METODOLOGIAS DE ENSINO APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO:
O presente texto trará uma
abordagem teórico-prática dos métodos de aprendizagem na prática docente, e tem
por finalidade propiciar aos professores das Escolas Bíblicas Dominicais, uma
reflexão de suas referidas práticas pedagógicas, bem como, trazer sugestões que
poderão ser aplicadas em suas ações docentes em sala de aula. É dever do
professor conhecer a fundo não só a matéria que vai ensinar, mas também como
ensiná-la; é aqui que os métodos prestam o seu serviço.
1. CONCEITO DE MÉTODO E
METODOLOGIA
1.1. Método
Deriva-se de duas palavras gregas
metas, “fim”, e hodos, “caminho”, trata-se, portanto do caminho determinado
para se alcançar um fim. Poderíamos ainda definir como a maneira de se realizar
uma tarefa. Essa tarefa pode ser ministrar uma aula de Escola Dominical.
1.2. Metodologia
É a ciência que estuda os
métodos, ou seja, é o estudo detalhado dos métodos. Ela está dividida em
Metodologia Geral e Metodologia Especial.
1.2.1. Metodologia Geral - É
aquela que trata dos princípios do método, aplicáveis a qualquer conhecimento
humano. Ela pode ser classificada em Dedutiva e Indutiva.
Dedutiva - É aquela que parte do
geral para o particular.
Indutiva - É aquela que parte do
particular para o geral.
1.2.2. Metodologia Especial - É
aquela que trata dos problemas metodológicos de algum campo do conhecimento em
particular. Ela apresenta dois tipos de métodos: os dogmáticos e os
heurísticos.
Métodos dogmáticos - São os que
consistem na exposição do professor, enquanto o aluno ouve, silenciosamente.
Métodos heurísticos - São aqueles
em que o aluno participa da aula, trabalha, faz pesquisas.
2. ELEMENTOS PRESENTES EM TODA
CLASSE DE ESCOLA DOMINICAL
2.1. O Espírito Santo.
A presença e a influência do
Espírito Santo é algo necessário em todo processo pedagógico, negligenciar o
ministério do Espírito Santo no ensino é desprezar um dos aspectos mais
importantes da educação cristã. Quantos professores negligenciam a obra do
Espírito Santo, confiando apenas em seus métodos. Para ensinarmos em uma escola
secular precisamos apenas de uma boa pedagogia, mas na Escola Bíblica Dominical
precisamos também da capacitação divina (2 Co 3.5), pois estamos tratando de
necessidades intelectuais e espirituais que só o Espírito Santo conhece.
É necessário, porém destacarmos
que ensinar é um processo divino-humano, assim é importante também que o
professor faça a sua parte, preparando-se espiritualmente, mas também
materialmente, pois um professor que se utiliza de princípios pedagógicos
adequados, estará mais bem preparado para ser uma ferramenta afiada nas mãos de
Deus. Despreparo material não é símbolo de espiritualidade e sim de
negligência.
2.2. Os alunos.
São aqueles que estão na sala de
aula para aprenderem à matéria. Os alunos são os elementos de grande
importância da Escola Bíblica Dominical. A Escola existe por causa deles.
2.3. O assunto a ser estudado.
É todo o conteúdo a ser
aprendido. É aquilo que deverá ser transmitido aos alunos.
2.4. O método.
É a maneira através da qual o
assunto será ensinado. É o caminho para atingir um alvo.
2.5. O Professor.
É o responsável em conduzir o
aluno ao aprendizado.
3. FINALIDADE DOS MÉTODOS DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
É adaptar a lição ao aluno. Nunca
ao contrário.
4. O USO DOS MÉTODOS DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
Uma aula apresentada normalmente
deve ter uma combinação de dois ou três métodos, nunca um só. Jesus também
ensinou usando métodos, mas, é preciso saber que os métodos somente não
resolvem, é preciso que o professor tenha também uma vida no altar de Deus para
que o ensino possa surtir o efeito desejado. Outra coisa importante sabermos é
que não existe um “método padrão”, o melhor método de ensino é aquele que possa
alcançar o aluno e atender as características individuais ou grupais de cada
faixa etária.
5. A ESCOLHA E A COMBINAÇÃO
DOS MÉTODOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM
A escolha do método depende de
vários fatores, tais como:
5.1. O grupo de idade.
Cada grupo de idade tem suas
características próprias, variando conforme seu desenvolvimento físico, mental,
social e espiritual. Assim, os métodos devem estar em conformidade com o seu
grupo de idade.
5.2. O material que vai ser
usado.
Temos hoje no mundo moderno os
mais variados tipos de materiais que poderão ser utilizados no ensino.
5.3. A habilidade do professor.
É preciso que o professor saiba
utilizar bem os métodos, como também esteja bem preparado a fim alcançar o
objetivo da lição.
5.4. O tempo disponível.
No preparo e exposição da lição
deve-se levar em conta o tempo que o professor terá a sua disposição.
5.5. O tamanho do grupo.
Há, por exemplo, métodos que só
dar para ser utilizado em uma classe pequena, outros em classe maior.
5.6. As instalações de ensino da
escola.
