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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

ROBERT RAKES UM ADMINISTRADOR DA EBD



               

               Sobre a gestão da Escola Dominical

O superintendente de ED, o gestor da Escola Dominical

O superintendente não é um mero dirigente da Escola Dominical: é o gestor do departamento mais importante da igreja. Seu trabalho não se restringe aos domingos, mas se estende de segunda a sábado. Ele sabe que, se não for eficiente durante a semana, será ineficaz no domingo.

Como gestores da Escola Dominical, temos de levá-la a atuar plenamente como educandário bíblico-teológico, agência evangelístico-missionária, departamento de integração do novo crente e suporte didático-pedagógico da igreja local.

Henrieta C. Mears (1891 – 1963), educadora norte-americana, afirmou mui acertadamente: “A Escola Dominical perpetua-se pelos seus próprios produtos”. Cabe-nos, pois, fazer com que esses produtos não venham a perecer. 

I. ROBERT RAKES, SUPERINTENDENTE, GESTOR E ADMINISTRADOR POR EXCELÊNCIA

Quando Robert Rakes ajuntou aqueles meninos de rua na cidade de Gloucester, em 1783, com certeza não tinha em mente a Escola Dominical. Mas o seu trabalho estendia-se de segunda a domingo. Como este dia era santificado, na tradição cristã, à adoração, passou o domingo a marcar as reuniões de Rakes.

A escola era dominical, mas o seu amor era semanal e não morria no domingo; na segunda, renascia.

Com o seu trabalho, Rakes arrancou muitos daqueles garotos à delinqüência. A eficácia da Escola Dominical seria comprovada pelo diretor do FBI J. Edgard Hoover (1895-1972): “Em cerca de oito mil adolescentes delinqüentes, apenas 42 deles haviam freqüentado com regularidade a Escola Dominical”. 

Qual o segredo da excelência da missão de Robert Rakes? Ele atuou em sua escola como superintendente, gestor e administrador. Era um dirigente completo.

II. SUPERINTENDENTE, O GESTOR DA ESCOLA DOMINICAL

O superintendente da Escola Dominical não deve se contentar a não ser com a excelência de seu trabalho. Mas, como alcançá-la? O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C) deixa-nos esta reflexão: “Somos o que repetidamente fazemos, portanto a excelência não é um feito, mas um hábito”. O superintendente que busca a excelência destacar-se-á também como gestor e administrador.

1. Superintendente. Aquele que supervisiona uma obra ou um departamento. Sua missão é controlar, manter e conduzir sua equipe à excelência. Nas Sagradas Escrituras, várias menções são feitas aos superintendentes (Nm 11.16; 2 Cr 31.13; 34.13).

Frente à Escola Dominical, o superintendente envidará todos os esforços e recursos, a fim de mantê-la funcionando com a demanda que ela requer.

2. Gestor. Via de regra, o gestor é visto como um sinônimo de administrador ou gerente. Todavia, sua missão vai muito além. Sua tarefa principal é estimular, motivar, valorizar e reconhecer o trabalho da equipe, para que esta alcance a excelência almejada pela organização.

Alvin Toffler é categórico: “Gerenciar não é mais a direção da coisa, mas o aperfeiçoamento das pessoas”. Neemias foi um exemplo de gestor. Ele soube como manter a unidade e a motivação de sua equipe.

3. Administrador. Etimologicamente, administrador significa: aquele que sustenta com as mãos. Eis porque o superintendente da Escola Dominical é também um administrador: sua missão é fazer com que todas as coisas na ED funcionem a contento. Além de lidar com pessoas, ele trata também com recursos materiais. Por isso, que ele seja detalhista e esteja a par de tudo. O escritor norte-americano Zig Ziglar aconselha: “Confira os dados. Nunca houve um campeão indisciplinado. Qualquer que seja o campo de atividade, você vai descobrir que isso é a pura verdade”.  

III. A ESCOLA DOMINICAL COMO EDUCANDÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

Como gestor da Escola Dominical, o superintendente tem como obrigação levá-la a funcionar como um perfeito educandário bíblico-teológico:

1. Escola Bíblica. É a primeira vocação da Escola Dominical. Através desta, alunos de todas as idades inteiram-se do conteúdo das Sagradas Escrituras. Quando ensinamos a Bíblia às nossas crianças, preparamo-las a uma vida plena de realizações em todas as áreas de sua existência. Cabe muito bem aqui o pensamento do filósofo John Dewey: “A escola não é a preparação para a vida; a escola é a vida”.

