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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Subsidio adolescentes honrar o pais (10)



 SUBSIDIO ADOLESCENTES HONRAR AOS PAIS (10)
                 PROFESSOR ESCRITOR MAURICIO BERWALD

O quinto mandamento era originalmente uma ponte entre as obrigações do israelita com Deus e as do israelita com seu próximo, e liga os quatro primeiros mandamentos aos cinco seguintes. Oito dos dez mandamentos do Decálogo são proibições e dois são positivos, o quarto e o quinto. Temos aqui o segundo mandamento apresentado em fórmula positiva.

I. O QUINTO MANDAMENTO

Os pais biológicos. O propósito divino aqui é a sustentabilidade da estrutura familiar e a santificação da ordem social. Os pais são representantes de Deus na família; honrá-los e temê-los significa fazer o mesmo em relação a Deus. São eles que geram os filhos e são responsáveis pelo bem-estar deles, pelo seu sustento, alimentação, vestes, saúde e educação. Não existe na vida alguém mais importante para o filho do que o pai e a mãe, pois eles são seus heróis. Esse relacionamento é semelhante ao de Javé com o seu povo Israel (Dt 1.31; Ml 1.6).
Os pais espirituais. A expressão “o teu pai e a tua mãe” se aplica também aos pais espirituais, que devem ser honrados e respeitados pelos filhos na fé. Isso é visto na lei (2Rs 2.12; 13.14) e na graça (1Tm 1.2; 2Tm 1.2; 2.1; Tt 1.4). A figura do governante também se assemelha à dos pais; veja como Débora se considera mãe de Israel (Jz 5.7). Assim, o mandamento abrange as autoridades espirituais e civis, que devemos respeitar.
Os pais intelectuais. O respeito e a honra se devem também a quem se destaca pelo conhecimento em qualquer área. Isso é visto no Faraó que constituiu José como primeiro ministro do Egito (Gn 45.8). Isso deve servir como exemplo nas igrejas atuais. Muitos cristãos hoje precisam aprender a lição desse Faraó. Em qualquer lugar em que chegarmos, iremos sempre encontrar alguém melhor do que nós em alguma área, e devemos ter humildade suficiente para reconhecer essa autoridade.

II. OBEDIÊNCIA

O verbo honrar. Honrar pai e mãe é mandamento divino, e não sugestão humana (Êx 20.12; Dt 5.16; Mt 15.4). O verbo honrar, kaved, é um imperativo intensivo hebraico, do qual vem o substantivo kavod, “honra, glória”. A raiz desse verbo aparece em todas as línguas semíticas, com exceção do aramaico, e o significado é de “ser pesado”, sentido figurado, cuja ideia é de ser importante (Nm 22.15). É usado no Antigo Testamento com vários significados. Um deles diz respeito ao temor, ao reconhecimento, responsabilidade e autoridade; em nosso contexto, refere-se a alguém merecedor de respeito, atenção e obediência (Lv 19.3).
Filho adulto. A ordem divina é para os adultos; não se restringe à infância e adolescência. Não importa o estado civil ou o status social, todos devem respeitar e reverenciar de coração os pais. Em nenhum lugar da Bíblia ensina que essa ordem seja somente para crianças e adolescentes. Quando o moço e a moça chegam à maioridade, ou mesmo se casam, seus pais continuarão sendo os seus genitores e os filhos devem honrá-los e respeitá-los.
À luz da exegese. O termo grego usado em Efésios para “filhos” é tekna, plural de teknon; que indica descendente imediato sem especificar sexo ou idade. Aparece cinco vezes nesta epístola: “filhos da ira” (2.3); “filhos amados” (5.1); “filhos da luz” (5.8). Somente 6.4 sugere criança ou adolescente. Em 6.1 parece ambíguo; seria precipitação aplicar esse ensino apenas às crianças e adolescentes. O verbo “obedecer” está na voz ativa, mostrando que se trata de pessoas moralmente livres para assumir uma responsabilidade diante de Deus (Ef 6.1).