Não se deve jamais aplicar
determinados tipos de métodos em ambiente que não ofereçam condições para isso.
Os métodos de ensino afetam os
sentidos físicos, os quais são meios de comunicação da alma com o mundo
exterior. É por meio desses sentidos que a alma explora o mundo em volta de si,
bem como recebe suas impressões.
Na próxima semana estaremos
fazendo a classificação dos métodos de ensino-aprendizagem e detalhando cada um
deles.
OS MÉTODOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM
(continuação)
Os métodos de
ensino-aprendizagem afetam os sentidos físicos, os quais são meios de
comunicação da alma com o mundo exterior. E por meio deles que ela explora o
mundo em volta de si, bem como recebe suas impressões. A partir desta semana
estaremos classificando alguns deles:
1. Método
de exposição verbal ou aula expositiva. Também chamado de preleção. (Mt
5.1,2 - ARC; Lc 4.22). Nunca deve ser usado só. Em combinação com outros
métodos, como Jesus usou, é de grande valor no ensino. Sozinho, tem mais
desvantagens do que vantagens.
Neste método, os
conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentadas, explicadas ou
demonstradas pelo professor. A atividade dos alunos é receptiva, embora não
necessariamente passiva. O método expositivo é bastante utilizado em nossas
escolas, apesar das críticas que lhe são feitas, principalmente por não levar
em conta o princípio da atividade do aluno. Entretanto, se for superada esta
limitação, é um importante meio de obter conhecimentos. A exposição lógica da
matéria continua sendo, pois, um procedimento necessário, desde que o professor
consiga mobilizar a atividade intenda do aluno de concentrar-se e de pensar, e
a combine com outros procedimentos, como o trabalho independente, a conversação
e o trabalho em grupo.
Entre as formas de
exposição, mencionamos a exposição verbal, a demonstração, a ilustração e a
exemplificação. Essas formas, em geral, podem ser conjugadas, possibilitando o
enriquecimento da aula expositiva.
A exposição verbal ocorre
em circunstâncias em que não é possível prover a relação direta do aluno com o
material de estudo. Sua função principal é explicar de modo sistematizado
quando o assunto é desconhecido ou quando as ideias que os alunos trazem são
insuficientes ou imprecisas. A palavra do professor, em muitos casos, serve
também como força estimuladora para despertar nos alunos uma disposição
motivadora para o assunto em questão. Nesse caso, o professor estimula
sentimentos, instiga a curiosidade, relata de forma sugestiva um acontecimento,
descreve com vivacidade uma situação real, faz uma leitura expressiva de um
texto etc.
A explicação da matéria
deve levar em conta dois aspectos: proporcionar conhecimentos e habilidades que
facilitem a sua assimilação ativa e desenvolver capacidades para que o aluno se
beneficie da exposição de modo receptivo-ativo.
A exposição do professor
pode conjugar-se com a exposição do aluno, a partir de um certo momento da
escolarização. A exposição ou relato de conhecimentos adquiridos ou de
experiências vividas é um exercício útil para desenvolver a relação entre o
pensamento e a linguagem, a coordenação de ideias e a sistematização de
conhecimentos.
A demonstração é uma forma
de representar fenômenos e processos que ocorrem na realidade. Ela se dá seja
através de explicações em um estudo do meio (excursão), seja através de
explicação coletiva de um fenômeno por meio de um experimento simples, uma projeção
de slides. Por exemplo, explicar o processo de germinação de uma planta
mostrando por que e como se desenvolveu um grão de feijão.
A ilustração é uma forma
de apresentação gráfica de fatos e fenômenos da realidade, por meio de
gráficos, mapas, esquemas, gravuras etc., a partir dos quais o professor
enriquece a explicação da matéria. Aqui, como na demonstração, é importante que
os alunos desenvolvam a capacidade de concentração e de observação.
A exemplificação é um
importante meio auxiliar da exposição verbal, principalmente nas séries
iniciais do ensino de 1.° grau. Ocorre quando o professor faz uma leitura em
voz alta, quando escreve ou fala uma palavra, para que os alunos observem e
depois repitam. Ocorre, também, quando ensina o modo correto de realizar uma
tarefa: usar o dicionário, consultar o livro-texto, organizar os cadernos,
preparar-se para uma prova, observar um fato de acordo com normas e tirar
conclusões, fazer relações entre fatos e acontecimentos etc.
O método de exposição
verbal ou aula expositiva, do modo como o descrevemos, é um procedimento
didático valioso para a assimilação de conhecimentos. Se o conteúdo da aula é
suficientemente significativo para canalizar o interesse das crianças, se
vincula-se com conhecimentos e experiências que os alunos trazem, se os alunos
assumem uma atitude receptivo-ativa, a exposição verbal deixa de ser
simplesmente um repasse de informações.
Entretanto, sendo a aula
expositiva um método muito difundido em nossas escolas, toma-se necessário
alertar sobre práticas didaticamente incorretas, tais como: conduzir os alunos
a uma aprendizagem mecânica, fazendo-os apenas memorizar e decorar fatos,
regras, definições, sem ter garantido uma sólida compreensão do assunto; usar
linguagem e termos.
