ESCOLA DOMINICAL -
Conteúdo da Lição 5
O Milagre do Perdão
2 de agosto de 2015
Texto Áureo.
“Aqueles a quem
perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes
são retidos”. João 20.23
Verdades Aplicadas.
A pessoa incapaz de
perdoar destrói a ponte pela qual ele mesma deveria passar.
Textos de Referência.
Lucas 7.44-47
44 E, voltando-se para a
mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste
água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas e os enxugou com os
cabelos de sua cabeça.
45 Não me deste ósculo,
mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.
46 Não me ungiste a
cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.
47 Por isso, te digo que
os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem
pouco é perdoado pouco ama.
INTRODUÇÃO
Perdoar é a decisão moral
de remover o ódio abrigado em nosso próprio coração. Jesus não disse que
perdoar seria uma tarefa fácil. Se aprendermos a orar pelos nossos inimigos,
então poderemos fazer todo o restante (Mt 5.44).
1. Entendendo o conceito
do perdão.
Todo ser humano é falho,
imperfeito e sujeito a erros. Mais cedo ou tarde isso acontecerá. E quando
acontecer, o que faremos? Como agiremos? Consertaremos ou deixaremos como está?
Perdoar é possível e, se aprendermos o que significa, tanto evitaremos quanto
iremos reparar sérios transtornos.
1.1. O conceito de Amós.
Para os rabinos, uma
pessoa deveria ser perdoada no máximo até três vezes e, se houvesse
transgressão na quarta, o tal deveria ser castigado. Eles se agarravam ao
conceito de Amós. “Por três transgressões e por quatro” (Am 1.3, 6,9,11,13;
2.1,4,6). Não se podia imaginar que um homem fosse mais piedoso do que Deus.
Dessa maneira, se limitava o perdão a três ofensas. O que Jesus ensinou a Pedro
sobre perdoar setenta vezes sete coloca um fim em regras humanas, demonstrando
claramente que o perdão é possível e que não existe limite para se perdoar toda
e qualquer ofensa (Mt 18.22). A falta de perdão além de produzir danos
irreparáveis à nossa alma, ainda nos torna inimigos de Deus (Mt 6.15).
1.2. Quem não perdoa não
é perdoado.
Uma lição que percorre
todo o Novo Testamento é que o homem deve perdoar para ser perdoado (Jo 20.23).
Quem não perdoa a seu próximo, não pode pretender que Deus o perdoe.
“Bem-aventurados os misericordiosos”, disse Jesus, “porque eles alcançarão
misericórdia” (Mt 5.7). Depois de ensinar Sua oração aos homens, Jesus ampliou
uma das petições nela contida: “Porque, se perdoardes aos homens as suas
ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos
homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt
6.14, 15).
1.3. Os malefícios da
falta de perdão.
No ano de 1999, o Dr.
Fred Luskin criou o projeto da universidade de Stanford para o perdão. Ele
visava o impacto das emoções negativas, como raiva, mágoa e ressentimento no
sistema cardíaco, causados pela ausência do perdão. Luskin descreve o perdão
como sendo uma forma de se atingir a calma e a paz, tanto com o outro quanto
consigo mesmo. Ele afirma que o perdão reduz a agitação que leva a problemas
físicos; reduz o estresse que vem de pensar em algo doloroso e que não pode ser
mudado; limita a ruminação que leva o sentimento de impotência que reduz a
capacidade de alguém cuidar de si mesmo. A conclusão do seu projeto foi a
seguinte: pedir perdão produz cura (Sl 31.10; 32.1, 3; 38.3).
2. A importância do
perdão.
Jesus contou a história
de um servo que devia uma impagável soma em dinheiro a seu senhor, o qual havia
sido perdoado. Todavia, esse homem perdoado, não perdoou a dívida de outro que
lhe devia uma irrisória quantia, antes foi encerrá-lo na prisão, até que
pagasse a dívida (Mt 18.30).
2.1. Sem perdão, sem
misericórdia.
A primeira dívida
superava o valor do resgate de um rei. O contraste entre as dívidas era
esmagador. O que está em jogo aqui não é o valor da dívida, mas o perdão. E o
que se deve destacar é que nada do que temos que perdoar se pode comparar em
forma vaga ou remota com o que nos perdoou. Fomos perdoados de uma dívida que
está além de todo pagamento, porque o pecado do mundo provocou a morte do
próprio Filho de Deus e, Sendo assim, devemos perdoar como Deus nos perdoou,
caso contrário, não podemos esperar encontrar misericórdia alguma. Jesus
conectou a ação do rei com a ausência de perdão e o resultado foi desastroso
para aquele homem ganancioso (Mt 18.32-35).
