Lições Bíblicas CPAD
Jovens 3º Trimestre de 2015
Título: Novos Tempos, Novos Desafios —
Conhecendo os desafios do Século XXI
Comentarista: César Moisés Carvalho
Lição 7: As catástrofes ambientais
Data: 16 de Agosto de 2015
TEXTO DO DIA
“Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao
justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como
ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador, ao que jura como ao que
teme o juramento” (Ec 9.2).
SÍNTESE
Diante das catástrofes ambientais,
demonstremos o cuidado do Senhor por meio da solidariedade cristã.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 7.17-24
A primeira grande catástrofe
TERÇA — Am 1.1
Terremoto no mundo antigo
QUARTA — Lc 21.11
Os fenômenos naturais no final dos
tempos
QUINTA — At 27.14
Um “pé de vento” chamado Euroaquilão
SEXTA — Mc 4.41
O vento e o mar acalmados por Jesus
SÁBADO — Ap 16.18
O último terremoto
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
·
DISSERTAR a
respeito das catástrofes naturais dos tempos bíblicos.
·
RELACIONAR algumas
das piores tragédias naturais deste novo século.
·
CONSCIENTIZAR do
papel da igreja diante das tragédias naturais.
INTERAÇÃO
Professor, como está sendo a
expectativa de seus alunos em relação aos temas abordados neste trimestre? Eles
estão motivados e interessados no estudo, na discussão, a respeito da Igreja no
século XXI? Nesta sétima lição, estudaremos algumas catástrofes ambientais
ocorridas neste século. A pergunta que ouvimos diante dos desastres naturais
acabou se tomando título de uma obra publicada pela CPAD: “Por que coisas ruins
acontecem se Deus é bom?”. Sabemos, por intermédio das Escrituras Sagradas, que
Deus não aboliu o sofrimento. Enquanto vivermos neste mundo estamos sujeitos às
intempéries desta vida. Embora Deus tenha o controle e governo da história, e
permita que alguns desastres naturais aconteçam, Ele não pode ser
responsabilizado pelo mal que temos presenciado neste século. As tragédias
ambientais não são resultado da ação divina, mas da ganância do homem, da
destruição da natureza e do descaso de alguns governantes com a vida humana.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir o segundo tópico da
lição, sugerimos que você mostre algumas figuras, extraídas de revistas antigas
ou da internet, a respeito de alguma tragédia natural recente. Peça que os
alunos observem as imagens com atenção. Em seguida faça a seguinte indagação:
“As catástrofes deste século são um sinal da vinda de Jesus?”. Ouça a todos com
atenção. Explique que a volta de Jesus poderá acontecer a qualquer momento,
pois os sinais bíblicos da sua vinda estão se cumprindo a cada dia. Contudo, o
impacto ambiental que o planeta vem sofrendo, resultado da ganância do homem
sem Deus, tem aumentado o número de tragédias ambientais. Conclua enfatizando
que a igreja não pode ficar de fora, se excluir, diante das questões ambientais
do nosso tempo, pois grande parte das catástrofes deste século, segundo os
especialistas, é resultado do aquecimento global, e os crentes também sofrem
com os danos deste aquecimento.
TEXTO BÍBLICO
Lucas 13.1-5.
1 — E, naquele mesmo tempo, estavam presentes
ali alguns que lhe falavam dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os
seus sacrifícios.
2 — E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais
vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem
padecido tais coisas?
3 — Não, vos digo: antes, se vos não
arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
4 — E aqueles dezoito sobre os quais caiu a
torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos
homens habitam em Jerusalém?
5 — Não, vos digo; antes, se vos não
arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
A lição de hoje aborda um assunto
que, neste tempo, muito tem contribuído para a descrença e o abandono da fé em
Deus. Curiosamente, não são os países assolados e as pessoas que perderam
familiares os que se revoltam contra o Criador, mas analistas que vivem
confortavelmente em regiões onde não há registros de tragédias ambientais.
Em momentos de dor, em vez de
condenarmos as pessoas, aproveitemos a oportunidade para falar do amor de
Cristo e demonstrar a todos a solidariedade cristã. Quanto a nós, estejamos
alertas aos sinais: Jesus está às portas.