2. Escola Teológica. Ainda na Escola Dominical, entramos em contato com os artigos de fé de nossa igreja. É o primeiro seminário que um teólogo freqüenta. O Dr. C. H. Benson apresenta estes dados que comprovam a eficácia deste tão importante educandário: “Um cálculo muito modesto assina que 75% dos membros de todas as denominações, 85% dos obreiros e 95% dos pastores e missionários foram, em qualquer tempo, alunos da Escola Dominical”. 

IV. A ESCOLA DOMINICAL COMO AGÊNCIA EVANGELÍSTICO-MISSIONÁRIA

É na Escola Dominical que somos envolvidos no serviço cristão. O superintendente precisa manter a ED como essa agência ganhadora de almas. É justamente aí que aprendemos a evangelizar e a fazer missões:

1. Agência evangelizadora. Como os alunos da Escola Dominical não precisam ser membros da igreja local, levemos nossos amigos, vizinhos e parentes a frequentá-la. Nesse campo tão vital, é mister que relembremos a advertência de A.S. London: “Extinga a Escola Bíblica Dominical, e dentro de quinze anos a sua igreja terá apenas a metade dos seus membros”.

2. Agência missionária. Não são poucos os alunos de Escola Dominical chamados à obra missionária. Como freqüentá-la e não sentir o ardor pela evangelização transcultural? Conforme pesquisa realizada pelo Dr. Benson, noventa e cinco por cento dos missionários freqüentaram assiduamente a Escola Dominical.

V. A ESCOLA DOMINICAL COMO DEPARTAMENTO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DO NOVO CRENTE

Através da Escola Dominical, deve o superintendente, como seu principal gestor, levá-la a agir como o departamento encarregado de integrar o novo convertido à comunidade dos fiéis. Embora o crente novel seja de imediato integrado espiritualmente no corpo de Cristo, socialmente não encontra a mesma facilidade. Por isso, cabe ao gestor da Escola Dominical:

1. Integrar socialmente o novo crente. Este não poderá jamais sentir-se um estranho no ninho. Se somos uma irmandade, deve ele ser recebido e amado como um irmão em Cristo. O escritor francês Michel Quoist (1921-1997) discorre sobre a importância de se estabelecer e lutar pela comunhão: “O homem é solitário porque é singular, mas é convidado à comunhão. Ora, o pecado nos divide e nos isola. Precisamos procurar-nos, alcançar-nos, reunir-nos uns aos outros”.

Recomendo o excelente 
Manual de Integração do Novo Convertido lançado pela CPAD. Escrito por Marli Doreto, dá-nos importantes conselhos acerca desse tão imprescindível ministério para o crescimento da igreja.

2. Integrar eclesiasticamente o novo crente. Deve este, através da Escola Dominical, sentir-se parte da igreja local. Não é suficiente pertencer à Igreja Invisível e Universal; a necessidade de se congregar é básica no filho de Deus. 

VI. A ESCOLA DOMINICAL COMO SUPORTE  DIDÁTICO-PEDAGÓGICO DA IGREJA LOCAL

Que o superintendente da Escola Dominical saiba que, como seu gestor, tem de aparelhá-la, a fim de que ela dê à igreja todo o suporte didático-pedagógico de que esta reclama.

Através da Escola Dominical, a igreja local será reconhecida também como uma agência educadora. Mas, para que isto ocorra, é imprescindível a ação de seu superintendente como gestor e agente educacional.

Em nossos livros 
Manual da Escola Dominical e a Teologia da Educação Cristã damos mais informações acerca da gestão da ED e de como lidar com a Educação Cristã relevante.  

CONCLUSÃO

Por conseguinte, o superintendente não deve limitar-se a supervisionar a Escola Dominical. Sua função é fazer com que ela funcione perfeitamente. Busque a excelência, persiga o aperfeiçoamento contínuo.

O professor japonês Masaaki Imai é claro e irretorquível. Sua lição deveria ser apreendida por todo superintendente de Escola Dominical que busca realizar-se como gestor: “Se você aprender apenas uma palavra em japonês que seja kaizen. A estratégia kaizen é um conceito simples e o mais importante em administração japonesa – a chave para o êxito competitivo japonês. Kaizen significa aperfeiçoamento. Kaizen significa aperfeiçoamento contínuo envolvendo todos: a administração de cúpula, gerentes e operários”.

 

O valor do ensino

Ensinando pelo exemplo e por valores

Desde o útero, sofremos interferência do meio e da família em que vivemos. Uma gestação desejada, na qual os pais e a parentela estão harmonizados para receber o novo ser com afeto e comprometimento, certamente gera filhos mais seguros e tranqüilos. Um lar desajustado gera um desequilíbrio de humor na gestante, que será vivenciado pelo feto até mesmo quimicamente. Já pais ajustados, que se amam e se respeitam, irão formar filhos mais saudáveis física e emocionalmente.

