ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da
Lição 9
Revista da Betel
A Benignidade é a Disposição em Fazer o Bem a Todos
29 de maio de 2016
Texto Áureo
“E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro,
e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando
voltar”. Lucas 10.35
Verdade Aplicada
A benignidade nos capacita a fazer o bem sempre com candura e compaixão.
Textos de Referência.
Lucas 10.30-33
30 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó,
e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se
retiraram, deixando-o meio morto.
31 E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e,
vendo-o, passou de largo.
32 E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o,
passou de largo.
33 Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o,
moveu-se de íntima compaixão.
Introdução
Nesta lição, estudaremos a benignidade, uma característica do fruto do
Espírito Santo que expõe o sentimento de quem expressa o verdadeiro amor de
Cristo. Benignidade é o amor sem medida pelo próximo.
1. Benignidade: o amor sem medida.
Assim como a malignidade é uma característica de quem engendra o mal, a
benignidade é uma característica de quem engendra o bem, isto é, o benigno não
consegue pensar em fazer mal a ninguém e muito menos praticar tal afronta (Sl
103.8).
1.1. A benignidade livra da condenação.
Quando começamos a desenvolver a benignidade, passamos a olhar os que
estão a nossa volta de maneira diferente, pois começamos a aumentar em nós o
que chamamos de capacidade de pensar sempre no que é melhor para o próximo (Cl
3.12). Isto quer dizer que aquele que é benigno não magoa e nem provoca dor em
seu semelhante, pois não consegue conviver com o sofrimento alheio sem tomar
uma atitude, visando o bem-estar do próximo. O benigno age. Ele não espera que
o pior aconteça (Lc 10.33-34). Ao relatar a parábola do bom samaritano, Jesus
mostrou ao seu inquiridor que nem sempre aqueles que devem fazer o bem o fazem
(Lc 10.25-32), cometendo assim pecado grave (Tg 4.17).
1.2. Vivendo contrário ao mundo.
Hoje temos visto através dos meios de comunicações todo tipo de
informação. Têm como objetivo nos afastar da centralidade da Palavra de Deus,
nos levando em direção ao que o mundo apresenta como sendo o modo de vida ideal
(Rm 12.2). Contudo, quando percebemos que não podemos pensar em nada que nos
será vantajoso com o prejuízo de outrem, estamos nos aproximando de uma vida
onde o fruto do Espírito está amadurecendo. Mesmo sabendo que podemos ter algum
prejuízo pessoal, não podemos prejudicar a coletividade. Devemos sempre assumir
o prejuízo produzido por nossas ações negativas (Jn 1.11-12).
1.3. Agindo de forma benigna.
Em Atos 16.24-34, observamos uma expressão da benignidade quando Paulo
apresenta ao carcereiro uma oportunidade de salvação. Enquanto o homem queria
se matar, o apóstolo lhe apresentou a vida (At 16.28,31). Não uma vida
passageira, mas a vida eterna em Cristo. Toda vez que nos prestamos a pregar o
Evangelho, estamos agindo de forma benigna, pois o Evangelho para o homem é uma
oportunidade de mudança para uma vida melhor (2Co 5.17). Estar com Jesus
proporciona ao indivíduo uma experiência diferente de tudo o que ele já viveu,
inclusive, desenvolvendo em si os atributos de Deus que foram perdidos no ato
do pecado (Rm 3.23).
2. Agindo como servo de Deus.
As características do fruto do Espírito representam os atributos divinos.
A benignidade é expressa pelo Criador e precisamos saber como deve agir o servo
de Deus com o fruto amadurecido.
2.1. A fidelidade de Deus O torna benigno.
Em todo o tempo que o Senhor se relacionou com o povo de Israel, Ele agiu
com benignidade para com eles. Sempre que podia, parte do povo transgredia em
relação a Jeová, entretanto, Deus não cessou de cuidar do Seu povo. Mesmo o
povo desobedecendo, não sofreu com o abandono por parte do Senhor (Sl
106.43-45). No Salmo 106, o salmista nos mostra o quanto dura a benignidade do
Senhor: para sempre. Em nenhum momento, o Senhor irá deixar de estender a Sua
mão para os Seus (Sl 106.7-10). Este fato se dá devido à Sua fidelidade, pois
não pode negar-se a si mesmo (2Tm 2.13). Se temos em nós o fruto, devemos
imitá-lo em tudo (Ef 5.1), expressando a nossa benignidade.