I. AS TRAGÉDIAS NATURAIS DOS TEMPOS
BÍBLICOS
1. Da parte de Deus. Após
a Queda, quando a humanidade resolveu rebelar-se contra o Criador (Gn 3.1-24),
a primeira grande catástrofe deliberadamente provocada por Deus para punir a
rebeldia humana generalizada foi uma inundação de proporções inimagináveis que
dizimou todas as pessoas do mundo antigo (Gn 7.17-24), com exceção de apenas
uma família de pessoas tementes ao Criador, a família de Noé (Gn 7.13; 9.18,19).
A Bíblia também registra várias outras ocasiões em que Deus, de forma
proposital, provocou determinados fenômenos para punir o ser humano (Gn
19.24-28; Êx 7.19 — 10.29; 14.15-31; Js 10.11-14; 1Sm 5.1-12; etc.).
2. Permitidas por Deus. As
Escrituras Sagradas registram tragédias sem que estas necessariamente tenham
sido realizadas pela vontade diretiva de Deus com a finalidade de punir alguém,
ou seja, elas foram apenas permitidas pelo Senhor (Jó 1.18,19; At 27.13-15).
3. Por ação maligna. Satanás,
ou alguém usado por ele, não detém poder em si mesmo, e sua atuação só se dá
por permissão divina e fica circunscrita à vontade de Deus (Jó 2.3-7; Jo
10.17,18; 19.9-11). Evidentemente que isso não significa que devamos ignorá-lo
ou subestimá-lo (2Co 2.10b,11).
Pense!
É possível diferençar “vontade
diretiva” de “vontade permissiva” de Deus?
Ponto Importante
As tragédias ocorridas no mundo antigo
trazem uma lição contundente: Somos frágeis e dependentes de Deus.
II. TRAGÉDIAS NATURAIS DESTE NOVO SÉCULO
1. O tsunami asiático. A
mais chocante catástrofe natural deste século foi, sem dúvida, o Tsunami do sudeste
asiático, em dezembro de 2004. Esse maremoto atingiu onze países, fazendo com
que cidades inteiras sumissem instantaneamente. Foram mais de 300 mil vitimas.
Ao lembrar-se desse triste acontecimento, é impossível não recordar as
profecias de Cristo quanto aos últimos dias.
2. Terremotos e furacões. No
primeiro ano do novo século, 2001, com um intervalo exato de um mês entre si,
El Salvador sofreu dois violentos terremotos, matando 3.100 pessoas. No mesmo
ano, em 26 de janeiro, um tremor em Gujarat, Índia, fez mais de 20 mil vítimas.
Em 2002, também houve abalos sísmicos, mas no final de 2003, um terremoto no
Irã matou mais de 31 mil pessoas. O ano de 2005 foi marcado por violentos
furacões, a exemplo dos Katrina e Ofélia.
Algo que chama a atenção é que há
mais de setenta anos não ocorriam tantos abalos sísmicos. Os terremotos no Irã,
na Indonésia, na Índia e no Paquistão também aconteceram em 2005, sendo que
nesses dois últimos países o total de mortos ultrapassou a casa dos 75 mil.
Assim, o ano de 2005 entrou para a história como um dos piores em relação a
catástrofes naturais. As tragédias se intensificaram nos anos que se seguiram,
sendo que, em 2010, o terremoto no Haiti ceifou mais de 200 mil vidas,
arruinando uma nação em que a pobreza já assola de forma assustadora.
Um mês após o terremoto que devastou
Porto Príncipe, foi a vez do Chile. Apesar de não gerarem notícia, por serem
considerados de “menor tamanho”, só no último ano da primeira década do século
21, foram registrados 373 desastres naturais que resultaram na morte de quase
300 mil pessoas. Terremotos e outros desastres, inclusive no Brasil, demonstram
a fragilidade humana diante da fúria da natureza que “geme e está juntamente
com dores de parto até agora” (Rm 8.22). Estamos vivendo dias difíceis.
3. Deslizamentos. O
Brasil quase nunca aparecia em manchetes relacionadas a tragédias naturais,
salvo algumas enchentes que atingiram grande parte do suL, sudeste e até o
norte do país e viraram notícia. Surpreendentemente, no início de 2011, fortes
e intensas chuvas castigaram a região serrana do Estado do Rio de Janeiro,
provocando a maior tragédia da história do país. O número de mortos passou de
900, sendo que mais de 7 mil pessoas ficaram desabriqadas e quase 5 mil
desalojadas.
