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sábado, 20 de dezembro de 2014

ESCOLA DOMINICAL BETEL TRIMESTRE LIÇÕES N.7-13



Lições Bíblicas BETEL





Lições Bíblicas CPAD     Adultos  1º Trimestre de 2015

Lições 7 -13.


ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 7 - Revista da Editora Betel


A Fidelidade Entre Pais e Filhos

15 de fevereiro de 2015.

Texto Áureo
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, pois isto é justo.” Ef.6.1

Verdade Aplicada
A fidelidade entre pais e filhos credencia a família a apossar-se de sublimes promessas de Deus, de modo a viver muitos dias e viver bem.

Textos de referência
Ef 6.1-4
1. Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, pois isto é justo.
2. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3. Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
4. E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.

INTRODUÇÃO
Fidelidade entre pais e filhos é a convivência na qual os pais assumem ônus da paternidade responsável (amor, carinho, proteção, etc.). Nesse convívio criam-se vínculos e laços de amor fraternal. Assim, o resultado da fidelidade paternal é amor, respeito e honra por parte dos filhos. Embora a realidade atual apresente mudanças no padrão do relacionamento família, veremos que a Bíblia possui princípios imutáveis para um relacionamento fiel entre pais e filhos.

1. O desafio da fidelidade entre pais e filhos.
A crise familiar surgiu desde o momento em que o homem deixou de observar os princípios da Palavra de Deus (Gn 3.1-7), resultando em várias consequências: desrespeito aos pais (Gn 9.22, 24, 25), profanação (Gn 49.3, 4), incesto (2Sm 13.11-14), subversão (2Sm 15.12-14) e homicídio (Gn 4.8). Ainda hoje, esses males continuam ocorrendo pela inobservância da Palavra de Deus (2Tm 3.2; Ef 6.4).

1.1 O papel dos pais
O livro de Provérbios, verdadeiro manancial de conselhos paternos, exprime com muita clareza que os pais são responsáveis por legitimar ou repelir conhecimentos e valores adquiridos pelos filhos (Pv 1.8-19), exercer mediação entre os filhos e o mundo e empenhar-se no seu desenvolvimento físico, mental, social e profissional. Na família cristã, o pai, além de suprir as necessidades básicas, precisa ser sacerdote e continuamente apresentar sua família a Deus (Jó 1.5), e pastor, criando na vida dos filhos um padrão de moralidade com base nas Escrituras (Pv 2-3). Além de prover e educar, os pais devem impor limites de maneira sensata, transmitindo valores éticos sólidos, capazes de fazer com que os filhos ajustem seus comportamentos às exigências da vida dentro da coletividade e obedeçam a regras básicas de convivência (Pv 4-7).

1.2. O papel dos filhos
Os filhos ocupam um lugar especial na família. Eles são os responsáveis pela coroação da família, dando o sentido de um lar completo. A Bíblia é enfática ao afirmar que os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3-5). Filhos ocupam um lugar de honra na família, contudo, devem submissão aos pais (Pv 15.20; 17.6). O texto Bíblico diz que isso é justo (Ef 6.1). Eles devem honra aos progenitores até mesmo depois de constituírem suas próprias famílias. Nessa fase os filhos terão dupla oportunidade: cuidar dos pais e chefiar seus lares.

1.3 Amizade e companheirismo
Os pais devem educar seus filhos, apoiá-los com firmeza e confiança e ser seus melhores amigos (Pv 4.3-27). Os laços de amizade e companheirismo entre pais e filhos tornam essa relação a parceria mais ideal e confiável (Sl 2.12). A amizade não é exigida, não se conquista de maneira forçada, sob pressões e ameaças, mas espontaneamente, independentemente de obtenção de recompensas ou favores. O filho que recebe dos pais a atenção devida, provinda de um amor verdadeiro, além de desenvolver autoconfiança, é altruísta, tolerante e aprende a valorizar. Nessa jornada, todas as oportunidades devem ser aproveitadas. Os pais devem promover atividades conjuntas, passeios e tempo com qualidades, abrindo mão de interesses próprios e se dedicando mais a família, fortalecendo a união e concretizando uma relação não apenas de pais e filhos, mas de amigos e parceiros.

2. O desafio de disciplinar com amor
As Escrituras nos advertem que desde o início a imaginação dos pensamentos do coração do homem era má continuamente (Gn 6.5). Se quisermos que nossos filhos tenham um caráter a toda prova, precisamos enfrentar desafios no processo instrutivo desde cedo, e isso envolve diálogo, prática e convivência sadia, firmeza e autocontrole. Disciplina implica em determinar limites.

