Lições Bíblicas CPAD
Adultos 2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho
de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 7: A vida segundo o Espírito
Data: 15 de Maio de 2016
TEXTO ÁUREO
“O mesmo Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16).
VERDADE PRÁTICA
Viver segundo o Espírito Santo
significa estar sob o seu domínio e seguir suas orientações.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Co 6.19
Nosso corpo é morada do Espírito Santo
Terça — 1Co 6.20
Fomos comprados por bom preço, vivamos
então para Deus
Quarta — Rm 8.14
Os filhos de Deus são guiados pelo
Espírito de Deus
Quinta — Jo 16.13
O Espírito Santo nos guia em toda a
verdade
Sexta — 1Co 2.10
O Espírito examina todas as coisas, até
mesmo as profundezas de Deus
Sábado — 1Co 2.11
“Ninguém sabe as coisas de Deus, senão
o Espírito de Deus”
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 8.1-17.
1 — Portanto, agora, nenhuma condenação
há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas
segundo o espírito.
2 — Porque a lei do Espírito de vida,
em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
3 — Porquanto, o que era impossível à
lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em
semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,
4 — para que a justiça da lei se
cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5 — Porque os que são segundo a carne
inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as
coisas do Espírito.
6 — Porque a inclinação da carne é
morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
7 — Porquanto a inclinação da carne é
inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o
pode ser.
8 — Portanto, os que estão na carne não
podem agradar a Deus.
9 — Vós, porém, não estais na carne,
mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não
tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
10 — E, se Cristo está em vós, o corpo,
na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da
justiça.
11 — E, se o Espírito daquele que dos
mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a
Cristo também vivificará o o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós
habita.
12 — De maneira que, irmãos, somos
devedores, não à carne para viver segundo a carne,
13 — porque, se viverdes segundo a
carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo,
vivereis.
14 — Porque todos os que são guiados
pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
15 — Porque não recebestes o espírito
de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de
adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
16 — O mesmo Espírito testifica com o
nosso espírito que somos filhos de Deus.
17 — E, se nós somos filhos, somos,
logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo
que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
HINOS SUGERIDOS
75, 155 e 551 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que aqueles que pela fé em
Jesus Cristo foram salvos pela graça, precisam viver segundo o Espírito Santo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Saber que a vida no Espírito
pressupõe a lei do pecado;
II. Mostrar que a vida no Espírito
pressupõe oposição à natureza adâmica;
III. Explicar que a vida no Espírito
pressupõe oposição entre a nova ordem e a antiga.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, na lição de hoje estudaremos
o capítulo oito da Epístola aos Romanos. Neste capítulo, o apóstolo Paulo
apresenta um princípio que deve reger a vida de todos os que foram alcançados
pela graça divina: viver segundo o Espírito Santo. A graça de Jesus é
maravilhosa, pois transforma o homem pecador em santo. Como novas criaturas, o
Consolador passa a morar em nós concedendo-nos recursos para vivermos neste
mundo de maneira santa e justa. Aqueles que já experimentaram o novo nascimento
já não vivem mais na prática do pecado. Nosso corpo se torna seu templo. Sem o
Espírito Santo não poderemos viver de modo a agradar ao Pai. Que possamos nos
entregar totalmente a Deus, permitindo que o seu Espírito nos guie.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
No capítulo sete da Epístola aos
Romanos, o apóstolo Paulo apresenta um pequeno esboço do que ele iria tratar no
capítulo seguinte. Por todo o capítulo oito, o apóstolo faz um contraste entre
a velha vida, marcada pelo pecado e sem condições de se libertar, com a nova
vida no poder do Espírito Santo, que Cristo nos proporcionou. O que fora
impossível à antiga aliança, regida pela Lei, agora se tornou possível graças a
uma nova lei — a lei do Espírito de Vida em Cristo Jesus. Por intermédio do
Espírito Santo já temos uma visão prévia da alegria que, um dia, viveremos ao
lado do Senhor no céu. Temos também a garantia de que, no futuro, desfrutaremos
da plenitude da salvação.
PONTO CENTRAL
Como novas criaturas precisamos viver
sob o domínio do Espírito Santo.
I. A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE
OPOSIÇÃO À LEI DO PECADO (Rm 8.1-4)
1. A enfermidade da lei. Como pudemos
observar no capítulo sete, Paulo exclamou em tom desesperador quando vê diante
de si (e de todos os cristãos) o impiedoso jugo do pecado (Rm 7.24). Esse grito
pertence a todos nós. Mas qual era a razão desse desespero? É necessário
entendermos a argumentação do apóstolo em torno desse assunto. Ele havia dito
que todos os homens, quer gentios quer gregos, estavam debaixo da condenação do
pecado. Mesmo os judeus, a quem foi confiada à Lei Mosaica, não conseguiram
escapar desse cativeiro. E por que não? Porque a Lei, que fora dada para
alertar os homens sobre a malignidade do pecado, acabou servindo de instrumento
para aguçar o desejo de pecar. Dessa forma, a Lei, que era uma coisa boa,
acabou por se tornar inoperante diante de outra lei - a lei do pecado e da
morte. Assim, a Lei ficou doente.