III. SUSTENTO

Cuidado. O sentido de deixar pai e mãe quando se casa (Gn 2.24) é a construção de um novo lar, e não o abandono dos pais. Deus é justo e retribuirá tudo o que o filho fizer com o pai e com a mãe. Quem age dessa forma está semeando para o seu próprio futuro, pois colherá isso na velhice. Há inúmeros exemplos no Antigo Testamento da responsabilidade do filho em cuidar do sustento dos pais (Gn 47.12; Js 2.13,18; 6.23; 1Sm 22.3). O Senhor Jesus citou e viveu este mandamento (Mt 15.4, 5; 19.19; Mc 7.10-12; Lc 2.51).
Oferta Corbã. O termo “corbã”, korban, é aramaico e significa literalmente “sacrifício”, mas o contexto aqui é algo muito triste. Trata-se de um artifício para fugir “legalmente” do compromisso de sustentar pai e mãe na velhice. O filho podia ser absolvido dessa responsabilidade se fizesse uma promessa de doação em dinheiro destinada ao Templo (Mc 7.11,12). Era uma desculpa para não ajudar os pais, pois se consagrava a Deus tudo o que possuía. Assim, ele dizia aos pais que não podia oferecer ajuda nem fazer nada por eles porque tudo já estava comprometido diante de Deus.
Ensino de Jesus. Deus não exige esse tipo de oferta de ninguém em sua Palavra, por isso o Senhor Jesus foi contundente com as autoridades religiosas de Israel. Essa doutrina dos fariseus era uma afronta a Deus e à sua Palavra (Mc 7.13). Eles violavam a lei sob um manto de santidade, exibindo uma religiosidade externa e falsa. Ninguém precisa sacrificar a família pela causa do evangelho. Quem cuida do pai e da mãe já está fazendo a obra de Deus; o cuidado da família deve ser prioritário, só depois é que vem a Igreja (1Tm 5.8). Esse é o pensamento cristão, que muitas vezes, infelizmente, é invertido entre nós.

IV. ENTRE A LEI E A GRAÇA

Autoridade dos pais. Honrar e respeitar pai e mãe é um ensinamento que ocupa um lugar de elevada consideração na Bíblia. Desobedecer aos pais é desobedecer a Deus, pois estão investidos de autoridade divina sobre a vida dos filhos e receberam de Deus a responsabilidade pelo bem-estar deles. A observação “porque isto é justo” (Ef 6.1) ou “porque isto é correto”, como diz outra tradução (NTLH), significa tratar-se de uma lei natural que existe desde o princípio do mundo. Deus já havia colocado a sua lei no coração de todos os homens, mesmo antes de se revelar a Moisés no Sinai (Rm 1.19; 2.14,15). Essa norma existe em todas as civilizações antes e depois de Moisés, e foi dada a Israel como revelação e mandamento divinos (Mt 15.4).
O sistema mosaico. A promessa aos filhos que honram e obedecem aos pais, descrita no Decálogo, é a longevidade: “para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá” (Êx 20.12). A passagem paralela de Deuteronômio acrescenta o sucesso econômico: “para que te vá bem” (Dt 5.16). Temos aqui uma prova incontestável de que originalmente este mandamento era exclusividade de Israel, pois fala sobre herdar a terra de Canaã.
Adaptado sob a graça. O apóstolo Paulo deliberadamente combina as palavras do quinto mandamento em ambos os textos do Decálogo, Êxodo e Deuteronômio: “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef 6.2,3). Aqui, a Terra Prometida não é citada nem especificada como no Decálogo: “que te dá o SENHOR, teu Deus”. A Igreja, o povo de Deus do novo concerto, não tem terra para herdar, pois a nossa herança é o céu (Fp 3.20). Somos uma congregação de estrangeiros e peregrinos no mundo (1Pe 2.11).

O quinto mandamento é de fundamental importância para conservar uma sociedade estável. Todavia, o cristão o observa como resultado da sua nova vida em Cristo, e não por coerção da lei, que condena à morte os filhos rebeldes (Êx 21.15,17; Lv 20.9; Dt 21.18-21), pois na graça somos guiados pelo Espírito Santo para as boas obras que Deus preparou para andarmos nelas. Não desperdice, portanto, o privilégio e a oportunidade de honrar seu pai e sua mãe, para não perder as bênçãos de Deus.

COMENTARIO BIBLICOS HONRAR OS PAIS

I. O QUINTO MANDAMENTO
1. OS PAIS BIOLÓGICOS.

Não existe na vida alguém mais importante para o filho do que o pai e a mãe; eles são seus heróis. Esse relacionamento é análogo ao de Javé com o seu povo Israel (Dt 1.31). O profeta Malaquias apresenta uma analogia ainda mais profunda comparando o dever do homem honrar a Deus com o do filho de honrar o pai (Ml 1.6).
Há certo vínculo entre o quinto mandamento e os três primeiros pela natureza desse relacionamento. O termo "a teu pai e a tua mãe" é amplo: certamente diz respeito aos nossos genitores, àqueles que nos geraram, mas não fica apenas nisso.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança.
 Editora CPAD. pag. 79-80.