2.1 Pelos princípios da Palavra de Deus
Devemos nos espelhar nas Escrituras, que nos exorta a instruir os filhos desde a mais tenra idade (Dt 6.6, 7) senão teremos uma colheita ruim (2Tm 3.1-9). A infância é o período de ouro do aprendizado, pois nessa fase a assimilação é mais fácil. Não meçamos esforços para que os princípios introduzidos nas mentes infantes se fixem de tal maneira que perdurem por toda vida. Os ensinamentos semeados garantirão colheita de bons frutos no futuro (Pv 22.6). Filhos bem preparados farão a diferença como referenciais para a Igreja e para a sociedade. Temos que acreditar na família. Famílias estruturadas e fiéis, células sadias, corpo saudável, Igreja forte. É dever do homem, como cidadão, viver de maneira ética. Como conhecedores da Palavra de Deus, maior responsabilidade temos de cooperar para que haja mais harmonia na sociedade através do Corpo de Cristo. A esperança da família está no viver a Palavra de Deus, aplicando os ensinamentos exarados nas Escrituras Sagradas.

2.2 Pela coerência na disciplina
Não raramente encontramos pais que preferem um filho em detrimento de outro, isso não é bom, causa divisão na família. Ser excessivamente rigoroso com um, enquanto outro desfruta de especial proteção não parece justo, cria ruptura na família. Outra situação não menos grave é quando há divergência na forma em que educam: um dos pais ensina de um modo e o outro desfaz, ensinando de maneira diferente. A falta de coerência nos métodos de formação dos filhos gera conflitos (Gn 37.3, 4;11; 25.28; 27.3-13), e instala a discriminação dentro do lar. O processo disciplinar exige equidade no tratamento com os filhos; antes de criticá-los é preciso ter interesse pelas coisas do universo deles. Também é preciso respeitar os limites dos filhos e estimular a superação dos mesmos, inspirando-lhes confiança.

2.3 Pelo exemplo
Somos observados pelos que nos rodeiam, principalmente por nossos filhos. Aprendemos a respeitar aos outros através da educação e disciplina, mas principalmente pelo exemplo. Os filhos fazem o que veem seus pais fazerem, (Mt 11.27; Tg 1.23-25). Se os pais são fiéis, os filhos aprenderão com eles. É grande a responsabilidade dos pais na lapidação do caráter dos filhos, pois estes herdam atitudes no aprendizado e no convívio e que, por sua vez, influenciam as novas gerações. As ações têm poder de convencimento. Elas falam por si mesma, ensinam mais que palavras.

3 Resultados da fidelidade entre pais e filhos
A boa relação entre pais e filhos passa necessariamente por uma comunicação eficaz. Significa que a pessoa compartilha, em família, o que ocorre com ela. Através da comunicação as pessoas partilham diferentes informações entre si, tornando tal ato uma atividade essencial para a vida em sociedade.

3.1 Harmonia e estabilidade familiar
Pais omissos serão responsabilizados pela maneira como criaram os filhos (1Rs 1.5, 6). Aproveitemos o tempo que passamos com aqueles que realmente importam para nós, e nos foram confiados por Deus, a quem de fato pertencem (Sl 127.3). As atitudes dos pais para com os filhos e dos filhos para com seus pais determinam o grau de relacionamento e equilíbrio na família. Ninguém melhor do que os pais para conhecer o caráter, personalidade e temperamento de cada um dos filhos. É de se esperar que os pais sejam os primeiros e melhores mestres dos filhos. O convívio sadio, pacífico e harmonioso é o ideal para semearmos confiança e estabelecer diálogo, oportunidade para ouvir e ser ouvido, criando um elo permanente com eles.

3.2 Posse de sublimes promessas
A observância dos preceitos divino conduz pais e filhos a apossarem-se de promessas grandiosas, que contemplam a família no seu relacionamento mútuo e com Deus (Dt 28.2-6; 30.6, 8, 9; Is 44.3). Nesse contexto, os pais se beneficiam ao serem honrados (Êx 20.12), os filhos por aplicarem este princípio e Deus é engrandecido pela observância da Sua Palavra.

3.3 Debaixo da bênção de Deus
O salmo 127.3-5 traça o perfil de uma família feliz e abençoada. O salmo 128 descreve o pai como abençoado, a mãe, videira frutífera, e os filhos, plantas de oliveira, herança do Senhor e flechas na mão do valente, e encerra com uma bênção de prosperidade e promessa de longevidade para o homem temente a Deus: ele terá paz e viverá o suficiente para ver seus filhos e seus descendentes. Portanto, a fidelidade entre pais e filhos coopera para a perpetuação das bênçãos na família de modo que serão como a oliveira verdejante na casa de Deus (Sl 52.8; 92.12-15).

CONCLUSÃO
Aquele que com prudência, previne-se do mau tempo e alicerça sua casa na rocha, estará seguro (Mt 7.24-27). Se não nos preocuparmos com a fundação, seremos insensatos e a família correrá perigo. O alicerce, mesmo não sendo aparente, faz a diferença e valoriza a construção. A palavra de Deu, manual do fiel e fonte inesgotável de ensino e aprendizado, nos fornece todos os materiais necessários para construirmos uma família bem fundamentada, à prova de vendavais.



FIDELIDADE NO MINISTÉRIO 
22 de Fevereiro de 2015

TEXTO ÁUREO
“Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância”. (Tt 1.7).