2. A cura da cruz. Ainda no mesmo
capítulo sete, já chegando ao seu final, Paulo dá outro grito, agora não mais
de desespero, mas de vitória pela graça de Deus revelada na pessoa de Jesus
Cristo. O seu grito de vitória também é nosso grito (Rm 7.25). A mesma
argumentação, agora em sentido oposto pode ser feita. Em vez do grito de
desespero, Paulo dá um brado de vitória. Mas o que ocasionou esse grito de
vitória? A resposta está na vida segundo o Espírito relatada em Romanos
capitulo oito.
3. A lei do pecado é revogada. A lei do
pecado e da morte, que havia neutralizado ou tornado ineficaz a Lei, agora
foram revogadas pela lei do Espírito da vida. Essa nova lei, muito mais
poderosa, porque não operava baseado nas obras da carne, mas no sacrifício de
Jesus, o imaculado Cordeiro de Deus, tornou possível quebrar o jugo da
escravidão que a lei do pecado produzia. Agora todos os filhos de Deus podem
gozar da liberdade que vem da vida segundo o Espírito.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Como novas criaturas a lei do pecado
foi revogada em nossas vidas e agora podemos viver segundo o Espírito Santo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O capítulo 8 é o ponto alto, o clímax,
a conquista da vitória pelo Espírito Santo. O ápice espiritual deste capítulo,
portanto, está na vitória do Espírito.
‘Portanto, nenhuma condenação há para
os que estão em Cristo Jesus’ (v.1). A palavra portanto no início da declaração
vitoriosa refere-se ao capítulo 7, na qual, Paulo argumentou a batalha entre a
carne e o espírito. Uma luta que parece infindável, se depara com a conquista
da vitória no Espírito. A palavra portanto levanta a bandeira do Espírito para
o início da nova vida. A declaração de que ‘nenhuma condenação há para os que
estão em Cristo Jesus’ indica que a Lei (toda ela), que condenava os pecados,
foi cumprida por Jesus. Ele tomou sobre si essa condenação justificando-nos
perante Deus Pai (Rm 5.1) e nos colocando sob a lei do Espírito. Portanto, o
pecador justificado está debaixo de uma nova lei espiritual que domina e rege a
nova vida em Cristo.
‘Porque a lei do espírito de vida, em
Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte’ (8.2). Paulo fala nesta
Carta de várias leis e as trata como: ‘lei do pecado’, ‘lei do entendimento’,
‘lei de Moisés’, ‘lei de Deus’. Porém, no capítulo 8, ele fala da ‘lei do
espírito de vida’ que opera no interior do crente e o liberta do domínio da lei
do pecado, da carne e da morte. Há uma ligação profunda entre o Espírito Santo
e Jesus, pois a nova lei é chamada ‘lei do espírito de vida em Cristo Jesus’. É
a lei da vida de Jesus que opera no íntimo do crente e o habilita a ter
comunhão com Ele” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª
Edição. RJ: CPAD, 2005, p.88).
II. A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE
OPOSIÇÃO À NATUREZA ADÂMICA (Rm 8.5-17)
1. A velha inclinação. Paulo usa o
verbo grego phroneo, traduzido aqui como inclinar, com o sentido de colocar a
mente em algo. A natureza adâmica, mesmo destronada continua requerendo seu
antigo lugar. Na carta aos gálatas, Paulo mostra que a carne milita, ou
guerreia, contra o Espírito (Gl 5.17). Essa guerra acontece na esfera da mente,
quando esta deseja (gr. epithymeo) contra o Espírito. Ainda na epístola aos crentes
da Galácia, o apóstolo explica que a carne e o Espírito são duas forças opostas
entre si (Gl 5.16,17). Todos os crentes salvos, quer sejam novos convertidos
quer não, são objetos dessa inclinação da antiga natureza. Ceder a essa
inclinação é ceder à morte (Rm 8.6). Nessa inclinação interna da velha
natureza, a carne está no comando. Quando a carne assume o controle o Espírito
fica de fora.