MÃE
Ver o artigo geral sobre a Família. A palavra hebraica correspondente é ’em; e no grego é meter. Naturalmente, tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos, «mãe» é uma palavra muito comum. Aparece cerca de duzentas e dez vezes no Antigo Testamento e oitenta e duas vezes no Novo Testamento (começando em Mat. 1:18 e terminando em Apo. 17:5).
Apesar de ser bem sabido que as mulheres, em geral, não ocupavam posição muito proeminente na antiga cultura dos hebreus, pode-se dizer que a mãe, entre eles, era mais honrada do que sucedia entre outras culturas da mesma época. Nos casos de casamentos polígamos, a mãe de um filho era sempre a sua verdadeira mãe; e as demais mulheres do complexo não eram chamadas assim por aquele filho. Ver Gên. 43:29. É verdade que uma madrasta podia ser chamada de «mãe» (ver Gên. 37:10). Porém, uma madrasta geralmente era distinguida da verdadeira mãe, ao ser chamada de «mulher» do pai. Entretanto, a palavra «mãe», como também as palavras «pai», «filho», etc., eram usadas em um sentido muito amplo entre os hebreus, podendo indicar qualquer antepassado do sexo feminino (ver Gên. 3:20 e I Reis 15:10).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 4. Editora Hagnos. pag. 20.

PAI, Significado

A palavra grega, pater, está relacionada à raiz que significa «nutridor» ou «protetor». Porém, no uso comum, havia muitas aplicações do vocábulo, como ao pai de uma pessoa, ao chefe de um clã ou nação, ao cabeça espiritual dos mesmos, ou a um líder espiritual, ou a alguém que ajudava a outrem para conseguir um significativo avanço espiritual, como o originador de alguma organização, filosofia ou religião; e também era usado como titulo de honra e respeito, incluindo os nomes Pai, Filho e Espírito Santo, da triunidade divina, ou então, Deus como o Pai dos seres humanos e de outros seres inteligentes.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5. Editora Hagnos. pag. 12.

Ml 1.6 Se eu sou Pai, onde está a minha honra? Aqui temos a acusação formal de Yahweh contra os líderes religiosos do país. Por causa das muitas iniqüidades e corrupções (deles mesmos e do povo que os imitou), eles caíram sob a maldição divina (Mal. 2.2). O Israel pós-exílico não prosperaria enquanto tivesse tais homens na liderança. Aqueles ímpios desprezaram Yahweh e Sua lei, rejeitando sua missão exaltada como sacerdotes. Eram os maiores infratores da lei mosaica e o próprio padrão de perversidade. A ira divina os golpearia, Deus era Pai, e eles, Seus filhos, mas violaram esse relacionamento exaltado.
Não somos capazes de entender a essência de Deus, mas podemos alcançar algum conhecimento através de termos aplicados a Ele e da observação de Suas operações no mundo. Podemos ver o amor de Deus expressando-se mesmo em meio ao nosso mundo violento.
Uma Lição da África. Os missionários evangelizaram certa parte da África e fundaram algumas igrejas. Certo membro, antes zeloso, parecia ter esfriado. Um missionário perguntou a razão de sua aparente indiferença. Ele respondeu: “O senhor nos informa que Deus é nosso Pai. Não preciso saber mais nada'. Das relações entre os homens, a de pai-filho é a mais exaltada. Aqueles religiosos tinham esquecido que Yahweh-Sabaote era Pai, e agiam como filhos do diabo, desrespeitando sua missão sagrada e o amor de Deus-Pai.
Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa). (Etésios 6.2)
Além de ser Pai, Yahweh era também Senhor, e todos os homens sábios respeitam os senhores com autoridade sobre eles. A alusão é à escravidão. Os senhores tinham poder absoluto sobre seus escravos, que não tinham vontade própria. Os ímpios, que se revoltaram contra o Senhor, pagariam alto preço por sua rebeldia. Yahweh-Sabaote (título divino usado 24 vezes neste livro; ver as notas em Mal. 1.4) não olharia noutra direção, como eles pensaram em vão. Pelo contrário, eles seriam chicoteados com aquelas 39 chicotadas que lhes tirariam sua rebeldia e arrogância. Eles colocaram sua vontade contra a vontade divina, um erro crasso e custoso.
Deus era Senhor, e eles, Seus escravos, mas eles não tinham respeito nem receio do Senhor Celestial. Eram alegadamente homens religiosos, mas na verdade ateus práticos. Em teoria honravam a Deus, mas na prática honravam o diabo. Falavam de Deus em discursos eloqüentes, mas viviam de forma esquálida.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3705-3706.