VERDADE APLICADA

A principal virtude no ministério do obreiro é a fidelidade.

Textos de referência

Tt 1.6 - Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.
Tt 1.7 - Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
Tt 1.8 - Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante;
Tt 1.9 - Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.

INTRODUÇÃO
Ao estudarmos as cartas pastorais, observamos que o ministério da casa de Deus precisa de homens que sejam chamados, talentosos e cheios do Espírito Santo. Além disso, aprendemos com a leitura da carta que Paulo escreve a Tito que todo líder, cuja característica principal é a fidelidade, deve pautar-se por uma vida ética e equilibrada.

1. As exigências do ministério.
Aquele que deseja e tem vocação ministerial deve compreender que há várias exigências para o ingresso e permanência no ministério. As principais condições são: fidelidade à família, fidelidade à Igreja e fidelidade à sua vocação.

1.1 Fidelidade a família
A fidelidade e o cuidado com a família estão no centro da preocupação de Paulo. O apóstolo adverte os obreiros a cuidarem de sua própria família. Chega, inclusive, a afirmar que se alguém não cuida dos seus e, principalmente, dos da sua família, este negou a fé e é pior que os incrédulos (1Tm 5,8). De acordo com Donald Guthrie, o lar é considerado o local onde se faz o treinamento dos líderes cristãos. A vida e os serviços cristãos devem começar na família. Sendo assim, os obreiros devem ser irrepreensíveis em sua vida e no seu casamento, de modo a amar sua esposa e a trata-la com carinho e respeito. Paulo diz que a conduta dos filhos é de responsabilidade dos pais (Tt 1.6). John Stott defende seriamente o pensamento de que os pais são os responsáveis pela crença e pelo comportamento de seus filhos (Pv 22.6). Vale ressaltar que, infelizmente, para os pais cristãos cujos filhos se desviam na fé ou dos princípios morais, a dor é bem mais intensa.

1.2. Fidelidade a Igreja
A Igreja é o corpo espiritual de Cristo e que também tem sua perspectiva institucional, que funciona através da vivência comunitária. Somos todos membros do mesmo corpo, buscamos a unidade e vivemos a mesma esperança cristã (1Co 12.26,27). De modo que desejamos o aperfeiçoamento dos santos para Deus, devemos responder com fidelidade à Igreja. Essa fidelidade envolve várias dimensões: fidelidade à liderança, fidelidade nas relações institucionais, fidelidade nas contribuições (dízimos e ofertas), fidelidade na participação da vida diária da Igreja, conforme Paulo escreve aos Coríntios: “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.” (1Co 4.2).

1.3 Fidelidade a vocação ministerial
O ministro deve atender fielmente às recomendações bíblicas (Tt 1.5-9).Ele deve estar consciente de que sua vocação ministerial, quanto à sua função, responsabilidade, atuação na sociedade e relacionamentos com sua liderança e liderados, deve ser pautada pela fidelidade. É necessário que cada obreiro seja transparente e sincero tanto no ministério da igreja local quanto em sua vida particular, ou seja, seu lar. Essa fidelidade inclui compromisso com reuniões ministeriais, pontualidade, assiduidade nos cultos e programações da igreja.

2. As credenciais para o ministério
A Bíblia apresenta muitas exigências para aqueles que estão ingressando ou já desenvolvem seu ministério. Dentre muitas credenciais requeridas ao obreiro, destaca-se a necessidade de uma vida ética, piedosa e equilibrada.

2.1 Ético
Entende-se por ética cristã um conjunto de normas e regras fundamentadas na Palavra de Deus que norteiam a vida do cristão. Nessa perspectiva, Paulo recomenda que os presbíteros precisam ser irrepreensíveis em seu caráter e em sua conduta (Tt 1.7, 8). Desse modo, cada obreiro deve apresentar uma clara evidência, pelo seu comportamento ético, de ter sido regenerado pelo Espírito Santo e de que seu novo nascimento o tenha levado a uma nova vida (2Co 5.17). Com isso o apóstolo nos ensina que a vida do líder é a vida da sua liderança, isto é, que cada ministro deve buscar ter uma vida de relacionamento ético com Deus, consigo mesmo e com seu ministério. Entende-se ainda que essa ética deve estar presente nas relações com seus pastores e amigos de ministério.

2.2 Piedoso
Assim como na primeira carta a Timóteo, a piedade é um conceito relevante na carta de Tito (Tt 1.1). NA VISÃO DE Warrem Wiersbe, a verdade do Evangelho transforma uma vida de impiedade em uma vida de santidade (Tt 2.12). Infelizmente, muitos dos que frequentavam a igreja de Creta, assim como alguns membros das congregações de hoje, professavam ser salvos, mas levavam uma vida que negava essa profissão de fé. O obreiro piedoso sempre busca pureza e santidade na vida (1Pe 1.16). O homem piedoso reverencia a decência fundamental da vida e conserva o temor ao Senhor. É importantíssimo lembrar que Deus se agrada de homens piedosos, como disse E. M. Bounds: “Deus não unge plano, não unge métodos, Ele unge homens”.

