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segunda-feira, 2 de maio de 2016
Subsidio auxilio lição betel adultos n.6
20 — Na
verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se
alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em
alegria.
21 — A mulher,
quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas,
depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de
haver nascido um homem no mundo.
22 — Assim
também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o
vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará.
23 — E, naquele
dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto
pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
Professor, esta
lição trata da alegria. Entretanto, não se refere a um contentamento passageiro
como aquele que se adquire numa premiação ou nos divertimentos. Esta alegria é
fruto da graça de Deus e da habitação do Espírito Santo no crente. É
espiritual, presente em toda e qualquer circunstância. Lembra-se de Paulo e
Silas na prisão (At 16)? O que os motivava a adorar próximo à meia-noite depois
de serem açoitados? O fruto da alegria!
Muitos crentes
não encontram motivos para se alegrarem porque possuem um conceito distorcido
da alegria espiritual. Nesta lição, procure demonstrar a seus alunos que este
fruto independe das situações, pois procede do próprio Deus.
O texto da
lição bíblica é um recorte de um dos últimos diálogos de Jesus com seus
discípulos. O Mestre vê diante de si o Gólgota, a cruz, os espinhos, o
escárnio, a solidão (v.32), e consequentemente a aflição dos discípulos pela sua
morte. O tema dos versículos 20-24 (alegria) é uma réplica à tristeza dos
discípulos em 16.6: “Antes, porque isso vos tenho dito, o vosso coração se
encheu de tristeza”. Entretanto, o desalento dos discípulos receberia o devido
consolo: “Não vos deixarei órfãos [...] rogarei ao Pai, e ele vos dará outro
Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16,18). A alegria
mencionada por Cristo neste capítulo de João procede do Espírito Santo. Os
atributos da alegria espiritual incluem: alegria frutificadora (v.21), alegria
interior (v.22), alegria perene (v.22), alegria plena (v.24). A tristeza dos
discípulos resultou da morte e paixão de Cristo, mas a alegria, do poder da
ressurreição. Na morte do Messias, os homens se alegraram, enquanto os discípulos
se entristeceram, no entanto, na sua ressurreição a tristeza destes se
converteu em alegria (v.20). Cristo vive! Esta é a razão pela qual o santo gozo
do cristão não pode ser abalado.
Professor, para
esta lição, precisaremos de cinco tiras de cartolina, cortadas em tamanho
decrescente, para formar cinco degraus. Cada um dos degraus representará os
subtópicos que descrevem As Fontes de Alegria Espiritual. À medida que for
ministrando, afixe cada uma dessas tiras, uma posposta a outra, até o último
tópico. Ao final da exposição, será formado uma escada que conduz a plena
Alegria Espiritual. Sobre a base do último degrau faça com cartolina uma
abóbada escrita Alegria Espiritual. Use uma cartolina para fazer a cobertura.
Utilize este recurso quando este tópico da lição for ministrado.
Palavra Chave
Gozo inefável: Consiste na alegria como um mistério divino
indizível, acima da compreensão humana.
I. A ALEGRIA
SEGUNDO A BÍBLIA
1. Definição.
Em Gálatas 5.22, a palavra alegria (ou gozo) é tradução da palavra original
chara. Este termo bíblico não significa alegria proveniente das coisas
terrenas, mas, do exemplar relacionamento com Deus. É mais que felicidade
momentânea. A alegria, como fruto do Espírito, é uma qualidade de pleno prazer,
e independe das circunstâncias, ou seja, é constante em qualquer situação, quer
boa, quer crítica, porquanto está fundamentada em Deus.
2. O fundamento
da alegria. O apóstolo Paulo escreveu aos filipenses a epístola conhecida como
“A Carta da Alegria”. Duas vezes, no quarto capítulo, Paulo declarou ter
aprendido a viver contente em qualquer situação (Fp 4.11,12). Naquele momento,
o apóstolo dos gentios estava na prisão esperando seu julgamento. Qual era a
fonte de sua satisfação? Como poderia estar contente diante da falta de
liberdade? Era o Espírito Santo que produzia em Paulo o fruto da alegria. Seu
prazer estava fundamentado em Cristo, e não nas circunstâncias ou no bem-estar
físico.
