordeiro de Deus foi totalmente consumido pelo fogo da justiça do Senhor. A oferta era trazida para que ambos, oferta e ofertante, fossem apreciados e aceitos por Deus.
3.1. Fressura e pernas lavadas
As ofertas podem representar muitos sentidos de acordo com o texto estudado. A lavagem da fressura(entranhas)e pernas do sacrifício com água. (v. 9 e 13). A lavagem Ilustra a pureza de Cristo, a água fala da Palavra de Deus, a fressura do seu interior (motivos, desejos, vontade e coração) e as pernas da sua maneira de viver e andar. Jesus guardou sempre perfeitamente a Palavra de Deus no seu coração e no seu andar. Indica que só Jesus Cristo poderia ser o substituto pelo pecado aceitável ao Pai.
3.2. Uma oferta que todos podiam oferecer
As leis relativas aos holocaustos, se referiam aos rebanhos e às aves. E todas as pessoas podiam levar suas ofertas a Deus, as que não podiam se dar ao luxo e oferecer um boi, trariam uma ovelha ou uma cabra. Já os que não tinham condições de fazer isso seriam aceitos por Deus se trouxessem uma pomba ou um pombinho. Essa foi a oferta que Maria e José ofereceram quando apresentaram Jesus no templo. Pois Deus em sua Lei e em seu Evangelho, assim como em sua providência, contempla toda classe de pessoas, Ele não faz distinção entre o rico e pobre. Percebe-se que essas aves foram escolhidas para sacrifícios por serem brandas e pacificas, inocente e inofensivas, simbolizando a simplicidade e a humildade que havia em Cristo, também para ensinar a simplicidade e a humildade que deve haver na vida de cada cristão.
3.3. Uma oferta totalmente queimada
O holocausto era uma queima total, excetuando o couro, que era dado aos sacerdotes, como uma espécie de salário por seus serviços (Lv 7.8). Assim acontecia porque havia o envolvimento de pecado nessa oferta, e o sacrifício precisava ser consumido totalmente. O ato simbolizava tanto expiação quanto santificação. O holocausto tornava-se uma espécie de incenso, e esperava-se que o cheiro de carne queimada fosse agradável a Deus, Alguns intérpretes, supõem que a fumaça/incenso só tivesse um significado simbólico, tal como o incenso é usado em alguns segmentos atuais da cristandade. De fato, ninguém deveria imaginar que Deus realmente viesse cheirar e gostar do cheiro de incenso. Mas sabe-se que o incenso é um emblema da oração. A declaração de que o aroma era agradável a Yahweh, seja como for, é uma forma de pensamento. O foco aqui é a ideia de aceitação do sacrifício terminado, por ter Deus ficado satisfeito em que o homem reconhecera sua culpa e pedira perdão. Assim também, em Cristo, o sacrifício é, ao mesmo tempo, completo e aceitável, e Nele temos vida, e não morte. No trecho de Efésios 5.2, lemos que o sacrifício de Cristo foi, para Deus, um “aroma suave”.
CONCLUSÃO
Os sacrifícios do Antigo Testamento demonstraram ser ineficazes porque apenas aplacavam temporariamente a ira de Deus, mas não removiam o pecado. Desta forma, havia a necessidade de um sacrifício único e perfeito, que propiciasse aos homens a certeza da reconciliação com Deus. O sacrifício de Cristo, oferecido uma só vez, garante-nos a certeza da eterna salvação. Agora já não precisamos continuar fazendo os sacrifícios levíticos. O que aqueles sacrifícios não podiam fazer, foi feito pelo sacrifício de Cristo sobre a cruz.
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
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