-Como usar a técnica:
a. Conhecer a amplitude do
problema a ser debatido, fixando as linhas de discussão e o tempo disponível
para a reunião;
b. Estabelecer um ambiente
informal que facilite a comunicação e a cooperação entre os membros;
c. Interpretar a técnica a
ser usada na reunião;
d. Escolher um encarregado
para fazer as anotações e registros das ideias apresentadas;
e. esclarecer que são
normas da discussão livre:
f. As ideias têm de ser
expressas sem qualquer limitação quanto às possibilidades de execução;
g. As
ideias só serão rejeitadas se não se relacionarem com o assunto em discussão,
ou seja, podem ser desenvolvidas e detalhadas, mas não restringidas.
-Use este método...
1. Quando tiver tempo
suficiente.
2. Para treinar a resolver
problemas.
3. Para ajudar a formar
pensamento lógico.
4. Quando um problema
estiver devidamente esclarecido.
5. Quando um problema
tiver de ser definido.
6. Para despertar
eficiência na solução de problemas.
7. Quando o líder tiver
habilidade suficiente para usar o método.
8. Quando
o grupo for pequeno, para que todos tomem parte.
-Vantagens
1. Incita pensamento
lógico.
2, Incita análise
completa.
3. Pode ser empregado para
diversos tipos de problema.
4. Incita alto grau de
concentração aos membros do grupo.
5. Desenvolve habilidade
em identificar problemas.
-Limitações
1. Gasta bastante tempo.
2. Requer liderança
habilidosa.
3. É difícil usá-lo com
grandes grupos.
4. Requer conhecimento de
causa por todos os membros do grupo.
5. Pode estender o assunto
por vários períodos de discussão.
Métodos de Ensino 2
São equipes formadas pelo professor antes da apresentação de um assunto,
compostas de pelo menos três alunos. Cada grupo deve ser orientado a ouvir a
exposição de um assunto com específicas observações em mente. A pessoa que
expõe pode ser o professor ou um aluno previamente escolhido e preparado.
Depois, cada equipe apresenta o resultado das observações previamente
determinadas.
Use este método.
1. Quando importantes ideias puderem de outra maneira passar despercebidas
2. Quando vários aspectos de um problema necessitarem de ênfase
3. Quando o grupo for grande
4. Para dar direção à discussão
5. Para apresentar informação
Vantagens
1. Pode ser usado com grupos grandes ou pequenos
2. Destaca certas ideias à parte do todo
3. Dá aos ouvintes um propósito específico
4. Desenvolve a atenção
5. Orienta ordenadamente as observações
6. Cria interesse
7. Permite a participação de todos os membros do grupo
8. Estimula a discussão que se segue
9. Reduz a possibilidade de uma pessoa ou grupo dominar a discussão
10. Dá ao líder a possibilidade de considerar interesses dos membros do
grupo
11. Provê repetição através da informação das observações
Limitações
Os observadores podem apenas prestar atenção aos pontos que foram
solicitados a observar
Tende a depreciar o todo
Limita o intercâmbio de ideias
4. Método Explosão de ideias ou Tempestade Metal
No ensino escolar essa técnica pode ser usada como estratégia. Em cada início
de assunto pode-se colocar em prática. A execução ocorre a partir de
questionamentos realizados no início de cada tema da lição. O conjunto de
perguntas deve ser respondido pelos alunos de forma oral, baseados nas
experiências e nos conhecimentos adquiridos ao longo da vida. Tudo que eles
forem expressando deve ser anotado no quadro, pois cada palavra registrada será
usada como ponto de partida para o conhecimento do conteúdo que se pretende
estudar.
Durante as anotações todas as frases e palavras devem ser consideradas, o
ideal é que todos participem e exponham sua opinião. Logo após o professor
analisa cada opinião sem constranger nenhum aluno nos comentários, mesmo que
não tenha nenhuma ligação o que foi expresso.
Esse tipo de dinâmica é importante, pois o aluno expõe seus conhecimentos
adquiridos ao longo de sua vida. Além de fazer com que o aluno se posicione
diante de um determinado tema, respeite as ideias do colega e também exercite a
prática da participação no cotidiano das aulas.
Use este método. . .
1. Para encorajar pensamento criativo
2. Para encorajar participação
3. Para determinar possíveis soluções para problemas
4. Em conexão com outros métodos
5. Para encorajar apresentação de novas ideias
6. Para criar um ambiente cordial e sentimento fraternal no grupo
Vantagens
1. Desperta novas ideias
2. Dá oportunidade para participação de todos
3. Produz espontaneidade de ideias
4. Não gasta muito tempo
5. Pode ser usado com grandes grupos
6. Não requer necessariamente uma liderança altamente habilidosa
7. Requer pouco equipamento
Limitações
1. Pode facilmente fugir do assunto focalizado
2. Torna-se indispensável uma avaliação das ideias sugeridas
3. Os membros não compreendem logo que qualquer ideia é legítima para se
considerar
4. As pessoas tendem a começar a avaliação imediatamente após a
apresentação de uma ideia
FONTE ESCRIBA DIGITAL
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