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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Lições biblicas Betel 2 trimestre a fé heroica de Moises

            
              
      ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 11 -                              Revista da Editora Betel 
A Fé Heróica de Moisés 
14 de junho de 2015


Texto Áureo
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vos, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”. Deuteronômio 30.19


Verdade Aplicada
A fé é a chave que nos abre o portal eterno e nos permite ver de forma cristalina aquilo que ainda não tomou forma no mundo físico.

Textos de referência


Hebreus 11.23-26


23 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25 - Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
26 - Tendo, por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.

INTRODUÇÃO
O escritor do livro de Hebreus destila grandeza quando revela as renúncias de Moisés pela fé. As decisões tomadas pelo patriarca apresentam o alcance do poder divino. Sabemos que a graça cobre o mais vil entre os pecadores, mas a história de Moisés nos ensina que Deus também salva nobres, príncipes e cultos.

1. A decidida ação de fé tomada por Moisés.
Pela fé, Moisés foi capaz de ver através da eternidade o que todos em seu tempo duvidaram. Ele recusou a nobreza, foi contado como um louco ao escolher os desfavorecidos e discerniu de modo singular a verdadeira riqueza do universo. Vejamos:

1.1 A fé que recusa a nobreza.
Durante seus primeiros quarenta anos de vida, Moisés se tornou um dos homens mais sábios e mais poderosos do Egito, uma figura importante, o filho único e herdeiro do trono de Faraó. Estevão diz que ele era: “instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras” (At 7.22). Moisés era capaz de governar uma nação. Somente um louco poderia desprezar um palácio, a posição e a nobreza para dedicar sua vida a pessoas desconhecidas e pensamento escravo. O desprezo com que foi valorizada sua decisão e as acusações e escárnio que acumulou sobre si lhe acrescentaram o título de “louco”. Quando chegou a uma idade suficiente madura para saber qual era a plenitude da verdade, desprezou todo compromisso e se apresentou audazmente como um servo do Deus vivente. O escritor aos hebreus destaca que sua decisão não foi por sentimento pátrio, e sim por fé. Essa fé que lhe fez perder tudo foi a mesma que o fez ser o que é (Hb 11.24).

1.2. A fé que prefere o sofrimento ante o gozo.
Moisés foi criado no luxo como herdeiro do reino. Até que chegou um dia em que se decidiu aliar aos oprimidos israelitas e dizer adeus ao futuro de riqueza, tranquilidade, comodidades e domínio real (Hb 11.25). Devemos ter em mente aspectos importantes como: o tipo de sociedade que Moisés se sentiu compelido a deixar; a separação dos mais estimáveis amigos; o rompimento com todas as honrasse a nobreza com que sempre viveu para ser maltratado com um grupo sem prestígio e prestes a ser devastado. Ele pode não ter convivido com o pecado, mas sempre teve a seus pés os tesouros do Egito. Moisés sempre soube quem era e, quando descobriu o que deveria fazer, teve honra em decidir pelo que é correto, mesmo que desagradasse aos demais.

1.3. A fé que proclama a Cristo como sua maior riqueza.
A causa que Moisés abraçou trazia como prêmio uma abundante tribulação (Hb 11.26). Não havia recompensa presente, senão o que perder; deveria agir motivado apenas por um puro princípio, amor a Deus e convicção da verdade. Tudo o que o povo iria lhe oferecer era aflição em lugar de riqueza e honra. Ainda hoje a recompensa é a mesma, é preciso calcular o custo antes de dizer que realmente se serve a Deus. Se servir ao Senhor não for suficiente recompensa, aqueles que esperam maiores coisas sigam seu caminho egoísta. Se a eternidade não for suficiente, os que almejam reconhecimento busquem aqui mesmo na terra o seu galardão. Moisés atuou de maneira totalmente desinteressada, sem receber promessa alguma, sem qualquer ajuda em troca.

2. Fé, a fonte das decisões de Moisés.

Durante toda sua infância, Moisés foi influenciado por sua mãe Joquebede e certamente sabia ser ele o libertador de Israel, pois cuidava que seus irmãos também entendessem (At 7.24). Mesmo sendo o detentor de tal verdade, algo o deveria impulsionar a prosseguir, a fé foi a força motriz que alavancou sua vida e lhe fez ver coisas inefáveis. Vejamos:

2.1. Pela fé, Moisés viu a recompensa do sofrimento.

Em comparação com a luz eterna da Palavra de Deus, o conhecimento dos homens nada mais é que uma escuridão visível. Os grandes sábios não se dispõem a reconhecer o Deus vivo. Em todas as épocas, os sábios desprezaram a sabedoria do infinito (1Co 1.18-21, 26). Moisés conheceu toda a ciência egípcia, conhecia cada um deus existente ali, mas sabia em seu coração que havia somente um Deus. Os instintos da natureza hebreia e a morte do egípcio muito contribuíram para uma mudança na vida de Moisés, mas o texto indica que a razão principal de seu rompimento foi a fé e, através dela, viu tanto o sofrimento quanto a recompensa (Hb 11.26). A fé mostrou a Moisés o que havia dentro da eternidade, daí em diante, qualquer grandeza que visse no mundo se tornava nada diante do que a fé lhe revelara (Rm 8.17, 18).