2.3 Equilibrado
O apóstolo adverte Tito quanto ao orgulho, temperamento, bebida, violência e dinheiro (Tt 1.8). Com isso, o apóstolo indica a necessidade de uma vida ministerial equilibrada (2Tm 1.7; 4.5). Segundo Hernandes Dias Lopes, é válido compreender que ninguém está apto para liderar os outros se não tiver domínio de si mesmo. Aquele que domina a si mesmo é mais forte do que aquele que domina uma cidade (Pv 16.32; 25.28). O autocontrole da vida do obreiro é essencial, pois faz parte da lista de virtudes cristãs e é uma das dimensões do fruto do Espírito (Gl 5.22). É certo que aqueles que não têm domínio próprio, que se desequilibram facilmente, acabam perdendo o respeito da família, da Igreja e da sociedade.

3 Compromisso no exercício do ministério
Quem é obreiro e participa ativamente no ministério cristão sabe que há muitos quesitos a serem considerados quanto ao seu desenvolvimento. O conhecimento das Escrituras é um dos principais requisitos, pois é essencial conhecer, amar e ensinar a Palavra de Deus.

3.1 Conhecer a Palavra de Deus
Desde o jardim do Éden até os nossos dias, um dos focos do Diabo para provocar o homem a cair em tentação é suscitar dúvidas acerca da Palavra de Deus (Mt 4.1-10). Então, é mais do que necessário que conheçamos a Palavra (Mt 4.4; Sl 119.105). Jesus, ao se dirigir aos saduceus, afirma que o erro surge em função do fato de não conhecermos as Escrituras (Mt 22.29; Os 4.6). Em outro momento, Cristo nos diz que, ao conhecermos a Palavra, seguramente ela nos libertará (Jo 8.32).

3.2 Amar a Palavra de Deus
Amar a Palavra de Deus está explicito em toda a Bíblia. O livro de Salmos expressa bem essa verdade (Sl 1.1, 2). Davi declara: “Como amo a tua lei! Penso nela o dia todo” (Sl 119.97). É importante observarmos que todo o Salmo 119 nos convida a amá-la, estuda-la, compreendê-la e praticá-la. É evidente que muitos conhecem a Palavra de Deus, mas não a praticam. Possuem apenas um conhecimento teórico e especulativo. São apenas ouvintes, mas não praticam diariamente a Palavra do Senhor (Tg 1.22). Além de ser homem íntegro na sua relação com a igreja, o obreiro deve ter intimidade e conhecimento das Escrituras (Tt 1.9). Deve ser um obreiro aprovado e que maneja bem a Palavra da verdade (2Tm 2.15). Vivemos em uma época que as pessoas, inclusive os cristãos (no caso, os evangélicos) desprezam a Palavra. Salomão declara que quem despreza a Palavra nunca prosperará (Pv 13.13). A Igreja sem o propósito de buscar maturidade na Palavra fica extremamente vulnerável e volúvel (Hb 5.11, 12). Muitos líderes e igrejas, deixando-se seduzir pela tentação dos números, se tornam superficiais quanto ao ensino da Palavra de Deus. Há uma verdade que nós, cristãos, servos do Deus Altíssimo, não podemos deixar de observar: obreiros fracos na Palavra geram membros fracos em conhecimento, igrejas fracas em ensino, suscetíveis às seitas e heresias (2Tm 4.2-5), sujeitas à rebelião e à contemplação do completo esvaziamento em seus cultos.

3.3 Ensinar a Palavra de Deus
Nas palavras de Paulo, os presbíteros (ou bispos) são chamados essencialmente, para um ministério de mestre, que necessita tanto do dom de ensino como de ser leal à mensagem que ensina (Tt 1.9). Em 1 Timóteo 1.15; 4.9; e Tito 3.8, é declarado que a Palavra é fiel e os que ensinam e pregam a Palavra também devem ser fiéis. O obreiro deve demonstrar capacidade para o ensino, deve exortar com poder, se ocupar do conhecimento da verdade para aplicar corretamente a s Escrituras.

CONCLUSÃO

Nessa lição, tivemos a oportunidade de aprender a respeito da nossa fidelidade ao ministério. Ministério esse que implica em sermos fieis a Deus, a família, à nossa chamada e vocação ministerial. Que Deus nos capacite a cumprir com fé e total dedicação o nosso chamado ministerial.



Fidelidade na aplicação dos talentos 
1º de março de 2015

Texto Áureo
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” Ec 9.10.


Verdade Aplicada

O Senhor não tem nenhum servo desocupado ou inábil. Ele deu talentos a cada um conforme sua capacidade, que devem ser aplicados com sabedoria.

Textos de referência

Mt 25.16-19
16 E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles e granjeou outros cinco talentos.
17 Da mesma sorte, o que recebera dois granjeou também outros dois.
18 Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19 E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.