MALAQUIAS INICIA essa mensagem fazendo uma declaração indiscutível: “O filho honra o pai e o servo ao seu Senhor” (1.6). Assim, ele conquista a atenção dos sacerdotes antes de acusá-los.51 A primeira relação envolve afeição e a segunda respeito. Mas os sacerdotes não demonstraram amor nem respeito a Deus. Desde o início, Deus tratou Israel como um filho amado, tirando-o do Egito, dando-lhe uma herança, proteção, revelação sobrenatural e missão especial. Não obstante Israel ser o filho primogênito de Deus (Êx 4.22), ele tornou-se um filho ingrato (Os 11.1) e rebelde (Is 1.2).
Malaquias, também, acusa Israel de uma ingratidão inegável. Como foi que Israel retribuiu ao Senhor Seu amor gracioso? Do amor de Deus, o profeta volta-se para a ingratidão do povo. Deus o tratou como filho, mas Israel não o honrou como pai. Não houve honra nem respeito a Deus.
LOPES. Hernandes Dias. MALAQUIAS A Igreja no tribunal de Deus. Editora Hagnos.

Metáforas Espirituais e a Famllla
1. A Igreja é a casa espiritual de Deus (Efé. 2:19; Heb. 3:1-6).
2. A Igreja é a casa da fé (Gál. 6:10).
3. A salvação consiste na filiação e os filhos de Deus chegam a participar da própria natureza de seu Pai celeste (Rom. 8:29; Col. 2:10; II Ped. 1:4).
4. Como membros da família espiritual de Deus, somos herdeiros das riquezas celestiais e espirituais (Rom. 8:15-17).
5. Ter Deus como pai significa que devemos buscar as suas perfeições (Mat. 5:48), como membros da família divina e isso implica em muitas e grandes responsabilidades morais e espirituais.
6. — Ter Deus como pai também significa que contamos com os seus cuidados. Aquele que nota até a queda dos pardais, cuida de cada um de seus filhos (Mat. 10:31). Ver também Mat. 6:8. O Pai sempre tem consciência de nossas necessidades. Esse é o pensamento introdutório da oração do Pai Nosso, no sexto capítulo de Mateus. Ver o artigo separado sobre a Paternidade de Deus.
7. Cristo é o Filho e o herdeiro da casa de Deus, e, através dele, também somos filhos e ele é o Filho mais velho da casa de Deus (Gál. 3:23 — 4:7; Rom. 8:15-17).
8. Os crentes também são servos e mordomos na casa de Deus (I Cor. 9:17; I Ped. 4:10).
9. Os laços matrimoniais envolvem elementos místicos, com a comunicação de energias vitais, conforme presumimos. Assim, de algum modo misterioso, — os cônjuges tornam-se uma só carne. Isso ilustra o mistério ainda maior da comunhão que há entre Cristo e a sua Igreja, — que é chamada de sua noiva. Ver Efé. 5:30 ss.
10. O trecho de Apo. 21:2,9 mostra-nos que a futura glória da Igreja pode ser comparada a uma noiva que se prepara para seu noivo. Portanto, o casamento pode ilustrar a união que vincula Cristo (o noivo) à Igreja (a sua noiva).
11. Disciplina. Todos os filhos cometem erros; e os pais, em determinadas ocasiões, precisam discipliná- los. Outro tanto ocorre na família celestial. Os filhos legítimos estão sempre sujeitos à disciplina do Senhor. Todavia, essa disciplina existe com a finalidade de beneficiar os filhos, e não meramente de castigá-los. Esse princípio é apresentado em Heb. 12:5 ss. Creio que esse princípio aplica-se a qualquer juízo divino. Pois, apesar dos juízos de Deus parecerem severos (serão tão severos quanto for necessário), seu propósito é beneficiar os julgados, mesmo no caso dos incrédulos. Certamente isso fica entendido em I Pedro 4:6, onde vemos que o juizo produzirá certa medida de vida espiritual; e o contexto (I Ped. 3:18 — 4:6, a descida de Cristo ao hades; que vede) ensina-nos que estão em foco os desobedientes e não crentes. Ver o artigo separado sobre o julgamento. Deus é o Pai de todos os seres vivos, e não apenas dos seus eleitos. Logo, é natural esperarmos que o seu amor, expresso por meio de julgamento, venha a aplicar-se a todos.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 682.