Pense!
A intensidade com que tragédias
naturais se abatem sobre o mundo, além de ser um sinal da Vinda de Cristo,
demonstra também o quê?
Ponto Importante
Mesmo com o espantoso volume do saber
atual, as tragédias que devastaram países nesse novo século apontam para a
verdade de que o ser humano, e o universo, dependem de Deus.
III. AS MÁS AÇÕES HUMANAS COMO CAUSAS DE
ALGUMAS TRAGÉDIAS
1. O pecado na origem de todos os
males. Se por um lado não há dúvida de que a Queda é a
grande responsável por todos os males que acontecem (Rm 8.19-23), por outro, é
obrigatório refletir a respeito do fato de que a falta de responsabilidade do
ser humano, sobretudo, por causa de sua ambição desenfreada não ter limites,
também é um dos principais fatores que ocasionam algumas tragédias. Dois
exemplos ilustram perfeitamente essa verdade.
2. A tese do aquecimento global. É
compreensível e até legítimo que as tragédias chamem a atenção de analistas para
pensar as possíveis causas dos desastres naturais. Existem diversas teorias,
dentre as quais a mais famosa é a do aquecimento global, ou seja, a tese,
segundo a qual, o aumento da temperatura terrestre de todo o planeta,
originou-se, segundo alguns cientistas, principalmente pela utilização humana
de combustíveis fósseis. Existem também muitos pontos de vista contrários a
essa conclusão, sendo que alguns chegam a dizer que não existe aquecimento
global algum.
3. O impacto ambiental. O
impacto ambiental — representado pela poluição, o desmatamento e a falta de
planejamento urbano — é fruto da ganância humana, originada na Queda, fazendo
com que a busca desenfreada pelo “ter” destrua o planeta (Pv 27.20; Dt 20.19;
Pv 12.10). É inegável que tal irresponsabilidade com a administração dos
recursos naturais também contribui para a ocorrência de muitas tragédias.
Pense!
Atribuir todas as tragédias
ambientais à desobediência do casal progenitor não é algo que nos torna
irresponsáveis diante do cuidado com a natureza?
Ponto Importante
Conhecer mais acerca do aquecimento
global e do impacto ambiental provocados pelo ser humano é uma atitude sábia,
pois mostra a nossa responsabilidade no cuidado ou no trato com a terra.
IV. O PAPEL DA IGREJA DIANTE DAS
TRAGÉDIAS NATURAIS
1. As respostas teológicas para as
causas dos desastres. Para situar corretamente os casos de calamidade
social, é preciso sempre relacioná-las com a Queda, ou seja, ao pecado original
(Gn 3.15-17), à rebelião humana que submeteu a criação (Rm 8.18-23) como um
todo, aos infortúnios e revezes que, de forma contingencial, atingem
indiscriminadamente a todos (Ec 9.1,2).
O texto da Leitura Bíblica em Classe
é um exemplo claro de que a adversidade atinge a todos, seja por crueldade, no
caso dos galileus (Lc 13.1), seja por fatalidade, no caso dos 18 judeus (Lc
13.4). Aos que assistem, em vez de ficar buscando uma causa teológica ou
relacionando o infortúnio diretamente ao pecado pessoal, Jesus advertiu-os a se
arrependerem para que não venham a perecer, de igual modo, em seus pecados (Lc
13.3.5).
2. As tragédias ambientais e a Vinda
de Cristo. Inundações, terremotos, enchentes e furacões sempre
aconteceram ao longo da história. No entanto, devido à brevidade cada vez menor
entre um e outro desastre natural, podemos perceber que tais acontecimentos prenunciam
a Vinda de Cristo (Mt 24.7,8,29). Isso, contudo, não justifica a postura
aventureira de alguns que vivem a fazer predições, tendo até mesmo a audácia de
“marcar data” para o retorno do Senhor. Tal postura é incorreta, pois o próprio
Jesus Cristo a desaprovou (At 1.4-7).