INTRODUÇÃO

A parábola dos talentos nos arremete para a responsabilidade nos negócios do Reino. O talento representa a oportunidade e o aproveitamento de nossa capacidade no desenvolvimento do Reino de Deus (Mt 25.14-30). Ao contar essa parábola, Jesus prepara os discípulos para o momento em que eles terão que trabalhar em sua ausência física, e fazendo-os saber que ao retornar Ele pedirá conta.

1. Princípio da motivação

No Reino de Deus não basta fazer, mas também o porquê fazer. Conforme Provérbios 16.2, Deus observa e conhece os princípios de todas as ações. Ele sabe com precisão as intenções do coração.

1.1 Movidos pelo valor dos talentos

Percebe-se que nada na parábola é irrelevante. Os valores dos talentos nos levam a compreender a importância das habilidades dadas por Deus, tanto naturais como espirituais, com as quais podemos servir aos homens e glorificar a Deus, dando assim continuidade ao Seu Reino. Nenhum homem tem qualquer coisa de sua autoria, exceto seus pecados (RM3.23). Assim sendo, o valor inestimável de nossas capacidades deve nos motivar a maximizar nossos esforços no Reino de Deus, procurando em cada ação e reação dar o nosso melhor (Ec 9.10).

1.2 Movidos pelo privilégio de servir

Não há nada mais grandioso nessa terra do que o Reino que Jesus implantou. Nada merece mais a nossa atenção (Mt 6.33). Servir no Reino de Deus é um dos maiores privilégios que o homem pode ter, pois atrai a atenção até mesmo de anjos (1Pe 1.12). A partir do momento em que o homem se engaja na excelência da obra de Cristo, tudo mais se torna pueril (Fp 3.7-80. Não merecíamos participar do planejamento divino, mas por Sua condescendência fazemos parte desse grande projeto. Fomos chamados pela graça de Deus (Gl 1.15); engajamos em Seu Reino pela graça (1Co 15.10); contribuímos em Seu Reino pela graça (2Co 8.1-4). Portanto, nada merecemos, mas Deus nos abarcou em Sua obra e, por conseguinte, não deve ser vista como uma obrigação ou constrangimento, pelo contrário, deve ser encarada como um privilégio.

1.3 Movidos pelos resultados

AS implicações da desenvoltura de nossos talentos são as mais diversas, vai desde causar mudanças temporais na vida das pessoas, até mesmo a conduzi-las à salvação eterna de suas almas, e isso não tem preço (Sl 49.8). O apóstolo Paulo tinha como motivação maior do seu ministério o bem-estar da Igreja e, nesse sentido ele não media esforços e sacrifícios (2Co 12.15; At 20.24). Não devemos esquecer que somos resultados do que os outros fizeram. Aqueles que se habilitam a trabalhar no Reino que Jesus implantou se envolvem com pessoas procurando melhorar suas vidas, mas a mentalidade do servo inútil é marcada pela indiferença com o bem-estar dos outros. A aplicação dos talentos permite que o melhor homem se torne um homem ainda melhor (Jó 42.5, 6). Portanto devemos dar o nosso melhor para que o que é bom fique ainda melhor.

2. Princípio da responsabilidade

Todos nós temos capacidades e oportunidades diferentes, mas também temos algo em comum: a responsabilidade de permanecer fiel a Deus e à Sua Palavra.

2.1 Responsabilidade de acordo com a capacidade

O Senhor não dá talentos indiscriminadamente, mas dá a cada um segundo suas capacidades (1Co 12.7). É manifesto na parábola que, na distribuição de talentos, o mesmo não foi dado a todos, cada um recebeu conforme sua envergadura (Mt 25.15). O Senhor não comete erros na atribuição de tarefas, tampouco pedirá conta além dos potenciais de cada um. Ele tão somente requer fidelidade (1Co 4.2). Em cada lugar, posição ou situação em que a providência divina nos colocar, nossa fidelidade estará sendo posta à prova (Rm 14.12). Somos responsáveis diante de Deus por todas as nossas capacidades, quer sejam pessoais, produtivas, cognitivas ou relacionais.

2.2 Responsabilidade no investimento

Podemos ser tentados a pensar que os talentos a nós confiados são para nosso próprio benefício e alegria, mas a verdade é que a parábola nos leva a compreender que os talentos são para alegria e “enriquecimento” do Senhor (Mt 25.20-23). O Mestre nos confia uma parcela de Suas riquezas não para gastarmos com nós mesmos, nem para enterrarmos, mas para “negociarmos” com ela. Aprendemos que o uso correto dos talentos a nós creditados fará ampliá-los. O caminho certo para aumentar nossas capacidades em Cristo é o exercício dos talentos que Ele nos deu. Sementes amontoadas e trancadas em um celeiro não se multiplicam (Ec 11.1) Façamos dos desdobramentos de nossos talentos uma espécie de investimento e, como todo investimento, os benefícios advindos desse alastramento do bem serão obtidos no amanhã (Cl 3.23, 24).