2. OS PAIS ESPIRITUAIS.

O mandamento se refere também aos pais espirituais. É como Eliseu se dirigia ao profeta Elias: "Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!" (2 Rs 2.12). Isso aponta para um relacionamento íntimo entre o profeta e o discípulo que justifica uma linguagem familiar. Era uma maneira honrosa de tratar o mestre. O rei de Israel também se dirigiu ao profeta Eliseu com as mesmas palavras (2 Rs 13.14). Era algo atípico para um rei; no entanto, revela o reconhecimento por parte do rei Jeoás quanto à autoridade profética de Eliseu, que se encontrava moribundo. O profeta representava uma segurança para a nação. O relacionamento entre o rei e o profeta era de intimidade. Esse tipo de relacionamento entre Elias e Eliseu é visto também no Novo Testamento, pois Timóteo e Tito são reconhecidos também como filhos na fé do apóstolo Paulo (1 Tm 1.2; 2.1; Tt 1.4). Esses exemplos nos ensinam a amar, respeitar e honrar aqueles a quem Deus constituiu autoridade espiritual sobre nossa vida.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 80.

Ele falou de Elias de forma muito honrável, mostrando o motivo de tanto lamentar sua ausência.
Ele próprio tinha perdido o guia de sua mocidade: Meu pai, meu pai. Ele viu sua própria condição como a da criança sem pai atirada ao mundo, e lamentou isto da forma adequada. Quando Cristo deixou seus discípulos, não os deixou órfãos (Jo 14.15), mas Elias teve que fazê-lo.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 549.

II Reis 2.12 — O termo pai neste versículo denota duas coisas: (1) mentor espiritual. Assim o era Elias para Eliseu; (2) a grandeza da reputação de Elias. Eliseu também é chamado de pai quando morre (2 Rs 13.14). Nessa ocasião, isso foi um verdadeiro tributo a Elias. As ações seguintes de Eliseu indicaram sua tristeza pela perda do seu mestre espiritual e amigo.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 598.
II Reis 2.12 Meu pai. Os discípulos dos profetas reconheciam o líder ou grupo ao qual pertenciam como seu pai espiritual. Esse título a respeito para uma pessoa de autoridade (Gn 45.8; Jz 17.10} foi .sadomais tarde para Fliseu (6.21; 13.14).
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 477.
II Reis 2.12 Meu pai, mau pai. Esse título respeitoso endereçado a uma pessoa de autoridade (Gn 45.8; Jz 17.10; Mt 23.9) seria usado mais tarde com Eliseu (6.21; 13 14).
O profeta Malaquias declarou que Elias retomaria antes da vinda do "Dia do SENHOR" (MI 4.5, nota). Elias prepararia o povo para o ministério do Senhor (1.8, nota).
Bíblia de Estudo de Genebra. Editoras Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 430.

3. OS PAIS INTELECTUAIS.

O quinto mandamento se aplica também ao relacionamento secular, pois a figura do governante se assemelha à de um pai. Débora se considera mãe de Israel (Jz 5.7). O respeito e a honra se devem também a quem se destaca pelo conhecimento em qualquer área. Embora Faraó fosse a maior autoridade no Egito, ele honrou e respeitou um escravo hebreu simplesmente porque este tinha o conhecimento da vontade de Deus: "senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa" (Gn 45.8). O rei do Egito nos dá o exemplo mesmo séculos antes da promulgação da lei. Isso deve servir como exemplo hoje nas igrejas. Esse respeito e essa consideração não se restringem apenas aos membros da Igreja e a seu pastor, mas vale também entre os próprios pares e companheiros de ministério. A hierarquia, portanto, é esta: Deus, os pais e as autoridades eclesiásticas e civis.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 80-81.

... me pôs por pai de Faraó. Parece que temos aqui um título honorífico conferido ao primeiro-ministro, pois seu trabalho, na realidade, era o de um pai, que cuidava de todos os filhos ou súditos do reino, entre os quais Faraó era o irmão mais velho. Os imperadores romanos chamavam de pais aos prefeitos do pretório, segundo se vê nas missivas de Constantino a Ablávio. E os califas davam a mesma alcunha aos seus primeiros-ministros” (Adam Clarke, in loc.). José, no oficio de primeiro-ministro, combinava as funções de pai, senhor e governador, tendo-se tomado a segunda maior autoridade do Egito.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 271.

Gn 45.8 pai de Faraó. Título pertencente a um vizir e que designava uma pessoa que, não aparentada com Faraó, desempenhava uma valiosa função e ocupava elevada posição, que no caso de José era "senhor em toda a terra do Egito" (v. 9). Nessa época, reinava um Faraó novo e mais jovem, Senusert III, c. 1878-1841 a.C.

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 78.

