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terça-feira, 21 de julho de 2015
lições biblicas Betel o milagre 3 trim-2015 n.4 26/7/2015
O Milagre da Filha de Jairo
Texto Áureo
Textos de Referência.
Marcos 5.22-24, 35-36.
22 E eis que chegou um dos
principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés,
23 E rogava-lhe muito, dizendo:
Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que
sare, e viva.
24 E foi com ele, e seguia-o uma
grande multidão, que o apertava.
35 Estando ele ainda falando,
chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está
morta; para que enfadas mais o Mestre?
36 E Jesus, tendo ouvido essas
palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
INTRODUÇÃO
Jairo era líder de uma sinagoga.
Foi um homem que abandonou tudo, até mesmo seus conceitos religiosos e se
dispôs a ir até Jesus em busca de uma solução para a enfermidade de sua filha
(Mc 5.22).
1. Jairo, o líder de uma
sinagoga.
Ao chegar diante de Jesus, Jairo
lhe faz um pedido de socorro que comove o coração de Jesus. Ele diz: “Minha
filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos, para que sare,
e viva” (Mc 5.23). Sua afirmação revela a fé pelo qual foi até Jesus em busca
de um milagre.
1.1. Deixando de lado a
religiosidade.
Pedir ajuda a Jesus publicamente
não foi para Jairo uma fácil tarefa, visto que os líderes religiosos que se
opunham a Cristo certamente não aprovariam essa atitude, nem mesmo os líderes
da sinagoga. Aquilo que Jesus havia feito e ensinado na sinagoga havia
provocado a ira dos escribas e fariseus, alguns dos quais provavelmente eram
amigos de Jairo. Porém como tantas outras pessoas que se aproximaram de Jesus,
Jairo estava desesperado. Preferia perder os amigos a perder sua filha (Mc
5.23).
1.2. Jairo, o principal da
sinagoga.
Jairo era o chefe administrativo
da sinagoga. Ele era responsável pela direção dos serviços, presidia a junta de
anciãos e zelava pelo bom funcionamento da sinagoga. Era responsável pela
atribuição de obrigações e de cuidar que fossem levados a cabo com toda
correção e em ordem. O principal da sinagoga era um dos homens mais importantes
e mais respeitados da comunidade (Lc 8.41). Jairo nos chama a atenção porque
prostrar-se aos pés de Jesus diante de uma multidão representava um
significativo ato de adoração e respeito. Era um público pedido de ajuda e uma
declaração de que somente Jesus tinha a solução (Mt 21.22; Mc 1.15; 5.22, 23).
1.3. Duas grandes realidades.
Estes versículos nos ensinam duas
grandes realidades. A primeira é que a posição de autoridade não isenta ninguém
de ser atingido pela tristeza. Jairo era um “dos principais da sinagoga”. Mesmo
assim, a enfermidade e a tristeza invadiram seu lar. Ele provavelmente tinha
riquezas e toda ajuda médica que essas riquezas pudessem obter. No entanto, o
dinheiro não pode manter a morte longe de sua filhinha. A morte chega tanto aos
palácios quanto as comunidades; tanto aos ricos quanto aos pobres. A morte não
tem a menor cerimônia. Fechaduras e barras de ferro não podem impedi-la de
entrar (Hb 9.27). A segunda foi dita pelo próprio por Jairo em sua súplica:
“Jesus pode dar vida, pois somente Ele tem a chave da morte” (Mc 5.23; Ap 1.18).
2. Alcançando milagres.
Enquanto Jairo se aproxima de
Jesus e relata o que estava acontecendo com sua filha, a multidão começou a
apertá-los e, durante o tempo em que Jesus socorria a mulher do fluxo de
sangue, Jairo é informado que sua filha havia morrido e que deveria parar de
incomodar o Mestre (Mc 5.35).
2.1. Quando tudo parece
contrário.
Ao recorrer a Jesus, a situação
da filha de Jairo era descrita como uma grave enfermidade, mas a notícia de sua
morte acontece no momento em que Jesus está prestes a atendê-lo. Primeiro, a
multidão; depois o tempo gasto na cura da mulher; e, agora que parecia tudo
caminhar para a solução, essa indesejável notícia. Os acontecimentos nos levam
a crer que Jesus permitiu que o tempo acabasse para Jairo. Mas, por que o fez?
O que esperava ver em Jairo? O mesmo que espera ver em nós para que milagres se
tornem coisas normais em nossos dias: uma esperança que se estenda além dos
portais da morte que ultrapasse o limite da desesperança (Rm 4.17, 18).