2.3 Responsabilidade no tempo confiado

Nenhum homem jamais alcançou lugares ou resultados elevados sem que tenha empregado sabiamente seu tempo. O estudante que aplica bem o seu tempo, o atleta que valoriza cada minuto e o agricultor que prepara o terreno no tempo adequado são mais bem-sucedidos. Isso não pode e nem deve ser diferente na vida do servo de Deus. Qualquer dia que se passe sem abraçar novas compreensões ou sem aproveitar as oportunidades, incorrerá em perdas irreparáveis. Provérbios 10.4 lança uma luz para quem objetiva alcançar êxito no que empreende fazer: “O que trabalha com mão remissa empobrece, mas a mão dos diligentes vem a enriquecer-se”. O trabalho no Senhor não pode esperar, pois afluirá consequências eternas em dar ou não valor ao tempo. Paulo, ao advertir os cristãos de Éfeso e de Colossos sobre a necessidade de remir o tempo, nos faz compreender que o tempo tem seu “preço” (Ef 5.16; Cl 4.5). Ou seja, “remir o tempo” pode significar “comprar” o tempo, ser o dono dele. Portanto, quem se engaja nos “negócios” do Reino de Deus deve aproveitar as oportunidades, pois o Senhor não tem servos desocupados.

3. Princípio das consequências

É certo que haverá o momento da prestação de contas, na qual cada indivíduo será recompensado ou punido, conforme agiu em relação aos talentos confiados. Os homens têm oportunidades e cada um pode agir de modo muito diferente em relação a elas.

3.1 O julgamento será inevitável

Embora possamos perder nossa capacidade de obedecer, Deus jamais perde a habilidade e o direito de comandar e exigir fidelidade de Seus servos (Sl 82.1). O nosso comparecimento diante de Deus para prestação de contas não é uma possibilidade, mas uma certeza (Mt 25.19). O Senhor há de trazer à tona todas as oportunidades aproveitadas ou perdidas. Cada “centavo” de talento será cobrado. O anonimato, a insignificância, a fraqueza, a imaturidade e outras desculpas, tantas vezes usadas como álibi para não assumir responsabilidades aqui, não nos manterão fora da apreciação divina. Portanto, a inevitabilidade do julgamento deve servir como incentivo para nossa diligência na aplicabilidade dos talentos que nos foram confiados.

3.2 Repreensão e condenação

A severa repreensão do Senhor ao servo descuidado (Mt 25.26) é uma evidência de que Deus julgará as pessoas não apenas por fazerem o mal, mas também por não fazerem o bem. Deixar de fazer o bem é uma das facetas do mal (Tg 4.17). A maldade do servo repreendido é demonstrada, não só por sua infidelidade, mas também por suas desculpas falsas e caluniosas (Mt 25.24). É notório que o acerto de contas não haverá como reivindicar a justiça, pois a própria justiça é quem condena. No dia do julgamento, a distinção entre o bem e o mal será rigorosamente desenhada, pois todos os véus e disfarces serão arrancados (Ml 3.18). “Senhor, Senhor”, naquele dia, será um grito de desespero vazio, já que não haverá mais oportunidade de remissão, pois a condenação já estará decretada (Mt 7.21, 23; 25.11, 12).

3.3 Reconhecimento e aprovação

Compreende-se pelo texto que os servos zelosos perceberam suas responsabilidades e logo começaram a aplicar os seus talentos. O desfecho não poderia ser diferente: a aprovação foi imediata (Mt 25.21, 23). Ser admitido à presença do Senhor e participar de Sua alegria é uma honra além da nossa compreensão. Esse reconhecimento de “bom” e “fiel” também pode referir-se à conduta e ao caráter. A cooperação entre a fé e as obras ocasionará o aperfeiçoamento do indivíduo que se habilita a servir no Reino de Deus (Tg 2.22, 26). Cada ser humano imbuído da fé em Jesus que canalizar suas habilidades em fazer o bem incondicionalmente, receberá aprovação e será recompensado (Mt 25.34).

CONCLUSÃO


Aprendemos nessa parábola que trabalhando para Deus cresceremos fortes nEle. O futuro para quem se adequar ao Evangelho e se entregar ao serviço do Reino será de recompensas, pois ouvirá do próprio Jesus Cristo: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor.” (Mt 25.21).


Fidelidade em tempos de crise

22 de março de 2015

Texto Áureo

“Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena.” Pv. 24.10


Verdade Aplicada
Inevitavelmente, todo ser humano poderá ser visitado por manifestações súbitas, seja no plano físico, psicológico ou espiritual, que demandará dele uma fé além das palavras.