Versículo 8. Fez-me um pai de Faraó

Já foi suspeitado de que o pai era um nome de escritório no Egito, e que o pai do faraó poderia significar entre eles o mesmo que o primeiro- ministro ou o ministro do rei faz entre nós. Calmet observou que entre os fenícios, persas, árabes e romanos, o título de pai foi dado a certos oficiais do Estado. Os imperadores romanos deram o nome de pai para os prefeitos do pretório, como parece, pelas cartas de Constantino para Ablavius. Os califas deu o mesmo nome para os seus ministros . Em Juízes 17:10, Micá diz para o jovem levita, Dwell comigo, e sê-me um PAI e um padre . E observações Diodoro da Sicília que o professores e conselheiros dos reis do Egito foram escolhidos fora do sacerdócio.

ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.

II. OBEDIÊNCIA

1. O VERBO HONRAR.

O quinto mandamento é construído de forma positiva: "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá" (Êx 20.12). O preceito começa com o verbo no imperativo intensivo kabbêd, "honra", do verbo kãbêd, "ser pesado, rico, honrado, glorioso". A construção intensiva hebraica traz a nuança de curvar-se em honra ou respeito. A segunda parte esclarece e especifica o significado do mandamento, que aparece de forma expandida em Deuteronômio: "Honra a teu pai e a tua mãe, como o SENHOR, teu Deus, te ordenou, para que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem na terra que te dá o SENHOR, teu Deus" (Dt 5.16). Esta forma diferenciada será analisada mais adiante.
A raiz do verbo kãbêd aparece em todas as línguas semíticas, com exceção do aramaico. O significado é de "ser pesado", com o sentido figurado de ser importante. O adjetivo derivado desse termo aparece duas vezes no Antigo Testamento com sentido literal para designar o peso do sacerdote Eli e o peso do cabelo de Absalão, filho de Davi (1 Sm 4.18; 2 Sm 14.26). A Septuaginta traduz esse verbo por diversos termos gregos que não é possível enumerar aqui, mas entre eles podem ser destacados doxazõ, "ser de opinião, pensar, honrar, glorificar", e seus derivados; e timaõ, "dar valor a, considerar digno, estimar, honrar, reverenciar", e seus derivados. Em ambos os verbos e seus respectivos derivados, como doxa e timê,m "glória" e "honra", o peso é figurado. Uma pessoa de peso significava alguém honrado, digno, importante, respeitado (Nm 22.15). Esses termos hebraico e grego lançam luz sobre a abrangência do quinto mandamento. A Bíblia aplica-os a Deus (Sl 79.9; Is 40.5), que é "o rei da glória" (Sl 24.7-10), mesmo título dado ao Senhor Jesus Cristo no Novo Testamento (1 Co 2.8).

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 78-79.

A Palavra e Seus Sentidos Básico.

Honra é a consideração que o indivíduo merece receber, na forma de dinheiro, de título, de recompensa de qualquer tipo, em forma verbal, material ou espiritual. A honra envolve o respeito que é devido, que pode ser expresso de muitos modos. No artigo referido acima, damos as definições verbais básicas das palavras latinas, hebraicas e gregas envolvidas. Além dessas, há certas palavras que não foram levadas em conta ali, mas que precisam ser consideradas agora, a saber:
1. Doksa, «glória», «honra». Palavra usada por cento e cinqüenta e sete vezes, conforme se vê, por exemplo, em João 5:41,44; 8:54; II Cor. 6:8; Apo. 19:7.
2. Time, «honra». Palavra que aparece por trinta e duas vezes com esse significado, conforme se vê, por exemplo, em João 4:44; Atos 28:10; Rom. 2:7,10; 9:21; 12:10; 13:7; Col. 2:23; I Tes. 4:4; Heb. 2:7,9; 3:3; 5:4; I Ped. 1:7; II Ped. 1:17; Apo. 4:9,11; 5:12,13; 19:1 e 21:24,26.
Honra envolve estima e recompensa. Pode ser prestada por meio de palavras ou de ações. Somos convidados a honrar a Deus com nossas possessões materiais (Pro. 3:9). Honramos ao próximo, e assim cumprimos a lei do amor e honramos ao Pai de todas as almas, o qual se preocupa como o bem-estar de todos. Nossa maior possessão é o dom da vida, que deve ser utilizado no serviço e na adoração ao Senhor.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 159-160.