2.2. Ele tem a última palavra.
Jesus não era tão fácil como
oferecemos hoje em dia para as pessoas. Não era qualquer pessoa que o convencia
a entrar em sua vida (casa) e Jairo teve que ir até as últimas para alcançar o
bem que desejava. Alguns teólogos afirmam que as palavras de Jairo soavam como
uma ordem, visto que era um líder conceituado e, talvez, por isso, tenha
chegado a tais circunstâncias (Mc 5.22, 23). Jairo era o contraste, um nobre em
meio à plebe, porque não eram os nobres e afortunados que rodeavam Jesus em busca
de um milagre. Quando se acabam as esperanças, Jairo não tem mais motivos para
dirigir os passos de Jesus. Então, o Mestre é quem se oferece, dizendo: “Não
tenha medo, apenas acredite. “ (Mc 5.39).
2.3. Ela apenas dorme.
Jairo recebeu uma notícia
definitiva que acaba de vez com todas as suas esperanças: “Estando ele ainda
falando, chegou um dos do príncipe da sinagoga, dizendo: A tua filha está
morta, não incomode o Mestre” (Lc 8.49). Quantas vezes, quando estamos perto de
Jesus e prestes a alcançar um milagre pelo qual tanto lutamos e nos humilhamos,
não recebemos tristes notícias como essa? “O teu ministério morreu, acabou; o
teu filho morreu; seu casamento acabou. Acabaram suas esperanças, foi melhor
assim”. Entenda que Jesus nunca desiste das nossas vidas. Tenha em mente que
todas essas palavras não significam absolutamente nada para Jesus. Ele é a vida
ressurreta para tudo aquilo que achamos estar morto (Mc 5.36).
3. Desafiando o poder da morte.
Quando tudo parecia perdido,
Jesus se dispõe a ir à casa de Jairo, dizendo-lhe que a menina apenas estava
dormindo. Naquele dia, Jairo e toda sua família iriam presenciar algo maior que
a cura da enfermidade de sua filha. Eles a veriam retornar de entre os mortos
(Mc 5.41).
3.1. Ele ouviu toda a conversa.
“E Jesus, tendo ouvido estas
palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.” (Mc 5.36).
Jesus estava atento ao que acontecia com Jairo e, antes que a desesperança
tomasse conta de todo o seu ser, Ele resolveu entrar em sua história e mudar
todo o veredito contrário de sua vida. Isso também acontece em nossos dias.
Nossa vida não difere muita da de Jairo, principalmente quando as coisas
resolvem fugir do nosso controle, quando parece que Jesus ouve a todos, menos a
nós. No entanto, devemos crer que Ele não mudou e que, com esse mesmo poder,
vira em nosso auxílio (Sl 46.1).
3.2. Menina, a ti te digo,
levanta-te.
Segundo o relato do Dr.
Lightfoot, descrito por William Barclay, somos informados que era costume dos
médicos, ao ministrarem remédios para alguém, dizer: “Levante-se desta doença”.
Em outras palavras, era como se dissessem: “Nós desejamos que você consiga se
levantar”. A diferença entre a medicina humana e a divina é que Jesus curava
apenas pela palavra proferida. E, não somente isso, Sua autoridade era tão
poderosa e efetiva que até dos mortos uma pessoa voltava à vida. Jairo esperou,
mas não voltou para casa sem trazer consigo a solução (Mc 5.36-42).
3.3. Ação antes do milagre.
Jesus já havia preparado o
espírito de Jairo para crer, quando expôs publicamente a cura da mulher do
fluxo de sangue. O problema era convencer as pessoas que estavam na casa de
Jairo. Aqueles homens e mulheres pensavam que Jesus não sabia o que estava
fazendo, quando Ele lhes pediu calma, ao dizer que a situação estava sob
controle (Mc 5.39). É preciso compreender que os risos representam a
incredulidade. Por esta razão, Jesus expulsou a todos. O Mestre permitiu que
ficasse no ambiente somente aqueles que estavam no mesmo nível de fé que Ele
estava (Mc 5.40).
CONCLUSÃO
Aprendemos
nesta lição que nosso Senhor Jesus entrou na casa de Jairo para dar vida. Quem
sabe não estejamos precisando de uma visita como essa em nossos lares? Existem
muitas coisas em nossas casas que morreram com o passar dos tempos e que
precisam ressuscitar outra vez (Jo 11.25).
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