Textos de Referência

Jó 1.17-20
17 Falava este ainda quando veio outro e disse: Dividiram-se os caldeus em três bandos, deram sobre os camelos, os levaram e mataram aos servos a fio de espada; só eu escapei, para trazer-te a nova.
18 Também este falava ainda quando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa do irmão primogênito,
19 eis que se levantou grande vento do lado do deserto e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre eles, e morreram; só eu escapei, para trazer-te a nova.
20 Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou;


INTRODUÇÃO
A Palavra de Deus deixa claro que não há quem escape das perplexidades desta vida (Jo 16.33). Mesmo os mais abnegados e dedicados servos de Deus enfrentam crises e contratempos (Sl 55.1-6). Nesta lição, Jó nos servirá como arquétipo de fidelidade. Aprenderemos pela sua experiência avassaladora que os justos, mesmo inseridos em situações de crise, devem manter-se fiéis ao Senhor (Jó 1.22; Hc 3.17, 18).


1. Fiel, ainda que os relacionamentos estejam afetados.
A fé deve triunfar sobre todas as questões da vida. A existência humana é composta de relacionamentos interpessoais nos quais poderemos sofrer acusações ou mesmo indiferenças daqueles que fazem parte de nosso círculo mais íntimo.


1.1 A intolerância dos familiares.
Nas situações mais críticas da vida, o que menos precisamos é de alguém que agrave nossa angústia. Nesses momentos, a família deve se tornar o nosso “chão”; mas nem sempre isso acontece, como foi o caso de Jó. Seu lar, o mundo de seus afagos, estava afetado. Mesmo em sua fidelidade, diante dos trágicos acontecimentos ele não encontrou na esposa a palavra que tanto precisava naquele período crítico de sua vida, mas, ainda assim, ele se manteve fiel (Jó 2.8-10; 19.14ª). Seu exemplo inspira a mantermos inarredáveis em nossa fidelidade a Deus. Mesmo quando não encontramos no seio de nossa família o tão esperado apoio. As Escrituras nos revelam que até mesmo Jesus, nossa maior inspiração, sofreu incompreensões de Seus familiares (Mc 3.31, 32).


1.2 As acusações dos amigos.
Uma das lições que aprendemos, quando inseridos nas adversidades, é identificar quem são nossos verdadeiros amigos (Pv 17.17). John C. Collins afirmou que “na prosperidade, nossos amigos nos conhece; na adversidade, nós conhecemos nossos amigos.” Quando os amigos de Jó souberam de sua calamidade foram até ele, em tese para consolá-lo (Jó 2.11-13). A partir do capítulo 3, com uma teologia equivocada, os amigos de Jó começaram a acusá-lo dizendo que o seu sofrimento era reflexo de seus pecados. Jó foi acusado de mentiroso, hipócrita e culpado pela morte de seus filhos (Jó 16.10). Porém, mesmo diante das zombarias, dos desprezos e das acusações, Jó se manteve íntegro.


1.3 O desprezo dos circunstantes.
De respeitado e honrado a desprezado e zombado pela sociedade (Jó 17.2). Essa era a situação de Jó quando inserido na crise aflitiva (Jó 29.7-11). Tamanha era a desolação, que Jó sentia-se como um animal de hábitos noturnos que vivia no deserto em solidão (Jó 30.29). A calamidade de Jó tornara-se assunto de alegria e brincadeira (Jó 17.6; 30.9; Sl 69.12). A perda da prosperidade acarretou a perda dessas homenagens. Aquele que foi lisonjeado em riqueza e sucesso foi cruelmente desprezado no momento da adversidade (Jó 30.1-10). Compreende-se que a vida social de Jó foi afetada quando tudo passou a dar errado no plano horizontal, isto é, entre os homens. Entretanto, mesmo desolado e em meio aos contratempos, no plano vertical ele se manteve fiel ao Senhor, Seu Deus.


2. Fiel, ainda que as perdas pareçam irreparáveis.
A rapidez e imprevisibilidade de acontecimentos na vida de Jó somente evidenciam como as coisas dessa temporalidade são transitórias. O dia de festa transformou-se em dia de luto. Precisamos saber como enfrentar:


2.1 A separação das pessoas que amamos.
Por mais dolorosa que seja, a morte é uma realidade e, paradoxalmente, é diante da perda que nosso coração tende a ficar melhor (Ec 7.1-3). Todos nós teremos que conviver com essa certeza até que Jesus a descontinue, pois na eternidade com Cristo não haverá mais cortejos fúnebres nem separações (Ap 21.4). Vale a pena nos manter fiéis a Deus, ainda que com os olhos lacrimejando pelas perdas irreparáveis, pois o nosso choro não pode ser o fim da fé, nem o fim da esperança (1Ts 4.13). O próprio Jesus diante da momentânea perda de Lázaro, embora soubesse que iria ressuscitá-lo, não se conteve e chorou (Jo 11.35-44). Jó não foi o único que enfrentou a perda das pessoas que amava. Muitos neste momento poderão estar com os corações dilacerados pela lacuna deixada por alguém que se foi, mas, assim como Jó, devemos sempre nos manter fiéis, pois aquele que deu a vida tem o direito de reavê-la (1Sm 2.6).