HONRA A honra é o alto respeito ou estima mostrada a uma outra pessoa ou recebida dela, ou ainda uma demonstração de tal respeito. O conceito é expresso figurativamente no AT por palavras que também são traduzidas como beleza, majestade, talento, preciosidade, valor e glória. Os paralelos são significativos: glória e honra (1 Cr 16.27; SI 8.5); glória e majestade (SI 21.5; 96.6; 104.1); honra e distinção (Et 6.3); dádivas, prêmios e grandes honras (Dn 2.6); riquezas e glória (1 Rs 3.13). Dessa forma, o conceito insere-se na adoração (q.v.), que é o reconhecimento do valor.
O próprio Deus merece toda a honra: o reconhecimento daquilo que Ele é, e a atribuição do louvor que lhe é devido. Deus também pode fazer com que os homens sejam reconhecidos pelos outros: "Deus deu riquezas, fazenda e honra" (Ec 6.2). Ele ordenou que fosse mostrado respeito aos pais (Êx 20.12) e aos mais velhos (Lv 19.32). Uma esposa virtuosa merece a estima de seu marido (Pv 31.25; 11.16; 1 Pe 3.7). Aqueles que honram a Deus serão por sua vez honrados (1 Sm 2.30). O homem que persegue a justiça e a lealdade da aliança encontrará a honra (Pv 21.21).
Uma sugestão para o motivo pelo qual Deus restaura a honra aos homens de modo redentor é dada no Salmo 8.5: Deus fez o homem um pouco menor do que os anjos. O homem mais representativo, o Senhor Jesus, coroado com glória e honra por seu sofrimento de morte, traz a redenção e a glória final para os seus redimidos (veja Hb 2.5-10). A honra, como um subproduto da sabedoria e da piedade, é associada à vida no sentido de que só poderia encontrar seu cumprimento em uma imortalidade abençoada (Pv 3.16; 8.18; 21.21; 22.4; cf. Rm 2.7,10). No NT grego, palavras significando valor e glória são traduzidos como honra. Os valores éticos estão em perspectiva. A honra descreve de forma majestosa a aprovação e a estima mútua entre o Pai e o Filho (2 Pe 1.17; Hb 2.9; Jo 8.49,54). A honra em glória redentora é concedida por Deus aos homens (Rm 2.10; 1 Pe 1.7; Jo 12.26). Os homens e os anjos dão glória e honra a Deus (1 Tm 1.17; Ap 4.9; 19.1) e a Cristo (Jo 5.23; Ap 5.12ss.). Os homens devem buscar a honra ou a aprovação que vem de Deus ao invés da aprovação dos homens (Jo 12.43). Entretanto, não devemos negar a honra que é devida aos outros (Rm 12.10): aos pais (Mt 15.4), às viúvas (1 Tm 5.3), aos mestres (1 Tm 6.1), e ao rei (1 Pe 2.17). O casamento, também, deve ser honrado por todos (Hb 13.4).

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 936.

2. FILHO ADULTO.
Entrada na idade adulta.

O menino judeu era reconhecido como entrando na idade adulta aos treze anos de idade, mas nao se sabe quando essa prática começou. Na época do Novo Testamento, o menino de treze anos se tornava um “filho da lei”. O relato sobre Jesus ter sido deixado para trás no templo, mostra que Ele estava deixando a infância (Lc 2.41-49). Essa foi a última vez em que Ele  compareceu à uma Páscoa como criança. Só depois dos treze anos o menino se qualificava para tornar-se um dos dez homens que podiam formar uma sinagoga.

GOWER. Ralph. Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Editora CPAD. pag. 63.

O quinto mandamento da lei de Deus ordena os filhos a honrar os pais.
Este é o primeiro mandamento com promessa. Os filhos que honram os pais recebem de Deus duas preciosas promessas: vida longa e prosperidade. O contrário também é verdade: os filhos que desonram os pais encurtam seus dias sobre a terra e fazem provisão para o desastre. Nenhum filho pode ter um relacionamento certo com Deus se desonra pai e mãe. Os filhos honram os pais quando os respeitam e os obedecem no temor de Deus; quando seguem seus conselhos e pautam sua conduta pelos princípios cristãos aprendidos no lar; quando buscam sábia orientação destes para suas decisões na vida; quando são convertidos a eles e quando cuidam deles na velhice.
Um dos sinais de decadência da sociedade é a desobediência dos filhos aos pais. A rebeldia é como o pecado da feitiçaria. Os filhos rebeldes são a tristeza de seus pais, mas os filhos obedientes são o seu deleite. Filhos bem aventurados são aqueles que honram pai e mãe. Honram pela obediência; honram pelo amor desvelado; honram pelo cuidado protetor.
Vivemos hoje o drama de pais matando filhos e filhos assassinando os pais. Há uma guerra dentro da família. Como disse Jesus, os inimigos do homem são os da sua própria casa. A Palavra de Deus, porém, diz que os filhos que honram pai e mãe recebem duas promessas especiais de Deus: vida longa e vida feliz. A felicidade é resultado da obediência.
Nenhum filho pode ser feliz sendo um pesadelo para os pais. Nenhuma filha pode construir sua felicidade com o cimento da rebeldia. Os filhos que desobedecem os pais colhem infortúnio. Os filhos que desonram os pais colhem tragédias. Muitos filhos encurtam seus dias porque seguem pela estrada escorregadia da desobediência e se envolvem com amizades perniciosas e frequentam lugares perigosos.
Muitos filhos se afundam no pântano do desespero e são o desgosto de seus pais porque tapam os ouvidos para escutar os conselhos de seus pais. Filhos obedientes são filhos felizes. Filhos que honram os pais são filhos que dilatam seus dias na terra. A felicidade está no banquete da obediência e não nos balcões da rebeldia.