3. O papel da Igreja diante das
catástrofes naturais. Diante da inevitabilidade das catástrofes atuais, o
papel da Igreja é estender a mão aos necessitados, ajudando as famílias e
demonstrando o amor de Deus (Mt 5.42; Lc 6.35; Tg 2.14-20; 1Jo 3.17,18). O
Corpo de Cristo tem ainda a nobre função de proclamar a esperança escatológica
de uma restauração divina, ou seja, os novos céus e a nova terra, onde não mais
haverá catástrofes ambientais e muito menos a ganância humana que tanto tem
prejudicado a natureza (Is 65.17; 2Pe 3.13; Ap 21.1).
Além disso, ao povo de Deus compete a
tarefa de ensinar a sociedade como cuidar da criação que o Eterno Deus
confiou-nos. Se o mundo não tem essa consciência, cabe à Igreja de Cristo
desenvolvê-la.
Pense!
Você acha que a Igreja deve instruir
a sociedade a respeito do cuidado que todos devemos ter com a terra?
Ponto Importante
É grande a responsabilidade da Igreja
na educação do mundo a respeito do cuidado com a natureza.
CONCLUSÃO
É imprescindível que a igreja não se
esqueça de que, a cada dia, aproxima-se a Vinda do Senhor Jesus. Mas, enquanto
aqui estiver, o Mestre ordena que ela faça a sua obra (Mt 28.19,20). Que amemos
a Vinda de Cristo, mas também salvemos alguns, arrebatando-os do fogo (2Tm 4.8;
Jd 23).
ESTANTE DO PROFESSOR
CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã: Aprenda
como Servir Melhor a Deus. 1ª Edição. RJ: CPAD. 2003.
COLSON, CharLes; PEARCEY, Nancy. E agora, como viveremos? 2ª Edição. RJ: CPAD. 2000.
COLSON, CharLes; PEARCEY, Nancy. E agora, como viveremos? 2ª Edição. RJ: CPAD. 2000.
HORA DA REVISÃO
1. Quais
as três causas dos desastres naturais, segundo a Bíblia?
Deliberadamente realizadas por Deus; permitidas por Deus e por ação
maligna.
2. Satanás
é o causador das catástrofes naturais? Por quê?
O Diabo, ou alguém usado por ele, não detém poder em si mesmo, e sua
atuação só se dá por permissão divina e fica circunscrita à vontade de Deus.
Evidentemente que isso não significa que devamos ignorá-lo ou subestimá-lo.
3. Você
acha que as tragédias naturais desse novo século são fruto da ira divina? Por quê?
Resposta pessoal.
4. Excetuando
a tese do aquecimento global, qual é a principal causa das catástrofes
ambientais?
O impacto ambiental, representado pela poluição, o desmatamento, e a
falta de planejamento urbano, causado pela ganância do homem.
5. Qual
o papel da Igreja diante das adversidades que acometem aqueles que são
atingidos por desastres?
O papel da igreja é estender a mão aos necessitados, ajudando as
famílias e demonstrando o amor de Deus.
SUBSÍDIO
“Desenvolvimento
sustentável, o desafio da preservação
Na verdade, a expressão
‘desenvolvimento sustentável’ é o fruto da necessidade e a preocupação dos
governos mundiais com a preservação das fontes de vida na terra. Nestes tempos
modernos, deveria a igreja se preocupar com esse tema? Não seria assunto apenas
para os políticos? É claro que não! Esse é um assunto que deve preocupar a
Igreja, porque como Igreja somos ‘o sal da terra e a luz do mundo’ (Mt
5.13,14). No mundo inteiro, congressos e ‘fóruns’ internacionais tem se
realizado em vários pontos do planeta visando promover uma nova consciência
ecológica nos povos e nos governos mundiais.
O vislumbre sonhado pelos ecologistas
é que o desenvolvimento sustentável deve ser a base da construção da
humanidade. Ora, o que é ‘desenvolvimento sustentável’ senão um modo de
utilizar os recursos naturais disponíveis sem destruí-los? A Igreja não pode
omitir-se do papel de guardiã dos oráculos de Deus, que ensinam a preservar as
fontes vitais de subsistência” (CABRAL, Elienai. Mordomia
Cristã: Aprenda como Servir Melhor a Deus. 1ª Edição. RJ: CPAD. 2003, p.35).
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PAZ DO SENHOR
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