3. Melhor que
felicidade. A alegria, como fruto do Espírito, não depende das circunstâncias
exteriores. Ela permanece até nas dificuldades, porque é desenvolvida no
interior do crente pelo Espírito Santo. Isto foi reconhecido por Paulo ao
escrever aos tessalonicenses (1Ts 1.6).
II. AS FONTES
DE ALEGRIA ESPIRITUAL
Quando Deus é o
manancial de nossa alegria, nada consegue reduzi-la! É uma satisfação perene e
abundante, uma vez que se origina nEle.
A seguir,
consideraremos algumas fontes de alegria espiritual.
1. A salvação.
No momento em que uma pessoa recebe o perdão de seus pecados, é como se o peso
do mundo inteiro lhe fosse tirado dos ombros. Jesus, ao entrar em nosso
coração, traz alegria inefável. Maria se alegrou ao ser escolhida como
instrumento de Deus para Cristo vir ao mundo (Lc 1.46-49). 0 próprio nascimento
do Salvador foi motivo de celebração (Lc 2.10-14). Em muitos salmos, Davi
expressou alegria por sua salvação (Sl 13.5; 31.7; 32.11; 35.9).
2. Os atos
poderosos de Deus. Ao longo do Antigo Testamento, observamos o Todo-Poderoso
agindo em pessoas que o amavam e o serviam. Deus atuou em nosso benefício, ao
preservar a nação de Israel, na qual nasceria o Messias, e ao entregar o seu
único Filho como remissão por nossos pecados. Ele operou grandes maravilhas no
passado e ainda hoje, pelo poder do Espírito Santo, convence o homem do pecado,
leva-o ao arrependimento, honra a pregação da sua Palavra, batiza com o
Espírito Santo, supre as necessidades, cura as enfermidades etc. Tudo isso
alegra sobremaneira nosso coração.
3. O Espírito
Santo. A alegria é produto do Espírito Santo, cuja morada é o interior do
crente. Faz parte da própria natureza do Espírito! Esta virtude era
característica dos crentes da igreja primitiva. Por quê? Em razão de serem
cheios do Espírito. Eles poderiam sentir-se desanimados, ou amedrontados, ou
solitários. No entanto, haviam aprendido que, em qualquer situação, a alegria
proveniente do Espírito tornava-se em fonte de força, ajudando-os a transpor as
adversidades.
4. A Presença
de Deus. O próprio Deus é a fonte de toda a alegria (Lc 1.47; Fp 4.4). Na
presença do Senhor encontramos esta gloriosa virtude (Sl 16.11). Em João 20.20,
lemos que os discípulos alegraram-se ao verem o Senhor. Ir à casa do Senhor é
motivo de alegria (Sl 122.1).
5. A bênção de
Deus. A bênção de Deus resulta em alegria (Sl 126.3). Confiar em Deus traz
contentamento, porque conscientizamo-nos de sua suficiência para suprir todas
as nossas necessidades (Fp 4.19). Além disso, alegramo-nos ao vermos nossos
irmãos serem abençoados (1Ts 3.9).
1. A Relação
entre o sofrimento e a alegria. Há forte vínculo entre esses dois estados.
Segundo as Bem-Aventuranças de Jesus, haverá o dia em que Deus recompensará os
que, por amá-lo, suportaram as injustiças do mundo (Mt 5.3-11). Muitas
passagens bíblicas associam sofrimento à alegria (1Ts 1.6; Hb 10.34; Tg 1.2;
5.11; 1Pe 4.13).
Note que,
nelas, a alegria está relacionada à esperança do cristão, a qual está baseada
em sua futura glória no céu — o prêmio para os que vencerem as provas e
tentações desta vida.
2. O sofrimento
e a alegria nos primórdios da Igreja. Em virtude da obediência à ordenança do
Mestre para proclamar o evangelho, os cristãos primitivos enfrentaram muitas
perseguições. Entretanto, esta situação não lhes tirava a alegria! Em Atos 13,
vemos que os discípulos estavam sendo perseguidos e forçados a deixar a cidade
na qual estavam pregando as Boas Novas. Não obstante, no versículo 52, lemos:
“E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo”. Esse
comportamento pode ser observado em várias passagens de Atos (5.41; 16.25).