2.2. O perdão abre a
porta para o reino de Deus.
João Batista, o precursor
de Jesus Cristo, preparou o caminho do Senhor com a mensagem do arrependimento,
ou seja, a mensagem do perdão divino sobre todo aquele que desejasse viver uma
nova vida de paz (Mt 3.1, 2). A primeira mensagem de Jesus foi:
“Arrependei-vos, e crede no evangelho” (Mc 1.15). A dívida humana para com Deus
era gigantesca e Jesus veio a esse mundo para quitar essa dívida. Paulo nos
afirma que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes
imputando os seus pecados...” (2Co 5.19).
2.3. O perdão é a
quitação completa da dívida.
A grandeza do perdão deve
ser vista pela grandeza do pecado que Deus perdoa num momento único. Paulo nos
afirma que a cédula de acusação contra nós foi cravada na cruz (Cl 2.14). Nossa
sentença estava escrita, mas por Seu infinito amor e graça, o Senhor levou para
a cruz essa sentença. À medida que Seu sangue ia escorrendo através do madeiro,
todas as acusações contrárias a nós foram sendo riscadas. Ali, naquela cruz,
estava em um só homem a sentença de todos os homens, até mesmo, os que ainda
viriam a existir. Agora não existe mais condenação, o sangue de Jesus apagou
tudo.
3. O maior de todos os
milagres.
Consideravelmente, o
perdão é o maior de todos os milagres. Nele está contido o ingresso para a
salvação e esta é precedida quando operdão é estabelecido. Pois, sem ele não há
reconciliação. Vejamos alguns motivos dessa graça divina (Ef 2.8, 9).
3.1. O milagre do perdão.
Por mais que venhamos
interpretar um milagre como estupendo ou glorioso, cada milagre realizado por
Deus tende a nos atrair para Sua presença, causando em nossas vidas outro ainda
maior que é o da salvação (Lc 10.20). Uma pessoa pode ser curada de câncer e
morrer afastada da presença de Deus. Mesmo que ressuscite, ira morrer outra
vez. E se, após ressuscitar, morrer desviado da presença de Deus? O maior
milagre que as pessoas receberam da parte de Jesus foi: “a tua fé te salvou”.
Houve o perdão e com ele a salvação (Mt 9.22; Mc 5.34; 10.52; Lc 7.50; 17.9).
3.2. O perdão nos coloca
no âmbito da felicidade.
Qual é o motivo de nossa
alegria como cristãos? Qual de nós não se alegraria ao realizar milagres
extraordinários em nome de Jesus? Os discípulos, assim como cada um de nós,
também foram tentados a colocar o motivo de suas alegrias no sucesso
ministerial (Lc 10.19, 20). Mas Jesus lhes disse que maior que tudo isso era
ter o nome escrito no livro da vida, e por quê? Porque se fizermos tudo e não
estivermos reconciliados com Deus, de nada adiantou tanto esforço (Mt 16.26; Lc
9.25).
3.3. O propósito do poder
sobrenatural de Deus.
Vivemos em um mundo
abarrotado de novidades e informações, onde a ciência predomina e a tecnologia
produz coisas que até duvidamos ser possíveis. Em meio a toda essa gama de
informações e novidades que nos envolvem, muitas vezes nos esquecemos de nós
mesmos. De como seria tão maravilhoso se pudéssemos viver sem amarguras,
ressentimentos, culpas, temores e sem estar constantemente cometendo mesmos
erros. Mas isso não é uma utopia, é uma realidade. Pedir perdão para muitos é
sinal de fraqueza, para nós é a prova da quantidade de amor que recebemos de
Deus (Lc 7.47). Perdoar é libertar e ser livre. Quem não sabe perdoar é porque
não entende a verdade da cruz, ou nunca realmente experimentou o gozo de ser
perdoado (Mt 18.32-35).
CONCLUSÃO
O perdão é a ajuda do
Espírito Santo para nos livrarmos de todo sentimento ruim, seja ele qual for.
Através do perdão, somos libertos, livres e com condições de seguir em frente.
Nunca é tarde para reconhecer os erros, pedir perdão é recomeçar. O perdão é
remissão de uma dívida. É paz e alegria no coração.
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