2.2. Pela fé, Moisés viu um galardão.
Moisés descartou a possibilidade das riquezas humanas por uma recompensa na eternidade. Embora perdesse, esperava se tornar um vencedor. Sabia que, no dia do julgamento, veria a balança imparcial, sabia que não havia trocado um galardão incorruptível por um “mísero prato de lentilhas” como fazem os que se vendem na casa de Deus. Era isso o que Moisés via e nada poderia persuadir sua mente. Moisés se dispôs a seguir a estrela e, mesmo que andasse através das chamas e das inundações, o que importava era o que via pela fé. Ele sabia que sua causa era a causa de Deus e, portanto, essa era a única verdade que impulsionava sua vida a queimar todos os arquivos do passado e seguir em frente, sem pestanejar.

2.3. Pela fé, Moisés viu o Cristo.
A fé de Moisés também descansa em Cristo. Ele ainda não havia vindo, mas ele o viu através da eternidade (Hb 11.26). Ele conhecia a promessa dos patriarcas que, na semente de Abraão, seriam benditas todas as nações da terra e estava disposto a assumir o vitupério para participar da promessa. Ele não conhecia tudo o que conhecemos hoje, mas tinha fé no Messias que havia de vir. Mais adiante, ele próprio anuncia o Cristo que havia visto pela fé (Dt 18.18). E, como prêmio por seu trabalho e por sua fé, ele volta após a morte, já glorificado, juntamente com o profeta Elias, para testificar daquele a quem havia anunciado, como sendo a única voz a ser ouvida pelos discípulos e a única autoridade na terra outorgada pelo Pai (Lc 9.30, 31).

3. Perder para ganhar: uma lição de fé.
Escolher servir a Deus é inimizade declarada contra o mundo (Hb 11.27). Moisés se tornou inimigo de todos para se fazer amigo de Deus. O que viu afinal? O texto é muito claro: ele viu o invisível.

3.1. A fé que moveu Moisés.

O maior obstáculo que um servo de Deus pode ter na vida é criar raízes em algum lugar. Qualquer pessoa que está, há muito tempo, fixo em algum trabalho ou lugar ficará inseguro em deixar o comodismo de sua situação. Moisés poderia ter gostado de ser o filho da filha de Faraó, ele sabia que chegaria um tempo em que não iria mais retroceder por causa de sua posição e que prejudicaria tanto a nação quanto sua própria alma. A palavra traduzida por “escolhendo ou preferindo” no versículo 25 vem do grego “tomar uma decisão”. E, logo em seguida, o texto diz que ele “abandonou, deixou o Egito” (Hb 11.27). Como um míssil que persegue um jato inimigo, Moisés viu o que estava à frente, olhou para além da encruzilhada do caminho das decisões e permitiu que sua fé comandasse suas atitudes.

3.2. A dura missão de fé de Moisés.
A causa pela qual Moisés renunciaria sua coroa incluía como galardão terreno um grupo de escravos quebrantados e oprimidos pela sociedade. A escravidão tanto desumaniza quanto incapacita, impedindo por gerações o gozo da própria liberdade. Está comprovado que, mesmo que os escravos recebessem liberdade, eles jamais atuariam como os que nasceram livres, porque a escravidão é como um ferro que espeta a alma e amarra o espírito. Está claro que a missão de Moisés exigia muito mais que deixar tudo. Ele deveria se ajustar aquele povo; deveria descer a seu nível; conviver com eles; suportá-los e amá-los como o povo escolhido de Deus.

3.3. O galardão da fé.
Devemos considerar o que Moisés deixou e o que recebeu em troca. Não houve um monumento para esse homem tão dedicado e tão altruísta. Não houve uma esfinge, nem tampouco uma pirâmide. O Egito estava mais que disposto a esquecer que tal homem existiu um dia. Esse grande herói morreu em um cume solitário, nas encostas áridas do monte Pisga, sem receber ao menos uma flor em sua sepultura. Moisés trocou voluntariamente os monumentos e a aclamação, os incentivos, o poder e os prazeres terrenos por uma recompensa num reino invisível. Ele deu tudo o que possuía por um relacionamento com Deus. Foi o maior negócio que alguém poderia ter feito. O que perdeu não teria condições de guardar, mas o que ganhou jamais poderia perder.

CONCLUSÃO

Moisés percebia que os prazeres do pecado eram passageiros (Hb 11.25). Vendo que o tempo havia chegado, teve coragem para renunciar. Ele sabia que a vida não era longa o bastante e não queria comparecer diante de Deus como alguém que rejeitou o direito de servir (Lc 14.33).

 




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