IV. OS
OBSTÁCULOS À ALEGRIA ESPIRITUAL
1. Desânimo e
dúvidas. Pessoas desanimadas e tristes perdem o entusiasmo pela vida, a vontade
de trabalhar; só lamentam e choram (Sl 137). Os discípulos de Emaús estavam tão
tristes, que nem sequer reconheceram o Mestre enquanto permanecia junto deles
(Lc 24.16). O mesmo sucedeu à Maria Madalena na manhã da ressurreição (Jo
20.15).
2. Tudo que
impede nosso relacionamento com Deus. A amargura, o ressentimento, a falta de
amor, os desejos errôneos, enfim, as obras da carne roubam-nos a alegria do
Senhor. No entanto, se mantivermos constante comunhão com o Senhor, seu
Espírito será a nossa fonte de santa alegria.
V. OS
RESULTADOS DA ALEGRIA ESPIRITUAL
Mediante a
alegria gerada pelo Espírito Santo, benditos resultados acontecem em nossa
vida. As mudanças produzidas pelo Espírito de Deus no caráter são percebidas em
nossas reações às circunstâncias e nos relacionamentos interpessoais.
1. Rosto
radiante. Já observou aqueles crentes cujo rosto resplandece de alegria? Não
nos sentimos felizes por estar perto deles? A face e o comportamento das
pessoas refletem seus sentimentos internos, o que existe no profundo de seu
coração. O cristão cheio de alegria do Espírito consegue transmiti-la
facilmente em sua aparência exterior (Pv 15.13).
2. Cântico de
alegria. Um coração grato e alegre expressa-se com cânticos e louvores ao
Senhor (Sl 149; At 16.25). Assim como Paulo ensinou à igreja primitiva, o
crente cheio do Espírito expressa sua alegria através dos hinos espirituais (Ef
5.18b-20).
3. Força
divina. A alegria do Senhor converteu-se em força na vida de Neemias, e deu-lhe
coragem para reconstruir Jerusalém (Ne 8.10). Esta virtude encoraja o povo de
Deus hoje a prosseguir em sua difícil jornada, porquanto resulta em força
divina.Você já experimentou os resultados da alegria no Senhor? Você tem um
rosto radiante, um cântico de louvor e a força divina? Podemos ter a plenitude
da alegria, descrita nesta lição, mediante a habitação do Espírito Santo em
nosso coração. Se tivermos a alegria do Espírito em abundância, enfrentaremos
qualquer circunstância! Cultive este fruto, e compartilhe sua alegria com
outros.
“Algumas
versões da Bíblia traduzem gozo por alegria sendo esta a felicidade que o
crente desfruta no Espírito Santo. O termo grego aqui é chara. O termo charis,
traduzido em português por graça, vem da mesma raiz. Charis, a partir de
Homero, passou a significar aquilo que promove bem-estar entre os homens. Como
atributo do Espírito Santo, a alegria é uma qualidade implantada na alma que
teve um encontro com o Deus de toda graça, e visa uma vida de regozijo e de
agradecimento ao Senhor. Paulo recomenda aos cristãos filipenses que sejam
agradecidos e cheios de regozijo: ‘Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez
digo: regozijai-vos’ (Fp 4.4).
‘Está alguém
contente? Cante louvores’ (Tg 5.13). O desejo de Deus é ver seus filhos
cantando com graça no coração (Cl 3.16). Nas Escrituras, a alegria trazia força
e até saúde ao povo de Deus (Ne 8.10; Pv 17.22). A alegria cristã, portanto,
não é uma emoção artificial. Antes, é uma ação do Espírito Santo no coração
humano, para que este venha a conhecer que o Senhor Deus está no seu trono, e
que tudo neste mundo submete-se ao seu controle, até mesmo onde a experiência
pessoal está envolvida” (SILVA, Severino Pedro da. A existência e a pessoa do
Espírito Santo. RJ: CPAD, 1996, pp.136-7
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