Contudo, é a partir dos primeiros dias de vida do bebê que as funções educadora e formativa da família começam a se tornar mais evidentes. Desde cedo a criança começa a discernir entre o sim e o não, o certo e o errado, a conhecer e dominar regras, valores e normas, bem como a sofrer as conseqüências ao quebrá-las. E nestes primeiros meses e anos é primeiramente a família (pais, filhos e irmãos), e depois a parentela (avós, tios, primos etc) que agirão na e sobre a criança, completando seus gestos, interpretando seus movimentos, direcionando suas ações e ensinado as regras de convivência na sociedade em que vivem.

Quanto mais os anos passam, mais importantes e atuais se tornam as palavras de Salomão: “Ensina a criança no caminho que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”, Pv 22.6. O ensino não só informa, mas forma o caráter e interfere na aquisição das propriedades psicológicas humanas, como inteligência, atenção, memória e linguagem, entre outras.

Vale ressaltar que ensinar ou educar os filhos não é uma opção dos pais, mas uma obrigação, um dever da paternidade ou da maternidade. Há muitos avós e parentes que, pela impossibilidade dos pais, criam muito bem algumas crianças. Contudo, quando os pais estão presentes e ignoram os seus compromissos, ou tentam repassar para outros a responsabilidade de educar (para professores da Escola Dominical ou da escola regular, para avós, tios e empregadas), certamente serão pais que colherão desamor e vergonha.

Não podemos esquecer que todos nascemos sob o pecado, e que mesmo a criança já tem uma tendência a errar. Ela testa os limites colocados pelos pais, ignora os nãos, busca os seus interesses e procura sempre fazer o que lhe dá prazer. Assim sendo, se ela não for educada, se só fizer o que quer e não for bem direcionada, acabará gerando tristeza para seus pais (Pv 28.17; 29.15).

a) 
Ensinado pelo exemplo: A primeira forma de aprendizagem se dá através da imitação. O bebê, desce cedo, imita o sorriso, os movimentos, a fala e os atos dos que o cercam, antes até de poder interpretá-los. Isso significa que os primeiros sorrisos ou carinhos do bebê acontecem porque alguém sorriu para ele, e não porque ele quis ser simpático ou afetuoso. Só depois de alguns meses é que seus atos começam a ser intencionais.

Observamos o outro e aprendemos pela imitação a usar uma gravata ou um xale mais sofisticado, ou imitamos a maneira de utilizar os pauzinhos num jantar chinês ou japonês, por exemplo. Por mais importante que seja o ensino formal, a leitura dos textos bíblicos ou a educação na igreja ou na escola, é o exemplo dos pais e dos irmãos que formarão os primeiros sistemas de ações. Assim sendo, pais que não comem legumes não podem ensinar seus filhos a serem vegetarianos. Pais que não dizem obrigado ou por favor, não terão filhos educados. Ou pais agressivos, que falam alto e asperamente, não formarão filhos mansos e calmos. Já os pais que são justos, formarão filhos justos e felizes (Pv 20.7).

Se você quer que seus filhos falem a verdade, não minta, nem de “brincadeira”.  Se sua intenção é a de que eles se firmem na igreja, não vá à Casa de Deus de má vontade e não fale mal do seu pastor. Se quer ter filhos carinhosos, dê carinho, colo e afeto. Lembre-se que as duas coisas mais importantes a deixar para os filhos são exemplo e exemplo.

b) 
Ensinando por valores: A despeito das crianças terem espírito, e portanto nascerem com o caráter moral de Deus impresso nelas, os valores que evidenciarão e formarão o bom ou o mau caráter deverá ser ensinado pelos pais. É como se os filhos tivessem o mapa, a potencialidade, mas somos nós quem devemos dar as coordenadas – são os pais que podem dar as diretrizes para que os filhos sejam tudo o que Deus quer que sejam.

Portanto, ensine, não importa a idade ou a maturidade dos seus filhos. Ensine regras básicas de educação à mesa (como saber comer de boca fechada ou usar os talheres) e de convívio social. Ensine normas sociais como respeitar os mais velhos, obedecer a autoridades, não usurpar bens dos outros, não maldizer ou fofocar. Abra a Bíblia e ensine leis divinas básicas como não mentir, não fornicar, amar o inimigo e honrar os pais (Pv 10.1).

 


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