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ENSINAR VOCE É UM CHAMADO TAMBÉM
ENSINAR VOCE É UM CHAMADO TAMBÉM
Segundo a
PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA a palavra DOM significa presente, dádiva,
donativo; faculdade, privilegio adquirido por um modo sobrenatural. Faz parte
da natureza divina, do seu caráter e de sua essência, conceder dádivas ou dons
ao ser criado à sua imagem, conforme a sua semelhança. Existe em toda a Bíblia
Sagrada pelo menos quatorze palavras para referir-se a dons, cinco delas em
hebraico e nove em grego. Porém o Apóstolo Paulo emprega a palavra charisma,
para indicar os dons do Espírito Santo, as suas graças, gratuitamente
conferidas para obra do ministério (1 Co 12.4,9,28,30,31).
I – OS DONS
NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
No Antigo
Testamento, escrito em hebraico, há várias palavras que traduzem o sentindo de
“dom”. Dentre elas, destacaremos ‘minchach’, a mais usada, que aparece duzentas
e nove vezes, com o significado de “oferta”, “presente” (Sl 45.12; 72.10). No
Antigo Testamento, os Dons não estavam à disposição de todo o povo de Deus,
como no Novo Testamento. Eles eram concedidos a pessoas especificas, chamadas
por Deus para cumprir determinadas missões.
2. No Novo Testamento.
No Novo
Testamento, escrito em grego, a palavra “dom” assume de igual modo significados
diversos. O termo charisma é muito utilizado em estudos bíblicos, pois tem o
significado de “dons do Espírito”, concedidos pela graça de Deus, com
propósitos muitos elevados; é relacionado ao termo ta charismata, utilizado em
1 Coríntios 12.4,9,28,30,31, que tem o sentindo de “dons da graça”. Há o termo
grego ta pneumática, usado por Paulo, em 1 Coríntios 12.1; 14.1, que se refere
a “dons espirituais”. Em o Novo Testamento, os Dons de Deus estão à disposição
de todos aqueles que fazem a Igreja do Senhor Jesus, os quais devem ser usados
como ferramentas de trabalho com a finalidade de promover graça, poder e unção
à Igreja no exercício de sua missão, de forma que Cristo seja glorificado.
II – OS DONS
DE SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. Dons relacionados ao serviço cristão.
Em Romanos
12 o apóstolo Paulo aconselha a Igreja, pois, cada membro tem o seu próprio
dom. Pode ser para escrever sermões, construir casas, semear, manipular
números, tocar piano, cantar, ensinar. Seja qual for, todos o têm e é um dom,
alguma coisa em parte, que Deus lhes deu. Eles o devem a Deus. A relação de
Romanos 12:6-8 envolve sete dons, dentre eles seis estão relacionados ao
serviço cristão: 1º) Ministério (Rm 12.7); 2º) Ensinar (Rm 12.7); 3º) Exortar
(Rm 12.8); 4º) Repartir (Rm 12.8); 5º) Presidir (Rm 12.8); 6º) Exercitar
misericórdia (Rm 12.8).Por fim, qualquer que seja o dom que alguém tenha, deve
usá-lo, e o motivo de seu uso deve ser, não seu prestígio pessoal, mas a
convicção de que é ao mesmo tempo seu dever e um privilégio que Deus lhe deu para
que faça sua própria contribuição ao bem comum.
2. Conhecendo os dons espirituais.
O apóstolo
Paulo diz: “Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro,
pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a
fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de
maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e
a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.” (1
Coríntios 12.8-10). Não há crente sem dom nem crente com todos os dons (1 Co
12.29-31). O Espírito Santo é quem distribui, a fim de que não haja nenhuma
falta, necessidade ou carência na Igreja de Deus. A Bíblia registra vários
dons. Só em 1Coríntios 12:8-10 Paulo relacionou três grupos de Dons
Espirituais, a saber: Três Dons de saber (Palavra de sabedoria, Palavra de
ciência - ou conhecimento - e do Discernimento de espíritos); três Dons de
fazer (Fé, Cura e Operação de milagres); três Dons de falar (Profecia,
Variedade de línguas e Interpretação de línguas). É certo que em nenhuma deles
o objetivo de Paulo foi o de quantificar os Dons, ou seja, definir quantos são,
mas, o de qualificá-los, ou seja, discorrer sobre o objetivo e o uso correto de
cada um. O homem é apenas um instrumento, mas o poder é do Espírito Santo.
3. Acerca dos dons ministeriais.
Os Dons
ministeriais são serviços ou funções exercidos na Igreja local, como parte do
Corpo de Cristo, que é a sua Igreja. São dádivas vindas da parte de Jesus, para
o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação da
igreja. Os Dons Ministeriais são enumerados em Efésios 4.11 e 1 Coríntios
12.28,29, a saber: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. São
os dons Ministeriais propriamente dito.
III.
CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1Co
12.1-11)
1. Os dons são importantes.
Os dons
foram dados para a edificação do corpo de Cristo. Pelo exercício dos dons a
Igreja cresce de forma saudável. Assim, os dons são importantíssimos e vitais
para a Igreja. Eles são os recursos que o próprio Espírito de Deus concedeu a
Igreja para que ela pudesse ter um crescimento saudável e também suprir as
necessidades dos seus membros.
2. Diversidade dos dons.
Paulo diz:
“Ora, há diversidade de dons” (1 Coríntios 12.4). A palavra charismata vem de
charis, graça. Assim, Paulo está falando da origem dos dons. O dom espiritual
procede da graça de Deus. Nenhum homem tem competência para distribuir dons
espirituais. Essa não é uma competência humana. Os dons São originados na graça
de Deus e são ministrados, doados e distribuídos pelo Espírito Santo de Deus.
Nenhum tem competência de distribuir dons espirituais. A origem dos dons nunca
está no homem, mas sempre na graça de Deus.
3. Autossuficiência e humildade.
A Igreja de
Deus não tem espaço para disputa de prestígio. Os dons são recebidos pela graça
e não pelas obras (Rm 12.6; 1Pe 4.10). A maior prioridade é cuidar de seu
irmão. Ninguém é autossuficiente, dependemos sempre de Deus e do próximo. Não
use o dom que Deus lhe deu com orgulho, visando à exaltação pessoal. Isto é
pecado contra o Senhor e contra a Igreja!
O estudo dos
dons é de grande importância, o tema principal dos capítulos 12 a 14 de 1
Coríntios é o seguinte: os dons do Espírito Santo. Podemos subdividi-los da
seguinte forma: 1º 12.1-11: A fonte dos dons espirituais – o Espírito Santo. 2º
12.12-31: Unidade e despeito da diversidade – um Espírito, um propósito, um
corpo. 3º 12.31-13.13: Amor – o ingrediente essencial para que os dons
espirituais operem com sucesso. 4º 14.1-25: A superioridade do dom de profecia
em relação ao dom de línguas; condições e instruções para o correto uso desses
dons. 5º 14.26-40: Regras e restrições para o uso dos dons de profecia e de
línguas na casa de Deus.
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