LOPES. Hernandes Dias. Família, nosso maior tesouro.

3. A LUZ DA EXEGESE.

O mandamento de honrar pai e mãe não se restringe à infância e adolescência. Em nenhum lugar, a Bíblia ensina ser essa ordem somente para esta fase da vida. Quando o moço e a moça chegam à maioridade ou mesmo se casam, seus pais continuam sendo seus pais, e os filhos devem honrá-los e respeitá-los enquanto eles viverem. O apóstolo Paulo fala sobre a família e sobre a submissão da mulher ao marido (Ef 5.22ss). Isso faz alguns pensarem que a obediência dos filhos aos pais é um discurso dirigido apenas aos filhos menores. Mas tal linha de pensamento não se sustenta nem no Antigo Testamento nem no pensamento paulino aqui analisado. O texto traz o termo grego tekna,ss "filhos", plural de teknon. A ideia é de "descendente imediato ou direto de alguém, sem referência específica a sexo ou idade" (LOUW & NIDA, 2013, p. 106). Das cinco ocorrências do termo em Efésios, o contexto mostra que pelo menos três delas dizem respeito de forma inconfundível a adultos: "filhos da ira" (2.3); "filhos amados" (5.1); "filhos da luz" (5.8). Apenas uma delas sugere criança ou adolescente (6.4). Em 6.1, o termo parece ambíguo, mas seria precipitação aplicar esse ensino apenas a crianças e adolescentes. 
O verbo "obedecer" está na voz ativa, mostrando que se trata de pessoas moralmente livres para assumirem uma responsabilidade diante de Deus. Todas as pessoas vivem sob e sobre autoridade; ninguém escapa dessa responsabilidade. Jesus disse: "Porque eu descido céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6.38). Se aquele que é a maior autoridade no céu e na terra faz uma declaração como essa, o que não diremos nós?

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 62.

A palavra «...obedecei...», no original grego, é «upakouo», que quer dizer «obedecer», «seguir», «estar sujeito a». Fica subentendido que aquilo que aos filhos é ordenado, seja justo, moral, correto, visando o desenvolvimento espiritual da criança, ou simplesmente apropriado para a vida e a conduta diárias. Seu trecho paralelo, de Col. 3:20, acrescenta «em tudo». Mas tudo deve estar sujeito à mesma condição de justiça, incluindo até mesmo questões indiferentes, atinentes à vida diária, que não têm conteúdo «certo» ou «errado». O pai da família deve assumir a «direção» do lar, tanto nas coisas importantes como nas incidentais. Mas, ao assim fazer, o pai deve manter uma atitude razoável, a fim de não alienar de si os seus filhos, satisfazendo os desejos razoáveis dos filhos o tanto que lhe for possível, para que seja reputado como gentil e cheio de consideração por eles, que dessa maneira o amarão e respeitarão, sujeitando-se naturalmente à sua autoridade, não querendo subjugá-los pelo temor ou pelo mero senso de obrigação.
Devemos notar que, em Rom. 1:30, a desobediência aos pais é nomeada entre os pecados sérios dos povos pagãos, que são reprovados por Deus. E a própria natureza nos ensina a conveniência dos mais jovens e menos experientes se sujeitarem aos mais velhos, que já têm bastante experiência de vida, em suas exigências e inúmeras situações. Outrossim, dos pais crentes se espera que entendam as implicações espirituais da necessidade de obediência, para que assim exerçam a devida autoridade sobre seus filhos.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 635.

Duas palavras resumem o dever dos filhos para com os pais: obediência e honra. Quando Paulo escreveu essa carta aos efésios, estava em vigência no Império Romano o regime do pater postestas. O pai tinha direito absoluto sobre o filho: podia casá-lo, divorciá-lo, escravizá-lo, vendê-lo, rejeitá-lo, prendê-lo e até mesmo matá-lo.(estudaalicao)
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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