2.2. Deus sempre quer o melhor para nós.
Um dos atributos de Deus em relação a Ele mesmo, isto é, que não pode ser
adquirido pela humanidade através de Cristo, é a Onisciência. Isto deveria
tornar muito mais difícil para Ele ser benigno para com o homem, pois o fato de
ser Onisciente faz com que conheça os pensamentos e os sentimentos do coração
da Sua criatura (Sl 39). Mesmo assim, o Senhor está sempre agindo de
benignidade para com o indivíduo. Podemos dizer que ser benigno é estar sempre
disposto a fazer o bem. Este é e sempre será um posicionamento a ser tomado
pelo Senhor em relação à humanidade. Os pensamentos de Deus em relação ao homem
sempre serão os melhores possíveis (Jr 29.11).
2.3. Um plano de redenção através da benignidade.
O texto de Lucas 19.10 nos mostra que a vinda do Filho do Homem se deu
para que Ele alcançasse quem havia se perdido. O homem se perdeu por escolha
própria, mas ainda assim o Criador, por Sua infinita benignidade, projetou um
plano para que a humanidade tivesse uma nova chance de salvação (Jo 3.16). Este
plano demonstra o tamanho amor de Deus expresso pela Sua tremenda benignidade.
Ao entregar Seu único Filho para morrer pelos pecados de toda humanidade, o
Senhor demonstrou o quanto é benigno para com o homem e o quanto está disposto
a fazer para tê-lo de volta à comunhão com Ele (Jo 3.16-17). O projeto de Deus
nunca é condenar, mas sempre salvar (Jr 29.11).
3. Lições práticas.
O fruto do Espírito foi entregue à Igreja para que essa fosse educada e
orientada acerca do seu posicionamento em relação à sociedade. Sendo assim, a
Igreja não pode se deixar influenciar por pseudoverdades apresentadas pelo
diabo (Jo 10.10).
3.1. Igreja, distribuidora do fruto.
A Igreja de Cristo, através de seus membros, deve ser um canal, isto é,
um instrumento de Deus na face da Terra, para que todas as características do
fruto do Espírito sejam expressas em favor da sociedade. Por mais perseguida
que seja, a Igreja deve estar sempre aberta aos que perseguem (Rm 12.14). A nossa
glorificação depende da nossa capacidade de expressarmos as características do
fruto em sua totalidade (2Tm 2.11).
3.2. Uma árvore boa dá bons frutos.
A benignidade é uma característica de quem deseja o bem. Ela é um
sentimento profundo que habita o interior do servo fiel. Sempre que um servo do
Senhor for confrontado, ele deve demonstrar a essência de seus sentimentos. No
Sermão do Monte, vemos Jesus ensinando que não existe a menor possibilidade de
uma árvore boa produzir frutos maus e uma árvore má produzir frutos bons (Mt
7.18). Logo, se recebemos o fruto do Espírito, cabe a nós buscar o seu
amadurecimento para que possamos fornecer o que existe de melhor da parte do
Senhor para a humanidade (Ef 4.12-13). Amadurecer o fruto não é uma tarefa
fácil, por isso devemos cada vez mais estreitar a nossa comunhão com o Criador
através da oração e da leitura da Palavra de Deus.
3.3. A manifestação do caráter de Deus.
Ao recebermos o fruto do Espírito, passamos a ter compromisso em relação
à sociedade (2Ts 3.13). O fruto do espírito no cristão é a manifestação do
caráter de Deus. Sendo assim, quando nos apresentarmos publicamente,
principalmente diante dos indivíduos que ainda não se decidiram em seguir a
Cristo, devemos expressar toda a magnitude do fruto através de nossos atos,
presenteando a todos com essa maravilhosa dádiva do Criador (1Jo 3.18).
Conclusão
Ser benigno é ter a capacidade de entender o momento do próximo sem agir
com intolerância. É saber que em muitas situações o indivíduo não está bem e
sujeito a atitudes extremas. Entretanto, a postura do cristão deve ser sempre
digna de admiração, assim como Jesus disse que deveria ser (Mt 5.16).
Questionário.
1. O que podemos observar em Atos 16.24-34?
2. O que Lucas 19.10 nos mostra?
3. Qual é o projeto de Deus?
4. O que a Igreja é na Terra?
5. O que Jesus ensina no Sermão do Monte?
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