2. A nova inclinação. Em oposição à
velha natureza adâmica, também denominada de natureza pecaminosa, ou ainda, de “velho
homem”, Paulo mostra a inclinação do Espírito. Ele afirma que a inclinação do
Espírito produz vida (Rm 8.6). A palavra grega inclinação, usada aqui por Paulo
é phrónēma, cuja raiz vem de phroneo, inclinar. Fica bastante evidente a
participação do crente no processo da salvação. Ele precisa andar na esfera do
Espírito afim de que não ceda aos desejos da carne. Assim como o crente tem seu
papel no processo da salvação, escolhendo, ou não, receber a graça de Deus, da
mesma forma ele, agora como regenerado em Cristo, também tem a escolha para
andar, ou não, no Espírito. Assim como respondemos ao chamado de Deus para a
salvação, devemos da mesma forma responder ao chamado de Deus para a
santificação. Nessa inclinação da nova criatura em Cristo, o Espírito está por
dentro, isto é, no comando, e a carne está por fora. Não está mais no comando,
pois foi destronada.
3. A nova filiação. Essa nova
inclinação a qual o apóstolo se referiu só se tornou possível porque os
justificados em Cristo Jesus passaram a ser guiados pelo Espírito de Deus:
“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de
Deus” (Rm 8.14). Esse privilégio, que tornou possível ao crente ser orientado
ou guiado pelo Espírito aconteceu porque Deus nos deu a adoção de filhos:
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em
temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba,
Pai” (Rm 8.15). Como filhos, agora somos habitação do Espírito Santo, que em
nosso interior dá testemunho dessa nova filiação recebida (Rm 8.16).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O Espírito Santo ajuda destronar a
natureza adâmica em nossas vidas.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“‘Para que a justiça da Lei se
cumprisse em nós’ (8.4). Quando Cristo se fez o representante do homem pecador,
o poder condenatório do pecado foi desfeito, e, então a justiça foi cumprida
por Cristo. Agora, uma vez libertos da lei do pecado, e vivendo segundo o
Espírito, a carne não tem mais direitos sobre nós. Ainda que a inclinação da
carne é para as coisas da carne, se vivemos em Espírito, a carne estará sob
domínio.
No versículo 4, temos a descrição
daqueles que vivem segundo a carne ou segundo o Espírito. No versículo 5, Paulo
mostra os que são conforme a carne e conforme o Espírito. De um lado temos
aqueles que se ocupam na prática do pecado. Por outro lado, temos aqueles que
se ocupam em fazer a vontade do Espírito e estar sob sua direção.
A vitória do Espírito (8.6-13)
Nestes versículos é destacada a
operação do Espírito Santo na vida do crente. É a obra santificadora do
Espírito Santo, na mente, no espírito e no corpo do crente (1Ts 5.23,24). O
crente anda e vive no Espírito, pois não está mais sob o domínio da carne. Sua
vida é regida e regulada pelo Espírito Santo, que mora nele e governa o seu
interior” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição.
RJ: CPAD, 2005, p.89).
III. A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE
OPOSIÇÃO ENTRE A NOVA ORDEM E A ANTIGA (Rm 8.18-39)
1. A manifestação dos filhos de Deus.
Os versículos 18 a 30 de Romanos 8 mostram a certeza dos crentes quanto ao
futuro: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente
não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).
Fica evidente que quando o apóstolo falava do futuro, ele também contemplava o
passado. O atual estado de coisas mostra os sinais da velha ordem. São marcas
que fazem com que a criação tenha gemidos por não poder por si mesma
removê-las. Por isso ela geme: “Porque sabemos que toda a criação geme e está
juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.22). Mas não só ela, nós também
que temos as primícias do Espírito também gememos (Rm 8.23). A criação quer
voltar ao seu estado original e nós também. O Espírito Santo sente o nosso drama,
sente a nossa angústia e também geme por nós (Rm 8.26,27). O melhor é saber que
em todas as coisas Deus opera para o bem dos que o amam (Rm 8.28). A palavra
grega sünergei (de onde vem sinergismo) traduzida em Romanos 8.28 como coopera,
mostra que Deus trabalha, com os que o amam, em direção a seu propósito.
2. Provas do grande amor de Deus. Os
versículos 31 a 39 de Romanos 8, são na verdade o fechamento de tudo aquilo que
o apóstolo argumentou desde o capítulo cinco. De pecadores perdidos e sem esperança
passamos a filhos de Deus através da justificação pela fé. De escravos do
pecado passamos ao estado de filhos libertos através da obra do Espírito Santo.
De membros de uma velha ordem passamos a ser participantes de uma nova ordem no
Espírito.
3. Deus é conosco. Deus nos ama, nos
redimiu em Jesus Cristo do jugo do pecado e está ao nosso lado. Paulo afirma
que “diremos pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?”
(Rm 8.31). Paulo demonstra que nesta vida, enquanto permanecermos em Cristo,
nada poderá nos separar do amor de Deus. Somos o objeto de seu grande amor.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Já fomos redimidos em Jesus Cristo do
jugo do pecado, por isso, não vivamos mais debaixo do jugo da antiga aliança.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A trindade divina na obra da
santificação (8.26-34)
Nestes versículos, Paulo apresenta a
Trindade divina empenhada em ajudar o crente na sua esperança. O capítulo 8
conduz o crente no caminho da santificação pela operação do Espírito Santo.