2.2 A perda de bens materiais.
Ao enfrentar a realidade da perda de seus bens, Jó se apegou às realidades espirituais e, portanto, não titubeou em sua fé (Jó 13.15). Sua fidelidade não repousava sobre o que Deus faz neste ou naquele momento, mas repousava sobre o que Ele é em todos os momentos. Assim, a efemeridade das propriedades terrenas, bem como a durabilidade das realidades espirituais ficam demonstradas no perpassar do livro. Somente um coração centrado em Deus e em Seus princípios, como era o de Jó, poderá suplantar todos os sentimentos de incredulidade em tempos inesperadamente desfavoráveis (Jó 2.21; Hc 3.17-19).


2.3 A irrefutável realidade das enfermidades.
Não há com o negar que, devido ao pecado, a humanidade está sujeita a todo tipo de males (Gn 3.16-19). Ninguém está livre de ser acometido pelas doenças e enfermidades (Rm 3.23). Todavia, é nessas situações que a verdadeira natureza da fé é aferida (Jó 2.4-6). Como se não bastasse o estado psicológico fragilizado em que estava, Jó agora viu seu estado físico sendo atingido violentamente e sua saúde se esvaindo (Jó 2.7, 8). É no contexto das angústias que se revelará a força ou fraqueza do cristão, se é fiel ou infiel (Pv 24.10). Jó, a despeito de sua dor e sofrimento, sabia que Deus continuava lhe assistindo e defendendo (Jó 16.19). Mesmo nos momentos de maior intensidade de sua dor, Jó permaneceu fiel (Jó 2.10). O livro de Jó nos ensina que o diagnóstico, por mais irrefutável que pareça, não pode contraditar o amor e assistência divina (Sl 46.1).


3. Como manter-se fiel mesmo ante as instabilidades da vida.
Nem sempre é fácil compreender o agir de Deus, mas o discernimento da Sua Palavra e a convicção de que Deus sempre quer o melhor para nós nos manterão estáveis frente às vicissitudes da vida.


3.1 Manter as convicções estabelecidas.
Embora a palavra “fé” não apareça no livro de Jó, ela transparece na vida e no comportamento dele ante a crise que se instalara em sua vida (HB 11.1). Suas convicções sobre Deus e Sua bondade não foram estremecidas (Jó 19.23). Jó nos ensina que, onde a sabedoria de Deus se manifesta como incógnita, o único caminho a ser seguido é o da fé (Hb 11.6). Assim, aprendemos que a teologia de um homem influenciará em sua vida, pois as convicções espirituais são as raízes de todas as outras. O que quer que um homem pense sobre Deus e sobre sua fé moldará o seu caráter e delineará o seu destino. Apesar dos pesares, a fé de Jó ancorava em Deus (Jó 13.14-16).


3.2 Não aplicar a teologia da causa e efeito na vida.
Entende-se pelas Escrituras que o sofrimento tenha como causa primária o pecado, todavia, nem todo sofrimento tem como causa imediata o pecado (Gn 3.15-19); Jo 9.1-3). A teologia da causa e efeito transfere a fixidez do mundo físico para o mundo espiritual. Para muitos, o sofrimento é reflexo da ausência de Deus na vida e, consequentemente, pecado oculto. Essa era a mentalidade teológica de Elifaz, Bildade, Zofar e de Eliú (Jó 4.7, 8; 22.5). A fé de Jó não foi abalada porque ele sabia que tragédias podem acometer também a quem conhece a Deus.


3.3 Compreender a soberania divina.
Jó não atribui ao Diabo a causa de suas aflições, como muitos costumam fazer. A certeza da soberania divina deu-lhe serenidade para adorá-Lo no dia da perplexidade (Jó 1.20; Hc 3.17, 18). Ele tinha a consciência que a vontade divina, que é soberana, determina a nossa vinda e nossa ida neste curto período de vida (Jó 1.21; Ec 3.2). Não são poucos os que inseridos na adversidade têm dificuldade de conciliar a bondade com a onipotência de Deus. Indagam: “Se Deus é bom e pode todas as coisas, porque estou sofrendo?” C.S. Lewis, em seu livro “O problema do sofrimento”, nos fala como é difícil, ou até mesmo impossível, saber com certeza o que é bom ou mau nesta vida (Is 55.8, 9).


CONCLUSÃO

A simultaneidade de acontecimentos trágicos que sobreveio na vida de Jó não o tornou uma pessoa amarga. Ele foi vítima das incompreensões, sofreu grandes prejuízos e ainda assim não perdeu a amabilidade com o próximo e mostrou-se fiel a Deus (Jó 42.10; 1.22). Todo aquele desencadear de aflições que sucedeu em sua vida serviu-lhe de prova e aperfeiçoamento. Jó saiu da crise mais fortalecido, mais lúcido sobre Deus e sobre si mesmo (Jó 42.5, 6). Mesmo fora das fronteiras da compreensão e do amor fraternal dos parentes, amigos e conhecidos, Jó sabia com quem podia contar: Deus.


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