Apresenta todos os obstáculos que se deparam com o crente. Coloca o crente no
campo de luta espiritual e dá-lhe as armas espirituais para lutar, e
finalmente, apresentar-lhe a razão dessa luta, aconselhando e orientando-o em
toda a sua jornada cristã.
O Espírito intercede em nós (8.26,27).
Esses dois versículos mostram a missão do Espírito dentro do crente,
trabalhando a seu favor. Ele ‘ajuda as nossas fraquezas’ (v.26). A que se
referem as ‘nossas fraquezas’? Referem-se às nossas limitações temporais neste
corpo mortal, sujeito à natureza pecaminosa. Enquanto estivermos enclausurados
dentro deste ‘tabernáculo’ (corpo) terrenal, somos sujeitos às fraquezas da
carne. Por isso, o Espírito Santo habita dentro do crente para ajudá-lo nas
suas fraquezas. A ajuda do Espírito dentro de nós é representada pela sua
intercessão. A quem Ele intercede? A Deus Pai, e a seu Filho Jesus Cristo”
(CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD,
2005, p.94).
CONCLUSÃO
A lição de hoje ajuda-nos a compreender
que a graça de Deus é realmente surpreendente. Ela transformou ímpios em santos
e nos colocou em um nível de relacionamento com Deus jamais imaginado pelo seu
antigo povo, e a graça de ter o Espírito Santo habitando em nosso interior e o
privilégio de ser guiado por Ele. Mas não é só isso, agora também somos
herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo. Isso tudo se chama graça.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos,
responda:
Todos os homens, gentios e judeus estão
debaixo do jugo do pecado?
Sim. Todos os homens, quer gentios quer
gregos, estavam debaixo da condenação do pecado.
A lei do pecado e da morte foi revogada
por qual lei?
A lei do pecado e da morte, que havia
neutralizado ou tornado ineficaz a lei, agora foram revogadas pela lei do
Espírito da vida.
A lei do Espírito opera baseada em quê?
No sacrifício de Jesus, o imaculado
Cordeiro de Deus.
O que acontece quando o crente cede à
inclinação da carne?
Ele passa a viver segundo a carne e
quando a carne assume o controle o Espírito fica de fora.
Como é denominada a velha natureza
adâmica?
Velho homem.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A vida segundo o Espírito
O tema do capítulo oito
Caro professor, a lição sete abordará o
último capítulo da primeira seção da Carta aos Romanos. Lembra de que a
epístola está estruturada em três grandes seções: 1—8; 9—11; 12—16? Na presente
lição, analisaremos o capítulo 8, que conclui o argumento da justificação,
apresentado pelo apóstolo Paulo ao longo dos sete capítulos anteriores: a vida no
Espírito.
Ora, se ao longo dos sete capítulos o
apóstolo argumenta que Cristo nos justificou e nos libertou, arrancando-nos das
garras do império do pecado, agora ele pretende mostrar como é a vida no
Espírito de quem foi justificado por Cristo. Para isso, é importante o
professor voltar-se para algumas referências dos capítulos anteriores: Romanos
5.1-5; 7.4-6.
A nova vida no Espírito
“Portanto, agora, nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o
espírito” (8.1). É significativo que este primeiro versículo seja uma
consequência natural e prolongada de Romanos 7.6: “Mas, agora, estamos livres
da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos
em novidade de espírito, e não na velhice da letra”. Portanto, nenhuma
condenação há para quem está em Cristo!
O apóstolo passa a demonstrar o fato de
que a libertação do pecado produzida pelo Espírito resultou em nosso livramento
da culpa e da morte, fruto da obra expiatória de Cristo no Calvário. Se no
capítulo cinco esta nova realidade de vida traz a esperança, pois é uma nova
realidade como produto do derramamento do amor de Deus por intermédio do seu
Espírito (v.5), no oitavo o apóstolo trata o crente como que vivendo e estando
imerso nesta esperança, isto é, a vida plena no Espírito Santo (8.1,6b).
A realidade de quem “anda” no Espírito
vislumbra no apóstolo uma perspectiva escatológica — “Porque para mim tenho por
certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória
que em nós há de ser revelada” (8.18) — arraigada na realidade da existência:
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não
sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por
nós com gemidos inexprimíveis” (v.26).
Convide a sua classe a viver no
Espírito. Nossa esperança deve estar no céu, mas não podemos perder de vista a
realidade das coisas. Precisamos reproduzir o vislumbre da gloriosa esperança
onde habitamos.
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